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História Coração De Gelo (Em Hiatus) NÃO CONCUÍDA - Pacto De Amor


Escrita por: GirllSallvatore

Capítulo 13 - Pacto De Amor


Fanfic / Fanfiction Coração De Gelo (Em Hiatus) NÃO CONCUÍDA - Pacto De Amor

— O que isso significa?. — Jen perguntou desolada, seu coração despedaçado por dentro de seu peito. Todos sabiam desde o principio que o feitiço pra remover a marca teria consequências, mas isso era apenas uma teoria muito distante a qual preferiram não ponderar demais. Vendo agora como isso acabou os faz se sentirem tolos e inúteis que temeram uma realidade muito verídica.

— A alma é o que faz de você bem ... você, a alma de Dean está destruída, a marca a despedaçou quando o feitiço a removeu. Estar ainda com sua alma em você estando destruída ou doente é muito pior pois ela consegue enfraquecer o corpo humano também. — Castiel falou estoicamente olhando pro amigo dormindo.

— Mas ele está vivo, certo? Isso ... isso é bom. — Sam raciocinou freneticamente. Se Dean ainda estivesse vivo eles poderiam concerta-lo, Dean não iria ficar assim pra sempre.

— Sim, mas ele está fraco o suficiente para se quer abrir os olhos — Cas respondeu. — É como uma doença que o está comendo vivo.

— Então ele sabe que estamos aqui? Ele pode nos ouvir?. — Jen perguntou fungando o nariz, Cas baixou a cabeça e assentiu.

— Provavelmente sim.

Deus, Dean está praticamente prisioneiro em seu próprio corpo, a sensação de poder ouvir todos ao seu redor mas não poder se quer mexer um dedo deve ser apavorante. Jen faria qualquer coisa pra tirar Dean desse sofrimento.

— Mas estando assim ele não vai poder comer, o que vamos fazer sobre isso? Se ele está consciente de tudo vai ser terrível colocar um tubo de alimentação nele. — Sam falou tomando de novo o seu lugar na conversa.

— Sam, eu disse que é uma possibilidade ele estar consciente, não disse com certeza, a maior parte do tempo ele provavelmente está dormindo. — Cas falou em múrmuros — Eu vou usar a minha graça pra mantê-lo vivo, pra fazer o corpo dele permanecer saudável.

— Pensei que a graça de um anjo fizesse mal a um humano. — Jen disse com o cenho franzido.

— Dean é a casca de Miguel, o corpo dele é capaz de suportar grande quantidade de graça pra suportar um arcanjo, então iremos usar isso a nosso favor. — Cas revelou e Jen acentiu atordoada, as vezes ela esquece como a vida de Sam e Dean é realmente surreal.

Minutos depois Jen se encontrou sentada ao lado de Dean com a expressão caída porém impassível. Sua mente continuava pensando em formas de livrar a bunda de Dean dessa porcaria.

{...}

1 Semana Depois ...

A aparência de Dean estava impecável, jamais alguém iria pensar que ele está praticamente em coma, sua pele ainda estava um pouco pálida mas isso não tinha como a graça de Cas consertar. Jen tem certeza de que os olhos de Dean estão o mesmo verde cativante de sempre, e não mais a sombra vazia do que havia sobrado quando ele foi esfaqueado naquele quarto de motel.

As vezes Dean abria os olhos por pelo menos 5 segundos dando vislumbre ao verde que Jen tanto ama, mais é de curta duração, logo ele volta a dormir e a angústia de Jen continua.

Jen estava praticamente todo o tempo junto a ele, sempre segurando a sua mão e cantando alguma musica que ele gosta, no fim do dia quando ela não aguentava mais ficar acordada ela o beijava suavemente, um simples toque de lábios inocente, e iria dormir no colchão que ela insistiu em colocar do lado da cama dele. Ela queria estar perto caso ele precisasse dela.

Foi em uma quarta feira na segunda semana que ele disse fracamente o nome dela.


2 Semanas Depois ...

— Hey Jude, don't make it bad

Take a sad song and make it better

Remember to let her into your heart

Then you can start to make it better

Hey Jude, don't be afraid

You were made to go out and get her

The minute you let her under your skin

Then you begin to make it better

And anytime you feel the pain, hey Jude, refrain

Don't carry the world upon your shoulders

For well you know that it's a fool who plays it cool

By making his world a little colder

Ela parou de cantar e enxugou as lágrimas do rosto com força, ela estava cansada de chorar, não aguentava mais tanta dor, ela não conseguia mais aguentar.

Foram semanas sem encontrar nada que o curasse. Sam estava todo o tempo com a cara nos livros ou pesquisando relatórios médicos de pacientes em coma, qualquer coisa seria bem vinda agora. Mesmo sabendo que “Alma destruída” não é um prognóstico comum nos hospitais.

Cas quase nunca aparecia. Sam e Jen sabiam que ele estava buscando do seu próprio modo um jeito de curar Dean, mas também não é como se o céu parasse de ser uma bagunça apenas porque Dean estava fora do jogo temporariamente, Cas também tinha obrigações por lá.

Jen por sua vez faz a única coisa que consegue, ela está ao lado de Dean sempre. Sempre que ele abre os olhos e encara o teto por míseros segundos, ou quando ele mira seus olhos verdes nos castanhos dela cansadamente.

Jen está sempre lá pra ele do mesmo modo que ele estaria lá pra ela caso a situação fosse o oposto

— J’n. — Veio uma voz fraca e quase silenciosa da cama, ela rapidamente olhou pra Dean e viu que ele a estava encarando com o cenho franzido, confusão aparente em seus olhos, ele provavelmente não entende nada do que está acontecendo.

— Dean, ei está tudo bem, você não sabe o qual feliz eu estou de ouvir a sua voz. — Ela falou com felicidade ignorando as lagrimas que continuavam descendo de seus olhos por finamente tê-lo ouvido falar depois de dias.

Dean fechou os olhos com cansaço de novo e Jen soluçou com as mãos no rosto. Por que isso estava acontecendo? O choro vinha com tanta força que a fazia tremer por todo o corpo, espasmos de soluços a faziam estremecer, sua garganta doía e sua cabeça era igual.

Quando os soluços finalmente cederam ela enxugou os olhos e fungou com força.

— Dean? Você pode me ouvir?. — Ela perguntou com a voz rouca e trêmula.

— Eu vou dar um jeito, eu juro, não vou deixar você ficar assim, tudo parece diferente sem você, minha vida não é a mesma sem você comigo.

Ela estava chorando de novo, ela simplesmente não conseguia parar.

— Eu vou te trazer de volta não importa o que custe.

Foi quando ela conseguiu lembrar da visão que teve, essa maldita visão, ela viu dois futuros sombrios, em um Dean era demônio sem coração, e no outro Dean estava assim como ele está agora, apenas um se realizou e Jen não sabe se teria sido pior se a sua outra visão tivesse acontecido no lugar dessa.

Ela jogou esses pensamentos de lado, Dean iria preferir morrer que virar aquela coisa.

Mesmo que doesse tanto vê-lo assim.


3 Semanas Depois ...

— Dean, você se lembra de quando você confessou que me amava? Você estava tão tímido, foi fofo, jamais imaginei isso vindo de você. — Ela sorriu pra memória feliz que se mantinha impregnada na sua cabeça.

— Eu só quero que você saiba que eu me lembro. — Ele falou de vagar palavras fluindo suavemente de seus lábios.

— Lembra de quê?.

— O que eu te disse quando eu estava doente, eu não lembro de muitas coisas mas disso eu lembro. É como se fosse tão surpreendente essas palavras saírem da minha boca que o meu cérebro se encarregou de gravar isso — Ele parou por um momento e Jen não sabia o que falar então ela só deixou ele dizer o que queria.

— E o que eu disse é ... verdade, eu sinto isso por você e ... e eu não sei quando ou como aconteceu mas eu me apaixonei por você ... Jen você pode achar que eu sou louco mas ...

Ele não conseguiu terminar porque Jen o atacou com um beijo inesperado e maravilhoso, seus lábios se encaixavam como se fossem feitos um pro outro.

A sensação da boca de Dean sob a sua era de outro mundo, o beijo era incrível.

— Então nós dois somos loucos ... porque eu também sinto isso por você, Dean, eu não posso controlar. — Jen falou o que queria dizer a tanto tempo, o momento não poderia ter sido melhor.

Ela sorriu mais forte ao lembrar do beijo, foi tão incrível e especial, foi melhor que ela poderia ter imaginado.

— Quando você apareceu na minha porta eu não conseguia parar de olhar pra você, sabe, seus olhos, sua boca, suas sardas. — Ela sorriu olhando pro homem adormecido.

— E você acha que não gostei muito de você no começo mas a verdade é bem diferente, assim que eu olhei pra você eu só queria te beijar, não sei porque senti isso mas foi tão forte, minha mente estava um turbilhão, eu ainda estava tão triste pela morte da minha avó mas assim que eu olhei pra você foi como se tudo sumisse e só sobrasse nós. — Ela parou por um minuto olhando pra sua mão entrelaçada na dele. Seus dedos brincando com os dele em movimentos suaves e pequenos — Cheguei a me odiar por estar agindo como uma adolescente apaixonada.

— Eu na verdade já tinha desistido daqueles sonhos que toda garota tem, de encontrar o amor da sua vida, pensei que isso não existisse pra mim, mas você apareceu e mudou tudo, eu só quero que você saiba que eu te amo, tanto que te ver assim está acabando comigo. — Ela fungou e enxugou as lagrimas irritantes, foi quando ela ouviu um movimento vindo da porta.

— Sam?.

— Como ele está?. – Sam questionou suavemente se sentando junto a ela e Jem balançou a cabeça apertando os lábios.

— Igual. Sam ... você acha que ele vai acordar? ... Só ... por favor me diz que sim, eu preciso ouvir isso — Ela perguntou com uma voz pequena e chorosa e Sam lhe deu o melhor sorriso reconfortante que tinha.

— Eu espero muito que sim Jen, todos nós sentimos falta dele. — A voz de Sam estava baixa e um tanto rouca e Jen não se surpreenderia se Sam estivesse chorando escondido. Sam e Dean são muito apegados, estar separados porém próximos assim deve doer.

— É. — Ela disse e deitou a cabeça no ombro de Sam pra conforto, Sam envolveu seus braços ao redor dela e suspirou. Jen acha que ambos só precisam de um pouco de carinho agora.

{...}

Na quarta semana o máximo que Dean tinha feito foi abrir os olhos por alguns segundos e falar as palavras.

— S’mmy.

— J’n.

E era isso, nada mais, Dean dizia isso e olhava pra eles com o olhar cansado e confuso. Jen estava começando a perder a cabeça de cansaço e frustração, mas acima de tudo saudade.

— Cas, você pode ver alguma mudança nele? Por favor me diz que ele está melhorando. — Jen implorou olhando pro Anjo que parecia abatido e triste, a falta de seu amigo estava fazendo mais mal a Cas do que imaginavam.

— Sinto muito Jennifer, eu não acho que ele vá ... — Ele começou com uma voz monótona mas Jen o interrompeu com um grito.

— ELE VAI FICAR BEM, ELE NÃO VAI FICAR ASSIM PRA SEMPRE, ENTENDEU?. — Ela gritou, seu rosto estava vermelho de fúria.

— Sinto muito. — Cas sussurrou e abaixou os olhos.

Jen não tinha cabeça pra se desculpar, ela apenas beijou a testa de Dean e saiu do quarto em direção a saída do bunker, ela precisava de ar.

Quando ela chegou onde queria ela deixou o choro sair, ela sentia tanta falta dele, suas carícias, suas palavras reconfortantes, ela só queria que ele a abraçasse agora e dissesse que tudo vai ficar bem.

Toda essa merda não deveria estar acontecendo. Ela finalmente encontrou a pessoa que pretende amar pra sempre apenas para perde-lo assim. Não é justo.

Durante toda a sua vida ela se viu subjugando o amor e tudo o que envolve esse sentimento tão profundo, ela sabia que por mais que chegasse o dia onde ela fosse amar alguém, ela não se deixaria dominar por ele. Ela não queria se ver presa em algo que por mais que seja bonito, causa tanta dor.

Agora ela simplesmente não pode mais imaginar uma vida sem amor. Sem o seu amor. Pode parecer um conto de fadas ridículo mas é a realidade.

Ela não pode mais viver sem Dean, pois sem ele ela não tem nada. Ela precisa dele.

Foi quando uma terrível idéia veio a sua mente, seu olhar ficou duro e frio, ela já sabia o que iria fazer.

Jen com passos decisivos cruzou o bunker em silêncio até chegar a garagem onde se encontrava o luxuoso carro preto brilhante de seu namorado. Sem pensar demais ela entrou no carro e começou a dirigir.

Ela dirigiu o impala até a encruzilhada mais próxima, ela agradecia as aulas de direção que Dean a deu nesses últimos meses.

Sua mente continuava vazia, ela estava se proibindo de pensar demais no que planeja fazer. Ela não quer se ver amedrontada.

Seus nervos estavam a flor da pele. Quando ela descobriu que Dean vendeu sua alma para trazer Sam de volta ela o encarou como um louco sem juízo. Mas estar nessa situação agora a mostra o que se passou na cabeça dele para tomar uma decisão tão drástica e suicida.

Ela sabe o que a espera, sabe que está se condenando para salvar alguém, e pode ser egoísta, Dean pode odiá-la, mas foda-se, pelo menos Dean estará saudável para gritar com ela.

Ela parou o carro na estrada fria e deserta. O cheiro de borracha queimada dos pneus do impala quando ela freio entopem as suas narinas. Ela sacode a cabeça e caminha até o porta-malas pegando tudo o que vai precisar.

Jen colocou as coisas necessárias em uma caixinha e enterrou bem no centro da encruzilhada.

Alguns segundos depois nada aconteceu, ela então sentiu sua ira subir.

— APARECE SEU DESGRAÇADO. — Ela gritou pro vento, foi quando ouviu uma voz profunda e fria vindo de suas costas.

— Olá, o que uma menina tão bonita quer com um simples demônio como eu? — Ele falou sorrindo e ela revirou os olhos em frustração.

— Chega de gracinhas. — Ela falou com força. — Eu quero fazer um trato. — Ela falou, sua voz saiu desprovida de emoções e arrependimentos.

— Que original. Os Winchesters realmente conseguiram passar sua loucura para você afinal. Você ficou tão louca quanto eles — O demônio sorriu mostrando os olhos azuis da casca ao qual ele possui.

— Pensei que ganharia pontos com o chefe por ter a minha alma nas mãos. — Ela questionou e ele riu alto. — Sei que a quer muito.

— Acredite, eu quero, o que eu disse é apenas um fato. — Ele revelou piscando. — Então você estaria disposta a trocar a sua alma pela vida do seu namorado?

— Estaria, 10 anos e a saúde de Dean de volta em troca da minha alma. — Ela tentou e o demônio balançou a cabeça em negação com um olhar sinistro, ela já sabia onde isso vai dar.

— Um ano e nada mais.

— Oque? Mas é muito pouco, você precisa me dar mais tempo, eu preciso de 10 como qualquer outro trato. — Ela tentou novamente, as palavras de sua visão fluindo sem controle de sua boca.

— Sim mas você não é qualquer um certo? E o seu namorado também não. Sabe quantos demônios dariam a língua para ter um Dean Winchester vulnerável e facilmente abatível nas mãos? – Ele falou olhando pra Jen de cima a baixo, ela lhe mandou uma carranca.

— Não, eu quero 10 anos.

— Nada feito.

— Então 5, apenas 5 anos. — Frustrada ela falou perdendo as esperanças de ganhar este argumento e mais alguns anos pra viver.

— É 1 ano ou nada.

— Eu ....

— Não quer salvar o seu namorado moribundo? — O demônio falou com desdém e ela o encarou com um olhar frio.

— É o que eu mais quero.

— Então aceite ou então o seu namoradinho terá que aprender a viver assim, um morto em vida.

— Não, um ano é pouco tempo, eu preciso de mais, eu preciso de mais tempo com ele. — Um ano era muito pouco, passaria voando. Logo chegaria sua data de vencimento e isso quebraria Dean.

— Sinto muito querida, é pegar ou largar, pense bem, é um bom trato, um ano inteiro aproveitado a vida com o seu namorado que a propósito estará em perfeita saúde.

Jen ponderou por alguns minutos, ela se atreveu a questionar sua decisão pensando em como Dean irá reagir quando descobrir.

Ele vai odiá-la.

Infelizmente Jen já tomou a sua decisão.

— Tudo bem, eu aceito.

O demônio sorri vitorioso — Ótimo, ele ficará muito feliz em ver o que você fez por ele. — Ele sorriu satisfeito e Jen olhou pro chão.

— Não vai, por que ele não vai saber.

Ela beijou com desgosto o Demônio pra selar o trato. Seus lábios eram secos e duros, ela quase pode sentir a amargura do veneno que fluía de sua boca. Quando foi feito o demônio sorriu e foi embora, Jen ficou sozinha pensando.

O que eu fiz?.

{...}

Quando voltou ao bunker ela foi surpreendida por Sam feliz com um sorriso enorme no rosto.

— Jen, ele acordou e falou algumas palavras, parece que ele está melhorando. — Sam disse sorrindo e Jen correu pro quarto com esperança. Seu coração batendo a milhas por hora com a percepção de que irá ver um Dean acordado mais uma vez.

Quando ela chegou lá Dean estava dormindo de novo, ele já não parecia mais pálido e doentio. Parecia um milagre. Cas estava do lado com um sorriso.

— Eu vou deixar você com ele. — Cas falou suavemente e já era possível ver a luz de Castiel voltando. Seu sorriso voltou a ostentar nos seus lábios.

Foram apenas alguns minutos quando Dean abriu os olhos e olhou pra ela com um sorriso ainda cansado de sono.

— Ei amor, sentiu ... a minha falta?. — Ele perguntou com a voz rouca de desuso e ela sorriu com tanta felicidade pela primeira vez em um mês.

— Você não sabe o quanto. — Ela sussurrou quase que pra si mesma e agora vendo os olhos verdes esmeralda de Dean olhando pra ela com vida de novo ela sabia o que fez, ela o salvou por amor, e ela não se arrependia nem um pouco.

TBC



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