Tsukishima lembrava muito bem de quando conheceu Kuroo, o capitão da Nekoma não disfarçava nenhum pouco os olhares para si,e Kei não era cego, também se sentiu atraído pelo de cabelos escuros mas sabia disfarçar muito bem. O loiro achava que aqueles olhares iriam acabar quando o jogo terminasse, mas se surpreendeu ao ver Kuroo se aproximar pra puxar conversa. Se surpreendeu mais ainda quando este lhe pediu seu número e o loiro cedeu.
A intenção dos dois era bem óbvia. Estavam atraídos um pelo outro, por mais que Kei não quisesse admitir. Quando Tetsurou o convidou a Tóquio para um treino, o loiro aceitou achando que o treino era só uma desculpa. Estava enganado, era realmente um treino com dois amigos de Kuroo. Um deles, de acordo com Kei, era um poço de animação, nunca viu alguém tão empolgado quanto Bokuto, parecia uma versão mais velha do Hinata. O outro era mais reservado e, o que tudo indicava, uma espécie de babá para o de cabelos brancos, o que arrancou alguns sorrisos do de óculos. A tarde com Bokuto e Akaashi fora agradável, entretanto, durante todo o treino, Kuroo parecia pensativo e até mesmo um pouco nervoso.
Em dado momento, Tsukishima acabava indo a Tóquio quase todos os fins de semana, seja para treinar ou só para passar um tempo com os três. Kei não sabia muito bem a relação que tinha com os três, na verdade, nenhum dos quatro sabia. Havia as conversas descontraídas e bobas, havia as conversas sérias que acabavam os deixando mais próximos, e também havia as provocações, muitas vezes por parte de Kuroo e Bokuto. Nenhum deles reclamava dessa relação estranha, todos queriam algo mais, mas nenhum tinha coragem.
E claro que se fosse para um dos quatro ter a coragem e a cara de pau para fazer a proposta deles avançarem uma etapa da relação, esse alguém seria Bokuto. Em uma tarde reunidos na casa de Kuroo, Koutaro se levantou da mesa, recebendo a atenção dos outros três.
– Eu estive pensando...- começou o de cabelo branco.
– Ora, isso é novidade – disse Kuroo, logo recebendo um tapa na cabeça de Akaashi – Desculpa, desculpa. Pode continuar Bro.
– Como eu estava dizendo, isso que a gente tem – disse apontando para si e para os outros – Nós parecemos um casal? Não, não um CASAL, porque somos quatro, mas tipo...
– Nós entendemos Bokuto-san – disse Akaashi se levantando para ajudar o mais velho que estava perdido – Não precisa se preocupar, nós entendemos o que você quis dizer.
– Não Akaashi...– disse num tom manhoso – eu ainda não terminei de falar!
– Então fala logo pois daqui a pouco eu tenho que ir – Kei avisou olhando no relógio, teria que sair logo se quisesse chegar em casa para o jantar.
– Mas já Tsuki? Eu já disse que pode dormir aqui, Kenma não se importa. Na verdade ele até gosta de tu.
– É claro que ele gosta de mim Kuroo, nós dois passamos horas falando mal de você – o loiro respondeu com um sorriso de lado.
– Ora seu...
– Gente pera aí deixa eu terminar o raciocínio! – gritou Bokuto, agora com o rosto vermelho
O silêncio se instalou na sala e os três viraram sua atenção ao Ace da Fukurodani.
– Bem, como eu estava dizendo, nós já parecemos estar em um relacionamento. Então, porque nós não... Vocês sabem... Nós podíamos começar a namorar, digo...– nesse momento o Ace já estava parecendo um tomate, e não sabia onde enfiava a cara.
– Bokuto-san, isso é um pedido? – Akaashi perguntou, um pouco corado também.
– Oe Oe, Bro, você tem coragem.
– Esperem aí! – Tsukishima disse se levantando e se aproximando de Koutaro, o loiro também estava corado, mas não iria perder a oportunidade de provocar o outro – Sabe Bokuto-san, eu acho que merecemos um pedido de verdade não? Eu não estou certo Kuroo?
– Sim sim, o Kei está certo Kou.
– Mas! Akaashi...– Bokuto disse manhoso, implorando ao seu companheiro de time ajuda
– Bokuto-san, você começou, agora terá que terminar – Akaashi se juntará ao outros dois na provocação.
Koutaro encarava a cena a sua frente. Kei e Kuroo estavam um do lado do outro, os dois com sorrisos ladinos e as mãos na cintura, e Akaashi estava ao lado com um olhar de divertimento. Os três lhe encaravam, esperando o Ace se manisfestar.
– Okay! Então lá vai! – Koutaro gritou, surpreendendo os três. Tomou um fôlego e finalmente disse – Vocês querem namorar comigo?
Um silêncio reinou na sala por um tempo. Bokuto olhava os três com expectativa esperando alguma reação. Depois de um tempo, Tsukishima e Kuroo começaram a rir, enquanto Akaashi se juntava a Bokuto, para tranquiliza-lo já que este não esperava a reação dos dois.
– Aí meu Deus, eu não esperava isso – dizia Kei, limpando uma lágrima que escorria pelo seu olho por conta do riso – Essa ideia é tão maluca, que não tem como negar – disse por fim, com o rosto corado e um sorriso sincero no rosto.
– Bro, você tem coragem mesmo, aí aí – Kuroo terminava de se recuperar da crise de risos – É claro que eu aceito Kou.
– E só pra registrar, caso não tenha ficado claro – começou Akaashi, com um sorriso no rosto – Eu também aceito.
Bokuto olhou os três ainda processando as respostas, olhou os rosto de cada um. Eles estavam sorrindo para si, e então, um enorme sorriso se estampou em seu rosto. No momento seguinte pulou em cima dos três, numa tentativa falha de abraço, o que resultou nos quatro indo de encontro ao chão. Bokuto com um sorriso que não conseguia conter, Akaashi pedindo para ele se acalmar, Kei reclamando que ele era muito pesado e Kuroo rindo da situação.
Naquela noite Kei acabou dormindo na casa de Kuroo, o que gerou um certo ciúme em Koutaro que também queria tá junto e acabou sendo arrastado dali por Akaashi.
Depois disso, as visitas de Tsukishima a Tóquio aumentaram, e os três começaram a ir a Miyagi também. Por incrível que pareça aquela estranha relação deu certo, e os quatros não podiam estar mais felizes.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.