História Coração De Gelo (Em Hiatus) NÃO CONCUÍDA - Almas Gêmeas

Sam estava sentado na grande mesa do bunker, pensando. Sarap ... Ariel não saía da cabeça cabeluda de Sam, os olhos azuis penetrantes e os cabelos loiros eram ... O que diabos? Desde quando Sam se vê preso em pensamentos pelo anjo problemático que fez um impacto no cosmo da terra apenas por ter caído?

O modo como ela olhava pra ele o desconfortava, seus olhos não saiam de Sam o deixando sem saber como reagir, ele não gosta de se sentir coagido, é desconcertante, e aquele anjo sabia exatamente como apertar os botões de Sam.

Ele deve ser um imã para mulheres problema, nesse caso para anjo problema possuindo uma mulher.

— Sammy Winchester, você é uma visão pros olhos doloridos e desfocados por tanta poluição — Veio uma voz feminina da outra sala do bunker.

— Saraphiel? Como você encontrou o Bunker? O que diabos está fazendo aqui — Sam levantou da cadeira um tanto espantado da visita inesperada. Sua postura se torna defensiva e seus olhos buscam ao redor da sala por algo para se defender caso isso se torne um problema.

— Calma, grandão, eu, como meu amigo e atual concorrente ao cargo de presidente da trupe de anjos do céu, ou seja, Castiel, deve ter avisado, não posso machucar nem um fio de seus cabelos ridiculamente longos — Ela morde o lábio e o encara estranhamente — Nem se eu pudesse.

— Você caiu, o que quer dizer que algo fez com que você perdesse as suas estrelinhas de bom comportamento no céu, além do mais prefiro ficar longe de problemas — Sam resmunga, não querendo nada mais do que essa anja saia e leve consigo essa atração estranha quem tem sobre ela.

— Tive meus motivos para desobedecer, acho que ... cansei de brincar de soldadinho — Saraphiel bufa e leva a mão esquerda ao cabelo, onde enrola uma mecha loira no dedo indicador.

— Se continuarem assim, não vai sobrar nenhum anjo no céu — Fala Sam ainda não muito disposto a baixar a guarda.

— Aposto que você e seu irmão não reclamariam caso isso acontecesse, afinal já mantém um deles na coleira — Ela sorri, seus lábios brilhando um rosa suave, a luz da lâmpada refletindo no glitter de seus lábios — Ah, esqueci, Castiel agora é um terceiro Winchester. Que honra para o anjinho da quinta feira.

— Chega de joguinhos, Saraphiel, o que veio buscar aqui — Sam resmunga e ouve quando a anja bufa.

— Não aguento mais corrigir, é Ariel, por favor não se esqueça disso. — Ela revidou com um revirar de olhos.

— Bem, você não respondeu a minha pergunta. — Ele exclamou.

— Eu segui vocês, foi um pouco difícil admito, principalmente por que vocês sempre param pra comer, o que eu achava estupido mas agora eu entendo o sentimento, afinal ultimamente eu estou sempre com fome, minha comida preferida é lasenha, já comeu? É incrível. — Ela passou a mão pela barriga fazendo círculos enquanto passava a língua pelos lábios os umedecendo.

— Se chama lasanha, e sim já comi, mas como você nos seguiu? Estavamos de carro.

— Eu usei um veículo incrível de duas rodas, bem útil se eu disser a verdade, foi um pouco difícil manter o equilíbrio no começo mas eu sempre fui um anjo esperto e rapidamente peguei o jeito. — Ela sorriu orgulhosa com uma piscadela.

— Você quer dizer uma bicicleta ou moto? — Ele questionou interessado e ela fez um olhar presunçoso.

— Isso, uma moto, ouvi alguns humanos falarem o nome desse veículo. — Ela sorriu.

— Como você a conseguiu ... você roubou?

— Um amigo que eu fiz me deu. — Ela olhou pro lado e Sam juntou as sobrancelhas.

— Ele simplesmente te deu?

— Sammy, eu consigo ser persuasiva quando quero. — Ariel se aproximou e passou a mão na bochecha de Sam, ele limpou a garganta e se afastou.

— Sei, hum, o que você quer então? Porque veio até aqui? Você é livre agora. — Sam falou olhando pra moça que estava olhando pra ele com um olhar um tanto sedutor?

— Eu queria falar com você, te conhecer, eu gostei de você Sammy. — Ela mordeu o lábio e Sam precisava limpar os ouvidos pra ter certeza de que ele tinha ouvido direito.

— Por favor não me chame de Sammy, e por que exatamente eu? — Ele murmurou em questão e ela encolheu os ombros.

— Não sei, eu senti algo quando olhei pra você, algo forte, eu acho que é amor. — Ela falou como se não fosse nada importante, e Sam começou a tossir quando se engasgou com a sua própria saliva.

— O que?

— Eu não sei, nunca senti isso antes, talvez tenha algo a ver com a perda da minha graça, todos esses sentimentos humanos incríveis me deixaram sentimental. — Ela fez biquinho.

— Você não pode sentir amor por alguém tão rápido, isso tem a ver com convivência, as pessoas tem que se conhecer bem, não existe amor a primeira vista, isso não surge do nada. — Ela tentou explicar em exasperação mas ela apenas balançou a cabeça negando.

— Existe se eu for a sua alma gêmea. — Ela disse olhando as mão e ela parecia até um tanto envergonhada enquanto ignorava o olhar cético de Sam.

— Alma gêmea? Isso é loucura. — Sam fala alto achando tudo o que acabou de ouvir uma loucura fictícia de filme romântico dos anos 90.

— Os anjos formam pares com outros anjos através de uma ligação de graça, com os humanos é utilizada a sua alma, eu tenho uma agora e acho que a minha se ligou com a sua quando eu olhei pra você pela primeira vez, desde que te vi não consigo parar de pensar em você, você sente o mesmo? — Ela perguntou com uma voz de suplica, Sam se levantou e começou a caminhar pela sala, ele realmente não conseguia parar de pensar nela, mas Sam achava que era uma atração passageira, e não uma ligação louca de almas.

— Eu ...

— Sabia, você sente amor por mim. — Ariel sorriu abertamente e Sam olhou pra ela rapidamente sem ação e de olhos grelados.

— Ei, amor é uma palavra muito forte, pode ser apenas uma forte atração que sentimos um pelo outro e logo passa. — Sam passou a mão pelos cabelos longos e ela negou com a cabeça — Humanos sentem isso as vezes.

— Não, isso é amor, eu sei.

— Como você pode saber? Você era um anjo e anjos não tem sentimentos, vocês não sabem como amar. — Sam cuspiu e logo se arrependeu quando viu o olhar devastado no rosto bonito dela.

— Sabe, eu já estive na terra antes, a muito tempo, 1770 pra ser mais exata, os tempos eram diferentes, tudo mudou daquele tempo pra cá, as pessoas eram diferentes, até o clima se quiser saber, mas o tempo que passei na terra foi suficiente pra entender um pouco dos humanos, como eles vivem, seus sentimentos. Acredite eu amei antes, um homem chamado Joseph, ele era incrível, ele era atencioso e amoroso, foi com ele que eu descobri como amar. — Ariel olhou pro lado porém isso não ocultou de Sam ver os olhos azuis dela ficando vermelhos de emoção.

— Como ele ...

— Os outros anjos descobriram que eu estava apaixonada por um humano, e o mataram na minha frente, eles arrancaram a pele de Joseph enquanto ele gritava, eu não pude fazer nada ... eu ... só. — Ela parou, as emoções estavam tomando controle e logo ela estava chorando rios de lágrimas. Ela com certeza ainda não tem controle de suas novas emoções, então perder a primeira camada é muito fácil. Sam foi até ela a segurando e passando uma mão reconfortante nos cabelos loiros de Ariel.

— Sinto muito — Sam falou sinceramente se sentindo horrível por ter trazido lágrimas a ex anja.

— Eu sei o que é amar, Sam, e eu sei o que é sofrer por amor, eu senti o impossível, eu pude sentir. — Ela falou entre lágrimas, ela estava agarrando a camisa de Sam com um punho apertado, como se a sua nova vida humana dependesse disso.

— Tudo bem, vai ficar tudo bem agora. — Ele sussurrou na orelha dela, Ariel apenas chorou.

{...}

— Você acha que ela foi sincera?. — Jen perguntou mantendo a voz calma depois de ouvir a conversa de Sam, Dean estava rígido ao seu lado.

Depois do episódio de emoções com Ariel, ela fixou exausta e Sam a convenceu a tirar uma soneca na sua cama, ela iria apenas dormir, não existe nada de mal nisso.

É o que Sam está tentando se convencer e tentando esquecer que tem uma linda mulher atraente deitada na cama dele.

— Ela parecia muito sincera, ela tinha que ser uma atriz incrível pra manter a farsa, e além do mais por que ela mentiria?. — Sam coçou a cabeça.

— Você sente algo por ela? — Dean perguntou e logo viu as bochechas de seu irmão ficarem vermelhas. Ele revirou os olhos — Esquece, agora, almas gêmeas? Isso existe na vida real?. — Dean olhou pra Jen que olhou pra ele franzindo o lábio.

— Eu acredito que sim. — Ela disse e sorriu pra Dean que sorriu amorosamente de volta enquanto se abaixava lhe dando um beijo rápido e suave, Sam sorriu pro amor dos dois pombinhos, ainda o assustava como Jen conseguiu amaciar o seu irmão. — Mas o que mais importa é o que Sam sente.

— Eu não sei o que estou sentindo pra falar a verdade, ela é linda sem sombra de dúvidas, e seus olhos são encantadores, a sua voz é doce e percebi que ela fala muito tipo muito mesmo quando está empolgada e ... — Ele parou quando viu Dean olhando pra ele com a sobrancelha franzida e Jen estava sorrindo brilhantemente.

— Sam, você sabe que está falando da casca que ela possuiu e não dela mesmo, certo?. — Dean questionou e Sam baixou a cabeça.

— Eu sei — Ele fungou.

— Dean não seja insensível, Sam parece que gosta dela e Ariel parece ser boa e gentil como Cas — Jen repreendeu seu namorado e ele rolou os olhos.

— Só estou dizendo pra ele tomar cuidado, Saraphiel pode ser humana agora mas ela já foi um anjo e tirando Cas eles não costumam ser amigáveis.

— Ela pode ser uma exceção, eu realmente acho que Sam e Saraphiel fazem um belo casal. — Jen retrucou tentando defender seu irmão substituto.

— Ahh, por favor, isso não é uma novela mexicana.

— Não é, mas Dean, você tem que parar de só ver o mal nas pessoas.

— Eu sou apenas uma pessoa precavida, não confio nessas coisas, e se ela estiver apelando pros sentimentos de Sammy pra fazer algo terrível, nunca se sabe.

— Dean você está se ouvindo?

— JÁ CHEGA VOCÊS DOIS, eu já sou crescido e sei cuidar de mim, muito obrigado. — Sam reclamou tomando a atenção dos dois que abaixaram a cabeça, ele saiu murmurando. — Uff.

— Você o irritou está feliz agora, cara grande?. — Jen bateu no peito dele com uma carranca.

— Eu estou apenas tentando proteger o meu irmão, Jen. — Ele falou enquanto seguia a sua namorada como um cachorrinho.

{...}

Ariel estava na cozinha procurando algo pra comer, ser uma humana não era fácil, ter que estar sempre comendo ou dormindo por que ela agora fica facilmente cansada, e o pior de todos, ter que sempre ir ao banheiro, é nojento.

Ela abriu uma das portas e assim que olhou seus olhos caíram em um pote que continham biscoitos, os olhos azuis dela brilharam com a vista.

Ela então rapidamente abriu o pote pegando 2 ou 3 biscoitos de uma vez comendo como se os biscoitos do mundo fossem acabar hoje, ela gemia com o delicioso sabor amanteigado, era divino, ela parou de mastigar quando virou e viu Sam em pé ao lado da porta com os braços cruzados e um sorriso leve no rosto.

— Você está mesmo com fome. — Ele riu e ela sorriu limpando os farelos da boca com o dorso da mão.

— Suponho que sim, o sabor desse biscoito é incrível. — Ela comeu outro pedaço ainda encarando Sam.

— É, se você quiser eu posso fazer minha especialidade pra você, hambúrguer de queijo e bacon. — Ele disse e ela regalou os olhos, sua boca se enchendo de saliva com a menção disso.

— Só o nome me dá vontade de comer — Ela disse novamente esfregando a mão na barriga como uma criança com fome.

— Acho que você vai gostar. Bem, vamos começar.

{...}

Ela ficou do lado vendo com olhos curiosos quando Sam dourava as cebolas com margarina e quando ele grelhava os hambúrgueres fazendo sons de fome quando sentia o maravilhoso cheiro que subia na cozinha.

Ela riu quando óleo começou a salpicar em todos os lados fazendo Sam quase gritar, ela correu pra trás do balcão e riu mais alto quando Sam virou pra ela todo sujo de óleo, Sam acabou rindo também.

Ela pulou batendo palmas alegremente quando os hambúrgueres estavam prontos.

— Voilà — Sam falou batendo palmas e Ariel não perdeu tempo pra pegar um delicioso hambúrguer.

— Sam, isso é maravilhoso, nunca tinha comido nada tão bom quanto isso, realmente. — Ela falou facinada com a boca cheia, Sam sorriu.

— Fico feliz que gostou, eu aprendi com alguém muito especial. — Ele disse sem soar muito triste, Jess tinha ensinado ele a fazer esses hambúrgueres que ele nunca esqueceu como se preparar, mesmo ele preferindo uma boa salada.

O faz lembrar de épicas mais simples quando a sua única preocupação era estudar para a prova de biologia.

— Agradeça a essa pessoa por mim por que isso é de deus, desculpe a blasfêmia. — Ela sorriu e Sam tentou acompanhar o sorriso cativante dela.

Quando ela comeu três hambúrgueres inteiros ela ficou apenas sentada olhando pra ele.

— O que foi?. — Ele perguntou divertido.

— Nada, estou apenas olhando pra você, papai realmente caprichou quando fez você — Ela disse e Sam colocou a mão na bochecha pra tentar esconder que estava corando.

— Obrigado ... eu acho. — Ele disse baixo.

— Não por isso — Ela falou encerrando a conversa — Desculpe minha grosseria antes, acho que aprendi isso com os humanos, essa alto defesa em forma de sarcasmo, acredite eu não sou naturalmente assim.

Sam bufa um sorriso — Dean é assim todo o tempo, já estou acostumado com isso.

— É apenas um jeito fácil de se esconder, não mostrar como realmente se sente — Ariel limpa as mãos no paninho em cima da mesa e recosta na cadeira com um olhar distante. Sam limpou a garganta antes de perguntar:

— E como você se sente?

Ela encolhe os ombros — Não sei, acho que sinto medo, nunca estive totalmente só antes, é apavorante.

— Foi por isso que veio atrás de mim? Pra não ficar só? — Questionou ele com calma.

— Em grande parte sim, me sinto ridícula falando isso — Ela sussurra e Sam pega a sua mão por cima da mesa lhe passando conforto.

— Ei, não tem problema ter medo as vezes, eu também tenho medo. Muitas vezes me encontro apavorado com tudo o que já passei e com o que provavelmente vou passar, é como se ainda me surpreendesse como minha vida é fodida — Ele ri de sua própria miséria, porém mandando uma máscara dura para não apavorar a moça já apavorada.

— Acho que nem os Winchesters são tão fortes nesse sentido — Diz ela encontrando os olhos dele sem intenção de desviar.

— Com certeza não — Sam ri.

Quando chegou a hora de dormir ele seguiu Ariel pro quarto dele. Sam estava pensando em onde passaria a noite quando a voz de Ariel soou no quarto.

— Você vai ficar aqui comigo? — Ela perguntou quando se sentou na cama e Sam olhou pra ela.

— Eu não acho que seja uma boa ...

— Por favor, dorme comigo. — Ela piscou os olhos devagar enquanto acariciava a cama do seu lado, Sam pensou mas acabou concordando.

— Tudo bem. — Ele desajeitadamente se deitou do lado dela e cruzou os braços.

— Você não precisa ter medo, Sammy. — Ela riu.

— Estou tentando ser cavalheiro.

— Eu quero que você apenas seja você, eu quero conhecer o verdadeiro Sam, aquele que parou o apocalipse, e exorcizou mais demônios do que posso contar, e ... — Sam a atacou em um beijo inesperado apenas seguindo o fluxo que a sua cabeça o forçou a seguir.

As mãos dele tremiam enquanto beijava a boca macia dela e seus lábios doces, o beijo era tão incrível quanto os de Jess, ele até ousava dizer que era melhor.

Ele a ficou em cima dela na cama tirando rapidamente a roupa dela enquanto ela fazia o mesmo com ele, seus corpos estavam pedindo isso tão intensamente com tanto desejo que era difícil controlar.

— Vamos lá Sammy-boy me mostre do que você é capaz. — Ela falou com luxúria quando atacou Sam com outro beijo louco e molhado.

— Ah eu vou. — Ele disse com a voz rouca assim que precisaram parar para encher os pulmões de ar mais uma vez.

Era tudo instinto, como se já soubessem o que fazer a muito tempo, ela enrolou suas pernas na cintura forte dele gemendo alto e Sam de repente agradeceu que Dean e Jen estavam em uma caça simples em outra cidade.

— Vamos, Sammy, quero que você me faça ter o melhor primeiro orgasmo da minha vida. — Ela disse e Sam parou.

— Espera, você nunca ...

— Não, que tipo de anjo você acha que eu sou? Eu e Joseph nunca chegamos a fizer sexo antes. — Ela falou e começou a beijar o pescoço dele.

— Então como você entende tanto sobre sexo?. — Ele questionou e ela encolheu os ombros.

— Eu fiz a minha pesquisa, agora apenas contínua com o que você estava fazendo com a boca que eu estou ficando louca de tanta excitação. — Ela riu maliciosamente e Sam apenas sorriu.

A noite durou muito.

TBC