— Sente-se aqui, uh? — sorri curto, apertando o nariz de Jackson que me lançou uma careta antes de sentar-se no sofá. — Você já está melhor?
Meu namorado concordou e continuou a me encarar daquela forma desconfiado. Sorri e o beijei nas bochechas, suspirando a seguir.
— Sua mãe ligou e disse que dormirá na casa de uma amiga. As avenidas estão interditadas. — Jackson concordou e deitou-se parcialmente no sofá, apoiando a cabeça em minhas coxas. Acariciei suas madeixas. — Sente-se bem?
Seu aceno fora lento. Sorri fraco, apertando suas bochechas.
— Pode me contar o que o afligiu durante esses últimos dias? — voltei a questionar, todavia, daquela vez a resposta de Jackson demorou a vir. Suspirei. — Eu passei esse tempo aflito, mas não perguntei, cute, esperei que me contasse. Todavia, você não o fez e eu não sei o que há de errado. Não quero pressioná-lo, apenas estou tentando entender.
— N-Na se...segunda fei-ra a-alguns ga...garotos fa...falaram-me c-coisas. — sua fala demorara mais a sair e eu supus ser devido a gripe.
— Coisas ruins? — ele concordou. — E você ficou triste?
Novamente, ele acenou.
— Acha que eles têm razão? Que você é tudo o que eles falaram? Que são verdades? — Jackson negou, acanhado. Sorri, acariciando novamente suas madeixas. — Então por que ficou tão triste ao ponto de negar-se a falar para mim?
— Pa...Pal-avras m-machucam. — fora a minha vez de concordar.
— Sim, amor, palavras machucam. — toquei seu queixo, fazendo-o erguer o rosto para me encarar. — Mas, você precisa saber que nem tudo o que as pessoas falam são verdades relevantes. Palavras destroem, mas apenas porque nós deixamos. Você sabe o quão incrível é e que não adianta o que eles disserem, isso não mudará. Apenas tente não se importar tanto porque na maioria das vezes as pessoas falam justamente para deixar-nos tristes, sabe?
— U-Uhum. — meu namorado sorriu e sentou-se, me abraçando de lado. Sorri ao senti-lo beijar minha testa. — E-Eu amo v-você.
— Você falou uma palavra sem gaguejar. — ri, apertando a ponta de seu nariz. Jackson franziu as sombrancelhas. — Repita.
— Amo. — ele sorriu largamente, batendo as mãos. — Amo, amo, amo.
— Yah! — o apertei, apreciando sua felicidade. Seguidamente, uni nossos lábios. — Eu te amo, cute.
O apertei e enquanto o via repetir várias vezes a mesma palavra apenas por não travar nela, tentava captar todas as suas emoções. Achava-o incrível e embora estivesse aborrecido com o que o aconteceu, não deixaria aquilo pesar. Jackson deveria esquecer comentários ruins e não se abater tanto, porque de uma forma ou de outra, eles sempre viriam.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.