História Coraline: O início - Capitulo 27: A Banda

A Beldam tinha um sentimento surreal, de gostar de ver cada criança inocente entrar em seus caminhos, sabendo que jamais sairia com vida. Era como ver um coelho cair numa armadilha... armadilha que não havia chance de escapar... e isso dava mais prazer a ela, ver a menina entrando pela passagem, a atraindo para um beco sem saída. Ela queria que a menina voltasse, sentisse desejo realmente de voltar a aquele lugar, e já sabia como fazer isso. ( vocês lembram, quando o senhor bobinks... não é assim a escrita do nome dele, mas vocês lembram quando ele fala: os camondongos mandaram te avisar Caroline, não entre pela pequena porta... isso faz sentido pra você?"  Na minha opinião, a Beldam mandou o recado para os camondongos e eles avisaram ao Sr bobinks... isso foi uma forma de falar a coraline... não diretamente, mas através de outra pessoa, que não fazia ideia da passagem)Em relação a Susan, bem, ela estava engatinhando pela passagem, muito escura, e ventava um pouco. A chave havia ficado na pequena porta que a garota havia aberto. Logo ela começa a enxergar, uma luz no fim do túnel. Ao chegar o fim do trajeto, não entende... "Aonde vim parar? Voltei ao ponto de partida?" O local era exatamente igual  a sua sala... Era igual em tudo. ( Exerto pelo quadro do menino triste, que estava feliz, com um sorvete na mão... já vi várias teorias sobre esse quadro: que era o gato, antes de ele ser gato... que era uma das vítimas da Beldam, ou a primeira vítima da Beldam. Mas criei minha própria teoria...  Aquele quadro era o irmão do Ernesto, que tinha morrido, mas seus pais tinham aquele quadro, e deixaram na parede ,o esquecendo... Tentativa da Beldam para que o Ernesto tivesse visto, e pensasse que tudo no outro mundo fosse melhor... como no quadro verdadeiro era ele triste... a Beldam fez um quadro feliz). Voltando para a Susan, que não notou o quadro, permaneceu andando pela casa, buscando entender o porque a passagem a levou para o mesmo lugar...Mas não era o mesmo lugar, a Susan já estava no outro mundo.Ela continua andando, e vê a sua tia... Sua outra tia... Era a Beldam disfarçada, com  olhos de botões. A Susan fala: " Mas oque houve tia? Com seus olhos...?" A sua outra tia fala: " Não houve nada minha linda... Não tenha medo... Sou sua outra tia..." E da um sorriso olhando para a menina. Ela meio com medo, prefere voltar... e diz: "Acho que já vou... outra tia..." A sua outra tia fala: "Mas vai perder o show do Alan... ele está te esperando... Pensei que ia ficar para ver... que pena..." A Susan fala: "OQUEE?? O ALAN? Ele está aqui?? Como é possível?" A sua outra tia fala: " Mas ele sempre canta aqui, todas as noites..." A menina já fica sem vontade de voltar, e ver o Alan cantando... era oque a menina mais queria. Ela fala a sua outra tia: "Mas aonde ele está? É verdade isso?" A Beldam que estava disfarçada fala:  "É claro que é verdade... Venha comigo, venha, venha..." A menina fica com o pescoço em formato de "S" enquanto anda atras da sua outra tia. Elas saem de casa, indo para o palco, aquele mesmo, que havia várias cadeiras vermelhas, que ainda não estava pronto no mundo normal. Ao longe se ouvia uma música cantada pelos ratos, só a Beldam ouvia... por enquanto. Para a menina não ouvir, a Beldam bate com força o seu pé, contra o chão para eles pararem. Eles param, e a letra era assim: "Vou tirar sua cabeça... e jogar ela no poço..." Mas elas continuam andando, e chegam até o palco. Entrando lá, estava vazio, e as cortinas fechadas. A sua outra tia fala: "Ja vai começar..." A menina fica curiosa e esperando, querendo saber logo se ele ia aparecer. Quando a menina ia perguntar: " Porque usa olhos de botão?" A sua outra tia  interrompe, falando: "Olha já vai começar." Então as cortinas se abrem, e o coração da menina acelera, parecendo que iria sair pra fora do peito. Era o Alan mesmo, com olhos de botão. A bateria tocava sozinha, e a guitarra também. Só ele estava segurando o microfone, com um pedestal. Ele começa a cantar, e a letra era assim: "MENINA ME DEIXE OS SEUS OLHOS TOCAR, E ME DIGA SE É O PERIGO QUE TE FAZ APROXIMAR, E SINTA ALGO ASSIM, DIFERENTE DE MIM...
MENINA ME DEIXE AGORA EU TE ABRAÇAR, E SINTA TUDO AQUILO QUE VAI TE FAZER GRITAR... MENINA SEJA ASSIM, BOAZINHA PARA MIM... EU QUERO VOCÊ... EU QUERO VOCÊ..." Quando ele termina, as cortinas se fecham. Os olhos da menina ficaram brilhando, e fascinados pela letra e pela voz do Alan. A sua outra tia aplaude muito de pé. A menina fica com um rosto de querendo mais, de esperando ele voltar, mas sua outra tia logo chama: "Vamos vamos, já terminou". E a Susan responde: Mas tão rápido? Ele não vai cantar mais? E sua outra tia responde: " Amanhã meu amor, amanhã... E também amanhã também ele estará com o espaço aberto para perguntas, e se quiser entrevista-lo, pode vim amanhã mesmo" Ela pensa: "Amanhã... tenho que vim amanhã..." Então as duas voltam para o ponto que estavam juntas, quando se falaram: Quando  a menina ia perguntar sobre os olhos de botão em seu rosto, a sua outra tia, interrompe outra vez: "Pena que o seu outro tio não pode vir ao show hoje à noite, mas amanhã ele com certeza vem" Elas já estão na frente da passagem de volta, e a sua outra tia se despede sorrindo. A menina também sorri, e ela volta para sua casa.