História Cops (Skins) - Monalisa Fray

POV Monalisa Fray 

Já estava cansada de ficar naquela cela suja e fedorenta da delegacia, estava me dando mais dor de cabeça ainda. 

Não demorou muito até um dos policiais aparecer. 

—Está livre. - O policial diz curto e grosso, destrancando a cela. 

—Quem pagou minha fiança? - pergunto a ele, porém recebo um vácuo. 

Saio da cela e sigo o homem até a sala de espera. Quando passo pela porta me deparo com Brodie conversando com Luna e Lora; o que esse moleque está fazendo aqui!? Acelero meus passos e vou até eles,  reparo que Brodie está acompanhado de um olho roxo, esse menino é um tanto misterioso. 

—Por favor, me diga que não foi esse menino quem pagou minha fiança! - Digo em voz alta. 

—Para de reclamar, Mona. Ele te ajudou! - Luna diz defendendo Brodie. Ao menos ele serviu pra alguma coisa, né? 

—Preferia ter continuado presa! 

—Tá, tá; parem de discutir. Estamos sem carro, o guincho levou o da Mona. Brodie, pode nos dar uma carona até em casa? - Lora pergunta. 

—Claro, sem problemas. 

—Não! De jeito nenhum, eu vou a pé mesmo. - digo estressada. 

—Para de graça, Monalisa. Sua casa é super longe daqui e a nossa também. Além de tudo, você não está muito sóbria pra sair andando por aí, não acha? - Lora diz chegando mais perto de mim. 

Reviro os olhos e saio da delegacia batendo os pés. Logo os três aparecem e os sigo até o carro. Brodie dirige até a casa de Luna e Lora, então decido dormir por lá mesmo. 

—Obrigada pela carona. - Luna diz para Brodie com uma voz super doce e em seguida deposita um beijo em sua bochecha.  

—Desculpa te incomodar, obrigada mesmo! - Lora diz. 

—Sem problemas. Até amanhã, meninas. 

Saio rápido do carro e vejo tudo girando, quase caio para trás, mas logo me equilibro. 

—Está tudo bem? - Brodie pergunta. 

—Nunca estive melhor. - Digo e vou até o portão da casa. 

Logo ele sai com o carro e eu dou graças a Deus dele ter sumido da minha frente. 

—Cara, você podia pelo menos ter dito um obrigada. Ele te tirou da cadeia! - Luna diz cruzando os braços. 

—Você fala isso porque está toda apaixonadinha nele! Eu não pedi pra ele ir até lá pagar minha fiança. - Digo fazendo-a calar a boca. 

~ quebra de tempo ~ 

Acordo com o despertador tocando as 10:40. Minha cabeça está a 1000; hoje a ressaca bateu forte. 

—Mas que droga! Parece que não dormi nada. - digo resmungando e colocando o travesseiro em meu rosto. 

—Dormimos por duas horas só, não dormimos nada mesmo. - Luna murmura. — O que acha de faltarmos na escola hoje!? - diz mais animada. 

—Não! De jeito nenhum, temos prova de física e química hoje. - Lora diz se levantando. 

—Esqueceu que não sou da sala de vocês? - Luna pergunta com um tom de ironia na voz. 

—Você quem sabe. Eu e a Mona vamos. 

—Quem disse? - Digo desanimada, sentando na cama. 

—Eu! 

Depois de ficar enrolando uns cinco minutos na cama, levantei, morta de cansaço, fui lavar meu rosto e escovar os dentes. 

Peguei uma roupa emprestada da Lora e 11:20 já estávamos na faculdade, pois nossa aula começaria às 11:25. 

Dormi nas três primeiras aulas até Laila me acordar, falando que era hora do intervalo. Minha dor de cabeça tinha amenizado um pouco, mas ainda estava dolorida. 

A festa estava sendo o assunto mais comentado do dia, Nicholas ainda estava de mau humor, não sei como Stella aguenta esse garoto. Já Milles continuava o mesmo fanfarrão de sempre, desferindo alguns olhares até onde Emma estava. 

 Incrível como as notícias se espalham tão rápido; todos estavam comentando da festa e do que aconteceu com a Stella no telhado, Noah não parava de tagarelar sobre como O'brien apanhou feio, o que deixava ele mais irritado, e Luna, acho que pela milésima vez, disse que Brodie "salvou" o dia em mandar os caras embora e também me tirar da cadeia; puxa saco. 

 Por falar em Brodie... onde ele está? Não o vi hoje. 

Que raiva, essas pessoas não tem mais do que falar? Essa festa foi um lixo! 

Subi em uma mesa no centro de todos.

-Ei, otários! Vocês querem um assunto, não é? Uma coisinha pra fazer fofoca pra amiguinha, tirar sarro, comentar com Deus e o mundo. É assim que funciona, sei bem. Pois então vou dar pra vocês algo pra falar, além dessa festa ridícula! - passei os olhos por toda a faculdade. 

Foi um ato de impulsividade, não sei nem o que fazer. No último segundo, enxerguei Joseph em um canto, encostado em uma árvore qualquer, observando tudo,  ME observando. 

Desci da mesa e saí andando em sua direção, vai ser isso mesmo, eles querem assunto? Darei. 

Sem mais nem menos, coloquei minhas mãos em seu rosto e o beijei; quase que imediatamente, ele colocou as mãos em minha cintura e me correspondeu, com todo o fogo do mundo.