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História Conversa Entre Ukes - Capítulo Único.


Escrita por: ADFlowright

Capítulo 1 - Capítulo Único.


Onodera Ritsu havia bebido muito noite passada, logo após terminar um trabalho extremamente longo que estava pendente. Dormiu como uma pedra durante toda a noite, e acordou atrasado, já que seu despertador quebrou quando caiu no chão depois dele mesmo o acertar com um chute. Então, se vestiu o mais rápido que pode e correu rumo à editora Marukawa.

Chiaki levantou mais cedo do que de costume. Havia passado a noite na casa de Hatori e logo depois que acordou, foi verificar o que tinha de comida ali para que pudesse se alimentar. Quando se dirigiu a cozinha, notou alguns papéis em cima da mesa de Hatori. Pensou em não mexer ali, mas e se fosse algo importante que seu amado precisaria? Após checar, notou que aqueles papéis eram todo o material que seu parceiro iria utilizar. Ele sabia disso porque antes de passarem a noite juntos, Hatori não parou de falar de seus trabalhos. Pensou por alguns minutos e decidiu levar os papéis até a editora, já que pareciam ser muito importantes.

Misaki, acordou encarando a face nada amigável de Usagi-san, que rapidamente tentou uma investida no garoto, que se esquivou mais rapidamente ainda. O menino lembrou o maior que hoje eles tinham aquele tal compromisso na editora Marukawa, na qual seriam discutidas todas as questões relacionadas a adaptação de um dos romances BL do autor em mangá. Seria o primeiro mangá yaoi que seria publicado ali. Claro que Misaki estava furioso com a ideia, já que Akihiko exigiu que o personagem uke fosse parecido com ele. A principio, tentou de tudo para tirar essa ideia da cabeça de seu amante, mas de nada adiantou. A teimosia de Usagi-san falou mais alto no fim. Partiram então em direção à editora.

Chegando lá, Misaki foi quase puxado para dentro por Usagi-san, uma vez que não concordava em caminhar.

– Misaki, vamos. Não será uma boa imagem você chegar até a sala sendo arrastado por mim. Vão pensar que eu estou te forçando. – Dizia Akihiko.

– E você não está me forçando??! – Respondia Misaki.

– Tudo bem. Vamos assim então.

Chegando em frente ao elevador, Usagi jogou-o para dentro, dizendo:

– Suba primeiro. Vou ao banheiro por um instante. E não ouse pensar em fugir. – Falou com a mesma expressão na face de quando acordou.

Onodera conseguiu parar o elevador a tempo de entrar junto com Misaki, seguido por Chiaki.

– Graças a Deus. Não posso beber mais e me atrasar desse jeito... – Sussurou Ritsu.

– Quem dera se meu problema fosse só um atraso... – Sussurou mais ainda Misaki, não podendo os outros dois o escutarem.

O elevador enfim se fechou e começou a subir. Tudo estava tranquilo até que de repente escutou-se um estrondo vindo da parte de cima daquele cubículo. Parou de subir e as luzes se apagaram. É, alguma parte daquele elevador quebrou, deixando os três presos ali por tempo indeterminado.

– NÃO PODE SER! COMO QUE VOU ENTREGAR ESSES PAPÉIS?! HATOOOOORI!!! – Dizia Chiaki, enquanto se abraçava aos documentos, para não perdê-los entre a escuridão.

– MAS QUE INFERNO! SE JÁ NÃO BASTASSE O ATRASO AGORA ISSO! PORCARIA DE ELEVADOR! – Berrava Onodera, enquanto socava um dos quatro lados daquele pequeno lugar.

– OBRIGADO MEU DEUS! NÃO PODIA TER ACONTECIDO COISA MELH... ETTO... Não é tão bom né... – Misaki tentava conter sua alegria ao sentir o desespero dos outros dois. – Bom, vamos nos acalmar e esperar esse elevador voltar a funcionar, não temo o que fazer mesmo...

– O animadinho tem razão. Nos estressarmos aqui será pior. – Completou Onodera.

Ficaram em silêncio por alguns minutos, na total escuridão. As luzes foram acesas, porém o elevador não voltava a funcionar. Chiaki não entendia o por quê daquele garoto ter ficado contente com tal situação e decidiu perguntar, já que a única coisa que restava ali era conversar para passar tempo.

– Ei, qual o nome de vocês?

– O meu é Onodera Ritsu.

– E o meu é Takahashi Misaki.

– Ok, o meu é Yoshino Chiaki. Então... Misaki, por que você ficou tão alegrinho quando quebrou essa porcaria de caixa?

– É... É uma longa história... e bem vergonhosa... – sussurrou para si mesmo estas últimas palavras.

– Ok. Vamos conversar para passar o tempo aqui. Se não vamos acabar enlouquecendo. – Dizia Chiaki, enquanto imaginava que se estivesse preso somente com Hatori seria bem melhor. – Onodera, você disse que tinha bebido ou algo assim... Tem algum problema?

– Oh, não... É só que nós conseguimos terminar um trabalho que já estava muito atrasado. Então Takano-san comprou muitas bebidas para “ comemorarmos”. Mas, consegui tirá-lo de meu apartamento antes de começarmos a beber. Então bebi tudo sozinho. Sou um idiota... Mas, e você não disse o nome do Hatori-san antes? Se quiser eu entrego os papéis para ele. – Onodera estava tentando ser amigável.

– Obrigado. Depois que sairmos daqui, se eu não conseguir, isso seria de grande ajuda. – Concordou Chiaki.

Enquanto os dois conversavam, Misaki estava sentado em um canto apenas com um sorriso pequeno no rosto, para que os outros não percebessem. Onodera olhou para aquele garoto e lembrou que um dos modelos para um personagem do novo mangá da editora se chama Misaki. Ligando os fatos, achou que era melhor esclarecer suas duvidas.

– Misaki, perdão mas você é aquele que vai ser o modelo para o personagem do nosso novo mangá?

Misaki corou rapidamente e seus olhos ficaram mais redondos e esbugalhados que nunca. A vergonha tomou conta dele, fazendo-o cair de costas no chão. O que deveria responder? A vontade de matar Usagi-san estava em seu nível mais alto. Era só o elevador voltar a funcionar que haveria um autor a menos na Terra.

– Então... É que... Bem, de c-certo modo... Como posso dizer... Totalmente contra minha vontade, s-sim. – Seu rosto estava quase explodindo de tão vermelho.

– Ahhh... Então você que é o amante de Usami Akihiko? – Indagou Chiaki, “inocentemente”.

– QUE???????!!!! NÃO... MAS COMO? DE ONDE TIROU ISSO? – Nesse ponto, Misaki estava quase morto.

– Desculpe. É que Hatori-san disse que esse autor exigiu que os personagens fossem ele e seu amante. Se não for, me perdo... –

– O QUE USAGI-SAN DISSE? EU VOU MATAR AQUELE FILHO DE UMA... – Berrava incontrolavelmente Misaki, enquanto quase abria as portas do elevador com suas próprias mãos.

– Então é verdade, né? – Perguntou Onodera, vendo todo o nervosismo do garoto.

– S-sim. Vocês devem ter nojo de mim agora, não é? Tudo bem... – Falava Misaki, ainda de costas para os outros dois.

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH – Chiaki ria sem conseguir parar. – HAHAHAH por que ter nojo? Eu sou o amante do Hatori-san... HAHAHAH Onodera até pode ter, mas quem sabe nós podemos trazê-lo para o nosso lado! HAHAHAH. – Dizia Chiaki, brincando com Ritsu.

– Não vai precisar... Estamos todos no mesmo barco. CLARO QUE SE VOCÊS CONTAREM ISSO PARA ALGUÉM, EU MATO OS DOIS ENTENDERAM? – Ameaçou Onodera.

– Vamos fazer uma promessa: o que for dito aqui, ficará aqui. Pode ser? – Perguntou Chiaki, estendendo a mão.

– Ok. – Todos juntaram as mãos, selando a promessa.

Começaram a conversar sobre suas vidas, ainda um pouco tímidos. Assuntos vinham sem sequer fazer esforço para pensar em algum. Ali se encontravam desconhecidos que mais pareciam amigos de longa data. Chiaki parecia o menos envergonhado desde o principio, tomando por várias vezes as rédeas da conversa.

– E então, nós somos todos ukes ou tem algum seme aqui? – Perguntou Chiaki, em tom de gozação, colocando as mãos de forma que tampasse a parte de trás.

– Sou o uke. – Respondeu Misaki

– Sou o uke também. – Completou Onodera.

– Onodera, quem é o seu parceiro? – Indagou Misaki, percebendo que este era o único que não tinha revelado quem era o seu amante.

– Acho que não posso chamá-lo de amante. Pelo menos não do mesmo jeito que vocês chamam os seus... Enfim, é o... é o... Ta-Takano-san. Mas nós não temos nada sério E NEM NUNCA VAMOS TER. JAMAIS VOU AMAR ELE NOVAMENTE! – Onodera ficou corado novamente.

– Wow... Takano-san é um homem muito bonito! Você tem bom gosto Onodera. Embora eu prefira o meu Hatori! – Chiaki estava se divertindo como nunca. – Apesar de que, quando não estamos fazendo aquilo, ele só fala sobre o trabalho. É a única coisa ruim nele...

– Agradeça. Usagi-san me usa para fazer seu trabalho! E agora mais essa ideia imbecil de me usar como modelo para o personagem uke de um mangá yaoi... – Dizia Misaki, com o ódio estampado na cara.

– Misaki, tenho que perguntar... Aquelas histórias não são reais, são? – Perguntou Onodera, enquanto soltava inúmeras gargalhadas.

– CLARO QUE NÃO!! NUNCA! – Misaki também soltava alguns sorrisos, mesmo tentando se forçar a ficar sério.

As horas passavam e cada vez as conversar se aprofundavam mais. A cada assunto novo, mais e mais gargalhadas eram soltas pelos três ali presos. Estavam realmente se divertindo, porém, o elevador começou a se mexer, descendo. Enfim, as portas se abriram, encerrando a conversa que, como prometida, ficaria apenas ali. Quando olharam para fora, ali estavam Takano, Akihiko, Hatori e alguns homens que estavam trabalhando no conserto do elevador. Ao olhar a cara de seus respectivos semes, não conseguiram segurar seus risos.

Os três semes chamaram os três ukes para comer algo, já que ficaram ali por mais de quatro horas, sem beber ou comer nada. Quando já estavam sentados em uma mesa de uma lanchonete que se localizava perto da editora, Takano tratou de explicar o que aconteceu com o elevador:

– Só para vocês saberem, o que aconteceu foi que estávamos instalando um kit de segurança novo naquele elevador, e nem era para ele ser usado ainda. Então, um dos cabos principais arrebentou e por isso demorou tanto o conserto. Mas, nós temos uma ótima noticia para vocês! – Disse Takano, sorrindo maliciosamente.

– Qual?! – Perguntaram Onodera, Chiaki e Misaki, animados, achando que era algum tipo de compensação financeira, ou algo do tipo.

– Os microfones são de ótima qualidade. Não pararam de funcionar nem um minuto! – Completou Takano Masamune, deixando Akihiko, Hatori e ele mesmo sem ar de tanto rir das caras de mortos de Ritsu, Chiaki e Misaki.



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