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História Contraditório - Beijo


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oi!

Boa leitura!

Capítulo 15 - Beijo


Fanfic / Fanfiction Contraditório - Beijo


- É sério Hina-chan, eu não sei o que fazer. – o alfa puxou os próprios cabelos, nervoso.
- É sério Naruto-kun? Não acredito que depois de mais de um mês que estão morando juntos, ainda não se beijaram. Pela Deusa, ele até já tem sua marca. – falou a ômega estupefata por tamanha lerdeza de seu melhor amigo, até ela, que era tímida e ômega já havia dado alguns beijinhos, nada com importância, mas pelo menos já tinha algo de experiência, ao contrário de seu amigo, que nunca em sua vida havia beijado ninguém.
- Eu sei, mas é que quando estamos sozinhos eu simplesmente não consigo, quando quero beijá-lo acabo travando.
- Gosta dele? – perguntou a menor.
- É claro. Eu... me apaixonei por aquela rúcula orgulhosa e mal humorada. – respondeu o alfa, já havia conseguido admitir, tanto a ele mesmo quanto à sua amiga, que amava ao teme grosseiro.
- Então pare de pensar e comece a agir, antes que alguém mais o faça. – os azuis olhos se abriram como pratos.
- Acha que alguém pode roubar meu teme? – perguntou temeroso, a ômega deu de ombros.
- Sasuke-kun é muito bonito, e seu odor é muito agradável, qualquer alfa se interessaria. – a ômega não precisou dizer mais nada, essas únicas palavras já haviam servido para que o loiro saísse correndo do clube de dança, onde estavam, a deixando com um pequeno sorriso nos lábios. Hinata não havia mentido, Sasuke realmente era muito bonito e agradaria a qualquer alfa, que não se importasse com a personalidade forte deste, mas contrário ao que havia dito, sabia que o ômega jamais daria atenção a qualquer um que não fosse seu dobe, já havia percebido os olhares do Uchiha a seu amigo, quando os acompanhava nos treinos de defesa pessoal, sabia que Naruto era o único que Sasuke permitiria chamar de “seu alfa” – Ainda assim, um empurrãozinho não faz mal a ninguém. – falou a ômega a si própria com um sorriso, voltando a seu treino de dança, mesmo havia perdido seu parceiro.

 

(...)

 

Naruto corria pelos corredores escolares com seu coração disparando forte em seu peito, seu lobo correndo nervoso aos uivos, desejando encontrar à seu ômega e marcá-lo com seu odor, mostrando para todos que ele era seu. Não sabia o que faria ou o que diria quando o tivesse à sua frente, se deixou levar por seus impulsos e ao vê-lo ao longe, no tatame de judô, junto a outro alfa com o qual treinava, não pensou, apenas deixou que seus instintos falassem mais alto, e sem se importar com os olhares alheios, correu ao encontro do menor, subindo ao tatame.


- Dob... – não pensou, deixou-se levar e sem permitir que Sasuke falasse, colou seus lábios em um beijo, seu primeiro beijo. Os olhos do ômega se abriram como pratos e todos os alfas à sua volta começaram a gritar e assobiar – O-o que faz? – perguntou o pequeno assim que suas bocas se separaram, suas bochechas muito vermelhas pela vergonha. Naruto sorriu, afagando com os nós de seus dedos a face rubra alheia.
- Te amo Sasuke, amo a forma como me completa. Sei que não sou um alfa convencional, que estou longe de ser o sonho de qualquer ômega, mas... eu de verdade te amo, amo cada um de seus defeitos, tanto quanto suas qualidades. Então... seja meu ômega, por favor. – o loiro falou tudo com as bochechas coradas, por estarem sendo assistidos por toda a equipe de judô da escola, muitos deles rindo, enquanto alguns soltavam comentários irônicos, alguns poucos somente observando calados.
- Usuratonkachi... vá embora... depois conversamos. – respondeu o ômega ao final, para a decepção do alfa, que sentiu-se rejeitado, seu lobo choramingando com as orelhas caídas, o rabo entre as patas. De cabeça baixa, o alfa saiu, mas não voltou à sua sala de dança, ao contrário, se trancou em um banheiro, onde pôde chorar suas amarguras.

 

(...)

 

Não passaram nem vinte minutos quando o loiro já mais calmo, saiu da cabine onde estava, levando uma surpresa ao encontrar ao Uchiha parado à sua frente, com os braços cruzados à frente do corpo.


- S-sasuke... – gaguejou nervoso. O ômega ao ver seus olhos vermelhos e aguados pelo pranto, suspirou, aproximando-se e o puxando a si, colando mais uma vez seus lábios, para a surpresa de Naruto, que deixou duas novas gotas grossas caírem de seus olhos – Por-por que...
- Você é um idiota, Naruto.
- Sasuke chega, eu já entendi... – o moreno o cortou novamente.
- Entendeu o que? Eu não disse nada.
- Não foi preciso, eu entendi. Você não gosta de mim da mesma forma. – o moreno suspirou, resolvendo dizer tudo o que tinha guardado por tanto tempo.
- Eu não gosto de alfas, a maioria, pra não dizer todos, são egoístas, arrogantes e violentos, não se importam com seus ômegas. Meu pai é assim. Eu... você uma vez me perguntou porque eu estava morando naquele lugar... meu pai me expulsou de casa Naruto. – a boca do alfa se abriu em um perfeito “O” – Meu pai me queria casar com um sócio dele, um alfa que tem idade pra ser meu avô, eu me recusei, disse que queria estudar e não viver pra trocar as fraldas de um velhote alfa que eu nem conheço. – o ômega abaixou os olhos, encarando as próprias mãos, as quais se remexiam uma à outra com nervosismo – Meu pai se irritou, me deu um tapa e disse que se eu estava insatisfeito, que fosse embora. Que enquanto eu vivesse sob o teto dele, teria que obedecer suas ordens, como... como o ômega inútil que sou. – os punhos do alfa se apertaram em punhos, seus olhos ardendo novamente, queria chorar de novo – Eu me recusei e... ele me deu quinze minutos pra recolher minhas coisas, depois me colocou pra fora. Minha mãe não fez nada, não a culpo, sempre foi uma ômega submissa. Mas meu irmão era alfa, ele podia ter feito algo... ainda assim não fez nada, só ficou olhando. Sempre pensei que meu irmão era um alfa diferente, que não era como os outros, como meu pai, mas naquele dia... naquele dia ele me mostrou que podia ser igual a todos os outros.
- Sasuke...
- Acredita que ele nem me procurou depois disso? – o menor sorriu com tristeza – Nenhum deles me procurou. Itachi podia ter me abrigado na sua casa, ele não morava com nosso pai, podia ter me procurado, mas não fez, não fez nada... só para não desagradar nosso pai. – as primeiras gotas quentes finalmente desceram pelo rosto pálido, sem permissão – Todos os alfas são iguais... era isso o que eu pensava, até que te conheci. Você é diferente Naruto, como você mesmo disse, não é um alfa convencional, e é exatamente por isso que... que eu te amo. – o último o disse em um sussurro, envergonhado, os olhos do alfa se abriram em surpresa, seu coração acelerou e seu lobo voltou a correr, feliz, com o rabo abanando.
- Você... me ama? – perguntou com um pequeno sorriso, o menor acenou com a cabeça – Mas... então porque quando me declarei...
- Não queria dar o gostinho àqueles alfas idiotas de me verem envergonhado. – respondeu corado, o alfa sorriu em grande.
- Então... então aceita ser meu ômega? – perguntou novamente, esperançoso, seus azuis olhos brilhando.
- Só se me prometer que nunca vai mudar. – o loiro assentiu, sorrindo, aproximando-se mais.
- Então... posso... posso te b-beijar? – as bochechas pálidas ficaram ainda mais vermelhas, até as orelhas, ainda assim o ômega assentiu. Tímido, o alfa aproximou-se mais alguns passos, suas mãos trêmulas indo à cintura contrária, seu rosto corado e sua respiração agitada quando seus lábios se juntaram pela terceira vez. O ômega entreabriu a boca, dando passagem para a língua alheia percorrer seu interior, enquanto levava suas mãos ao início dos cabelos dourados. Quando se separaram, ambos estavam corados, com as respirações pesadas – Te amo. Te amo tanto, Sasuke. – o alfa afundou o rosto na curva do pescoço contrário, inspirando o doce odor a jasmim e mel, que tanto amava, seus braços ainda abraçando a cintura do outro – Repete... repete por favor, repete que me ama. – os olhos negros se reviraram.
- Menos dobe, não vou repetir. – o maior fez bico e seguiu ao moreno, que já saía do banheiro.
- Vamos Sasukeeee... repete.
- Não. – inflou as bochechas o alfa.
- Rúcula amarga. – ainda assim sorriu, deixando um suave beijo na bochecha contrária, que tirou uma leve cor rosada da pálida pele – Ainda assim te amo, teme. – e dizendo isso, tomou a mão contrária, entrelaçando seus dedos, para seguirem juntos seu caminho, na escola e na vida.
 


Notas Finais


Último capítulo de hoje, espero que tenham gostado.
Continua...


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