Você tem certeza?
Ouviu ao longe como um som agudo,
Colocou as mãos nos ouvidos e gritou
Sem deixar que saísse som.
“Isso é horrível”
O som novamente.
Sorriu sem saber o porquê,
Era só agudo...
Agudo e sem definição,
Mas entendia.
Sentiu-se mole, olhou...
Não havia nada, só o vácuo
Ou seu mundo opaco.
Sentou e esperou.
Sentiu um toque.
“O que vo-”
E parou sem motivo, olhou para traz...
Não havia nada...
De novo...
Esperou mais, por muito tempo.
Gritou sem som novamente.
“Pare, eu ouço você”
Sorriu.
Mas eu não queria!
“Fure meus ouvidos e depois sorriam”
Sorriram e olharam para o lado.
“Faltam os ouvidos, por favor,”
Sorriram novamente.
Você me torna...
Eu a odiava.
Não importava aonde eu iria,
No canto da sala ou atrás da porta.
“Seus dedos são lindos, quero devorá-los”
Olhava para ela pela fresta da porta,
Seu corpo torto no fundo.
“Eu odeio a sua mãe”
“Seus dedos são lindos, quero devorá-los”
Ela se aproxima.
Ossos que estalam.
“Quero seu cabelo em troca”
Eu não a odeio mais.
Não tente negar
Passo pela abertura,
Bato na parede três vezes.
“Sivi, estou com fome”
“PARA!”
O grito alto e grosso ecoa.
Agarro meus ouvidos.
Volto para a abertura,
Encosto na parede,
Cruzo os braços
E espero.
Olho o chão.
“Termine isso”
O grito novamente.
A casa não tem cor.
Absinto
Olhos que dançam.
Luzes atravessam a sua carne.
“Mas estrelas também dançam”
Corpo que cai na terra.
Grama que cresce em suas veias.
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