História Cordas invisíveis! (Drarry) - A ajuda de um amigo inesperado!

Finneas ainda não conseguia entender porque aquilo tudo estava acontecendo com ele. Apesar de jovem ele sempre fora dedicado, fizera tudo o mais correto possível. Sair de Hogwarts por ser investigado por um suposto assédio contra um de seus alunos favoritos era tão surreal que parecia um pesadelo, do qual ele parecia não conseguir acordar. O jovem professor saíra de Hogwarts carregando suas malas, no meio da noite, a fim de evitar os olhares acusadores e espantados do corpo de alunos. Snape estava a seu lado, era a única coisa que o confortava naquele momento.

No limiar da floresta proibida, a caminho de Hogmeade Finneas decidira aceitar a ideia de seu amante:

-Tudo bem, fale com eles. Eu realmente não quero perder esse emprego. Eu amo Hogwarts, amo os alunos. Não quero que as pessoas fiquem com a impressão de que sou uma espécie de predador de meninos-

-Não fale isso meu amor, vou falar com eles pela manhã, durante a detenção da srta Granger. Fiquei sabendo que ela se envolveu em uma briga com Parkinson, a qual espalhou o boato sobre você-

-Bom, ela teve  um bom motivo não é?-

-É, não posso discordar disso. Seus alunos realmente gostam de você e estão querendo justiça-

O jovem professor sorriu timidamente. Pensar que estavam fazendo aquilo por sua causa confortava parcialmente seu coração tão dilacerado. Estava afastado até segunda ordem, até que tudo fosse averiguado, o que se dependesse da comissão de pais e responsáveis demoraria a ter uma decisão.

-É, chegamos- Disse Snape quando os dois chegaram ao mesmo hotel em que Harry e Draco haviam passado uma noite proibida, algumas semanas antes.

Ambos se entreolharam e sorriram. Apesar das circunstâncias negativas, não apenas tinham um ao outro, como poderia ter uma noite de privacidade ali.

Na manhã seguinte Hermione continuava se sentindo uma “alienígena” enquanto descia as escadas em direção a sua detenção. Todos olhavam para ela e ignoravam o casal Potter/Malfoy, que ria do seu lado. A fama do tapa em Parkinson havia chegado a toda Hogwarts. Ela de fato havia vingado muitas pessoas, pois a maioria dos olhares era um misto de admiração e um sorriso.

-Mione, você está famosa-

-Não começa Harry- a morena revirou os olhos, evitando os olhares e andando ao lado dos amigos e do namorado, que a deixaram em frente a sala da professora Minerva para que ela começasse a cumprir a detenção.

-Vamos manter nosso plano? Precisamos falar com a comissão de pais hoje, você precisa dar a sua versão antes que seja tarde demais e antes que a gente consiga algo da Pansy-

-Bom, uma humilhação você já conseguiu- Draco riu com os meninos, enquanto uma Mione ruborizada entrava para cumprir a primeira detenção da sua vida. Mas havia valido a pena.

 Os meninos foram a caminho da sala do diretor Dumbledore, a fim de falar com a comissão, mas foram interrompidos pelo mestre de poções que cruzara seu caminho propositalmente.

-Minha sala, Potter, Malfoy e Weasley-

Estariam encrencados tão cedo?

-Chegou ao meu conhecimento que vocês de fato estão envolvidos ou conseguem provar quem espalhou este boato maldoso sobre o professor Finneas- Severus tentava não imprimir nenhuma emoção na voz, mas tentava demais, o que deixava transparecer parte de sua tensão.

-Sim professor, como havíamos te contado antes. Foi Pansy Parkinson, mas ainda não conseguimos provar isso.

-Por isso vou falar com a comissão de pais e responsáveis, preciso dar minha versão da história-

Snape encarou os garotos de forma impassível.

-Vocês estão preparados para isso? A comissão vai tentar destruir qualquer argumento que você tenha, vai te tratar como um garoto promíscuo, eles são embebidos de preconceito- Snape encarou o casal, dando a entender que teriam problemas justamente por serem um casal gay fora do armário.

-Professor, não estamos mais em 1960. Mesmo que eles não queiram, terão que me ouvir- Potter falava de forma objetiva e certeira. Não iria deixar que a injustiça ganhasse sem ao menos lutar.

-Precisamos postergar a demissão do professor Finneas o máximo possível, até que tenhamos provas-

-Ok, vou dar umas dicas para vocês de como falar com a comissão- Snape encarou o trio e começou a falar como Harry deveria se comportar a fim de passar sua mensagem.

No final da rápida conversa, Rony havia tido uma ideia, arriscada, mas que Hermione adoraria levantar se estivesse lá:

-O senhor por um acaso não teria uma poção polissuco sobrando por ai né?-

Snape encarou Ronald com uma expressão impassível. Não poderia afirmar aquilo, passar  uma poção daquelas para seus alunos poderia leva-lo a ser demitido, mas piscou repetidamente. Ele não só possuía, como fez um frasco brotar nas vestes de Weasley, que imediatamente sorriu, mas sem dizer uma palavra, saindo satisfeito da sala do mestre de poções.

-Bom, agora temos duas missões: o conselho que é com você Harry e pensar em como utilizar esse trunfo na manga, que vai ficar a cargo da Mione- Harry concordou, segurando na mão de Draco com força.

Iria ser exposto a um conselho de adultos preconceituosos. Mas estava decidido e faria aquilo sozinho, mas sabendo que estava do lado certo da estória.