Narração: Maxon
Eu estava cansado daquela Reunião do Comitê de Infraestrutura.
Meu pai estava sentado confortavelmente em sua poltrona estufada de vermelho, olhando para os outros presentes na sala.
Eles debatiam seriamente sobre as guerras e os ataques dos rebeldes ao castelo e ás castas, mas eu não conseguia me concentrar. Meus pensamentos estavam em America.
Tinha me arrependido de ter brigado com ela ontem de dia. Perdi a cabeça um pouco fácil com ela. Mas eu queria me desculpar. Dizer que eu estava errado. Odiava ver ela tão triste e distante.
Eu estava pensando em ir vê-la...
- ...O que vocês acham? Aquela cinco com certeza está fazendo a cabeça do meu filho. - continuou meu pai.
O que America tinha a ver com aquilo?
- Pai, o nome dela é America. - corrigi, calmo. - E ela não está fazendo minha cabeça.
- Aquela menina é uma desestruturada! - gritou meu pai. - Ela está te usando, Maxon. Abra os olhos!
Suspirei.
- Pai, ela é uma garota incrível. Ela é...
Meu pai me fuzilou com o olhar, indicando a conversa séria que teríamos.
- Estão dispensados por hoje. - disse meu pai, olhando para mim enquanto os ' convidados' saíam. - Quero conversar a sós com meu filho.
Quando saíram, meu pai estralou as costas devagar.
- Maxon, Maxon... - sussurrou ele, e eu me arrepiei, engolindo em seco.
Narração: America
Eu estava no parapeito, olhando para o grande Jardim, perdida em pensamentos.
Eu pensava em Maxon, na nossa briga de ontem.
Queria falar com ele, pedir desculpas.
Eu estava com raiva dele, mas não conseguia, nem queria ficar longe dele.
Me virei e fui até a porta, com a intenção de ir atrás de Maxon, mas hesitei diante da porta.
E se ele não quisesse me ver?
E se ele estivesse com raiva de mim?
E se estivesse com outra garota, ou me expulsasse ao me ver?
Balancei a cabeça, na tentativa de afastar esses pensamentos ruins de minha mente.
Abri a porta e saí, me virando no corredor com a intenção de ir ao quarto de Maxon.
Estava pensando em como me desculpar com ele, quando na segunda curva, parei abruptamente ao me deparar com Maxon.
Meu coração se apertou ao ver seu estado.
Maxon estava pálido como papel, seus olhos cor de chocolate estavam arregalados, cheios de medo, ao mesmo tempo perdidos e pensativos. Seus cabelos loiros como mel estavam bagunçados para um lado, sua bochecha direita vermelha com o se tivesse lavado um tapa, sua roupa amassada, e sua gravata, folgada.
Tentei tirar meu olhar dele e reparar ao redor. Maxon estava sentado em um banco debaixo da janela, lá fora chovia na noite escura. No relógio da outra parede oposta á ele, marcava 10h13 pm. Já era muito tarde. Me aproximei devagar de Maxon.
- Maxon...? - chamei.
Ele me olhou e rapidamente se indireitou no banco.
- A-America. O que faz aqui? - perguntou ele.
- Vim te procurar, mas já te encontrei. - respondi.
Ele assentiu relutantemente.
- Aconteceu algo, Maxon?
- Eu...não, America. Nada aconteceu. - respondeu ele desviando o olhar.
Fixei meus olhos nos dele.
- Maxon, por favor não esconda nada de mim. Vamos. Confie em mim.
Ele devagar me olhou.
- Tudo bem. Mas...pode ser em seu quarto? - pediu ele, seu olhar vacilando.
Assenti, peguei sua mão e o guiei até meu quarto.
Narradora
Depois que America fechou a porta de seu quarto, ela se virou para Maxon, preocupada.
- Conta. - disse ela, guiando Maxon até sua cama, se sentando em frente à ele.
- Não acho que devia te dar mais preocupações do que já tem. - sussurrou ele, a voz fraca.
- Maxon, você está assustado...
- Assutado?
-...seu cabelo está bagunçado, e seu rosto está vermelho. Está claro que alguma coisa aconteceu.
Maxon deu um suspiro trêmulo.
- Meu pai. Ele... - ele parou, como se fosse difícil encontrar as palavras.
America ficou mais preocupada ainda.
Sabia que o pai de Maxon era capaz de fazer coisas horríveis com ele.
Ela delicadamente segurou o queixo de Maxon e o obrigou a olhar em seus olhos.
Maxon engoliu em seco.
- Na reunião ele começou a falar de você. - disse ele. - Disse que você estava fazendo minha cabeça. Eu te defendi. Não poderia deixar ele falar de você daquele jeito. Então ele pediu para ficarmos a sós...e começamos a discutir. Ele falava coisas horríveis de você, America. Eu discordava, tentava te proteger, te defender, mas não funcionava. Ele disse que ia te mandar embora, não importava minha decisão. Mas eu disse que você só iria se eu deixasse, e que nisso ele não mandava na minha vida. Ele perdeu a cabeça, gritou comigo e....bem, ele...me deu um tapa e...
Ele nem precisou terminar a frase.
America sabia que o rei Clarkson tinha batido nele com um chicote.
Ela queria esganar o rei agora. Por isso o rosto dele estava vermelho!
Maxon fixou os olhos como se fizesse um grande esforço para falar.
- Fiquei calado. Ele logo mudou de assunto, disse que era pra mim ir com ele na Itália resolver assuntos sobre a guerra, e eu discordei. Estou farto de não ter minha opinião levada em consideração. Ele então me agrediu com palavras. Disse que nem pra isso eu prestava, que eu era um péssimo filho, e que estaria feliz se tivesse outro filho sem ser eu para seguir os passos dele. - sua voz estava trêmula, e seus olhos se encheram de lágrimas, mas ele rapidamente as secou. - Desculpa, America. Estou aqui falando besteiras e chorando na sua frente...como sou idiota.
America segurou suas mãos, o olhando com ternura.
- Não, Maxon. Estou aqui pra isso. Não acho idiota você chorar. Prova que você é sensível por dentro. - disse ela. - E seu pai é um idiota. Você é um garoto de ouro, Maxon. Todo pai sonha em ter um filho como você.
Maxon engoliu em seco, e desviou o olhar segurando as lágrimas.
- Você acha?
America sorriu com carinho.
- Claro. Com 1 bilhão de certeza.
O príncipe conseguiu se conter por uns 7 segundos, depois, desabou.
América se aproximou e o abraçou, enquanto ele chorava em seu peito.
- Estou cansado, America. - sussurrou ele. - Cansado de ter que fingir que sou forte para os outros. Cansado de sorrir para as câmeras. Cansado de não ser o suficiente, sempre decepcionando meu pai. Eu queria apenas...ser mais.
- Seja você mesmo, não seja outra pessoa. - sussurrou America, acariciando seus cabelos cor de mel. Ela estava com raiva do pai dele, mas se contentou em se concentrar no amor que sentia pelo garoto. - Você é suficiente. É mais que suficiente. Você honra e dá orgulho a todos que estão ao seu redor, sua mãe, as meninas, ao país. E talvez o mais importante. A mim.
America sentiu os braços de Maxon apertarem mais seu corpo, e ela retribuiu.
- Não sei o que faria sem você. - sussurrou ele, as lágrimas silenciosas de dor molhando a roupa de America, que não se importou.
- Provavelmente estaria fingindo ser o que não é para outras pessoas ao invés de estar confessando para mim. - respondeu ela, fazendo Maxon dar um pequeno sorriso.
- Provavelmente. - sussurrou ele de volta.
America devagar desabotuou com suas mãos ágeis os botões da camiseta de Maxon, a retirando devagar. Maxon permitiu, ela já tinha feito isso uma vez.
Quando a retirou por completo, ela teve que segurar o choro de raiva e tristeza ao ver as costas dele. As cicatrizes antigas que ela já tinha visto ainda estavam lá, mas agora mais novas tinham aparecido. Estavam abertas e sangravam, mas ninguém perceberia o sangue pela camiseta ser preta.
Ela pressionou os lábios, segurando o choro.
- Dói? - sussurrou ela, temendo que a voz falhasse.
Maxon, a cabeça agora apoiada em sei ombro, assentiu devagar.
- Dói. - respondeu ele depois de hesitar um pouco.
América passou a não delicadamente ao redor das feridas, fazendo Maxon estremecer.
- Fique aqui, tudo bem? - sussurrou ela. - Não saia do quarto. Eu já volto.
- Onde você vai? - perguntou ele, temeroso.
- Vou tratar de suas feridas. Não se preocupe. Não vou falar nada para ninguém. - disse ela, se levantando, mas Maxon a impediu, seus olhos cor de chocolate a olhando, cheios de lágrimas.
- Não. - sussurrou ele. - Vão suspeitar de algo. Eu aguento isso. Tenho orgulho.
- Seu orgulho pode te matar, mocinho. - sussurrou America de volta, dando um beijo em sua bochecha. - Prometo que será rápido.
Maxon a olhou por mais alguns instantes, depois a soltou, olhando ela ir para a porta e sumir palácio a dentro.
America correu o mais rápido e silêncioso que pôde, correndo para a infermaria.
Quando ela estava passando, viu guardas parados no caminho para a porta que dava para a enfermaria, atrapalhando seus planos. Entre eles estava Aspen.
Ver ele fez seu coração saltar, nervoso. Ele não podia vê-la, iria dar errado. Ela não sentia mais nada por ele, mas vê-lo ali novamente fez seu coração palpitar.
Suspirou fundo e tomou coragem.
Estava ali por Maxon.
Nada no mundo inteiro iria impedí-la.
Ela endireitou a coluna e caminhou a passos apressados até a porta, mas foi parada por um guarda.
- Onde a senhorita está indo?
Ela o olhou duramente.
- Vou para a enfermaria. Vou treinar minhas habilidades médicas. - respondeu ela, seca.
O guarda parecer confuso com a resposta.
- Pode deixá-la passar, soldado Smith. - disse Aspen. - Ela gosta de treinar suas habilidades médicas para em caso de emergência poder ajudar.
O soldado Smith hesitou um pouco, mas depois a soltou.
Quando America passou por Aspen, sussurrou:
- Obrigada.
Aspen apenas assentiu.
Ela entrou na enfermaria e pegou gases, faixas, um desinfictante para limpar as feridas e pegou alguns remédio em gotas para a dor e os ferimentos. Colocou tudo em uma sacola e voltou, passando de novo pelos soldados e se curvando em reverência
Eles assentiram.
Aspen trocou um olhar com ela, que rapidamente o desviou e voltar a caminhar. Ela pôde sentir que ele queria chamá -la, mas não pôde parar.
Ao voltar para o quarto, Maxon estava com o olhar perdido para a parede.
- Voltei. - anunciou ela, trancando a porta atrás de si.
Maxon a olhou.
- Demorou. - observou ele.
America deu um sorriso fraco.
- É difícil enganar soldados dizendo que tenho que treinar minhas habilidades médicas. - disse ela.
Maxon deu uma risada fraca.
- Que desculpa esfarrapada. - disse ele.
America se sentou atrás dele, observando as feridas.
Ela estava com vontade de esganar o rei.
Mas respirou fundo e começou a limpar os ferimentos.
Quando colocou o líquido nos machucados, Maxon se arrepiou e estremeceu, endireitando as costas.
- Dói? - perguntou America preocupada.
Maxon negou com a cabeça.
- Não. Pode continuar. - disse ele.
America não acreditou, mas tinha que limpar aquilo.
Ela voltou a limpar, fazendo o príncipe pressionar os lábios e fazer caretas de dor.
Depois que ela tirou o sangue, passou um remédio para ajudar a cicatrizar, que fez Maxon gemer de dor.
- Estou terminando, estou terminando. - confortou-o America, nervosa.
Quando terminou de passar, ela enfaixou os machucados, cobrindo todos eles.
Depois, colocou novamente a camiseta dele, e abotuou delicadamente.
America olhou nos olhos chocolates cheios de lágrimas do príncipe e se sentou encostada na cabeceira da cama, chamando Maxon para se deitar ao seu lado.
Ele hesitou um pouco, mas depois foi até ela e se aconchegou em seus braços, a cabeça em seus peitos, ouvindo a respiração calma dela, as batidas do coração em seu ouvido.
America acariciou seus cabelos loiros mel que emanavam um cheiro gostoso.
Só soube que Maxon chorava quando as lágrimas começaram a molhar seu peito.
- Maxon? - chamou, preocupada.
- Eu não mereço isso. Não mereço você. - sussurrou ele, a voz embargada.
America se aconchegou mais a ele.
- Ei, como assim? Faço isso por que...Por que te amo. - sussurrou ela.
Maxon ficou em silêncio por alguns segundos. Depois, ele abraçou com mais força America, como que com medo de perdê-la.
- Eu também te amo. - sussurrou ele de volta, as lágrimas gélidas e cristalinas corriam por suas bochechas, molhando a roupa da ruiva.
America com uma mão acariciava seus cabelos, e a outra foi enxugando as lágrimas das bochechas dele conforme iam caíndo.
Ela começou a cantar uma música em francês, que falava sobre o amor e as escolhas. Era sua música preferida. Nunca tinha cantado para Maxon. Mas ele amou ouvir aquela bela voz, que penetrava seus ouvidos e acalmavam seu coração.
Ela esperou pacientemente que ele se acalmasse, até que sentiu a última lágrima triste e solitária cair em sua roupa.
Ela parou de cantar quando soube que ele havia pegado no sono.
Depois de tanto chorar, ele havia adormecido nos braços dela, triste e exausto, quanto ela brincava com seus cabelos cor de mel.
E, enquanto estava ali, acariciando seus cabelos, ela reparou melhor no rosto sereno e calmo dele enquanto dormia, nem parecendo que tinha uma grande responsabilidade nas costas, que tinha acabado de chorar por se importar em orgulhar o pai que não queria nem saber dele.
Ela sabia que tinha muito a fazer. Que tinha que saír para ir pensar nos preparativos de amanhã. Mas algo a impedia de deixá-lo. Algo lhe dizia para permanecer.
- Gostaria de poder roubar sua dor para mim. - sussurrou ela, acariciando seus cabelos e passando os dedos levemente por suas bochechas. - Estou tão acostumada a sentí-la, que não seria nada para mim. E assim, você não estaria triste.
Lágrimas de culpa brotaram em seus olhos, e ela tentou impedí-las de cair.
Logo, a porta do quarto se abriu devagar.
Ela olhou, atônita, para os pares de olhos verdes que lhe encaravam, indo de Maxon á ela, assustados.
Aspen lhe encarava assutado com a situação, a mágoa resplandecente em seu rosto.
- O que...? - Ele foi incapaz de formular a frase.
Sim.
Eles passaram dois anos vivendo um grande amor que achavam que nunca iria acabar. Ele dizia que amava ela. Ela dizia que amava ele. Depois de tanto tempo juntos, ele a fez entrar para a seleção contra sua vontade. Era por ele que America estava ali.
Mas as coisas tinham mudado. Maxon apareceu. Ele nunca tinha tido a chance de conhecer um amor verdadeiro. Ela o tinha julgado de forma errada pela TV, achando que ele era esnobe e nada fácil de conviver. Mas estava errada.
Tanto que foi por ele quem ela realmente se apaixonou. Que ela realmente descobriu que lhe completava.
Ele, o Príncipe futuro rei de Íllea, que tinha julgado de forma completamente errônea, estava ali agora, adormecido em seus braços simplismente por confiar nela e amá-la a ponto de contar seu maior segredo para ela. Que estava adormecido em seus braços confiando plenamente que enquanto estava fora, ela o preotegeria. Era ele que ela amava.
Era ele que tinha feito seu coração partido em mil pedaços se reconstruir em milhões de pedaços de novo.
Era ele que a tinha feito ter vontade de lutar novamente.
Era por ele que estava ali.
Não era pela troca feita com sua mãe.
Não era por achar que ganharia dinheiro para ajudar a família completamente.
Não era por Aspen ter pedido para ela ir.
Ela não foi por eles. Tinha descoberto por quem tinha ido.
Ela tinha ido por Maxon.
Era por ele que estava ali até agora.
Não foi por acaso.
Talvez tenha demorado para perceber.
Mas ela descobriu a verdadeira razão de estar lutando com forças para continuar firme.
O amor de Apsen tinha aparecido em sua vida para lhe fortalecer para se preparar para um outro que seria para sempre.
E esse alguém era Maxon.
- Sim. - sussurrou ela, respondendo a pergunta silenciosa de Aspen.
Aspen arregalou os olhos.
- Ele...você...você...você não me amava? - perguntou ele, atônito.
America forçou seu olhar a se manter nos de Aspen, que parou de observar assutado o príncipe dormir nos braços dela para fixar seu olhar nela.
- Sim. Eu te amei. - respondeu ela, firme e calma. - Mas você me magoou.
- Mas America, eu já pedi desculpas... - tentou Aspen.
- Eu sei. Mas descobri que não era para ser nós dois. - continuou ela firme. - Descorbi que era pra ser assim.
- Me iludir pensando que me amava? - perguntou Aspen, seco.
- Te amar para aprender a dar amor a quem era pra valer. - respondeu ela, a voz baixa.
Aspen arregalou os olhos.
- Não. Você só pode estar brincando. - disse ele.
America negou com a cabeça gentilmente.
- Vim aqui por você. - disse ela. - Mas permanecerei aqui por ele.
Ela olhou para Maxon dormindo sereno em seus braços, depois voltou a encarar Aspen.
- Você não tem certeza disso. - disse ele, incrédulo.
- Maxon é a minha certeza na vida agora. - respondeu ela com tanta certeza que impressionou até a si mesma.
Aspen ficou a encarando por alguns segundos, sem conseguir acreditar. Depois, olhou novamente para Maxon e denovo para ela.
- Compreendo. - disse ele, rígido.
America forçou um sorrisinho fraco.
- Te agradeço por ter entrado na minha vida, Aspen. - disse ela. - Por ter me feito feliz por muito tempo. Mas...
- Agora é a hora de você fazer outro alguém feliz, assim como me fez. - completou ele, a expressão indecifrável.
- Exatamente. - respondeu America.- Maxon precisa de mim. E eu estarei aqui para ele.
Silêncio.
- Entendi. - disse Aspen, a olhando nos olhos. - Espero que saiba o que está fazendo.
America assentiu devagar.
- Sei sim. E tenho plena certeza disso.
Cinco segundos de silêncio.
Maxon suspirou adormecido no peito de America.
Aspen o olhou, depois cravou seus olhos em America.
Depois de alguns segundos assim, ele deu um pequeno e fraco sorriso.
- Se ele te fizer feliz como eu te fiz um dia, por mim tudo bem. - sussurrou ele. - Espero que sejam felizes juntos.
America só foi capaz de assentir.
- Um Anjo não pode ajudar apenas uma pessoa. - disse Aspen, a olhando com os olhos verdes brilhando. - É seu trabalho trazer alegria á outras pessoas. Mesmo que magoe aquela que te conheceu primeiro.
America deu um fraco sorriso, triste e grata ao mesmo tempo.
- O trabalho de um Anjo certamente não é fácil. - brincou ela. - Chegou a vez deste Anjo fazer uma outra pessoa feliz.
Aspen olhou para Maxon novamente, depois voltou a fixar seu olhar nela.
- Você também irá achar alguém que te ame como eu amei. Mas para sempre. - disse ela.
Eles trocaram um último olhar antes dela observar Aspen assentir com a cabeça levemente, fechar a porta e sair.
Lágrimas brotaram nos olhos verdes da garota, e ela beijou os cabelos de Maxon, tentando se reconfortar nele.
Depois de algum tempo assim, ela se recompôs. Limpou as lágrimas dos olhos e acariciou o príncipe em seu peito.
Então era isso.
Estava feito.
Ela amava ele.
E nada no mundo iria mudar isso. Tinha feito o certo. Tinha dito a verdade. Sua consciência estava limpa agora. Ela desejava que Aspen encontrasse alguém que o fizesse feliz como Maxon a fazia.
Mas ela já tinha feito sua escolha.
Amaria Maxon até o final de sua vida.
Ela tinha certeza disso.
Afinal, ele era a única certeza da vida dela.
Quando a consciência limpa e mais tranquila, America adormeceu abraçada a Maxon.
O garoto deu um pequeno sorriso depois de ouvir tudo.
- Eu sei, Meri. - sussurrou ele, se aconchegado mais nela. - Você também é minha única certeza, e a única coisa pela qual lutarei até o final de meus dias. Eu te amo.
Abraçados, assim, com o mais puro e verdadeiro amor entre eles, Maxon pegou no sono junto a America, sabendo que suas únicas certezas estariam ligadas sempre á eles, não importava as circunstâncias.
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