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História Coração ardente - A carta


Escrita por: Blogfic

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Capítulo 4 - A carta


Fanfic / Fanfiction Coração ardente - A carta

- está pronta Winky? - eu estava andando pela floresta, finalmente a grifo mostrou sinais de melhora e depois de tentar voar atrás de uma borboleta no meu quarto eu decidi que era melhor ela fazer isso aqui fora.- tudo bem aí embaixo Clio?

Ele acenou do meu bolso e parecia confortável ali, ele se recusava a desgrudar de mim, mas tem sido uma boa companhia apesar de sempre deixar restos de insetos do seu almoço na minha cama.

- muito bem, vamos treinar suas asas de novo. - eu a impulsionei com as mãos e ela voou alguns metros do chão antes de cair em algumas folhagens isso várias vezes seguidas.- está tudo bem você vai pegar o jeito. 


Peguei meu caderno e marquei a data tenho deixado anotações nele desde que achei esses dois, eram criaturas fantásticas e já que nenhum livro da biblioteca tinha algo sobre eles eu decidi fazer minha própria pesquisa em campo.


- dois de março, Winky está tentando pegar o jeito do vôo novamente e seu tamanho é de quase dez centímetros mais alta desde que a achei na neve, já Clio, continua tendo o mesmo tamanho e eu ainda não sei em que espécie ele se classifica nem metafóricamente falando, talvez nenhum humano tenha escrito ou visto alguém como ele e eu seja a primeira.
Fechei o caderno e peguei a Winky no colo dizendo a ela;
- vamos tentar de novo amanhã, se saiu bem garota.- quase na porta ouvi meu estômago roncar- faz um tempo que não como, acho que ando muito focada nos estudos.
- falando sozinha de novo Amélia? - disseram jogando uma pedra em mim. Winky se moveu inquieta no meu bolso.
- não é da conta de vocês.
- ah claro por que você é muito melhor do que a gente não é?- ele tacou mais uma pedra. Eu andava até a porta - o que foi seus amigos imaginários não podem te ajudar? - a pedra acertou meu bolso, assustando o Clio eu a peguei no chão e taquei de volta antes de conseguir pensar em fazer outra coisa.
- vai se ferrar Brian. Você é um babaca.- foi quando o vi caído no chão.
- ela acertou ele em cheio.
- acho que está sangrando.
- tirem as mãos de mim eu tô bem - ele cambaleou para levantar e vi sua mão conbrindo sua testa, uma pequena trilha com sangue se formava em sua bochecha até o queixo e enfim pingando na grama- vai se arrepender disso sua imbecil.

- você acertou ele no rosto Amélia.
Eu olhava a rachadura em minha janela, será que ela está maior do que estava ontem? acho que ela aumenta cada dia mais.- está me ouvindo?
- eles já estavam jogando pedras em mim.
- não deveria ter revidado, você não saiu tão machucada quanto o Brian, poderia ter vindo falar comigo, teria sido diferente.
- mas eles iam machucar meus...digo a mim, eles iam me machucar.
Ela suspirou;
- você iria dizer seus amigos, eles iam machucar seus amigos não é?
Eu revirei os olhos;
- não eu me confundi.
- achei que tivesse dito que iria controlar  esse seu faz de conta, e agora está ficando violenta por causa de amigos imaginários?

Eles não são imaginários, você não entende, os adultos nunca entendem.

- sinto muito, não vou fazer de novo.
- certo, vou confiar em você, afinal é uma garota esperta e se eles fizerem algo apenas me conte primeiro.
- ok Melisa.
- agora volte a seu quarto e escreva um pedido de desculpas a Brian se não conseguir pedir pessoalmente, ele vai fazer o mesmo para você.
- tudo bem - voltei de cabeça baixa e bati a porta do quarto, havia um papel no chão quando cheguei;

"Desculpa por não ter jogado a pedra com mais força em você, nerd idiota."
- Brian

- que se foda esse merdinha.- eu amassei o papel e joguei pela janela. Clio saiu do meu bolso e se deitou do meu lado na cama. Winky que estava nas prateleiras pousou na beirada.- vou ficar focada em vocês agora, não importa se dizem que não são reais.

5 de abril
Winky está ficando melhor, já pode planar novamente e fica cerca de dois minutos no ar antes de ficar cansada, ficamos fora do orfanato onde não seremos vistos e escondo esse diário em lugares diferentes todos os dias depois de nossos treinos. Ela continua crescendo mas está indo bem.

17 de maio
Winky já não cabe mais em meus bolsos então tenho que deixar a janela aberta para que ela entre e saia sem que a vejam, Clio começou a fazer desenhos na neve como se quisesse me contar algumas histórias durante esse tempo aqui fora, sobre bruxas novamente, com varinhas e alguns animais fictícios como lobisomens e fantasmas acho que ele anda lendo meus livros escondido ou apenas vendo as figuras, mas pelo menos nos comunicamos melhor.

27 de junho
É oficial ela pode voar de novo por um longo período e altitude e até carregou Clio um pouco hoje, mas pousou quando ele pareceu estar...chorando? Eu não tenho certeza, mas ele tem medo de altura isso eu notei, aliás o crescimento dela mostra que não vai parar de aumentar tão cedo, ela está ficando maior que eu e o tamanho cresce em dobro a cada dia, ela não pode mais dormir no meu quarto pois mal passa da janela, por isso ela dorme na clareira e a visitamos todos os dias.
Decidi dormir aqui algumas noites para que ela não se sinta sozinha no começo, meu aniversário é daqui a uma semana, onze anos, não que isso vá mudar muita coisa mas, bom, feliz aniversário para mim.

A semana passou mais rápido do que eu esperava. Acordei e já tinha onze anos, bateram na minha porta logo cedo escondi Clio embaixo do travesseiro e disse que poderia entrar;
- feliz aniversário- Melisa carregava um mini cupcake sem cobertura com uma vela rosa- eu sei que não liga para seu aniversário mas não fará onze anos de novo.
- você usa essa desculpa todo ano.
- e vou continuar usando, agora faça um pedido.
- desejos não se realizam assim.
- vamos amellya.- ela deu um sorriso encorajador.

- está bem, eu faço o pedido pra vela.
Eu quero me descobrir fora daqui.
E assoprei;
- o que você pediu?
- o mesmo de todo ano.
- quem sabe da décima primeira não se realiza?


Mas não iria, se eu fosse embora não teria um lugar para ir ou algo para realizar. Seria o mesmo vazio porém em um lugar diferente. Ela saiu e eu tirei Clio debaixo do travesseiro. Me virando para a janela.

- talvez eu seja livre no dia em que esse vidro se partir. As probabilidades são as mesmas não é?
Comemorei aquela dedução dando uma mordida no bolinho. Eu estava caçando as minhas botas, Clio me cutucou.
- espere Clio agora não.
Ele começou a me puxar com mais pressa.
- eu só vou pegar minhas botas debaixo da cama e já vejo o que você quer.
E então ele resmungou, me virei de uma vez e ele estava gritando para a janela.
- o que está te incomodando? - olhei para o lado de fora- aquilo... É uma coruja?


Quando notei ela já estava perto demais e bateu no vidro o rachando até virar vários cacos, um deles passou de raspão pelo meu rosto e ela planou pelo telhado, quendo eu a ouvi pousar percebi que estava de bruços no chão protegendo meu pequeno amigo.
- se machucou? - ele contou as folhas da cabeça da mão e negou, ele estava bem.- ela deve estar perdida pássaros não enxergam o vidro.
Me levantei e limpei meus ombros que estavam com alguns cacos, olhei para a coruja marrom que estava carregando uma carta no bico.
- você é como um pássaro correio elegante? - o envelope parecia ser super antigo e com um selo de cera de vela, o que indicava que deveria ser para alguém importante.- você se machucou? Eu posso ver?
Ela abanou as penas e pareceu não se importar. Eu achei alguns cacos de vidro preso nela mas não era nada grave ela poderia voar novamente.
- pronto pode ir fazer sua entrega.- ela olhou para mim largou a carta na cama e saiu pela janela, eu demorei para processar aquilo - ei espera!
Eu olhei para a carta e para Clio que me parecia despreocupado, depois de um tempo ele subiu na cama e apontou para a carta.
- eu não vou abrir uma carta chde uma coruja- ele revirou os olhos e a pegou na mão- ei nem pense nisso.
Ele pôs os dedos no selo e o abriu
- não abra isso- eu tomei o conteúdo dele, mas quem eu queria enganar, era a carta de uma coruja misteriosa... E se é para mim, então o que estou esperando;

Prezada Amélia Wuillous , temos o prazer de informar que você foi aceita na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Os alunos serão obrigados a comunicar a câmara de recepção na chegada, nas datas que serão devidamente avisadas. Por favor, certifique-se de que a maior atenção possível seja prestada a-lista de materiais anexada junta a esta carta. Estamos muito ansiosos para receber você como parte da nossa geração da herança de Hogwarts.
atenciosamente professora Mc. Gonagall

Eu li ela mais de uma vez, sem acreditar em suas palavras, ou no meu nome escrito. Meu sobrenome é wuillous? Como alguém saberia? Só recebemos nossos sobrenomes originais quando saímos daqui e ninguém sabe além da Melisa, nem nós sabemos, então ela planejou isso? Está zombando de mim?
Desejos não caem do céu assim. Mas foi exatamente o que eu venho pedindo a onze anos.

- o que eu devo fazer...- Clio olhou para mim buscando a mesma resposta, por um segundo até que suas histórias faziam sentindo agora, o que ele sempre sussurrava nas entrelinhas.

- uma bruxa verde e cheia de verrugas, é isso o que você reconhece? - ele negou apontando para mim- o que, uma bruxa parecida comigo? - ele assentiu - bruxas não existem.

- o que vocês são? Eu nunca vi algo parecido...

- isso é real mesmo?- sua cabeça balançou várias vezes seguidas e ele apontou para as datas marcadas- eu tenho que estar lá em alguns dias...

Aquilo era uma faísca de esperança, se eles sabiam meu sobrenome e eram bruxos mesmo talvez conhecessem meus pais, talvez saibam como vim parar aqui, mas pode ser engano eu não sei se meu sobrenome é mesmo esse, e se esse lugar existe mesmo.
Clio me olhou confuso, querendo saber o que eu estava pensando, calçei minhas botas e o coloquei em meu bolso;
- Então nós vamos fugir.



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