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História Contract Death (Versão antiga) - Capítulo 54


Escrita por: HeavenRL

Notas do Autor


Voltei. Gente, eu esqueci que hoje tinha atualização, ia postar esse capítulo como bônus, mas como é atualização, não é bônus então...
Espero que gostem!

Capítulo 55 - Capítulo 54


Fanfic / Fanfiction Contract Death (Versão antiga) - Capítulo 54

POV's Kaitly Adams

Já está escuro lá fora e Justin não apareceu, eu tento não pensar sobre isso, mas quando se dorme na mesma cama que alguém durante meses e essa pessoa não aparece, você se preocupa mesmo que não queira ou não deva.

Ouço a porta da sala que há antes do quarto sendo aberta e logo, Justin entra no quarto, ele se sente na cama e de princípio, ele não diz absolutamente nada.

— Eu pensei sobre o que você disse, eu tive bastante tempo para pensar na verdade e… porra, você tem razão, okay? Eu posso fazer mais. — não falo nada eu nem olho para ele — Você pode olhar para mim? É sobre algo sério e do seu interesse. — ele começa a se irritar e eu o olho só para ouvir o que ele falará — Eu quero criar novas medidas para evitar isso e eu queria saber se você não quer liderar uma equipe que cuidará especificamente disso dentro do IB, você receberá como qualquer funcionário do IB, mas pode escolher receber em dinheiro ou em pontuações e teria que trabalhar aos domingos para não perder treinamento e provas…

Eu confesso, estou com um turbilhão de emoções internamente pensando nisso, eu me sento podendo o encarar, porém sem demostrar nenhum sentimento, apesar de internamente eu estar desacreditada.

— E esse grupo pode ser formado inteiramente por mulheres? — eu sei que homens também são vítimas de estupro, mas conhecendo o IB, mulheres com certeza não ficam em cargos como esse que trabalha na parte alta do IB, eu sei que não, e eu quero ver se ele está disposto a levar o que eu direi em consideração, fora que as maiores vítimas são mulheres.

— Isso é algo que precisa ser discutido…

— Quer colocar homens sendo que a maioria das vítimas são mulheres? Nós entendemos mais sobre esse assunto, infelizmente.

Ele não diz nada por algum tempo.

— Tá, foda-se, coloca mulheres.

— E o que necessariamente nós poderíamos fazer?

— Tudo relacionado a estupro e assédio, desde a punição do infrator até a assistência a vítima. Regras em relação a esse tema, eu sei lá, não pensei nos detalhes. Mas obviamente tudo será passado a mim e se eu aprovar, aí será feito.

É inevitável não sorrir ao ouvir falar isso, eu estou muito feliz, não consigo descrever mas estou muito feliz com isso.

— Vem cá. — falo abrindo os braços ele revira os olhos.

— É sério?

— É.

— Kaitly, eu não vou te abraçar, não vem.

— Vem me abraçar ou eu saio agora desse quarto. — ameaçou porém brincando.

Ele revira os olhos mais uma vez e vem me abraçar. Escuto ele murmurar um filha da puta, mas ignoro, não quero brigar, estou feliz demais para isso. Ele envolve minha cintura com o seus braços e eu fecho os olhos somente aproveitando a sensação.

— Kaitly… já está bom. — ele diz querendo se afastar.

— Cala a boca e para de se mexer.

— Você está abusando do fato de estar na minha cama, desse jeito eu vou te substituir.

— Você vai atrás de mim na primeira semana.

— Não vou.

Nos afastamos do abraço e Justin levanta da cama.

— Eu vou tomar um banho.

—Nós vamos ler o diário hoje, não é?

— Sim.

Ele diz puxando sua blusa pela gola e passando pela sua cabeça atraindo completamente minha atenção.

Eu não sei o que terá no diário hoje, nas últimas páginas que lemos não tem nada além de "Jeremy me tratou muito bem" e isso é estranho então eu estou nervosa.

Ele tira sua roupa totalmente e entra no banheiro e algum tempo depois, sai com a toalha pendurada na cintura e anda até o closet, saíndo de lá somente de cueca.

Ele seca seu cabelo com sua toalha a passando por sua cabeça e se aproxima jogando sua toalha molhada em meu rosto.

— Para de ficar me secando, isso me faz querer te foder. — ele diz e eu tiro a toalha do meu rosto e jogo para ele novamente.

— Eu não estou te secando e eu obviamente não estou no clima para sexo hoje. — eu não estou nem querendo beijar o Justin hoje, quando fecho os olhos, eu ainda o escuto, eu ainda sinto suas mãos pelo meu corpo, aquele cara nojento. Eu só fechei os olhos quando estava abraçando o Justin, ele me faz com que eu me sinta protegida. Merda, isso não deveria estar acontecendo.

— Vamos ler? — Justin se deita na cama e eu me estico até o criando mudo pegando o diário e eu fico com "pernas de índio", as cruzando e ficando ao lado dele.

— Okay… meu dia de ler. 8 de abril. — a Pattie também é do tipo que some e quando tem algo para escrever, ela volta. — "Oh meu Deus, eu não acredito no que aconteceu na noite passada. Eu sou uma vadia, eu sou a pior delas, eu perdi a minha virgindade com o Jeremy, mas eu não queria, porém ele disse que eu queria, que eu o provoquei e que eu quis tudo que aconteceu a mim. Estou com o pior sentimento de culpa do mundo, eu não deveria ter feito isso com ele, eu nem o culpo pois eu fui a vadia da história. Tudo começou quando eu estava indo em direção ao meu quarto, eu passei para dizer boa noite ele disse que estava frio e que ele queria que eu dormisse com ele, eu vi uma oportunidade de lhe dar um pouco de… amor talvez, eu não sei. Eu aceitei e eu me deitei ao seu lado, ele me puxou para perto e eu pensei: 'ah, ele me quer por perto'. Ele começou a beijar meus braços e eu não entendia bem o que ele queria com isso. Então ele perguntou se eu confiava nele eu disse que sim, então ele começou a me beijar e eu não interferi em nenhum momento, então ele tirou minha blusa do pijama e eu comecei a ficar nervosa, eu sabia o que estava acontecendo, eu sei o que é sexo, mas eu não estava pronta, disse 'ei, por favor, não estou pronta', mas ele disse 'você acha que eu não sei que quer isso? Você me chamou para isso a partir do momento que veio me dar boa noite, agora estou de pau duro porque você é uma vadia oferecida e você começou o serviço e terá que terminar' eu não soube o que dizer, então ele disse para mim 'Okay, vamos somente brincar, eu vou te ensinar tudo, eu prometo que você gostará', então ele tirou o ,sua boxer e ele disse 'Você precisa chupar meu pau, isso faria eu me sentir feliz e amado' eu não sabia o que fazer, eu não sabia como fazer, ele nem me deu tempo para assimilar tudo, ele se sentou na borda da cama e me puxou pela cabeça e colocou seu pênis em minha boca, ele puxava minha cabeça fazendo os movimentos, nesse momento, minha mente já não estava mais lá. Ele parou os movimentos, porém seu pênis estava ereto ele disse algo do tipo 'não quero gozar ainda' então ele me jogou na cama e ele tirou meu short e as lágrimas que eu estava segurando caíram. Ele abriu minhas pernas e ele não esperou, ele não me avisou, eu somente senti a pior dor que já tinha sentido na vida, eu gritei como nunca tinha gritado, ele não parou por aí, ele começou a se movimentar dentro de mim com velocidade e eu estava sofrendo muito só esperando essa tortura acabar, quando ele parou ele disse algo do tipo 'filha da puta, você manchou minha cama com sangue'. Ele gemia de prazer e eu de dor. Depois disso, ele tirou o lençol e me disse para tomar banho. No dia seguinte, ele me disse que pode ter sido meio bruto, ele me disse que nunca se sentiu da forma que se sentiu comigo e ele nunca aprendeu sobre paciência nessa questão, eu não sabia o que responder, eu não disse nada, eu só… continuo com medo.". — não falo nada por um tempo, eu somente seco minhas lágrimas. Literalmente, tudo hoje tem se relacionado a isso e por esse razão me vi mais frágil ainda.

— Essa mulher era claramente muito burra.

— Era só uma criança, ela não tinha entendimento, talvez inocente demais, mas... que merda — falo secando minhas lágrimas sem saber o que dizer — ela tinha aquela síndrome lá…

— Estocolmo. — ele complementa.

— Eu não sei se vou conseguir terminar esse diário. — falo o colocando no criado mudo, durante o dia, Justin coloca em um cofre para que ninguém veja nem ache.

— Mas… nós combinamos de ler juntos, você concordou.

Eu me levanto não querer olhar para ele e indo até o banheiro.

— Eu sei, mas… é muito pesado, ela só tinha 15 anos. — falo de dentro do banheiro e lavo meu rosto, meus olhos e nariz já estão vermelhos de tanto chorar hoje. Seco meu rosto sumindo com qualquer vestígio de lágrimas.

— Vai me deixar ler sozinho então?

— Eu não desisti dele, eu só… acho muito pesado isso.

Me sento na cama novamente virado para ele.

— Você está ah… sei lá, com medo de mim depois do que aconteceu hoje? Eu… eu posso te tocar?

— Pode, eu não estou com medo de você, eu só… vou dar um chute no saco de qualquer homem que se aproximar de mim agora. — falo e abro um meio sorriso.

— Isso me inclui? — ele toca a minha perna.

— Não, eu não consigo ter medo de você, sei lá…

— Eu percebi, ninguém nunca mandou um ir me foder, só o Jeremy em algumas vezes, fora ele, ninguém.

Eu sorrio com o seu comentário e abaixo o rosto.

— Podemos dormir? — ele sugere e eu assinto me deitando ao seu lado, Justin evita se aproximar tanto, ele nem me toca. Uau, ele sabe ser gente mesmo.

— Você pode me abraçar se quiser, eu não tenho medo de você, já disse. — eu tomo a iniciativa de me aproximar mas é ele a colocar seu braço sobre minha cintura, como sempre faz — Como você sabia que eu precisava de ajuda? Aquela porta é anti ruido, não dava para me ouvir gritando.

— Depois que o homem que fica responsável por controlar os computadores e etc, saiu, eu esperei durante um minuto para ver se o cara que realizou sua prova iria sair, eu pensei "porra, ela provavelmente não andará por cinco minutos, mas não quer dizer que eu não posso a levar para o quarto no colo e quando passar o efeito poder a foder o dia inteiro" mas ele não saiu, então eu entrei para te esperar atrás daquele vidro, pensei que ele poderia estar conversando com você, mas quando eu entrei, ele já estava em cima de você.

— Você bateu nele com tanta raiva que eu quase pensei que você simpatizava comigo.

— Quase pensou errado então.

— Eu tenho que começar esse trabalho nesse domingo?

— Já quer folga?

— Eu pensei que iríamos patinar.

— Dá para fazer tudo de manhã, não vai ocupar o IB no domingo o dia inteiro, é uma hora, no máximo uma e meia.

— Hm… que fofo, me levando para um passeio.

— Se falar assim de novo, você não verá a luz do sol nem do IB.

— Eu não sei se eu vou dormi essa noite, nem com remédios.

— Eu não vou ficar acordado com você. — me mexo na cama e me viro para Justin o olhando e eu assinto. É injusto pedir isso para ele ficar já que terá que levantar cedo e ele não tem nada a ver com as coisas que acontecem comigo.

Coloco meus dedos sobre seu cabelo e começo a acariciar o local e faço cafuné.

— Por que está fazendo isso?

— Não tem um motivo específico, só… estou fazendo.

Ele fecha os olhos e eu me mantenho fazendo. Se a sete meses atrás me dissessem que eu estaria aqui, na cama dele fazendo cafuné nele, eu com certeza negaria e diria que a pessoa está ficando louca. Que merda.

Depois de alguns minutos, Justin já está dormindo, eu me levanto da cama sem o acordar. Tem uma varanda no quarto, é grande, eu saio fechando a porta e indo para ela. Sinto o vento gelado bater em meu rosto. Eu odeio essa insônia que não me deixa dormir. Me sento em um banco de madeira que há nele e abraço meus próprios braços, sentindo o vento, eu começo a chorar, por tudo que aconteceu, é só mais uma marca em meio a milhares e milhares de marcas, minha vida não começou no IB, tenho histórias de antes do IB.

Eu não sei ao certo quanto tempo eu fiquei aqui, chorando, depois que eu me sinto no meu limite nessa questão, o sol já estava começando a sair.

— Kaitly? — Justin me chama de dentro do quarto e eu me levanto do banco indo até lá.

— Você levanta cedo. — falo entrando e sentindo o clima quente do quarto. Ele agora está com uma escova de dentes na boca e a porta do banheiro aberta, aproveito e entro pegando a minha escova.

— Você passou a noite do lado de fora? — ele pergunta após cuspir o creme dental na pia.

— O que te faz pensar isso?

— Seu lábios estão roxos e seus dedos brancos.

Olho para meus dedos e ele tem razão.

— Não estava com sono. — coloco o creme dental na escova.

— Ok… eu vou tomar banho para correr.

— Eu posso ir?

— Tomar banho ou correr?

— Correr.

— Não sei… vai ficar falando sem parar?

— Não… — falo meia incerta.

— Hm… vou pensar no seu caso. — ele enxagua sua boca com água e finaliza a escovação com listerine

— Você é chato. — falo colocando a escova na boca e começando a escovar os dentes.

— Não é o que normalmente você diz na cama. — ele diz levantando a camiseta, aproveito minhas mãos geladas e coloco em suas costas que ainda estão quentes —Filha da puta! — ele grita e eu começo a rir.

Ele entra no box do banheiro e eu finalizo minha escovação com listerine e em seguida, bato no vidro do box.

— Ah… eu posso… entrar?

— Se você quiser.

Comprimo meus lábios sem me mover.

— Você está com medo?

— Eu... eu não tenho medo de você, eu não tenho mesmo, mas… a sensação que eu tenho agora é... eu não sei explicar. Ontem eu passei horas no banho chorando e esfregando minha pele, como se eu pudesse me livrar dos toques daquele homem e voltar a ser a Kaitly de antes de tudo isso e com todas essas vezes que um homem se aproxima desse forma de mim aqui no IB, é como se levasse uma parte de mim e eu me sentisse incompleta para estar afrente de você... tipo… você vai me querer da mesma forma depois do que aconteceu? Se sentirá atraído sabendo do que aconteceu? Não terá nojo pelo que aconteceu? Eu sei que a culpa não é minha, mas as vítimas sempre se colocam em uma guerra interior do… "o que eu poderia ter feito para evitar isso?". Eu sei que provavelmente você está pensando "porra o que ela está dizendo? Primeiro pede para entrar e depois faz um discurso do porquê não entra". Oh meus Deus, eu vou embora, eu nem deveria ter começado a falar. — me direciono para a saída não sabendo o que de fato estou falando.

— Kaitly… — eu paro — ah… — ele limpa a garganta claramente nervoso e sem saber o que dizer — Eh… só, vem. — ele se embola com as próprias palavras, não sabendo o que falar.

Eu não me sinto obrigada a ir, eu quero ir para poder falar para mim mesma "Ei, você é a mesma Kaitly, ele não levou você ou a sua vida junto quando tentou fazer isso".

Me direciono ao box e tiro minha roupa, mantendo minha calcinha e com as mãos afrente dos meus seios e eu entro.

Justin está de cueca e ele me puxa para debaixo do chuveiro e ele se mantém atrás de mim, ele passa suas mãos sobre meus ombros e braços, e ele começa a massagear minhas costas.

— O que você está fazendo?

— Só relaxa, Adams.

— Essa fala é minha.

— Mas hoje os papéis estão invertidos, ao que parece. — eu sorrio. Eu não acredito que ele está fazendo isso — Ah… sobre o que disse… bom, eu não tenho nojo de você pelo que acontece, eu não tenho razões para isso, não precisa ficar desconfortável quanto a mim. — suas mãos vão para meus braços que tapam meus seios e ele os abaixa deixando meus seios a amostra como quem diz, "viu, não há nada de errado" ,— Eh… bom… porra, eu não sei o que dizer porque eu não sou bom com palavras. Ah… você tem um corpo bonito, não precisa ficar desconfortável quanto a ele porque um filho da puta o tocou contra sua vontade. — ele me vira para ele e eu abro meus olhos e o olho, eu junto nossos lábios iniciando um beijo, calmo e tranquilo, eu coloco meus braços entrelaçados em seu pescoço e a mão dele desce e para na minha cintura, a nenhum momento ele desce, ele foi respeitoso quanto a esse momento.

Separamos nossos lábios e nos encaramos, eu sorrio para ele.

— Obrigada. — falo e ele assente.

— Preciso garantir minha foda.

— Meu Deus, você é o pior Bieber. Como consegue estragar tudo? — pergunta rindo.

— Não sei, acho que é um dom. — escondo meu rosto em seu peito.

— Eu estou exausta. — falo ainda com a cabeça escondida em seu peito.

— Tem prova hoje, não pode estar exausta.

— E quem irá realizar minha prova hoje?

Ainda tem dois dias desse inferno em forma de prova.

— Eu. — merda.

— Ah… okay, aí você me dá pontuação máxima. — brinco.

— Não, darei de acordo com sua prova.

— Qual é! Eu durmo na mesma cama que você todos os dias, é o mínimo que você poderia fazer por eu te aturar o tempo inteiro.

— Você é muito interesseira. — ele diz rindo.

— Eu? Só porque estou com você pelo conforto de uma mansão e uns bônus, eu sou interesseira? — pergunto irônica.

— Fica quieta ou vou começar a considerar isso que está dizendo. — ele diz brincando.

Estou um pouco apreensiva sobre ele fazer minha prova mas provavelmente ele não voltará atrás.

(···)

— Okay Adams, você já conhece a prova, nós vamos iniciar ela agora. Eu não vou pegar leve com você, tenha isso em mente. — ele me entrega o envelope — Ei você, fora! — ele fala para o homem que controla algo no computador, até agora não sei o que é.

O homem se levanta e sai do cômodo e fecha a porta.

— Tem como escurecer os vidros, não precisava disso.

Tiro minha blusa e penduro em um gancho e em seguida faço isso com a calça.

— Mas quem disse que isso não será usado? O vidro ficará escuro a prova inteira.

— Mas Bieber, o vidro não fica claro durante a prova?

— Ah Adams, não enche!

Ele sempre me chama de Adams durante o horário que estamos no IB, é justo.

Me sento na cadeira e ele me prende, em seguida, ele escurece os vidros e ele manda o homem entrar.

O homem clareia o vidro inocentemente, provavelmente por estar acostumado a manter assim durante as provas.

— É para ficar escuro, porra. — Justin diz abrindo a porta.

— Ah, perdão senhor, é que...

—Você não quer ir contra uma ordem minha cara, vai por mim.

O homem não tenta mais e eu leio o envelope.

Sua amiga das provas do IB contou sobre uma gravidez, porém ela não quer se apresentar ao monitores e pediu para você esconder. Você foi chamado por um monitor que te observava e te achou estranho durante o dia, ao esconder o segredo.

Sua tortura é em dobro, pontos bônus por tirar sarro, serão adicionados a sua pontuação final.

Segredo a esconder: gravidez da amiga.

— A prova de hoje vale 300 pontos, tem os adicionais como você provavelmente leu. A duração hoje é três minutos e meio. — ele coloca aquele negócio esquisito nas minhas têmporas.

— Foi você que fez a minha prova de hoje?

— Não, eu estou somente aplicando a prova. — ele diz como se fosse óbvio. Entrego meu envelope para ele e ele sai da pequena sala.

O som de início de prova se faz presente, igualmente Justin que adentra a sala que já se encontra mais escura e mais fria e agora com os vidros escuros.

— Eu tenho notado que você está diferente Adams. Tem algo a me falar?

— E o porquê eu teria algo a te falar? — esses pontos bônus têm que valer a pena porque quando Justin é desafiado, ele parte para cima.

— Não sei… você não esconde nada?

— Eu esconder algo? — Justin vem com aqueles criador de dor ambulante, ele está com uma expressão bem seria. Ele coloca o laser sobre minha perna me dando um choque, só que um choque bem mais forte do que dá outra vez. Eu grito em resposta.

— Fala porra!

— Eu não sei do que você está falando. — meus lábios estão trêmulos, eu não vou chorar, eu vou suportar a dor.

Ele coloca o laser nas costas da minha mão e a dor que eu sinto quando ele pressiona o botão é de uma faca atravessado minha mão.

minha boca se abre em "o" pela dor que se faz presente no local e em seguida, eu grito chorando ao mesmo tempo, é uma dor horrível, eu só lembro de olhar procurando pela faca que deveria ter atravessado minha mão.

— Está doente o dobro porque está mentindo, pare de mentir e responde logo porra!

Balanço minha cabeça negando não conseguindo o olhar.

Ele coloca o laser sobre minha perna e pressiona o botão e eu sinto como se um cachorro enorme tivesse arrancado um pedaço da minha perna, eu juro. Eu não falo nada e a próxima dor é nas pernas novamente, dor de perfuração em ambas as pernas como se diversas flechas tivessem atravessado minhas pernas.

— PARA, POR FAVOR! TEMPO! EU NÃO AGUENTO ISSO! — eu praticamente grito me meio a lágrimas e eu começo a tentar me levantar e me soltar em um momento de completo pânico.

Justin pressiona o botão daquela coisas e direciona na minha barriga, me seguida, eu sinto uma facada sobre o local, só que essa facada começa a queimar meu interior, como se fosse uma faca com algum ácido ou até mesmo uma faca quente.

Eu grito com as lágrimas caindo e isso é um suficiente para me fazer fechar os olhos e eu não lembro ao certo o que aconteceu, eu só lembro que apaguei por não suportar a dor.

(···)

— Ela está acordando, senhor. — abro meus olhos e a claridade me incomoda, olho ao redor tentando me localizar. Hospital, que merda, que ferimentos eles limparam?

— Sai. — ele diz para a enfermeira, eu a vejo assentindo e se retirando. Eu já não sinto dor em nenhuma parte do meu corpo, só minha cabeça que está pesada.

Me sento na cama.

— O que aconteceu?

— Você apagou.

— Isso eu sei, quero saber porquê.

— As pessoas lidam diferentes com o sentimento da dor, algumas desmaiam quando vai além do que consegue suportar.

Não falo nada por um momento, ele só estava cumprindo com o seu papel…

— O que foi?

— Nada.

— Fala logo porra.

Me levanto e percebo que estou sem calças, somente blusa e calcinha, eu olho para o Justin e para mim.

— Não fizeram nada. — ele afirma.

— Eu sei. — ele não deixaria.

— Você está brava, não está? — ele nem me encara quando pergunta. Me levanto indo em direção a um local onde minha calça está.

— Não… eu só estou… chateada. Eu imaginei mesmo que você fosse parar antes dela facada. — me magoa pensar que minha dor é insignificante para ele. Okay, era uma prova, ele agiu certo, mas a forma que ele o fez e o modo frio dele, me faz pensar, será que se ele tivesse que presenciar uma tortura minha real ou tivesse que fazer, ele se manteria neutro? Ele iria rir disso? Eu não deveria ficar paranóica com isso, é só sexo, tudo precisa se manter nessa linha.

— Qual é Kaitly, eu te tratei com eu trataria qualquer pessoa que fizesse prova eu estivesse aplicando a prova. Por que você não simplesmente disse logo a porra que está escrito?

— Eu não queria perder os pontos, sete meses e trinta e dois níveis? Eu não vou sair daqui nunca. — me sento na cama já vestida. Estou falando tudo pacientemente, eu não quero brigar e eu não quero tirar a razão dele, era uma prova.

— Para de drama, eu sempre fui totalmente sincero de como seria seu tratamento no IB, te chamo de Adams até quando estamos só em alguma parte do IB, eu pensei que você fosse madura o suficiente para conseguir separar as coisas, mas obviamente você não é.

— Eu disse que não estou brava, só chateada, não estou dizendo que queria um tratamento especial, só não imaginava essa frieza. Espera, onde você vai? Estamos conversando. — ele se direciona a porta.

— Chega de conversa, eu não quero mais isso, para mim chega. — ele sai e bate a porta.

Lá se vai a chance de evitar brigas. Eu não queria que ele entendesse as coisas dessa forma e sim, talvez eu não consiga separar as coisas, mas se for ver através do meu ponto de vista, verá que é complicado, dormir com uma pessoa e essa pessoa te ver gritar de dor a ponto de suplicar para que pare mas não o fazer. Eu não sei… eu tentei evitar que ele pensasse assim porque eu entendo o lado dele. Entendo que era uma prova, eu não sei, eu estou confusa sobre o que de fato estou pensando.


Notas Finais


Kaitly, querida, nem te conto o porquê a frieza do Justin te incomodou, vou deixar você descobrir sozinha, tá bom anjo?

Aaaaaa, maravilhosa, vai representar as mulheres (homens também) no IB, hm.... ao mesmo tempo, traidoraaaaa! Trabalhando para o IB? Como assim querida? Só deixo porque é para uma boa causa.

Espero que tenham gostado e eu vou tentar postar mais capítulos porque eu estou bem ansiosa para o final que será... Não vou falar. Inclusive, semana que vem será nossa maratona do mês de março!


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