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História Coração azul - Uma fanfic Luotto - Conversa entre adultos


Escrita por: TataNeveu

Notas do Autor


Não resisti e vim trazer mais um capítulo para vocês. 😊
Boa leitura!

Capítulo 5 - Conversa entre adultos


Fanfic / Fanfiction Coração azul - Uma fanfic Luotto - Conversa entre adultos

Decidindo que chegara a hora de uma conversa séria entre eles e Durval, Luísa e Otto convidam a família do irmão dela para jantar. Tudo transcorre de forma relativamente razoável, até que depois da sobremesa Luísa se dirige à sobrinha:
-Por que não leva seus primos para ver como ficou o laboratório do seu pai, Poliana? -Depois que todos os mistérios vieram à tona, aquela área fora reformada, e a passagem para o mesmo passara a ser pelo corredor dos quartos, preservando o quarto de Stela. A parafernália tecnológica nunca deixava de extasiar os adolescentes, então os mesmos foram de bom grado junto com Poliana. Assim que eles saíram Sara se encarregou de tirar a mesa, e Otto sai do seu costumeiro lugar na ponta e senta-se ao lado de Luísa, de frente para Claudia. Durval estava de frente para a irmã. De forma inconsciente e instintiva, Luísa enlaça o braço no de Otto, provocando um olhar atravessado do irmão.
-Bom... -Luísa começa, nervosa. Aperta mais o braço de Otto. Em silêncio, ele aperta de leve a mão dela entrelaçada à sua. Ela prossegue. -Durval, eu sei que temos nossas diferenças e que você tem suas diferenças com o Otto, mas realmente queríamos acabar com esse clima chato. Chamamos vocês aqui para dizer que estamos juntos. -Claudia pigarreia. Obviamente ela já sabia, mas a pedido de Luísa, não tinha falado nada ao marido. Durval lança um olhar cortante à irmã.
-Pois, isso eu estou a ver, não é mesmo? Eu só não entendo como você pode, Luísa. Depois de tudo o que aconteceu à Alice...
-Durval, seja justo. -Otto interrompe.- Posso não ter sido o melhor marido do mundo, antes e principalmente depois da morte da Stela. Mas me dê crédito ao menos por tê-la deixado ir quando ela quis. Vivi por doze anos como se fosse viúvo, ao invés de divorciado. Ela pelo contrário seguiu em frente, inclusive levando junto minha filha da qual eu nem sabia da existência. Antes de falar do que eu fiz à Alice, podíamos falar do que ela fez a mim. Mas não quero entrar nesse mérito, pois ela não está aqui para se defender e, seja da forma que for, acabou conduzindo Poliana a mim, se intencionalmente ou não nunca vou saber. -Respirando fundo, ele continua.- Podemos esquecer um pouco o passado? Foi pra falar do futuro que chamamos vocês.
Durval continua com cara de poucos amigos. Olha a irmã, desgostoso.
-É a vida que você quer pra você, minha irmã? Solitária e fria?
Luísa nega com a cabeça, irritada.
-Durval, você não sabe de nada! Nunca me senti menos solitária na vida. Otto está sempre comigo, me faz mais feliz a cada dia. E se tem algo que minha vida não tem sido, é fria! -Alterada, ela sente Otto apertar seus dedos de leve. Ele não queria que ficasse nervosa e tinha pedido isso antes dos convidados chegarem. Suspirando, ela olha o irmão. -Pode confiar no que eu falo, Durval. Não sei como foi o casamento deles além do que ambos me contaram, mas sei que às vezes isso acontece num casamento. Às vezes o que une duas pessoas pode se abalar e se partir de forma a nunca mais poder ser refeito. Posso falar isso com propriedade. -Ela sacode a cabeça. Não queria entrar naquele assunto. 
-Luísa, eu não posso acreditar nisso. Não consigo aceitar que você repita o erro da nossa irmã. Sinto muito, mas não consigo.
Durval se levanta, prestes a deixar a sala, ignorando o chamado de Claudia. Luísa sente os olhos se encherem de lágrimas, nada tinha saído como ela queria. Se põe em pé e chama o irmão com voz embargada:
-Durval... Eu estou grávida.
Ele estanca no lugar, estático. Por alguns segundos poderia-se ouvir um alfinete caindo no chão tamanho o silêncio. 
Devagar ele se volta:
-Estás o que?!
Luísa afasta uma lágrima.
-Grávida. -Ela respira fundo, olhando pro teto e tentando se acalmar.- Nos afastamos por muito tempo, meu irmão. Teve mais de uma década de raiva entre a gente. Eu só queria... Só queria que tivesse sido diferente, mas não foi. E a gente não pode mudar o que já foi, só pode mudar o agora. E agora eu queria que meu filho pudesse ter um tio. Será o único tio de sangue que ele terá próximo a ele. Eu não preciso da sua benção pra minha felicidade, Durval, eu só queria que você compartilhasse dela, que acreditasse em mim quando digo que estou feliz com o Otto e que ele não é quem você pensa que é. Eu também me enganei com ele, mas agora... -Ela olha Otto, colocando a mão no ombro dele, apertando suavemente. - Agora tudo o que eu quero é passar o resto da minha vida com ele, com Poliana e com nosso filho. Se você não pode respeitar isso, por favor... Vá embora. Vá embora e esqueça que tem uma irmã. Conviva com essa culpa o resto da vida. Eu tentei... Eu... -Luísa volta a chorar e Otto se levanta, passando o braço em torno dela e trazendo-a contra seu peito.
-Luísa... Isso não vai fazer bem pro bebê. Se acalma, por favor. -Ele lhe alcança a taça com água que ela estava bebendo antes e ela toma um gole, devagar. Otto levanta o olhar para Durval. 
-Eu sei que teve muita coisa no nosso passado. Mas será que vale a pena destruir tudo que ainda pode ser? Eu amo a Luísa. Não tem absolutamente nada no mundo que eu não faria pra ver ela feliz. Por ela, pela Poliana e pelo seu sobrinho que vai nascer, Durval, não seja tão orgulhoso. 
Durval coça a cabeça sob a boina, perplexo. Olha de Otto para Luisa, parados em sua frente, relanceia o olhar para a esposa e volta o olhar para o casal. Se dando por vencido, estende a mão para Otto.
-Temos um acordo de cavalheiros, gajo. Se algum dia você magoar minha irmã, vamos nos acertar no braço. Combinado?
Otto retribui firme o aperto de mão, enlaçando Luísa pela cintura com o outro braço. 
-Eu te garanto que nunca terá do que reclamar, Durval. Pretendo dedicar cada dia a fazer minha mulher feliz. - Beijando o ombro de Luísa, Otto apoia o queixo nele. -O que me lembra... Amor, eram duas notícias. Você atropelou a primeira.
Durval arregala os olhos, espantado.
-Não vão me dizer que são gêmeos!
Todos riem.
-Não... Pelo menos eu acho que não. Minha primeira consulta é depois de amanhã. A primeira notícia é que vamos nos casar e queríamos que vocês testemunhassem esse momento.
Claudia solta um gritinho e Durval uma expressão abafada.
-Nós? De verdade? Ô minha irmã... -Durval disfarça a emoção que sente enquanto abraça Luísa. -Desculpa... Sabes que este teu irmão é desajeitado e meio murruga. Mas é que me preocupo contigo e quero que sejas feliz. Só quero a tua felicidade e mais nada, Luísa.
Luísa se solta aos poucos, retribuindo o abraço.
-Já passou... Quero você sempre comigo, meu irmão. Nossa família já é tão pequena, eu quero vocês por perto, quero que meu filho cresça contando com os tios e primos além de nós e da irmã. -Ela sorri, apertando de volta a mão de Durval. -Então vocês aceitam? Aceitam ser testemunhas do nosso casamento?
Claudia confirma efusivamente com a cabeça, enquanto Durval aos poucos se mostrava feliz e comovido com o convite.
-Mas claro que podem. E quando será o casamento?
-Daqui a três semanas. Queremos apenas uma cerimônia íntima, sem alarde, depois ofereceremos uma recepção no jardim aqui em casa.
Eles concordam, satisfeitos. Otto respira aliviado.
-Isso pede um brinde. Sara?
A esfera voadora se põe de prontidão ao lado do criador, mas o contraria, com sua voz meio mecânica, meio feminina.
-De acordo com meus registros, não é recomendado álcool para uma mulher no estado da sra. Luísa, sr. Otto.
Ele ri.
-Óbvio, Sara. Vinho branco para nós e complete o copo de água para Luísa, por favor.
Após servidos, Otto ergue a taça em um brinde.
-Aos recomeços!
Luísa complementa, suavemente.
-À família!
Claudia contribui:
-A um futuro casamento feliz!
E Durval termina:
-Ao meu mais novo sobrinho!
Todos sorriem e brindam, depois bebem das suas taças e continuam a noite, em uma conversa bem mais
amistosa.

Continua...


Notas Finais


No próximo capítulo, um momento muito esperado por todos nós. Aguardem! 😊💙


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