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História Contos Relâmpagos em memória dos mortos - Assassinato no baile de máscaras


Escrita por: Lan_FF

Notas do Autor


Este capítulo foi escrito para o desafio O misterioso roubo de ones, da autora @RIADALAP, cujo tema escolhido por mim foi: "Assassinato no baile de máscara".

Link do desafio notas finais.

Capítulo 7 - Assassinato no baile de máscaras


— Seu Fernandes está morto! — anunciou a governanta da mansão dos Fernandes diante da multidão aglomerada no salão da residência, todos com os rostos cobertos por máscaras carnavalescas, o que não impedia a visibilidade do choque e incredulidade saltando dos olhos estupefatos, acompanhados por respirações dificultosas.

Para aqueles cujo disfarce facial se limitava aos olhos, a reação se estendeu aos lábios largamente abertos que alguns tentavam esconder cobrindo com as mãos. A razão de tanta perplexidade não se dava apenas pelo fato do anfitrião do baile ter sido envenenado, como também por algo semelhante ter ocorrido no ano anterior.

— Chamarei as autoridades — disse o mordomo em alto tom. — Ninguém sairá daqui até o responsável ser identificado.

Ninguém sairia de qualquer forma, pois todos estavam impressionados demais para se moverem um passo sequer. Dentre os convidados, já haviam até mesmo aqueles que desejavam saber quem era o assassino de Seu Fernandes, ao passo que outros apenas não sabia o que pensar ou como agir. Nenhum dos casos era o de Camila Velasco, uma jovem aristocrata que ansiava somente por ter seu amor de volta.

Há um ano, em 1901, Camila participara do baile de máscara da família Albuquerque, realizado na época do carnaval. Infelizmente a celebração terminou em tragédia, com o próprio senhor Albuquerque sendo envenenado no meio da festa. As investigações nos dias seguintes trouxeram esclarecimentos para o caso e foi provado que os assassinos eram os inimigos políticos dos Albuquerque.

No entanto, para Camila aquele baile ficou marcado não pelo assassinato ocorrido e sim pelo cavalheiro que ela ali conhecera alguns minutos depois do envenenamento do Senhor Albuquerque. Este cavalheiro era Dom Afonso Torres, um fidalgo vindo de Lisboa. Camila e Afonso flertaram durante todo o baile e nos dias posteriores a este, decidindo morar juntos após algumas semanas. A vida com Afonso foi um como um conte de fadas para Camila e ela nunca se sentiu tão feliz, convivendo com seu amado durante meses. Até tudo acabar de repente, quando Dom Afonso desapareceu misteriosamente no início de dezembro.

As lembranças deixavam Camila melancólica, porém, desta vez traziam-lhe um pouco de esperança.

— Senhorita — a voz de um homem da lei a trouxe de volta para o ano de 1902, no baile de máscaras da mansão dos Fernandes —, eu preciso lhe fazer algumas perguntas.

Camila Velasco nem ao menos olhava para o homem, percorrendo seus olhos pelo salão em busca de outra pessoa. Em 1901 ela não tivera nada a ver com morte de Albuquerque, mas foi após isto que ela conhecera Afonso. Agora, em 1902, ela mesma envenenara o anfitrião do baile, tentando recriar as circunstâncias do ano anterior. Todavia, ela ainda não encontrava Dom Afonso em nenhum lugar daquele salão.


Notas Finais




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