História Contract Death (Versão antiga) - Capítulo 50

POV's Kaitly Adams

12 de abril

07:21 AM

Eu acordei cedo hoje e pulei o café, Justin nunca está na cama quando eu acordo e esses dias ele tem estado distante, parece frustado com alguém, mas ele é fechado com tudo e por mais que eu insista, ele não fala.

Jeremy não carimbou mais minhas costas e eu nem tive tempo para falar sobre isso com o Justin, está óbvio que ele tem algo a verdade com isso. Como ele consegue colocar o próprio pai em suas mãos?

Eu vim mais cedo treinar na área de treinamento da mansão sozinha e acabei encontrando Justin socando um saco de pancadas, a esse horário ele normalmente está na rua correndo com o Roy.

— Hey. — falo me aproximando, ele está nervoso —Tudo bem?

— Tudo. — ele responde sendo rude e continua socando o saco com extrema força, seu dedos já estão sangrando, mas ele não para, hoje a raiva dele está mais elevada que o normal.

— Bieber. — o chamo mas ele não para, então o puxo pelo braço e ele me olha bravo — O que aconteceu?

— Fica fora disso. — ele diz indo em direção a sua garrafa de água, ele se senta no chão da área de treinamento e por mais que eu queira me manter longe, minhas teimosas pernas andam até ele.

Ele bebe água e eu me sento ao lado dele, conseguindo o olhar nos olhos.

— O que aconteceu?

— Nada.

Seguro suas mãos, tirando a garrafa de água de uma delas. Estão bem ensanguentadas. O puxo pelos braço ficando em pé e querendo que ele fique também.

— O que está fazendo? — ele nem se move, nossa como sou fraca.

— Eu vou te ajudar.

— Eu não quero sua ajuda, porra.

— Levanta, agora. Eu já estou perdendo a minha paciência, então não me teste.

Eu imaginei que daria errado, mas ele se levantou nervoso e eu o obriguei a ir comigo até a enfermaria da mansão. A enfermaria se oferece para ajudar mas eu dispenso.

— Adams, me deixa ir. — Adams?

— Depois. — o puxo até a pia que há na enorme sala. Abro a torneira, deixo a água cair sobre suas mãos, passo minha mãos sobre os ferimentos enquanto a água cai. Depois seco suas mãos com papéis toalhas e o empurro para que ele sente na maca.

— Não precisa de tudo isso, são só…

— Fica quieto. — começo a mexer no armário, merda não entendo nada sobre pomadas ou qualquer medicação. Justin parece perceber porque se aproxima e vejo sua mão passar ao meu lado indo em direção a pomada certa — Eu ia achar com ou sem a sua ajuda. — falo e ele me entrega a pomada e eu o obrigo a se sentar novamente. Abro a pomada e passo sobre suas mãos.

— O que aconteceu? — pergunto sem desviar o olhar dos mãos do Justin.

— Problemas.

— Eu posso te ajudar de alguma forma?

— Não irá querer saber como pode me ajudar. — entendo o que ele quis dizer.

— Pensando bem, não mesmo. — complemento.

Termino e fecho a pomada e me sento ao seu lado na maca.

— Você está… bem? — ele assente. Eu não sei bem o que falar ou não com o Justin, ainda não conheço todos os limites dele e não sei quando estou ultrapassado ou não.

— E você? — Me surpreendo por ele perguntar.

—Sim... estou. Seu problema, foi com o seu pai? —ele assente — Estou envolvida? — ele nega — E por que você não me conta?

— É estranho falar algo para alguém, me sinto vulnerável me abrir com os outros como se eu não fosse capaz de lidar com isso sozinho.

Ele acabou de se abrir e dizer o que sente em relação a isso.

— Não, isso não te torna mais fraco, nunca. Me conta de uma forma rápida e resumida, sem drama nem nada do gênero, talvez ajude. — ele respira fundo e demora alguns minutos para abrir a boca.

— O Jeremy… eu… eu descobri onde ele guarda os dados da minha mãe. Peguei uma pasta com informações da minha mãe, ele foi mais rápido e roubou de mim.

— Está no escritório dele?

— Não, na casa dele, em um cofre.

Respiro fundo antes de sugerir o que eu tenho em mente.

— Por que não contrata uma dessas equipes especializadas em roubo?

— Por que no cofre há bem mais que as informações, não tem como confiar, assim que alguém ver os diamantes que tem lá, não pensará duas vezes antes de roubar e alguns, são extremamente caros, não posso permitir que roubem e fujam com ele, são caros demais para os perder por burrice e querendo ou não, é minha herança. Se eu entrasse naquele cofre, eu pegaria aqueles diamantes.

— Eu pego.

— O quê?

— Eu pego. Entro na casa dele e pego. Acho que posso ser considerada de confiança.

— Para, você não está ouvindo o que está falando? — seguro seu rosto e direciono a mim.

— Eu pego. Eu prometo. Eu vou precisar da sua ajuda, mas eu acho que consigo. — falo olhando seus olhos.

— Okay, sua vida a risco.

— Me conta tudo que eu preciso saber sobre.

— Bom… para começar, ele fará uma festa, daqui a uma semana, em comemoração a algo da máfia, sigilo, é uma ótima oportunidade para um roubo. Eu fui convidado obviamente, eu te levo como minha acompanhante, será na mansão, o cofre fica na parte de cima da mansão, mas ele com certeza está esperto e aumentará a segurança…

Uma semana depois.

19 de abril - Sábado

09:58 PM

— Está pronta? — Justin pergunta ainda dentro do carro.

— Sim. — falo encarando a janela, pelo visto será algo grande, diversos carros de luxo na rua e pessoas muito bem vestidas.

— A escuta está ligada?

— Sim.

— Lembre-se, terão outras pessoas nesse plano, mas somente você entrará no cofre. Está com a senha?

— Anotei no braço, mas está escondido.

Um funcionário abre a porta para mim e eu saio sendo seguida do Justin, ele coloca a mão sobre minha cintura e nos guia para dentro. É algo extremamente grande, vejo pelo salão central, mesa para todos os lados e pessoas muito chiques.

Nós caminhamos em direção ao Jeremy, ele precisa nos ver para confiar que não temos nada a ver com isso.

— Jeremy. — sinto o desprezo na voz do Justin.

— Justin.

O cumprimento deles é bem formal, eu não faço questão de o cumprimentar.

— Vejo que ainda está com essa vadia.

— Hoje não Jeremy. — ele já corta o assunto e nós nos sentamos na mesma mesa do Jeremy.

Nós comemos e agimos normalmente, Jeremy parecia satisfeito em nós ter na mesma mesa, para não ter desconfiança. Justin toca minha perna e eu entendo que está na hora de começar o plano.

— Com licença, eu irei ao banheiro. — falo me levantando e eu sei que o Jeremy está olhando para confirmar que eu estou mesmo no banheiro. Justin não poderá se comunicar comigo porque está na mesma mesa que o Jeremy, mas eu falarei para ele onde estou e o que estou fazendo.

Ando até a última cabine do banheiro, ela está fechado, bato na porta e a mulher contratada pelo Justin abre. Ele disse que o único problema com esse plano, era alguém roubar diamantes caros, por isso, somente eu entrarei no cofre.

—Está na hora?

—Sim. — entro na cabine ao lado e eu troco de roupa com a mulher contratada, ela é loira, muito parecida comigo, porém, entrou na festa com peruca morena e uma roupa totalmente oposta da minha. Tivemos que trocar as roupas, os acessórios, os saltos, nossa maquiagem é igual, eu tive que colocar peruca morena. Ela é igual a mim, mas não é minha gêmea, porém, Jeremy não pode afirmar que não sou eu se ele me olhar de costas.

Saio da cabine em um vestido preto, equipado com tudo que eu precisarei e a garota, sai com o meu vestido e os cabelos loiros e curtos, o cabelo dela é natural.

— Vamos. Você sai primeiro. — falo e ela sai do banheiro.

— Justin, não é a Adams saindo do banheiro? Por que ela não está vindo para a nossa mesa? — escuto a conversa dos dois pela escuta.

No plano, a falsa Kaitly irá para um canto do salão e dará em cima de um ator contratado, só que ela está em um ponto, onde ficará de costas para o Jeremy. Justin levantará muito bravo da mesa e irá confrontar a "Kaitly", dará até um soco no rosto do nosso ator contratado. A "Kaitly" se manterá de costas para o Jeremy e ela e o Justin irão bater boca durante longos minutos, Justin estará de frente para o Jeremy, a "Kaitly" estará de costas, mas ambos ficaram na vista do Jeremy, não tem como desconfiar.

— Ela está dando em cima daquele cara? Eu sempre te disse Justin, é uma vadia que abre as pernas para qualquer um. — escuto pela escuta do Justin.

— Eu não acredito que essa puta fez isso comigo. — ele diz "bravo" e ouço a cadeira arrastando, o que significa que ele se levantou.

— Kaitly, estou indo em direção aos nossos atores. — ele fala, já está a caminho. Isso com certeza tirou a atenção do Jeremy de qualquer outra coisa. Saio do banheiro e ando lindíssima de perua morena e vestido preto.

— Estou indo em direção ao elevador. — os vídeos das câmeras de segurança do Jeremy já foram modificados por vídeos comuns, assim ninguém nos denuncia, e as escutas de todos os seguranças sofreram interferência, a minha e a do Justin não porque há um dispositivo que ele colocou no meu corpo que corta esse tipo de interferência, para evitar esse tipo de ataque, mas o Jeremy não imaginou nada disso.

Ouço o soco que foi dando pelo Justin e a falsa briga dos atores.

Pressiono no andar do cofre, o último, e quando saio nesse andar, há quatro homens neles, bem posicionados e sério.

— Não pode ficar aqui!

Meu papel do dia é de uma alcoólatra, totalmente perdida.

— Me perdoem moçosss. — eu faço uma expressão de perdida e minhas palavras estão embaralhadas. Ando cambaleando até eles — Eu me perdi nesse lugar, onde é que eu tô? — olho para eles confusos.

— Na casa do senhor Jeremy, senhorita.

— Jeremy? Oh! Sim. Eu me lembro do Jeremy, ele foi o pai do meu primeiro filho — agora faço uma expressão de dor e começo a "chorar" — EU PERDI MEU BEBÊ! — grito como uma ótima atriz. Eu sou uma louca alcoólatra.

— Senhorita, calma. — um segurança coloca a mão em meu ombro e eu levanto o olhar, ele olha para seus parceiros quase rindo.

— Você é gato! — falo "me recuperando" — Todos vocês são, eu vou levar todos vocês para casa. — puxo os quatro sutilmente para perto de mim, o falso dispositivo implantado em meu corpo começa a apitar.

— O que é isso? — um deles pergunta se afastando.

— É uma bomba, um lembrancinha do maior inimigo do Jeremy, vai explodir em 5…

Eles começam a correm em direção ao elevador, mas o elevador não está nesse andar, aproveito a forma que eles estão desesperados e de costas para mim e atiro neles rapidamente, um a um, eles caem no chão.

— Eu sinto muito. — e eu não sou nem irônica.

Corro em direção a porta do cofre e coloco luvas, digito a senha, retiro a pequena película com a digital do Jeremy do suporte que ficou guardado em um local na minha roupa e coloca sobre meu dedo, e aproximo do escâner e é aceito. Entro no cofre, um local totalmente fechado e pequeno, tem muito dinheiro e diamantes aqui, em um canto acho diversas pastas. Justin pediu para que eu pegasse algumas coisas para parecer que foi um assalto e que levarão algumas coisas, seria muito suspeito se só sumisse a pasta sobre a mãe do Justin.

Pego alguns diamantes e muitas pastas. Meu vestido tem uma saia grande e nessas saias, na parte de dentro, há bolsos fundos. Coloco tudo lá e corro, em direção ao elevador, passo por cima dos homens agora ensanguentados e entro no elevador.

— Kaitly, onde você está? — Justin pergunta um pouco nervoso —Eu perdi Jeremy de vista porra!

— Estou no elevador, manda a falsa Kaitly para o banheiro, agora!

Saio do elevador e ando rápido, só não corro para não levantar suspeitas.

Esbarro em alguém.

— Cuidado querida. — Jeremy, porém ele não percebeu que era eu, estava de cabeça baixa.

— Desculpa senhor. — falo ainda andando reto, olho para trás e era ele mesmo.

Ando em direção ao banheiro e a falsa Kaitly já está na última cabine, troco de roupa com ela, esse vestido que vim essa noite também tem bolsos na parte de dentro da saia, porém, só consigo colocar os diamantes lá dentro, para que nossa atriz contratada não venha roubar.

— Cuidado com essas pastas ou não receberá o dinheiro combinado. O carro está te esperando nos fundos. — falo e ela assente. Saiu do banheiro primeiro que ela e encontro Justin na porta dele.

— Os brincos. Jeremy nora absolutamente tudo — ele diz e eu noto que esqueci de trocar os brincos com ela, tiro eles e Justin esconde em seu bolso. — Você conseguiu? — sorrio vitoriosa e balanço a cabeça, Justin esconde emoções porque Jeremy pensa que estamos brigados — Não acredito que direi isso, mas você é foda, porra. — ele murmura de fato feliz. Nós voltamos para a mesa como se nada tivesse acontecido, porém fingimos estar bravos. Jeremy está sentado lá e ele me encara estranho, espero que não desconfie.

— Essa discussão foi longa hein.

— Essa filha da puta da Adams acha que está com a razão, abre as pernas para quem aparece e pensa que está certa.

— Eu não quero discutir com você sobre isso. — falo em seguida finjo chorar, porém, ninguém se importa.

Seis minutos depois, nossa atriz contratada diz que está indo para a mansão do Justin. Nós não podemos fugir ou seríamos os primeiros suspeitos, então resolvemos nós mesmos entregar o roubo.

— Jeremy, eu tentei falar com alguém da segurança pela escuta de um segurança que estava no salão, próximo aos banheiros, porque eu tive a impressão de ouvir uns disparos, mas não consegui, está muda.

Jeremy se levanta.

— E por que não contou antes?

— Por que achei impossível as câmeras não terem flagrado nada. Se tivéssemos sofrido um ataque, já teriam falados para nós.

— O cofre. — ele murmura.

— Tem certeza? Só abre com a sua digital, é impossível.

— Na verdade não, inventaram um líquido que se coloca em um borrifador pequeno, esse líquido quando colocado sobre qualquer superfície é capaz de copiar a digital se lá houver e depois de um minuto, o material vira uma pequena película de plástico, com a digital.

Jeremy corre em direção ao elevador chamando alguns homens para o seguir e todos os convidados já se apavoram.

— Você usou luvas ao tocar em tudo relacionado ao cofre, não foi?

— Sim.

— Eu vou subir, não querem que desconfiem de mim. — assinto.

— Toma cuidado. — falo e me xingo mentalmente por ter falado isso, Justin deve me achar uma idiota agora.

— Eu vou. — ele responde correndo até o elevador.

Passam, 10, 30, 50 minutos e nada. Eu só estava calma porque ouvia as conversas deles pela escuta do Justin, então até agora, Jeremy não sabe de nada.

Vejo Justin saindo do elevador ao lado do Jeremy e Jeremy está puto. Me aproximo dele.

— O que aconteceu? — pergunto como quem não sabe de nada.

— Nos roubaram. — Justin diz entre dentes como um ótimo ator — Eu quero uma lista de todos os convidados dessa noite, separem os que saíram cedo de acordo com as carros que foram retirados da garagem da mansão, já que pelas câmeras não será possível ver nada. Quero também uma lista das pessoas mais prováveis para as menos dentro da lista de convidados. Quero a cabeça do filho da puta para ontem. Limpem a sujeira lá em cima. — ele toma a frente já que Jeremy está puto demais.

— Como assim? O que sumiu? — pergunto "preocupada".

— Cala a boca, porra, você é somente uma vadia que abre as pernas para mim quando eu quero, não se intromete, caralho. — tá… é uma atuação Kaitly, é uma atuação. Repito mentalmente.

— E se revistarmos todos os convidados presentes? — um dos homens sugere e eu fico tensa.

— Para que porra? Quem rouba coisas importantes assim do Jeremy não fica até o final esperando que o peguem, essa pessoa está longe.

— Concordo, é perda de tempo. Justin me acompanhe até o meu escritório, agora.

Vejo Justin acompanhando Jeremy e respiro fundo.

Pela escuta, ouço a porta sendo aberta e uma cadeira sendo arrastada.

— O que faremos quanto a isso?

— Justin, do meu cofre sumiu documentos importantes, essa pessoa não teria porque roubar papel a não ser que tirasse proveito da situação.

— O que está querendo dizer?

—A pessoas que roubou meu documentos tentará vender para uma pessoa com dinheiro e que faria tudo para ter esses documentos em mãos. Você. Você daria tudo para ter alguns desses documentos, eles irão te procurar e quando isso acontecer, não faça acordo com o inimigo. Temos que matar esses filhos da puta, então me prometa que estará ao meu lado. Eu sei que não simpatizamos, mas estamos falando do império agora, seu futuro império. Então me prometa que dirá não ao inimigo e que vamos matar eles juntos.

— Eu prometo.

Ficamos até 04:38 dentro da mansão, Justin quis deixar a imagem de que se importava e desde que aconteceu o roubo, ele procurou muito por possíveis suspeitos.

— Eu estou morrendo de sono. — falo quando estamos no carro, indo embora.

— Eu ainda não acredito que você conseguiu. Eu achei que iria fracassar.

— Obrigada, isso é tocante. — sou irônica.

— Eu… eu estou… grr, não consigo nem falar como me sinto agora.

— Nervoso, ansioso. — afirmo — Você quer saber sobre sua mãe, está somente nervoso com tudo.

— E se ela for uma vaca como eu acho que é? Afinal ela tentou me abortar, ela não me quis.

— Não acredite no que o Jeremy diz, okay? — ele assente.

Chegamos na mansão do Justin e a mulher que foi a falsa Kaitly foi mantida sob mira de armas esse tempo todo. Eu dou uma bronca nos seguranças por terem feito isso e Justin dá uma alta contia em dinheiro, a ameaça caso ela diga algo e ela é liberada.

— Por favor Bieber, vamos deixar isso para quando clarear.

— Estou esperando isso a 21 anos, Kaitly. — ele diz saindo do closet vestido logo após o banho, eu estou de roupão e ando até ele antes que ele sai. Eu estou com medo do Justin ler o que não quer e surtar, ficar nervoso.

Me coloco na frente da porta.

— Por favor, não. — peço e minhas mãos vão para seus ombros.

— Por que não quer que eu leia?

— Eu quero, só que não agora. — ele assente e eu o direciono até a cama e me deito com ele.

— Kaitly… sobre os homens que você atirou… nenhum sobreviveu, você matou os quatro. Parece que sua mira melhor muito porque acertou a todos na cabeça ou no coração. — ele provavelmente está pensando "porra sou um professor incrível, depois da última aula de tiros, ela não era mais" já eu olho por um momento um ponto fixo e engulo seco. Nas atuais provas eu tenho matado pessoas e tem sido difícil para mim, eu não consigo matar as pessoas e fingir que está tudo bem, eu fico mal quando sei que estou me preparando para matar alguém em alguma prova, mas quatro pessoas em uma noite é… difícil, por mais que eu não as conhecesse e eles trabalhassem para o Jeremy, eu nunca deixo de pensar, eles eram casados? Tinha filhos pequenos ou até mesmo grandes? Eu deixei pessoas órfãos e viúvas? Isso dói muito, esses pensamentos que me perseguem.

— Okay, tudo bem. — falo me levantando e indo em direção ao closet. Não está tudo bem. Me visto sentido as lágrimas deslizando e quando saio, me direciono até o banheiro, evitando o Justin.

Depois de alguns minutos, eu deito na cama, Justin tenta se aproximar e eu me afasto, só… não quero contato agora.

— Kaitly, para de chorar. — Justin diz colocando a mão na minha cintura. Eu nem estou chorando com alguma espécie de som, são só lágrimas — Você está puta comigo? Por que eu te coloquei nessa missão?

Balanço minha cabeça em sinal de negação.

— Então vem aqui se não vou começar a pensar que é isso.

— Eu só preciso de um pouco de espaço. Eu matei pessoas, não sou uma pessoa boa, eu só estou muito mal.

— Eu também não sou uma pessoa boa, então vem aqui para que sejamos assassinos ruins que dormirão juntos, okay? — assinto e Justin me puxa para perto.

— Obrigada. — agradeço, ele não vai admitir, mas fez isso para que eu me sentisse melhor.

— Eu tenho que te agradar para garantir minha foda, não é?

— Vai dormir, Bieber. Você calado é uma pessoa melhor.

— Sabe um outro modo que me obriga a cala a boca? Com ela entre suas pern…

— Eu vou te colocar para fora do quarto.

— Fora do meu quarto?

— É.

— Atah, tenta a sorte. — ele diz sério e me viro para ele.

— Você está com medo do que pode ter naquelas pastas? — mudo de assunto.

— Não, eu não tenho medo.

— Sei…

— Eu não acho que tenha algo que vá me marcar, entende? Eu vou ler e vou seguir minha vida.

— Okay… boa noite, Bieber.

— Boa noite? Já está quase amanhecendo e desde quando você fala isso?

— Boa noite Bieber. — repito fechando meus olhos.

Ele não está nervoso, ou não admite está mas eu estou nervosa e muito.