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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 13 ''Milhões de razões sobre um amor frágil''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
Tem alguém acordado ai?
A música do caps de hoje é:: Million Reason - Lady Gaga
Em homenagem a meu melhor amigo kkk essa vadia ridícula ♥
Sem mais delongas, tenham uma boa leitura ♥

Capítulo 13 - Capítulo 13 ''Milhões de razões sobre um amor frágil''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 13 ''Milhões de razões sobre um amor frágil''

O sol já estava se pondo, Cosima andava pelo piso plano do hospital, em busca de algo, melhor, de alguém. Sua animação estampara sua face, como se estivesse prestes a compartilhar algo para o mundo. Ao atravessar o vasto corredor pode ver pela sala de vidro de Art, uma reunião plausível p/ todos que estivessem dispostos a recrutar alguns passos e ouvir atentamente.

- Não, não, não... – Delphine exprimia de um lado p/ outro. – Aconteceu tudo tão rápido.

- Delphine, Kendall se foi. –  Doutor Dawkins dizia. – Você fez tudo que podia.

- Eu deixei algo passar. 

- Tem certeza? – Scott pergunta, tentaram de tudo na sala cirurgica.

- Não, não tenho certeza porque eu não prestei atenção. Eu não estava 100%, eu devo ter deixado passar. – Confessa atordoada. Art chega com cara de poucos amigos. Tornando o clima ainda mais sobrecarregado. 

- Será que algum dos Doutores poderia explicar porque a paciente que vi a poucas horas atrás viva está no iml com as pupilas imóveis e dilatadas?

- Kendal teve uma parada cardíaca, tentamos trazê-la de volta. Mas não pudemos salvá-la.

- Não, Podíamos ter evitado, não devia acontecer. – Art dizia. Claramente era um caso importante pra ele. Art poderia julgar a cada um como nunca, mas não da forma que Delphine julgava e culpava a si mesmo. 

- O que está fazendo? – Cosima assusta-se com a pessoa atras de si. 

- Hey! Eu... Eu estava procurando por você. – disse incerta. 

- Sério? Estava fazendo a mesma coisa. Será que podemos conversar?

- Oh, agora? Okay, claro. Vamos? - Ela indica o caminho e saiu acompanhada. 

**

ANTES

Delphine não entendia. Não entendia o que aconteceu depois da última frase ‘’ escolha o meu amor’’. Não entendia a ausência de som, não entendia sua expressão, simplesmente não entendia.

- Eu, eu deveria ir agora.... – balbuciou. O que precisaria? Chacoalhar os ombros para fazê-la entender o peso de suas palavras? E se não foi fácil ouvir o que dirá dizer. – O quê? Foi demais? Eu sei, patético.

- Uau! – Cosima soltou com o fôlego. E sorriu o que Delphine entendeu como um... bom sinal. Uma crítica positiva. – Uau! –  Sua mente ainda estava processando o que acabara de ouvir.

- Uau? – Delphine imitou-a. – Uau é bom ou ruim? 

- É sempre ótimo quando alguém diz que... Está apaixonado por você... Desta tipo, desta forma... Tão doce... e tão linda, Céus Delphine você é tão... - Não conseguia sequer achar uma palavra que a definisse naquele momento. - Mas... 

- Não, não, não... Sem o ‘’mas’’... – diferente do ‘’uau’’, Delphine sabia que aquele ‘’mas’’ não era bom.

- Sinto muito Delphine, mas eu preciso de um tempo para pensar... - Aquilo foi um balde de água fria nos ossos de Delphine, não sabia que tipo de filme andava assistindo, mas não era essa a reação que ansiava. Esperava ser beijada e não ser banhada pelas águas congelantes de um lago escocês. Mas Cosima precisava de um tempo, pra fazer mais do que beijar, precisava findar algo, resolver as coisas. Fazer do jeito certo, pois queria fazer mais do que beijar-la, queria sua consciência limpa de novo. 

- E...? – Felix perguntou ansioso. 

- E eu dobrei meu joelhos e pedir ela em casamento. O que acha que fiz? Eu sai. Fui embora. – Delphine murmurou enfiando garfada atrás de garfada na boca. 

- Ok, entendi. Será que dá pra ir devagar? Você nem estar mastigando. – Felix incomodava-se com o gesto peculiar que a médica digeria as coisas.

- Estou com fome, sem tempo. Esperando a biopsia sair. – ela deu um sinal com o dedo e continuou comendo. – Sabe Felix, eu não entendo.

- Eu sei. Por isto solicitamos a biopsia.

- Não. – ela deu uma pausa nas ervilhas, engoliu e suspirou. – Eu não entendo quando as pessoas dizem isto de tempo. O que é um tempo? O tempo é para médicos, patinadores. Ou você quer estar com alguém ou não. – Delphine parecia bastante chateada, esperava algo momentâneo.

- Você gosta dela. – Adele se sentou à mesa junto de Mark e uma porção de frango frito. Seu semblante era inacreditável e isto Delphine entendeu.  

- O quê? – Mark e Delphine dizem em conjunto.

- Mark, você gosta dela. - Justifica-se. 

- Quem? – Felix pergunta.

- Grace Rollins. – Adele responde.

- Ela te deixa suturá-la? - Delphine pergunta franzindo o cenho. 

- Hey Delphine sua biopsia está feita. - avisa, contudo aquilo não pareceu distrair-la. - Ok, Sim. Ela me deixa suturá-la. 

- Ah maldita... Fille ennuyeux! - Delphine esbraveja em seu idioma. Nunca deixara Delphine sequer chegar perto. – Quer dizer, eu acho que ela gosta de você Mark. Como descobriu Adele?

- É meu super poder. Certo, Felix?

- Eu não sei do que está falando. - Felix diz não dando importância. 

- Estou falando de você, uma garrafa de vodka e o Doutor Smith. - Adele confessa maldosa. 

- Que doutor Smith, Scott Smith? Scott? - Delphine dispara boquiaberta. 

- Ok, eu dormir com o Scott. Grande coisa!

- O quê? Quando? Oh Meu Deus! Por isso estava agindo estranho? Porque?

- Está me julgando Doutora Cormier? Vem cá, você não tem uma biopsia pra pegar não?

- Tem razão! - Droga, tinha que se apressar.  – Mas quando voltar quero ouvir detalhes. 

**

Presa em seus devaneios e a uma série de lembranças... Cosima encontrava-se em seu quarto, com o notebook no colo, permitindo-se sorrir para um vídeo. Onde nele, havia duas aventureiras, uma câmera em mãos e uma história. 

- Uma obra natural destas pode demorar entre 10 a 15 anos, assim pra funcionar mesmo. Depois disso, algumas duram mais de 500 anos. Não é incrível? Cos? – Shay dá falta de Cosima, e olha pra trás vendo-a estática na outra extremidade de uma ponte construída por raízes de arvores. – Qual é Cos? Nem é tão alto. Vamos ficar para trás. – indicou os turistas na frente.

- Eu não sei nadar Shay. – olhou para o riacho em baixo. E se a ponte arrebentasse?

- Eu sei, só precisa andar. Anda, me dá sua mão. Não precisa ter medo, estou aqui. – ela agarra em sua mão. – E eu sei nadar, se você cair eu te pego. – Shay ajuda Cosima a vencer o medo e atravessar o rio.  – Viu?

- Eu te amo.

- Eu também te amo! Agora vamos, estou tão ansiosa para chegar no parque. 

- Toc toc. – Suas alucinações são quebradas pela batida na porta. Parada, Delphine continuara de braços cruzados na entrada, esperando uma permissão.  – Posso entrar?

- Claro. – Cosima diz, fechando o notebook rapidamente. Delphine desfila pelo cômodo notando algo que não estava na cabeceira noite passada. 

- O que é isso? – Pergunta indicando a planta. 

- É uma Moringa oleífera, uma planta originária do norte da índia, cultivada apenas em algumas nações. Shay viajou por alguns países subtropicais até achá-la especificamente numa ilha do pacífico. Mas antes disto viajou pela América Latina e Caribe.

 Shay estava tentando curar-la também, só que da sua maneira. 

- Oh... - Então essa era a justificativa pelo sumiço? - É a sua cura?

- Sim. - Cosima conseguia captar seu ar cético que a médica exalava. 

- Você acredita? – Delphine perguntou, até porque Cosima também era médica. 

- Shay viajou por tanto tempo, ela estava por ai... Sinto que se ela tem fé... Eu também tenho que ter. Afinal, olhe para mim, preciso ter. Você não tem?

- Cirurgiões não creem em milagres Cosima. - Rebateu. - Mas não se preocupe, eu não vou fazer piadas sobre isto. Não tenho o direito. De tirar isto dela, de você... Porque eu acredito e acima de tudo amo o que eu faço, amo a ciência e se tentassem me tirar isto eu ficaria... distruída. Mas enfim, vamos aos seus exames... 

E de repente Cosima pôde perceber a paixão na sua fala, a mesma presente nas juras no momento em que prometeu curar-lá e também nas alegações da noite anterior.  Delphine não costumava gostar de muitas coisas, mas a ciência e a paciente do quarto 324b21 estavam entre elas.

E ela se sentiu tão sortuda quando percebeu. 

 

- Aonde está Shay? - Delphine odiava admitir, mas notou sua ausência. 

- Ela foi até meu apartamento.

- Hm. Okay. -  Era estranho, era como se faltasse algo e não era Shay. - Eu... Eu tenho que ir, tenho uma cirurgia.

E antes que Delphine desse mais um passo, Cosima a chamou. 

- Delphine... – E bem, só precisava disto, de uma faísca de conexão. 

De costas, Delphine vira-se de súbito e a beija intensamente. Acariciando seus cabelos macios e espessos, um beijo rápido, tórrido,  como se quisesse passar uma mensagem através dele, como se quisesse lembrar-la de não esquecer. 

**

- Está pronta? – Delphine perguntou p/ Kendal. A paciente estava deitava na maca, coberta por um fino lençol azul enquanto outro médico já aplicava a anestesia de uma grande seringa. - Tem algo a dizer?

- Estupida. – Delphine arqueou as sobrancelhas. Sério isto?  Prestes a ficar imóvel e desacordada a paciente tirou um tempo para insultá-la? – Você disse para seu amigo médico ‘’ me chame de estupida se acho que o amor pode curar tudo’’. Então eu te digo, estupida. – ela riu.

- Ok. Algo a mais? 

- Não vai revidar? Seria engraçado ver uma pessoa gentil como você retrucando aos meus insultos. E bem, isto pode acabar de duas formas, acho que seria bom ir sorrindo.

Delphine ponderou. Se viver tanto assim não ensina compaixão e generosidade, do que adianta?

- O amor não pode te curar porque você é um robô, você não entende, você é como... – seria infantil mas tinha que dizer. – um robô que quando vê alguém chorando diz: porque-aquele-humano-está-vazando? – ela imitou os gestos cibernéticos e Kendal riu mais uma vez. – Era isso que queria ouvir?

- Você não acha que eu queria morrer em casa? Ao lado do meu vizinho Carl e de seus irritantes dezenove gatos? Morrer em casa seria mais tranquilo. Eu sei que aqui é complicado, mas se eu morresse em casa não poderia doar meus órgãos. Você está certa, o amor não pode me curar mas eu posso curar outras pessoas. E isto é importante pra mim. Você tem que ver o lado bom Doutora Cormier. 

Delphine quis retirar o que disse imediatamente, que não tencionava e que mesmo que ela fosse um robô, era um modelo super avançado, a raça humana não tinha chance, mas Kendall já havia adormecido. Diria quando acordasse, bem, mais uma vez tencionava. 

**

AGORA

Quando Cosima encontrou-a já era noite, Delphine situava-se na lateral do hospital, sentada, de pernas cruzadas num banco de concreto. Já havia substituído o jaleco por um sobretudo vermelho. Logo, Cosima deduziu que estava indo para casa.

Uma brisa bagunçava seus cabelos mas não ousava apagar o cigarro entre seus dedos. A médica parecia estar há anos luz de distância, refletindo de algo que Cosima não sabia o quê, mas que associava a paciente que perdera há poucas horas atrás.

- Hey. – Cosima anunciou sua chegada. Sentando-se assim ao seu lado.

- Hey! – Delphine olha de lado e sorri torto. Ela tragou de novo, puxando um pouco mais forte por suas bochechas, desta vez libertando a fumaça lado inverso ao jardim.

- Não precisa apagá-lo. – Cosima nota a preocupação da médica em não fazê-la inalar as substancias soltas no ar. – Não vou demorar. E eu sei, não deveria estar aqui. Só que precisava falar com você, preciso. – Enfatizou. Seu tom de vez era receoso. Aproximou-se de Delphine e fez em um carinho em seu rosto com seus polegares. – Eu... – Aquilo era mais difícil do que pensara.

- Precisa de mais tempo? – Delphine perguntou mesmo já ciente da resposta. Sabia muito bem o que estava acontecendo, o peso da culpa que Cosima carregava, o tom de dó como expressava suas palavras. Mas no fundo, queria estar errada.

- Não. – respondeu. Sentindo as lágrimas brotarem no canto de suas órbitas. Por mais que tentasse secar-las, elas já trilhavam um caminho reto por suas maçãs do rosto.

- Eu pedi demais? – As perguntas de Delphine eram como uma faca de dois gumes. Miradas prontamente em direção ao lado esquerdo de seu peito. Porque não conseguia seguir o roteiro que havia ensaiado no espelho do banheiro? Onde era tão fria quanto a estação. Cosima podia ler seu semblante como um roteiro de uma peça triste.

- Delphine... Não tem nada de errado com você. – Disse, sua fala já embargada. Sua respiração pesada, falha. Puxava o ar fortemente pelo nariz a cada nova resposta. 

- Shay... Ela sabe que você está aqui? – Porque ela continuava a fazer aquilo?

- Sim.

- Oh, então... Você se decidiu? – Indagou. Mais uma vez, como queria estar errada. Delphine nunca foi boa em fingir, por mais que sua forma de falar fosse aparentemente indiferente, gélida, insensível... Seus olhos eram nomeados, seus olhos diziam, suplicavam ''Por favor, não vá''. ''Não faça isso comigo''. 

Cosima fica em silêncio, respira fundo e torna a falar.

- Delphine você foi a melhor coisa que aconteceu comigo neste hospital e eu sinto muito... Você ficou comigo sem ao menos me conhecer quando todo mundo pareceu fugir. Você nem hesitou. Você apenas ficou comigo. 

- Por favor não insinue que é você e não eu. Não faça isto...

Delphine começou a repelir seus toques.

- Eu não quero que nada te machuque... – Contudo Cosima ainda tentava. Mas há limites que não devem ser cruzados.

- Então é isso... Estamos terminando? – ela respirou fundo. Precisava de algo nítido ali. Segurou em seus ombros, firme. Cosima estava sendo alvo pro seus olhos desolados. O amor frágil venceu? O amor com vestígios de abandono. - Então você decidiu que a ama? Do tipo passarão muitas coisas juntas ou do tipo verdadeiro?

- Delphine... – Não queria dizer, afinal nunca tinha feito aquilo. Não imaginou o quão difícil fosse. Mas tinha que dizer. – Estamos terminando.

Estava acabado. E desta vez foi Cosima que se foi. Sem beijo de despedida, quer dizer, o último beijo tinha mesmo um gosto estranho. 

Delphine esperou seus passos não serem mais ouvidos p/ desabar. Soltou com o ar um choro repreendido, pesado e que durou menos de um minuto. Fungou o nariz, limpou as lágrimas, não iria chorar. Faria o que aprendeu desde que era apenas uma garota, sofreria com classe. Delphine retirou outro cigarro do maço e o acendeu. Desta vez tragou profundamente, sentindo sua garganta arder e seus pulmões expelirem a fumaça lentamente.

- Sinto muito. – notou que não estava mais sozinha. – Eu soube do caso Malone. Você fez o que podia. – Ela olhou pro lado novamente e desta vez enxergou Adele. Balançou a cabeça consentindo com seus sentimentos. - Então... Você e a paciente Niehaus, ein... 

- Você gosta de Mark. 

- Eu não, você que acha que ele tem cheiro de chuva.  – rebateu, cruzando os braços. Confirmando suas suspeitas. 

- Você vai contar?

- Eu poderia. 

- Não importa já acabou mesmo.  - Delphine retruca com uma expressão congelante em seu rosto. 

- Você vai contar ao Mark?

- Eu poderia.

- Também não importa. Não é de mim que ele gosta. – Adele deu as mãos com Delphine num gesto de confortou,  um amigável de ''estamos juntas nessa''.  – Eu tenho que ir, tenho que procurar um hotel disponível. E nesta época do ano... Arg! Malditos turistas. 

- Adele... – Delphine chamou. – Porque não veem morar comigo?

- Sério?

- Tem um quarto sobrando no meu apartamento. - deu de ombros. 

- Okay. - Adele animou-se e logo tratou de puxar-la pelo braço e arrastar-lá para casa. - Vamos fazer tantas coisas... Mas primeiro ,vamos parar no posto, precisamos de sorvete. Você vai superar essa. Vamos. 

- Será? - indagou sem animo. Não tinha certeza. 

- Bem, eu acredito que crer na sobrevivência é o que faz a gente sobreviver. Vai ficar tudo bem.

 


Notas Finais


Adele é a Izzy do grupo (pra quem vê Grey's) rsrs
E simmm porfavorzinho não me odeiem por esta última cena, isto vai contribuir bastante para o desenvolver da história, vcs vão vê
E gente acho que deixei algo subentendido ai ein kkkk
Então não me odeiem, lembre-se que amores fácies não fazem história.
e isto não significa que não terá cophine pela frente, pelo contrário.
Vai ter muito COPHINE SIM! Afinal o mundo é de cophine né, a gente só vive nele kkkk
Espero que tenham gostado, até a próxima bjs bjs ♥


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