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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 19 ''Tudo Que Eu Quero''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
Tenham uma boa leitura ♥

Capítulo 19 - Capítulo 19 ''Tudo Que Eu Quero''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 19 ''Tudo Que Eu Quero''

'' B612''  a voz metálica ecoou no aeroporto informando o próximo voo, seu voo. 

Delphine descartou seu café e ajustou seu blazer negro. Suas mãos estavam suadas pelo nervosismo, nas cadeiras desconfortáveis do aeroporto aguardava impacientemente a decisão de Sarah.

''Tripulantes do voo B612'' reforçou a porta-voz. Várias chamadas de embarque já haviam sido feitas e nada da britânica dá as caras. Quase sem esperanças, Delphine ergueu seu corpo e antes que pudesse subir pela rampa sentiu tocaram-lhe o ombro.

— Delphine! – Enfim Sarah a chamou, ofegante puxava Kira depressa pelo hall do aeroporto. 

— Que bom que decidiu vir. – Delphine deduz convicta. – É melhor nos apressarmos...

— Na verdade, eu vim me despedir Delphine. Não vamos com você. 

— Porque? Não quer conhecê-la? – Delphine parecia bastante desapontada. 

— Eu ainda não estou pronta. Sabe, até semana retrasada era uma espécie de órfã negra e daí descubro que tenho um pai, uma mãe e uma irmã. É meio louco, não sei se estou pronta pra essa merda toda.  – explica-se, expressando-se com gesto tortos. Ela abriu a mochila de Kira e de lá retirou uma maleta com amostras de sangue.  – Aceite como uma retribuição. 

— Tem certeza...? 

— Eu não a conheço... Mas se você a curar posso fazer isto algum dia... Mesmo que eu não saiba se eu vou, não é legal saber que nunca poderia ter a chance. Então, faça isto.  – Uma lágrima solitária desceu pelo rosto agora alegre da médica, Sarah esticou os lábios num sorriso tímido enquanto levantava a palma da mão. Contudo Delphine ignora seu gesto e carinhosamente a abraça. 

— Eu tenho que ir agora... – conclui soltando-se devagar. 

— Delphine... Espera... – Sarah pondera trincando os dentes. – Seria errado pedir seu número?

 Delphine sorriu e lhe entregou um cartão. 

— Por favor me ligue. O que você precisar, não hesite, okay? – Sarah assentiu e Delphine se abaixou para despedir-se de Kira. – Te vejo depois Macaquinha – Afagou seus cabelos. 

— Tchau Tia Delphine.

Delphine puxou sua mala e correu para ala de embarque, o avião estava quase fechando as portas. 

**

Quando Delphine decolou em Sam's Town sentia-se exausta, o voo de horas a deixou esgotada. Seu corpo pesado queria adormecer no banco traseiro do táxi, contudo uma mensagem de texto desviou seu percurso para casa.

Chegando no hospital, foi recepcionada por Adele, Mark, Felix e uma ''pequena'' faixa de ‘’ bem vinda de volta’’.

— Como sabiam que eu viria hoje? – perguntou cismada.

— Donnie nos contou. – Felix respondeu a abraçando, assim como o restante do trio.

— Qual é a da faixa?

— Oh.. – Mark se dá conta do plástico enorme atrás de si. – É pra uma médica antiga do hospital. Explico depois.

— Está bem claro. – Delphine deduz e fita o quarto convidativo a sua frente. –Como ela está? – pergunta apreensiva. 

— Solteira. – Adele responde eufórica. 

— Adele! – Felix a repreende. – Não podia esperar? Íamos contar juntos. Surpresa. –  Diferente de Adele, Delphine tentou disfarçar sua euforia interna. 

— Shay foi embora. – dá de ombros. – Ela está sozinha no quarto.

— Não foi isto que perguntei. – Delphine diz indiferente.

— Bem, é onde ela estar. – Adele diz reunindo os papeis sob o balcão de recepção. – Temos que voltar.  

— Esperem... Aonde vão? Não vão me contar porque o Mark foi suspenso?

— Bar do Francis, as vinte e duas horas. Estaremos lá. – Mark enuncia pondo de volta a máscara no rosto. 

— Porque estão usando máscaras?  

— O hospital está de quarentena. – Felix a avisa. –  Bem vinda de volta Cormier. 

Dito isto Delphine foi deixada no corredor,  acompanhada apenas de seus pensamentos turbulentos. Tinha tudo ensaiado, tinha tudo planejado. Mas aquela súbita notícia mudou o rumo de seu script. No seu enrendo apenas constava duas coisas: a cura e a ida, desta vez, definitiva. Onde só precisaria propor o tratamento e curar-lá. E então por fim, Cosima estaria livre de seus cuidados. 

Mas agora, poderiam ser uma opção. 

A médica reuniu todo seu desembaraço, respirou fundo e seguiu. Afinal, de qualquer forma tinha algo p/ compartilhar. 

Cosima encarava o relógio cuco da parede enquanto possuía o aparelho em mãos. Apreensiva, Delphine pôde ver seus dedos deslizando pela tela do celular e de costas esperou a ligação.  Absorta demais p/ nota-la. 

‘’ Salut, vous avez atteint Delphine Cormier... – sinal de Bip - ‘’ Você sabe o que fazer’’.

Delphine... Sou eu... Queria te dizer isto pessoalmente, mas não sei quando volta já que não retorna minhas ligações. Mas precisava te contar algo, algo que acontece quando adormeço... É tão fácil ir embora, é tão leve... Eu tive essa... Uma visão de você. Eu voltei por você. Eu sei, não posso continuar ligando.... Não quero que você entenda... Tudo que eu quero é ouvir seus passos, ouvir você batendo na porta...  Porque eu sei que se pudesse ver seu rosto mais uma vez, eu poderia morrer feliz.

Cosima não ouviu seus passos mas ouviu os gestos desastrosos de Delphine. Virou-se imediatamente ainda sem crer que ela estivesse mesmo ali. 

— Hey  – Seu rosto pálido iluminou-se e apesar de cansada seu coração pulou forte. Como se Delphine fosse capaz de invadi-la em silêncio, fazer-la se sentir bem apenas por sua presença. – Você voltou.

— Hey  – A voz da médica não passara de um sussurro.   Não era uma ida definitiva.

— Há quanto tempo está ai? – Cosima pergunta se aproximando com cautela. Delphine alertava-se a cada movimento feito. 

— Eu não sei... Acho que tempo suficiente.

— Pressuponho que...  

— É Verdade? – Delphine a interrompe com um tom exigente. 

— Não precisa dizer nada agora...

— É verdade sobre a Shay? – Enfatizou. Cosima a avaliava, suas órbitas eram sérias e sua postura rígida. – A mandou embora?

— Sim... 

— Porquê? –  Delphine cruzou os braços quase como automaticamente e esperou por uma resposta.  

— Você não me ouviu? – Cosima a fitava carinhosamente. Aguardava apenas um consentimento da médica p/ chegar mais perto. – É você Delphine... Sempre foi você.

A médica deu uma breve respirada mas manteve o timbre firme de voz. Tentar esquecer-la foi a coisa mais difícil que já fez, nunca permitiria machucar-se de novo. Porque bem, queria ouvir isto, só estava com medo. 

—  Então porque me deixou?

— Você disse que ficaria e você se foi... – Não era apenas Delphine que guardava rancor. – Nem sequer respondia minhas mensagens. 

—  Meu celular ficou apagado por dias. Além do mais, você quem terminou comigo. – Delphine rebateu abruptamente. 

—  Porque não tinha escolha e não porquê.... – Cosima bufou massageando suas têmporas. 

— Enfim... – Mais uma vez Delphine a interrompeu, precisava contar p/ o que veio. Assim sua ida teria algum significado.– Eu vim aqui pra te dizer...

— Oh meu Deus, você ainda está falando... – Que teimosia. 

— Isto foi tão...  Rude....  – Delphine levanta seu rosto, boquiaberta. – Que grosseria. 

— Feche a porta.  

— Não vejo um porquê... O que tiver de falar... 

— Mark foi suspenso porque Art o pegou com Grace, okay? Não quero que aconteça o mesmo com você. Não quero que nada te machuque. – Cosima continua tentando qualquer aproximação contudo assim como seu tempo sua paciência tinha um prazo de validade.  Delphine franze o cenho, reconhecera aquelas palavras. 

— O quê?

— Da pra você fechar a porta? 

— Está gritando comigo? 

— Não estou gritando com você... – Esbravejou. Cosima esperou Delphine finalmente fechar a porta p/ pressiona-la firmemente contra a parede. Devido ao seu estado, a paciente não tinha forças necessárias p/ fazer-la ficar, porém Delphine não ousou ir embora. Pelo contrário, observou atentamente a face de pouca cor tornar-se rubra. – Ok. Estou falando alto em sua direção. – admitiu baixando a voz. – Mas vou parar... Apenas me deixe falar. Por favor... – Pediu ponderando breves segundos. – Quando você se foi, senti sua falta... E não foi do tipo ‘’ senti sua falta, espero que volte logo’’ foi do tipo... Todos os dias pareciam anos... Eu nunca tinha me sentido assim antes... Tudo que eu faço/fazia me lembra você... Você trouxe uma parte de mim que nunca tinha visto, nunca tinha conhecido... Quando você apareceu eu estava só... Eu estava precisando de um amigo, você foi mais que isso... Foi como se você tivesse pego minha alma e a purificado. Ou pelo menos algo do tipo. Entende o quanto eu preciso de você?

Claro que Delphine não gostava de vê-lá prendendo as lágrimas e controlando a voz. Mas era lindo contemplar seus olhos verdes marejados, entregues. Nem mesmo um estado emocional tão abalado era capaz de tira-lhe tamanha beleza. 

— Cosima...

— Delphine... – Continuou. Seu corpo enchia-se de arrepios e sensações no estômago. – Eu amo as coisas que você faz, o jeito como cuidara de mim... A forma como morde o lábio inferior... A forma como me segura sem me tocar... Você me mantém sem correntes. O que estou tentando dizer... É que estou apaixonada por você. Desde sempre. Sinto o mesmo por você, quer dizer, se você ainda sentir... Porque estou um pouco atrasada. Eu sei, eu sinto muito... Meus dias estão acabando. E eu precisava te dizer isto... Precisava deixar você saber..  Que eu não queria passar meus últimos dias com a Shay, queria passar com você. Porque eu te amo Delphine... Te amo mais do que amei a Shay. Eu te amo o tempo todo, todos os minutos, de todos os dias. E eu, eu te amo. Acho que você me ama também... Ama? –  Cosima podia ver em seus olhos, na sua voz, senti-lá engasgar. Não podia esperar uma resposta. – Quer saber? Não responda. Eu não quero apressar você para se decidir antes que esteja pronta.

Delphine sorriu enxugando seu rosto com delicadeza. 

— Cale a boca! – Disse antes que Cosima exprimisse mais alguma coisa. Cosima também não entendia sua reação. 

— Uou! Quem está sendo rude agora?

— Cale a boca!  –  repetiu. –  Cale-se para eu pode te beijar.

Delphine selou os lábios e tentou beijar-lhe com suavidade, uma tentativa falha, pois assim que seus lábios se encontraram aquela tentativa destingiu-se.  O beijo tornou-se ardente, ambas necessitavam daquele deleite de sensações há dias, há semanas. Lentamente Delphine lhe dava o prazer que Cosima insinuara apenas com o silêncio. 

Quando o ar se fez escasso Cosima sorriu. 

— Já podemos começar a lista? – Perguntou. E foi ai que Delphine lembrou que ainda tinha algo pra contar, não precisaria listar os últimos desejos. 

— Cosima você não vai morrer... Prometi algo e cumpro minhas promessas. – Delphine tinha um sorriso intenso nos lábios e a fitava profundamente fazendo Cosima se dar conta. 

— Você....

— Sim...

— Você achou a cura? – Continuava a questionar. Nem conseguia acreditar. 

— Cosima Niehaus você vai cortar algumas crianças de novo, quer dizer... Acabou. O que me diz? 

— Sou toda sua. 

Cosima a abraçou com força e Delphine retribuiu suas afeições, a tomando em seus braços. Como veleiro vazio pega o vento.

 


Notas Finais


Então, o que acharam desta declaração???! Agr por parte de Cosima. rsrs
digna de Cophine?
Próximo capítulo Cosima está volta a ativa!!1
Espero que tenham gostado. Até a próxima.
bjs bjs bjs ♥


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