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História Cores - Capítulo Único


Escrita por: MJthequeen

Notas do Autor


Fanfic para o amigo secreto do grupo Curtidores da SasuHina/br, o link está nas notas finais <3
Espero que minha amiga curta a one hahahaah algo mais levinho e fofo, como a maioria das coisas que postei aqui, então espero que vcs gostem também! ;D
A fanfic foi escrita com a música Liberian Girl, do MJ, apesar de não ter nada a ver com rs vou deixar nas notas finais se alguém quiser escutar, é uma baladinha bem gostosa ;)

Boa Leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Capítulo Único

Lilás.

Quem não olhasse bem, quem não resolvesse perde alguns segundos no rosto pálido e fraco de Hinata, não perceberia o fator lilás em seus doces olhos quase brancos. Eu percebi isso depois. Depois de notar que os de Neji eram quase cinzas e ter ideia de que algo me incomodava profundamente quando eu encarava o rosto dela.

Algumas vezes, Hinata piscava e entreabria os lábios, receosa. Era assim que eu sabia que ela tinha me percebido. Respiro fundo e olho para o lado, para o canto, para baixo ou para cima; qualquer lugar em que ela não estivesse. Eu bufava baixo e franzia o cenho. O que há de errado com ela? Por que eu olhava para Neji, a encarava e havia algo de diferente? Eles são primos. São parecidos – muito parecidos.

“Sasuke, os olhos Hyuugas não são engraçados?” junto as sobrancelhas para Naruto. O que isso quer dizer, de qualquer forma? Ele suspira quando eu não respondo. “A cor, quero dizer.”

A cor. Sim, de fato, a parte mais parecida do rosto deles eram os olhos. Grandes e redondos, exceto... Naruto voltava a falar e ignorava o fato de eu ignorá-lo, e eu finalmente percebo, num suspiro longo e satisfeito. Os olhos de Neji eram frios, pouco convidativos. Mas os de Hinata eram, contrariando as expectativas, quentes. Carinhosos.   

Azul.

Talvez fosse seu casaco favorito. Talvez fosse a cor do seu allstar. Poderia ser seu sutiã esportivo sob o tecido branco e fino da camiseta. Eu reparei o azul, entretanto, quando seu cabelo cresceu. Cresceu até o queixo. Do queixo, para os ombros estreitos. Dos ombros, para a cintura esguia. Da cintura, para o quadril em coração.

Anos dizendo que eram pretos. Anos vendo-a sob luzes artificiais. Sob amarelo e branco. Até nossos grupos separados enfim se reunirem em um único e sairmos juntos todos juntos, como bons amigos. Só para ver o céu profundo, escuro, sem estrelas – mas, definitivamente, não pretos.  

Não mais fios comuns, um cabelo qualquer. Não tão brilhantes quanto os de Sakura, cor-de-rosa. Não tão elegantes quanto os de Ino, loiro profundo. Não tão simples quanto os de Tenten, castanho mel. Azuis, como a noite. Azul marinho, como nossos finados uniformes do colégio. Azul como... tristeza.

Vermelho.

Ela gosta de olhar para baixo, piscar uma vez, abrir um pequeno sorriso – muito mais para a direita, do que para a esquerda – e finalmente erguer o rosto. Faz isso quando está tímida. Quando elogiam sua roupa, sua maquiagem, seu novo penteado. Faz isso quando dizem “bom dia” e faz pior quando dizem “boa noite” e a bebida já entrou na sua garganta.

E já não há azul ou lilás. Só vermelho. Rubro profundo, que corta suas bochechas com blush. Inspira sua pele clara, quase cinza, quando ela está sem maquiagem. Acaba em seus lábios quando ela decide que a noite é uma criança, como nós não somos, e merece destaque em seu rosto sorridente. Vai parar no seu vestido, no fundo do seu salto alto quando ela sorri para mim, depois de uma dose de vodka pura.

“Você é... Sem graça, Sasuke.” E aponta o dedo indicador para meu peito, o rosto corado como maçã. Eu dou uma olhada no bar, procurando as amigas dela. Meu olhar volta logo depois, quando seu dedo finalmente encontrou o caminho da minha camisa cinza. E Hinata me dá um sorriso. “Estava sempre me encarando. Eu tinha medo de você.” E outra vez, a risada. Vira-se e pede outro shot para o garçom.

Estreito meus olhos. Talvez eu devesse impedir que ela pedisse outra bebida, mas, quando o garçom chega, só posso pedir para mim também.

“Nunca pensei que você repararia”, respondo, honesto, provando o gosto amargo debaixo da minha língua. Hinata mexe a cabeça.

“Vocês nunca esperam nada de mim”, e acena sua mão, dando de ombros. O decote no seu vestido é mais convidativo conforme a bebida desce como fogo. Eu tiro os olhos de seus seios e volto para o rosto, me perguntando quando ficamos sozinhos. “Exceto... Vermelho. Eu acho.”

“Vermelho?”

“Quando estou com vergonha... Sempre.” Sua voz é um mix de confusão. Não posso dizer se quem está falando isso é a menina sóbria, ou só o álcool. Não me importo. Há uma pequena mancha no seu queixo, abaixo do lábio inferior, e eu ergo minha mão livre, automaticamente. Quando toco em seu queixo e limpo a mancha de batom, batom vermelho, não posso evitar um sorriso de canto quando ela enrubesce e me encara, parecendo arrependida da nossa conversa.

“Sim, vermelho.”

Amarelo.

Feliz. Sorridente. Quando Hinata enfim pisa no gramado do jardim de Tenten, sua cunhada, parece outra pessoa. Ainda é começo de tarde e os raios de sol iluminam seu rabo-de-cavalo, a franja cobrindo as sobrancelhas com proteção. Nos lábios, um gloss não atrapalha, em nada, o charme do seu sorriso fluorescente. Ela junta as mãos na frente do vestido amarelo, nunca dourado, e respira fundo.

“Eu recebi ontem a resposta da universidade. Vou concluir minha pós na França! Saio do país daqui 10 meses!”

O amarelo do seu vestido logo se mistura ao loiro intenso de Ino, abraçando-a com carinho. Dizendo mil palavras de parabéns. O amarelo do seu vestido se perde no moletom laranja de Naruto, que a gira duas vezes e sorri, dizendo que sabia que ela conseguiria. O amarelo de seu vestido contrasta com a saia lápis verde de Sakura, verde que só perde para suas íris, quando essa serve Ice para as duas.

Não, o amarelo nunca parece tão vivo quando Hinata se derrete entre os cumprimentos, entre as vozes que dizem que já sabiam. Entre as risadas dos nossos amigos, o cheiro da carne que parece que vai queimar a qualquer momento, pois todos pararam o que estavam fazendo para dar atenção a ela. Quando finalmente se senta, depois de outro elogio de seu primo, Neji, Hinata tenta encaixar o enfeite de volta no canto do cabelo – uma presilha em formato de flor, delicada, feita de pedrarias.   

“Parabéns” , murmuro quando me aproximo, sentando-se do seu lado na mesa. Tenho certeza de que Temari estava aqui há poucos instantes, mas ela parece ter desistido de esperar que Kiba e Naruto estraguem toda a carne que compramos. Eu puxo o copo dela quando vejo suas bochechas ficarem cor-de-rosa e coloco metade da minha cerveja. Hinata agradece com um sorriso, tomando um gole. Sinceramente, acho que todos gostamos de embebeda-la. Hinata é sempre a última a pegar alguma bebida alcoólica, então todos nós estamos colocando em seu copo ou em sua mesa para nos assegurarmos de que ela está tranquila. Eu faço isso quase que automaticamente.

“Obrigada, Sasuke. Pela cerveja, também”, e brinda com minha latinha.

“Como está se sentindo?”

“Abençoada.” Nós dois rimos, ela um pouco mais do que eu. “Estou... ansiosa.”

“Imagino que sim.” Ela pisca para mim e sorri, levando o copo até os lábios outra vez. Acho que detesta cerveja, mas não vai falar nada para não magoar. A cor do líquido sobre seus lábios deixa-lhe mais jovem do que realmente é. Talvez seja a presilha no seu cabelo. “Vamos sentir sua falta.”

Hinata sorri como um doce, tombando a cabeça para o lado.

“E eu a de vocês. Muito. Mas é só um ano; não pode demorar tanto, pode?”

“Não, acho que não.”

E caímos em um silêncio confortável. Eu não posso deixar de olhar em seu rosto em formato de coração e me perguntar o quão longo um ano pode ser. Acho que me acostumei a vê-la por perto. A tê-la por perto, quase todos os dias. A receber milhares de mensagens no meu celular, por que nossos amigos não conseguem ficar quietos por algumas horas. Hinata bate delicadamente as unhas sobre a mesa, olhando além do seu próprio ombro, rindo de alguma besteira que Shino falou. De algo que Shikamaru deixou cair no chão. Dos apelidos carinhosos que Sakura tem para o namorado e não consegue deixar na própria boca quando está bêbada – pelo menos eu já não sou o namorado.

“Vamos sair juntos. Para comemorar.”

Hinata se vira para mim, seus dentes nunca pareceram tão brancos. É o amarelo. É o que faz com ela.

“Pensei nisso. Talvez uma festa na casa do Kiba? Tenten sempre nos recebe aqui e eu, sinceramente, estou um pouco cansada de bares e boates...”

Um sorriso fraco cobre meus lábios. Abro o segundo botão na minha camisa branca, um pouco desconcentrado.

“Estou falando você e eu.”

Laranja

Diga-me que Hinata sempre foi dentro das normalidades. Diga-me que ela sorri como as outras garotas sorriem, e que dança menos do que elas dançam, e bebe menos do que elas bebem, mesmo que acene positivamente a cabeça muito mais do que elas. Diga-me que ela sempre esteve dentro das expectativas; sempre teve notas altas, dois namoros sólidos, e ela mesmo terminou os dois, um bom estágio. Que não provou maconha quando todos nós provávamos. Que não fumava quando oferecemos cigarro. Que não beijara uma menina enquanto estava bêbada em uma festa, mas repetira o ato pouco depois, muito sóbria, obrigada.

Diga-me tudo isso, e te respondo que não conhece Hinata. Não, não essa Hinata que vem na minha direção, macaquinho laranja tomara que caia, muito mais curto e muito mais apertado do que eu tinha imaginado. Ela se senta na minha frente, na mesa próxima à janela que pedi para nós dois, e sorri. Meus olhos correm de seu queixo, para o pescoço longo e o colo extremamente revelado por conta da peça que ela escolheu. A pele pálida, lívida, branca como leite, os cabelos lisos penteados para trás, como se para não atrapalhar minha visão. Não há colares ou joias; ela nunca precisou disso. Existe algo sobre Hinata e sua presença natural, não marcante, contudo, não esquecível.

Essa garota deveria ser proibida de usar uma peça assim; tomo um gole da água, tentando firmar meu olhar em seus olhos.

“Obrigada por me convidar, Sasuke” murmura, animada. Eu sorrio de canto quando ela pega o menu com as mãos e posso ver como a página treme em seus dedos. Está nervosa, mas não vou dizer que percebi. “Um restaurante beira mar” diz, como quem não quer nada, e só posso ver seus olhos e a franja sobre o Menu.

“Sei que os franceses são mais românticos, mas você vai comer comida francesa por um ano.”

Ela ri e posso ver seus ombros timidamente chacoalhando.

“Justo.”

Depois de decidirmos sobre nossa comida e o vinho tinto que o garçom traz rapidamente, posso ver Hinata juntando as mãos sobre a mesa, olhando na direção que um cantor, contratado pelo restaurante, faz uma apresentação acústica no pequeno palco. Ele fecha os olhos para cantar e Hinata morde o lábio inferior, o ritmo tilintando em sua língua.  

“Esse lugar é lindo.” Diz, olhando para a janela, onde podemos ver o mar e um cruzeiro passando sozinho ao fundo. Eu tinha pensado muito sobre onde trazê-la; Konoha não era muito grande e nós já tínhamos visitado pelo menos 80% dos estabelecimentos com nossos amigos. A única pequena e até sem graça praia, que ficava alaranjada sob o por do sol, pareceu a saída ideal. Ela volta seu olhar para o cantor. “E eu amo essa música.”

Estreito o olhar e só percebo qual é a canção quando o refrão enfim chega. Sinto-me um pouco estúpido de não ter percebido antes, mas, em minha defesa, a versão do violão dificulta tudo.  

“Dirty Diana, mesmo? Não é a minha preferida. E não combina com você.”

Hinata pisca para mim e, provando o seu vinho, apoia a cabeça na mão, o cotovelo sobre a mesa.

“Oh, mesmo? O que combina comigo, então?”

“Liberian Girl” e eu levo minha taça até os lábios.

Ela me encara de forma suspeita e joga o corpo para trás, passando a ponta da língua sobre os lábios rosados de batom.

“E ela diz: «você me ama?» bem, o que Hinata é? Ela faz parte do fã clube do Michael Jackson? Levanto a taça em sua direção.

“E ele diz, sem parar, «eu te amo, garota»”  completo a música e ela sorri, voltando a curvar seu corpo em minha direção. Hinata é mesmo linda; seu cheiro cítrico, nem um pouco doce, percorre meu nariz , dança em meus lábios.

 “Mesmo assim, você não deveria dizer que não gosta de Dirty Diana”  o seu vinho está quase acabando, mas não posso tirar os olhos dela.

“E por que não?”

“É como... os clássicos. Mesmo que você leia e não goste, não deve dizer isso em voz alta. Tem que fingir que a importância histórica comove o seu gosto.”

Não posso evitar um sorriso frente à constatação.

“E o que isso te torna? A maior mentirosa?”

“A queridinha de todo mundo.” Por um momento nos encaramos em silêncio, sérios. E então Hinata se rende, caindo na risada. Eu balanço a cabeça negativamente, sorrindo. Há algo... Ousado nela hoje. Posso dizer. Franzo o cenho, sem querer parecer intrometido.

“Bebeu antes de vir?”

A garota afasta os lábios, um pouco surpresa, e solta a taça de volta na mesa. Sorri amarelo para mim logo depois, apesar de eu não a estar julgando. Sua mão volta para o colo, onde está a pequena bolsa de mão de couro que trouxe consigo.

“Um gole ou dois” e puxa um pequeno cantil cor-de-rosa, pedrinhas incrustadas aqui e ali. Volta a guarda quando meu olhar retorna ao seu rosto. “Desculpe. Eu estava nervosa.”

“Te deixo nervosa?” sussurro, expressão impassível. Não sei o que pensar sobre isso. Hinata retribui o meu olhar, mas seus olhos, doces olhos lilases, são compreensivos sobre minha reação. Suas unhas percorrem a pele do pescoço lentamente, descendo até o começo dos seios, pensativa. As bochechas rosadas e os lábios secos, Hinata pisca duas vezes para mim, seus cílios mais longos do que nunca vi.

“Não imagina o quanto.”

Verde.

Seus braços abraçam meu pescoço, enquanto Hinata joga a própria cabeça para trás e respira fundo, tão fundo que sua expiração se torna pesada, lenta, ao contrário do seu coração. Posso ouvi-lo, senti-lo sobre meu queixo, quando beijo seu pescoço e mordo a pele. O coração dela bate tão forte e rápido, que o meu próprio parece se tornar extremamente silencioso.

Desço meus beijos para o seu colo quando, enfim, ela junta firmemente as pernas na minha cintura. Posso senti-la rebolando sobre meu abdômen, tentando fazer com que eu sinta sua intimidade ou com que eu lhe dê a atenção merecida. Minhas mãos estão muito ocupadas em desamarrar o laço dessa maldita peça de roupa, porém. Minha boca muito ocupada beijando seus seios por cima do tecido. Meu nariz engolindo seu cheiro forte e incendiário.

Hinata arranha minha nuca, puxando os fios do meu cabelo, e minha cabeça para cima, para beijá-la. Eu não penso nem por um segundo. Eu a beijo com força, provando sua língua na minha. Nossos narizes quase se trombando de forma dolorosa, mas não nos importamos. Ela é salgada. Tão salgada. Nada como imaginei; muito melhor. A realidade é quase doce.

Seus pés, descalços do saltos que deixamos, provavelmente, na sala de estar, tentam empurrar minha calça para baixo, já que já estou sem camisa. A missão é impossível, uma vez que estou usando cinto, mas Hinata não parece se importar com o quão difícil pode ser – como eu quero fazer com o macaquinho laranja dela, ela só deve querer queimar a peça. Minha pélvis está ardendo como fogo e seus movimentos sobre meu tronco não ajudam em nada.

  Percebo que finalmente fiz o caminho até meu maldito quarto e, quando sinto a cama na minha perna, seguro sua bunda e aperto a pele entre meus dedos com força, fazendo-a cortar o beijo imediatamente para suspirar meu nome. Meu bendito nome, flutuando da sua boca como oração. Hinata descruza as pernas na minha cintura imediatamente, deixando que eu quase a jogue na cama.

E lá está ela. Deitada sobre a minha cama, Hinata abre os braços e ri, parecendo feliz. Eu estou arrancando o meu cinto enquanto a assisto. Brilhantemente vermelha, com marcas de beijos e mordidas do queixo para o decote, suada e fechando as coxas uma na outra, esfregando-as como se para aliviar sua própria tensão, Hinata nunca me pareceu tão bonita. Ela sorri travessa para mim, quando finalmente tiro o cinto, sentando-se e levando a mão para as próprias costas.  

“Nunca fiz isso no primeiro encontro” murmura, os braços se movendo. Eu deixo de abrir meu zíper para olhá-la, lábios entreabertos. Minha respiração ofegante. Céus. “Mas, outra vez, eu nunca tinha tido um primeiro encontro com Sasuke Uchiha”, e sorri para mim, se levantando ao mesmo tempo que sua roupa única cai no chão como um tecido velho.

De frente para mim, com poucos passos nos separando, só tenho tempo de assisti-la por alguns segundos. Hinata é linda. Seus seios, seus seios nus, já sem o sutiã, são lindos. Sua cintura desenhada é linda. As marcas inapropriadas em seu quadril, de roupas íntimas apertadas ou pequenas demais, são lindas. Perfeitas. Ela é perfeita.

E então a peça que mais chama minha atenção, a única que ainda sobrou em seu corpo de Deusa. Um fio dental de renda, verde musgo, contrastando com sua pele branca. Sem pensar duas vezes ou esperar qualquer outra coisa, Hinata me abraça e me beija, na ponta do seus pés, roçando seus seios contra meu peito, lambendo o centro dos meus lábios, esfregando a ponta dos seus dedos nos meus ombros e costas, seu quadril contra o meu. Contra o meu de novo, enquanto ela geme na minha boca.

Sua intimidade na minha, quando levanto sua perna direta e aperto a coxa com os dedos. Meu membro pulsando no jeans. Minha mente tão longe e tão inexplicavelmente perto dela. Insano. Essa garota me deixa louco. E depois que beijo seus peitos, e mordo sua barriga, minha penúltima lembrança é verde. Verde profundo quando beijo seu monte de Vênus e ela crispa os lábios, contendo meu nome.

E então rosa, úmido, salgado e agridoce cor-de-rosa.

 

 

Hinata tira delicadamente as pilhas de livros da frente do notebook e agora posso, finalmente, vê-la com clareza. Está usando uma camiseta – essa não era minha?! – e o cabelo está preso em um coque que parece desajeitado.

“Desculpe, Sasuke. Esqueci dos livros. Melhor agora?” pergunta, acenando para mim. Tem uma caneta em sua mão e um garfo na outra.

Eu me ajeito na minha própria cadeira, me controlando para não girar, e abro a latinha de refrigerante. “Sem álcool enquanto estou aqui”, lembro-me de Itachi falando – ele odeia bebidas desde o acidente dos nossos pais. Bem, o apartamento é meu. Mas como a preguiça de ir ao supermercado me impede de ser rebelde e comprar cervejas, tomo os refrigerantes e sucos que ele traz.

“Já falei que você fica linda de óculos?” pergunto, como quem não quer nada, fingindo que algo em minha pasta do trabalho é muito mais interessante. Por causa da visão periférica posso vê-la apoiando a cabeça no braço e sorrindo para a webcan.

“Tipo umas mil vezes. Eu só uso para leitura, sabe, você não deveria se animar” diz, voltando a fazer anotações em seu celular. Eu concordo com um som, olhando-a tão entretida em sua atividade. Já faz 6 meses que não a vejo pessoalmente. Todo dia quando nos falamos por vídeo, ela parece animada com algo novo. As vezes acho que não está sentindo minha falta – tudo muda quando Hinata diz que me ama sempre que precisamos desligar. Ou quando me manda mensagens enormes sobre algo novo que aprendeu ou alguma vergonha que passou, no meio do dia.

Bato os dedos na mesa, mordendo o lábio inferior.

“Diga que só está usando preto quando sai” brinco, com um sorriso de canto.

Ela levanta os olhos do livro e ri para mim, arrumando uma mecha do cabelo que não quer ficar presa.

“Sasuke, por favor. Quer que eu vista uma burca, também?” e me mostra a língua, apesar das bochechas coradas. “Por que essa obsessão com preto, mesmo?”

“Você fica linda em todas as cores, é isso.”

O nariz de Hinata fica vermelho e ela se concentra em pegar um pedaço da comida que está comendo.

“Você é bobo.”

  Meus dedos voltam a percorrer a mesa. Com a outra mão, eu engulo boa parte do refrigerante. Duas semanas e já estou sentindo falta do álcool. Volto a olhar para Hinata, a imagem dela reproduzida no meu computador. Sinto falta do seu cheiro. Do seu toque. Do som claro da sua voz. Do seu gosto. Dos seus tons, das suas nuances, de tudo que me deixa incapaz de tirar os olhos dela, ou a boca dela, ou de não sorrir quando ela me diz algo, quando faz algo. Qualquer coisa.

“Então diga que vai usar branco quando voltar.”


Notas Finais


Link do grupo: https://www.facebook.com/groups/CurtidoresSHBR/
Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=70VrvkfjJjg

Nenhum motivo especial para eu ter usado aspas e não travessão, achei bonito kk
Espero que tenham gostado ;D espero que vc tbm tenha gostado, Lília <3 obrigada todo mundo que leu!
um beijo, gente, até outra fic hahaha


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