História Coraline: O início - Capitulo 18: O Poço

O menino continua a seguir o boneco, andando muito devagar, sem fazer barulho e nenhum som, para não acordar os seus pais. O menino sussurra: " Devagar boneco, me espere por favor." Dois ratos com olhos de botões, ali passavam, e ajudaram o boneco, subindo na maçaneta da porta e rodando a chave. A porta se abre. O boneco passa, e o menino continua atras dele. Lá fora fazia frio. Um vento sopra do nada, quase derrubando o pequeno garoto. O gato que dormia, ouviu o barulho. É, é ele mesmo, o gato sem um
Pedaço da sua orelha. Ele logo se acorda e começa a seguir o menino também. O boneco estava indo, a direção a um poço,velho poço que foi construído na época da casa, só que uns meses antes da casa.  O boneco segura uma corda e começa a levar. A neblina aumenta, e o menino só consegue ver a corda sendo levada, como se fosse uma cobra andando pelo caminho. O boneco passa por uma fresta do poço, muito pequena, e leva a corda com ele, deixando apenas uma
Ponta da corda do lado de fora. Ele pula e mergulha. No lado de fora fica a ponta da corda. Do de dentro, dois ratos da Beldam, estão roendo a tampa do poço, pois era de madeira.O menino continua em direção ao poço, após ter andando muito seguindo aquela corda, tinha perdido de vista o boneco, e só via a ponta da corda. O menino segura a ponta da corda, e chama pelo boneco: "Boneco?... você caiu ai dentro? Boneco?!" Não se ouve nada, apenas o eco que o poço fazia. O gato já observava a cena, e sentia que não acabaria bem. O gato mia. O menino olha e pergunta: "Você viu meu boneco senhor gato?" O gato nada responde. Faz uma cara séria, e expreme um pouco os olhos. O menino escuta uma voz, chamando seu nome: "Ernesto" e depois não se ouve mais nada. Logo ele imagina que seria o boneco, pois a voz estava como se fosse a kilometros. O menino fala: " Boneco, é você? É você senhor boneco?" Nada se ouve. O pequeno Ernesto segura a ponta da corda. Começa a puxa devagar e fala: "Segure, segure senhor boneco, vou te puxar." O menino puxa a corda, e depois sente como se algo não deixasse ele prosseguir o resgate. Ele puxa de novo, e a corda não sobe mais, para ali. Puxa com mais força, e grita: "venha boneco venha, força, vamos..." Os ratos pareciam rir, porque sabiam que jaja aquela tampa velha de madeira, não ia aguentar muito tempo. O gato mia de novo, tentando alertar o menino, que quando olha para o gato,  cai dentro do poço. Quando ele cai, sua voz não consegue sair. Cai sem fazer nenhum som. Quando chega na água, dentro do poço, tenta segurar com seus pequenos braços, na lateral do poço. Não consegue se segurar, e começa a gritar por ajuda: " Socorro... MAMÃEEE, PAPAIIII... SOCORROOO!!!!" E ai, ele sente duas mãos enormes, segurarem suas pernas. E começa a arrasta-lo e puxa-lo, ainda mais para baixo. De uma só vez, ele é puxado rápido, muito rápido. No momento o menino pensa que aquele era o seu fim. Pois não poderia respirar de baixo da água. Quando ele para de ser puxado. Tenta submergir, de uma só vez. E quando faz isso, levanta, e toma impulso... O menino estava sentado, em uma banheira grande... cercado de brinquedos, e o boneco ali boiava, naquela banheira. A claridade estava em seu rosto... tinha saido de uma floresta escura, e de repente abre os olhos, e esta naquela banheira, com a luz acessa no teto. De cara ele não entende nada, mas quando ver o boneco, se tranquiliza e pergunta: "Como viemos parar aqui senhor boneco?" Ele fica ali brincando com o boneco e uns brinquedos que boiavam.A luz daquele banheiro começa a falhar, piscando como se fosse faltar energia. O menino com a roupa toda molhada dentro da banheira escuta uma voz muito semelhante à sua mãe, dizendo: "Ernesto meu filho... saia do banho e vamos comer. Hora do jantar"  o menino logo fala: MAMAE?! É você? Veio me buscar?!" E ele logo sai da banheira, todo molhado, com o boneco em sua mão. Ele segura a maçaneta da porta, e começa a girar, forçando- a para abrir a porta.