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História Corpóreo - Abraços


Escrita por: AlwaysInsomnia

Notas do Autor


Capítulo novo! Quem tá feliz?
Gente, como tô de férias tô meio cagando pro horário então virão capítulos em horas aleatórias. u.u

Capítulo 16 - Abraços


Fanfic / Fanfiction Corpóreo - Abraços

Josh

 

— Conseguimos? Conseguimos!

— Bate aí! 

Toco a mão de Heyoon em um hi-five.

— Finalmente! Caramba, deu trabalho.

— Verdade. Nossa, Josh, sinceramente, somos muito dedicados. Repassar coreografia às onze da manhã no nosso dia de folga não é pra qualquer um.

— Arrasamos, baixinha. Então realmente vamos poder tirar folga no dia de folga?

— Milagre.

Rio junto com ela.

— Bora almoçar?

— Sim! Eu tô faminta!

— Sabina mandou mensagem dizendo que o pessoal tá indo comer hambúrguer.

— Eu vi! Vamos também?

— Só se for agora.

Pegamos nossas coisas e chamamos um carro para irmos até a lanchonete.

— Chegaram!

— Vocês dois não cansam, não?

— Alguém precisa levar esse grupo à sério, né, Sabina?

— Fica quieto, Joshua. — Está de boca cheia.

— Eu tô feliz. Finalmente decoramos tudo. Agora já podemos arrumar vocês quando fizerem besteira.

— Parabéns, amiga! Então tá livre pra ir no salão comigo e Diarra hoje?

— Vocês vão hoje? Ai, posso ir junto?

— Não, Any, a gente te odeia. — Diarra faz a cara mais assustadora do mundo antes de soltar uma risada. — Claro, né, boba!

— Marcado, então.

— O resto de vocês vai fazer o quê? — Diarra pergunta tomando outro gole de uma bebida verde e esquisita.

— Eu, Jojo, Krys e Sabi vamos patinar no gelo!

— Eu e Hina vamos fazer compras.

— E você, Bailey?

— Academia.

— Como sempre. — Falamos todos ao mesmo tempo o que causa uma onda de gargalhadas realmente altas. Nos conhecemos tão bem.

— E vocês dois? — Hina questiona eu e Noah.

— Eu vou pra casa.

— Cof cof privilegiado cof cof.

— Não tenho culpa de morar "perto" do trabalho.

— Não faz essas aspas, não! Você mora há uma hora daqui. Eu moro há nove.

— Desculpa, morar em Paris deve ser uma merda mesmo, Di.

— Noah é privilegiado sim.

— Enfim! E você, Josh? — Ele se apressa em mudar de assunto.

— Bom, eu ia ficar ensaiando com a Yoon, mas agora que terminamos tô meio de bobeira.

— Quer ir lá pra casa comigo?

— Sério?

— É, faz bastante tempo desde que foi lá.

— Beleza.

— É, chama só o Josh. Só liga pra ele mesmo.

— Quer ir também, Sofya? — pergunta sem muita animação, sabe que ela não vai trocar patinar no gelo por isso.

— Não. Não gosto de ser segunda opção de ninguém.

— Eu disse "também".

— E eu disse não. Já tenho planos. Pode ficar com o Josh.

— É, Noah, só chama o Josh pra ir pra sua casa.

— Começou...

— Any tá certa, nem liga pra gente.

— Krys, me poupe. Não posso aparecer com 12 pessoas lá em casa, minha mãe me mata!

— Mas com o Josh...

— Desculpa aí, sou especial.

— Quer ficar também?

— Mal.

— Eu prometo que vou dar uma mega festa com todos vocês, ok? Mas hoje não dá. Chamei o Josh porque ele é um só e meus pais já conhecem ele.

— Bro, seus pais conhecem todos nós. Eles já viajaram o mundo com a gente.

— Eu sei, porra. Todos conhecemos os pais uns dos outros, tô falando conhecer direito. Meu pai literalmente já dormiu na mesma cama que o Josh.

— É verdade. Não foi legal. Ele ronca alto e chuta pra caramba.

— Aquele noite foi... peculiar. — Joalin lembra de quando precisamos nos espremer nos quartos de uma pousada minúscula porque todos os hotéis da cidade estavam cheios e nossa reserva tinha sido cancelada. Foi hilário, Bailey teve que dormir no mesmo quarto que o Simon e Sofya e Joalin dividiram uma cama com Yonta, mas claro que a mídia não sabe disso.

— Eu diria traumático. — A cara de Bailey é hilária.

A conversa se prolonga com lembranças engraçadas daquela noite enquanto devoramos a comida. Quando chegamos no hotel, procuro Noah.

— Que horas saímos?

— Agora. Arruma suas coisas e a gente vai.

— Beleza. Você dirige?

— Óbvio.

Subimos para o quarto e faço a mochila relativamente rápido. Ele cata alguns poucos objetos e finalmente pegamos a estrada.

— É uma hora até lá?

— Um pouco menos. Quer ouvir alguma coisa?

— Pode ser.

Noah mexe no telefone e uma música em português começa a tocar.

— Que porra é essa?

— Eles chamam de "pagode".

— Gostei até.

— Deixa acontecer nooturalmeeente!

— Você tá ridículo cantando isso.

— É muito bom!

— Aham, senta lá, Cláudia.

— Isso é um meme?

— É, aprendi ontem.

— A gente tá muito brasileiro.

— Any ficaria orgulhosa. — Damos risada e eu mudo a música. — Seu irmão vai tá lá?

— Não, só a Linsey e meus pais.

— E o Milo.

— E o Milo.

— Tem algum plano pra hoje?

— Só ficar com eles um pouco. A gente volta amanhã bem cedo.

— Bem cedo tipo que horas?

— Umas sete.

— É realmente bem cedo.

— Sim, tenho que estar no estúdio oito e meia pra gravar.

— Tranquilo. Não vou na sua casa há um tempão.

— É verdade.

— Algo novo lá?

— Nada especial.

— Você também não vai lá pra casa há muito tempo.

— É um pouco mais complicado.

— É aqui do lado, Noah.

— É frio. Eu odeio frio.

— Bom, vou tirar um cochilo. Me acorda quando chegarmos.

— Boa noite.

 

 

Noah

 

— Filho! Josh! — Minha mãe me dá um abraço apertado e em seguida abraça ele também.

— E aí, mãe? Sentiu saudades?

— Eu não senti. — Linsey implica saindo da casa.

— Até parece, você me ama.

— Amo mesmo, pirralho. — Também me abraça. — Como vai, Josh?

— Tudo bem, Linsey?

— Cadê o papai?

— No mercado, daqui a pouco tá chegando. Estávamos indo pra piscina.

— Deve ser bom poder ir na piscina quase o ano todo.

— Para de sofrer, Josh. Vamos entrar. — Ele me segue até o quarto. Engraçado, a última vez que vim aqui estava surtando por ter transado com ele, agora transamos quase todo dia. — Pode botar a mochila em qualquer lugar. Vai querer ir na piscina com elas?

— Bora.

— Beleza.

Ando até o armário procurando algum short decente. Preciso me desfazer de várias coisas, tem muita roupa aqui. Escolho um azul e começo a desabotoar a calça.

— O que você tá fazendo?

— Trocando de roupa.

— E se sua mãe entrar?

— Eu só tô trocando de roupa, Josh. E eu sempre tranco a porta.

— Não pareceu hoje de manhã, mas tudo bem. — Ele levanta, caminhando até mim. — Então não tem problema se eu fizer isso.

Me empurra contra o armário em um beijo desesperado. Afasto ele.

— Tá louco?

— Você disse que tá trancada.

— Ainda é estranho.

— Transar na sua casa?

— Sim.

— Achei que quisesse terminar o que começamos mais cedo.

— Eu quero, mas agora? Tô com saudade da minha família.

— E se for uma rapidinha? Somos bons nisso.

— Josh...

— Tá, esquece. — Me solta meio emburrado.

— Qual é, cara. A gente faz de noite.

— Beleza.

— Vai ficar puto?

— Não tô puto — fala nitidamente puto.

— Transamos têm só quatro dias.

— Você me acostumou mal.

— Engraçadinho.

 

 

 Josh

 

— Estamos indo deitar. Boa noite, família!

— Boa noite, meus amores! Amanhã acordo pra fazer o café de vocês.

— Relaxa, mãe. A gente se vira.

— Eu sei, mas quero mimar meu bebê enquanto posso.

— Não vou reclamar.

Ele se despede dos pais e da irmã com mil beijos e abraços e vamos para o quarto. São quase meia noite.

— Sua família é muito fofa.

— É mesmo, amo eles.

Jogo o corpo na cama de Noah um pouco desanimado. Suspiro.

— Tudo bem?

— Aham. Só tô com saudade da minha família, especialmente da minha mãe.

— Não ligou pra ela hoje, né?

— Não... Sei lá, estar no grupo é muito foda, mas sinto tanta falta deles...

— Sim... Pra vocês é muito pior. Diarra tá certa, eu sou sortudo de poder ver a minha com frequência, pelo menos quando estamos em Los Angeles.

— É mesmo. Sei lá, tem dias que tá tudo uma merda e só queria ela perto de mim.

— Não fica assim, cara. Quer um abraço?

— Aham.

Noah senta do meu lado me apertando com força.

— Não sou sua mãe, mas tô aqui pra você, mano.

— Eu sei. Valeu. Você é um amigo muito foda.

— Acho que não aguento transar, tô morto.

— É, também não tô no clima.

— Você passou o dia todo meio pra baixo desde que chegamos. É por causa da saudade?

— Acho que sim. Ver vocês juntos me lembrou deles.

— Foi mal.

— Relaxa. É só que eu não saí de casa exatamente bem

— Como assim?

— Antes de voltar pra cá eu tive uma briga com meus pais. Foi idiota e já tá normal, mas fiquei pensando: cara, e se acontecesse alguma coisa, sabe? Tipo o avião cair e eu morrer, sei lá. Aquela ia ser a última lembrança minha deles. Não quero isso, quero que minha família tenha lembranças boas de mim.

— Tá, primeiro: você não vai morrer, para com esse papo. Segundo: mano, tudo o que eles têm são lembranças boas suas. Você é uma pessoa incrível, Josh.

— Sou?

— É, porra. Você é talentoso, bom de cama, simpático, bom de cama, engraçado, bonito, eu já disse bom de cama?

— Para... — Fico sem graça com os elogios. — Tô falando sério.

— Eu também. Principalmente sobre a parte de ser bom de cama. Mas na moral, você é foda. Por isso é meu melhor amigo. Eu só tenho amigos incríveis.

— Valeu, Noah. Cadê o colchão?

— Merda...

— Que foi?

— Esqueci que minha mãe jogou fora.

— E eu vou dormir onde?

— Tem o sofá, mas meus pais ainda iam ver um filme.

— Tá, chega pra lá.

— Isso não vai dar certo, minha cama é minúscula.

— Se eu e Any coubemos na cama da Belinha nós dois com certeza cabemos na sua.

— Por que vocês...

— Longa história.

— Então tá... Só não me chuta.

— Eu nunca chuto. Boa noite.

— Boa noite.

 


Notas Finais


É isso, amanhã tem mais u.u
Comentem o que gostaram!
Até amanhã <3


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