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História Contrato - Fillie - Raio de sol


Escrita por: fl0rence

Notas do Autor


Hey quarenteners!!!! Como ces tão?
Desculpem quaisquer erros por aqui.
Boa leitura pra vocês e espero que gostem! 💖

Capítulo 24 - Raio de sol


Ele não falou nada, apenas continuou me puxando pela mão até estarmos dentro de seu quarto. Fui até a cama king size e me enfiei debaixo dos cobertores como se fosse minha própria cama. Me encolhi no segundo seguinte. 

–  Estou sentindo sua tensão daqui. 

– Não é como se estivesse muito longe.

– Está tudo bem, Millie. Tenho certeza que Robert está vivo. 

– Se ele estiver morto não está bem. Se ele estiver vivo continuará não estando bem. 

– Que tal desligar a cabeça por alguns instantes? Ficar matutando sobre isso não vai mudar a situação. 

– Estou tentando desligar há horas. 

– Talvez eu possa ajudar. 

– Como? 

– Vem aqui. – Pediu e senti meu peito inflar. Obedeci me  arrastando até ficar poucos centímetros de distância. Ele continou me observando só que agora dedilhando o meu rosto. Lutei contra a vontade de baixar as pálpebras e apreciar o seu toque. Seus olhos estavam tão escuros quanto poderiam ficar na baixa luminosidade. 

– Do que é que estava falando hoje de manhã? – Perguntei. 

– Qual momento? 

– Antes de você gorfar em mim, é claro. – Sua risada soou pelo nariz. – Estava dizendo coisas aleatórias como não poder fazer algo e não conseguir alguma coisa. Seria dormir com alguém? Estava manchado de batom. 

– Eu não me lembro nem como cheguei até aqui. Há muitas coisas que eu não posso fazer e que não consigo fazer. É uma pergunta vaga. – Agora seus dedos percorriam o meu ombro e braço.

– Por que se drogou? – A pergunta escapou antes que eu pudesse pensar sobre ela. Ele ficou quieto por breves instantes. 

– Por um momento de fraqueza. Não quis lidar com o que estava sentindo e optei por uma válvula de escape. – Contou sem muitos detalhes. 

– Uma bem ruim. Que pode te fazer vomitar nas pessoas. – Tentei acrescentar um pouco de humor e pelo visto deu certo. – Eu sei que não tenho nada a ver com a sua vida mas... bem, deve haver outros tipos de escapes que não envolvam esse tipo de coisa. Não é a melhor opção.

– Eu sei. – Enrolou uma mecha do meu cabelo com seu dedo indicador. 

– Como você está? 

– O quê? –  Franziu o cenho como se eu tivesse feito uma pergunta absurda.

– Como está se sentindo? Está bem? Como foi o seu di... – Não consegui terminar a frase pois repentinamente sua boca estava sobre a minha. A princípio eu não entendi nada, apenas me permiti desfrutar daquele beijo. Era acalentador. Diferente dos outros. Não estávamos sequer nos beijando de língua mas a sensação era como se fosse o melhor beijo de toda a minha vida. Os pensamentos a respeito de papai e todo o resto apenas desapareceram feito fumaça. Minha cabeça tão somente desligou como se alguém tivesse desativado o interruptor. Agora tudo o que eu sinto é leveza. A mão dmccxe é tão leve segurando o meu rosto que mais me parece um toque macio de seda pura. Parou apenas quando ficou impossível prender a respiração. Permaneci de olhos fechados. Não queria abri-los e muito menos me abster de seja lá o que é que eu estou sentindo. 

E então eu comecei a rir e a me remexer igual uma retardada. 

– O que você está fazendo?! – Gritei o mais baixo que consegui sem acordar a casa inteira. 

– Na minha língua é comumente conhecida como cócegas. – Ironizou. 

– P-Para! Eu não gost-to disso! – Reclamei começando a chorar de tanto dar risada. 

– Mas você está morrendo de rir. – Argumentou ainda sarcástico e com os dedos dançando na minha barriga.

– Estou falando sério! – Esbravejei com o meu contorcionismo a todo vapor. Ele me prendeu entre suas pernas e eu não conseguia sair de perto dele e de suas mãos assassinas.

– Por que está chorando, docinho? 

– Ora, seu...! – Fui xingá-lo mas uma gargalhada estridente me acometeu quando atingiu um ponto específico. 

– Seu o que? Huh? 

– APARVALHADO! 

– Apar quem? – Franziu o cenho com os cantos dos lábios curvados para cima em um sorriso estúpido.

– Apar-va-lha-do! 

– Me parece algo que o meu irmão de quatro anos diria. – Parei de me mexer igual uma doida embaixo dele.

– Você tem um irmão de quatro anos? 

– Não, mas se eu tivessse, certamente seria o tipo de xingamento que ele usaria. – Respondeu com um risinho. Semicerrei os olhos.

– Você tem um irmão. – Afirmei. 

– Tenho. – Confirmou sem rodeios.

– E por que eu não o conheci? 

– Porque ele vive com o meu pai e sua nova esposa. 

– Você disse que ele tem quatro anos mas Mary me contou que ela e se... Oh. – Entendi o ocorrido no meio da frase. Não conhecia Eric mas desgostava dele a cada dia. Como ele pôde trair alguém como Mary Jolivet?

– Vocês não são próximos? 

– Nos vemos em datas comemorativas.

– Eu gostaria de ter um irmão mais novo.

– É mesmo? 

– Sim. Você deveria ter mais contato com o seu. Sabe, não é culpa da criança.

– Eu sei. 

– Uhm... 

– O que foi? 

– Nada.

– O que foi, Millie? 

– Já disse que não é nada. Agora será que vossa alteza pode sair de cima de mim? Eu preciso respirar.

– Está dizendo que eu te deixo sem ar? 

– Sim. Não! Eu quis dizer não. – O sorriso em seu rosto enlargueceu e então ele voltou para o seu lado da cama. Meu bom Deus qual o meu problema? 

Após um bom tempo - diria vários minutos - em silêncio eu me virei de frente para ele.

– Está acordado? – Ele abriu os olhos no mesmo segundo.

– Sim. 

– Está com sono? 

– Não. 

– Eu estou. 

– Então durma. 

– Não quero dormir. 

– O que você quer? 

– Não dormir. 

– Você já está não dormindo. – Respondeu olhando como se eu estivesse louca. Eu fico assim mesmo quando estou com sono. 

– É mas... – Bocejei. – Eu quero ficar acordada. Converse comigo. 

– Sobre o que? 

– Qualquer coisa. 

– Me conte sobre sua mãe. – Mordi o lábio inferior. Pensei que ele fosse falar de qualquer assunto menos esse. 

– Minha mãe... Bem, eu não convivi muito tempo com ela. Eu era muito pequena, tenho vagas lembranças apenas. Mas são lembranças que eu guardo com carinho. 

– Estou ouvindo. – Disse com total concentração em mim. 

– Quando eu era criança costumava a achar que ela fosse uma fada. Porque ela era linda. Tinha traços finos e delicados. E ela cantava para eu dormir. Sua voz era tão etérea.

Meu raio de sol

Minha pequena partícula de alegria

Brilha e irradia com seu sorriso

O céu quer você mas é minha

Meu raio de sol 

Minha linda menina 

É como a luz da manhã

Encanta e energiza 

O céu quer você mas é minha

Minha pequena partícula de alegria

Cantei o último verso sentindo meu coração aquecer. Por meio minuto até me esqueci que Finn estava ali. Olhei em sua direção e ele ainda me fitava cativo. 

– O que foi? 

– Apenas te olhando. 

– Tira um foto que dura mais. – Brinquei. 

– Não preciso de foto se você estiver aqui.

E então num segundo eu estava sentindo as famosas borboletas no estômago e no outro eu estava envolta em seus braços. 

 

 

 

Eu acho que precisarei de tintas rosa para cabelos.


Notas Finais


YAYYYYY QUE CES ACHAM????? VAMO EXPLODIR ISSO AQUI DE COMENTÁRIOS HEIN
Será que agora vai????? Ou vou tombar todo mundo de novo? Hehehehe


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