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História Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - O Coração I


Escrita por: EduVortex_x

Capítulo 15 - O Coração I


Em uma lojinha vazia, Coraline entrou e um sino em cima da porta tocou. Mas o moço que dormia sobre o balcão não acordou. Ela levantou a sobrancelha esquerda e suspirou. Andou pelos pequenos corredores da loja e teve uma surpresa quando viu saquinhos de limanada, sim! Aquela mesma limanada que ela costumava tomar na casa daquelas velhinhas que não batiam bem da cabeça, as atrizes: Senhorita Spink e senhorita Forcible. Ela pegou uns 7 saquinhos de limanada e colocou na cesta. Andou mais um pouco e viu salgadinhos de queijo, lembrou do Sr.Bobinsky, colocando na cesta 3 salgadinhos. Andou mais um pouco e pegou salsichas, palitinhos de frango e doces. Andou até o balcão:

- Ei, moço – Sussurrou, logo viu que não adiantaria nada sussurrar. – Ei! Moço! – Exclamou, batendo sobre o braço do senhor que ainda continuava dormindo sobre o balcão.

Coraline se irritou, pegou a calculadora, fez ela mesma as contas. Pegou o dinheiro e deixou de baixo do braço do moço que dormia. Pegou um saco e jogou tudo lá dentro. Virou-se e saiu da loja.

Wybie entrou na casa. Percorreu o corredor. Olhou em todos os cômodos, mas todos estavam escuros e vazios. Subiu as escadas, olhou em todos os quartos. Todos vazios. Desceu desesperado e olhou em todos os corredores outra vez, assim que chegou na sala ouviu o som da porta bater. Vinha da cozinha. Quando chegou lá Coraline colocava sobre a mesa uma sacola com as compras.

- Uff – Suspirou ele. – Pensei que tivesse entrado lá outra vez.

- Impossível. Aquele mundo já era, a cada dia ele se desmancha mais e mais – Respondeu.

Wybie sentou-se. Coraline tirou da sacola um sanduiche embrulhado por papel alumínio, havia comprado na volta para casa.

- Quer? – Ofereceu.

Ele aceitou.

Ela tirou da sacola um saquinho de limanada. Fez a limanada e ofereceu:

- Quer?

Ele aceitou. Sorveu um pequeno gole e arregalou os olhos. Achou aquela bebida interessante, pois não tinha gosto de lima, apenas um gosto verde cintilante vagamente químico. Ele adorou.

- Somos órfãos. – Comentou Coraline, comendo. – Estamos por nossa conta agora.

- Pois é.... – disse ele.

- Eu descobri uma coisa. Eu acho que os ratos podem nos dizer tudo sobre a megera.

- Como é que os ratos vão falar fora daquele mundo?

- O gato fala - respondeu.

- Mas o gato é tipo encantado! – Disse ele levantando os braços. – Ele era da bruxa. E faz sentido, eu li que antigamente as bruxas tinham um companheiro e, normalmente, esses companheiros eram os gatos.

- Falando de mim? – Perguntou o gato preto pulando da janela e subindo na mesa com certa delicadeza. Começou a lamber a pata.

- Por que não me contou? – Indagou Coraline, se referindo a história de que ele acompanhava a bruxa em suas maldades.

O gato piscou os olhos lentamente.

- Desculpa, mas a minha vida estava em risco. Eu tentei ajudar.

- É eu sei, mas agora os meus pais estão desaparecidos de novo!

- Mmm – Murmurou o gato – Eu ouvi você falando dos ratos... Posso ajudar você com isso.

Coraline relanceou os olhos que brilharam como se houvessem botões no lugar.

- Tudo bem! – Disse ela, sorrindo.

O gato preto os conduziu até a sala de estar. Entrou no buraco na parede e minutos depois falou com Coraline e Wybie de lá de dentro:

- Perguntem! – Ecoou do buraco a voz do gato. Ele sabia que no corredor para o outro mundo o rato poderia falar.

Coraline se aproximou e perguntou:

- Onde estão meus pais? Como matar a Bela Dama!

E uma voz aguda e áspera respondeu:

- A Bela Dama possui um coração, encontre o coração dela e queime!

Coraline parou e pensou, percebendo que ele não havia respondido a sua primeira pergunta. Voltou a perguntar:

- Onde estão os meus pais?

E o rato respondeu:

- Estão com ela...

- Estão vivos? – Perguntou, com medo da resposta.

- Sim!

Ela suspirou aliviada.

- Mas cuidado, é uma armadilha... Ela quer que você vá até ela.

Coraline apertou os olhos, sentia raiva e medo. Ouvia seu coração pulsar.

- Tudo bem, eu terei cuidado... – Sussurrou para si mesma.



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