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História Corpóreo - Sentimentos


Escrita por: AlwaysInsomnia

Notas do Autor


Oie! Desculpa a demora, gente! Eu tive um bloqueio, fiquei ocupada e o pessoal aqui em casa não colabora fazendo silêncio para eu poder escutar meus próprios pensamentos. Em compensação é o maior capítulo que eu já escrevi na fic kkkk Dedico ele ao leitor Pedro Beauchamp pelo aniversário dele :) Parabéns, migo!
Espero que gostem!

Capítulo 22 - Sentimentos


Fanfic / Fanfiction Corpóreo - Sentimentos

Noah

 

— Josh, levanta a bunda desse sofá e me ajuda!

— Mas o Milo tá dormindo no meu colo...

— O Milo vai ficar bem sem você, anda logo.

— Tá... — Josh faz um bico, mas levanta. — Do que você precisa?

— Me ajuda a pendurar isso. Estica aí.

— Ok.

— Meninos, estão com sede?

— Mãe, você é mulher mais maravilhosa do mundo!

— Eu sei, meu amor. — Ela aproxima a bandeja e eu e Josh pegamos um copo de suco. — Falta muito? Seu pai e seu irmão acabaram lá na frente e Linsey terminou a mesa agora.

— Só faltava isso.

— Então é melhor irem se arrumar que em uma hora os convidados vão estar aqui. Eu e seu pai vamos só organizar umas coisas e estamos saindo. Vocês dois, juízo! Comam antes de beber, não quebrem a casa e se forem fazer sexo com alguém por favor usem camisinha, sou muito nova para ser avó. Ouviu, senhor Urrea?

— Sim, senhora. Obrigado pela ajuda!

— Parabéns, meninos. Boa festa! — Ela nos abraça e sai. 

— Eu amo sua mãe.

— Eu também.

— Vou pro banho.

— Beleza, eu vou no banheiro lá de dentro.

— Ok.

 

*

 

— Como eu tô?

— Sexy. Gostei da bandana, quem te deu?

— Digo o mesmo sobre o colar.

— Achei que tivesse achado brega...

— Você é brega.

— Cala a boca, Josh. E se tem uma coisa que eu não sou é brega.

— Tanto faz. Ouviu a campainha?

— Será que são eles?

— Vamos descobrir.

Andamos até a porta da sala e abro vendo onze sorrisos.

— Bem vindos à residência dos Urrea!

— Uau! Sua casa é incrível, Nô!

— Um privilegiado mesmo...

— Vai começar, Diarra?

— Além de bonito e talentoso ainda é rico. Garoto, você não tem nenhum defeito? — Joalin me olha com deboche.

— Tem, ele é burro.

— Cala a boca, Josh.

— Você só sabe me dizer isso?

— Claro, você só fala merda.

— E quem é essa coisinha fofa?! — Sabina já está com meu cachorro no colo.

— Esse é o Milo. Ele gostou de você.

— Mas ele gosta mais de mim!

— Verdade, ele ama o Josh por algum motivo.

— Vai ver é influência do dono... — Sina sussurra baixo o suficiente para que só eu escute.

— Disse alguma coisa, Deinert?

— Eu? Não, nada, não...

— Acho bom. Enfim, galera sintam-se em casa. Aqui na sala tem as bebidas, um videogame na TV, lá atrás tem a pista de dança e a piscina. Daqui a pouquinho o resto do pessoal tá chegando. Fiquem à vontade. O meu quarto tá liberado, e o de hóspedes também, mas da minha garagem fiquem longe, pelo amor de deus. E não vomitem no chão, porque se não vão ter que limpar.

— Olha ele, cheio de regras.

— É serio. Não façam merda.

— Desde quando o Noah é tão certinho? — Any implica.

— Né, amiga? Nunca vi ele assim... Será que tá querendo impressionar a gente?

— Eu ouvi isso, Krys. Só tô prezando o bem estar da minha casa, conheço muito bem vocês, especialmente quando bebem!

— Quem fez merda da última vez que bebeu não foram eles...

— Josh, cara, você tá oficialmente proibido de falar.

— Essa festa ia começar sem mim?

Escuto uma voz muito familiar na porta ainda aberta e viramos para ver quem é.

— LAMAR!!! — Corremos para abraçá-lo, todos nós.

— Bro, o que você tá fazendo aqui?!

— A mãe do Noah me ligou, achou que ia ser uma surpresa legal.

— Bota legal nisso! Caraca, você tá aqui! — Abraço ele outra vez.

— Em carne, osso e talento. Parabéns, caras!

— Ótimo. Lamar está aqui, nós estamos aqui, mas sabe quem mais está aqui? Tequila! — Sabina e Shivani erguem juntas a garrafa. — Vamos começar os trabalhos?

 

*

 

Estou na cozinha procurando algo para beber, a festa começou fazem mais ou menos duas horas. 

— E aí, cara?

— Servido?

— Opa! Pode mandar! — Entrego uma cerveja para Lamar e fecho a geladeira. — Me conta, como você tá, americano?

— Tô bem, e você?

— Também. Faz um tempão desde a última vez que nos vimos.

— Pois é. Na verdade... A gente pode bater um papo?

— Fala aí.

— Lá na garagem. Vem comigo.

Lamar me segue até o único ponto da casa, além do quarto dos meus pais, que está vazio. Destranco e entro com ele. A música alta fica quase inaudível aqui dentro.

— Tá tudo bem, Noah?

— Tá, eu só... Eu queria te pedir desculpa.

— Pelo quê?

— Por você ter saído do grupo...

— Noah, a gente já falou sobre isso. Esquece essa merda, a culpa não foi tua.

— Foi sim.

— Quem tomou a decisão fui eu.

— Não. Eu preciso me desculpar.

— Cara, não precisa. Isso faz muito tempo.

— Eu estraguei tudo pra você... Se não tivesse feito aquilo...

— Não importa, mano. Aconteceu, essas coisas acontecem. Quem fez besteira fui eu, mas já foi. Faz dois anos. Por que tá falando disso agora?

— Porque... Porque eu não quero que aconteça de novo... — Desvio os olhos para o chão.

— Ah não, Noah.

— Eu não quero, eu juro!

— Vai dar merda. Diz que pelo menos é a Sina dessa vez.

— Você sabe que não...

— É o Beauchamp, né? — Suspiro. — Isso não vai dar certo...

— Eu tô ligado...

— Olha, não sei como tão as coisas entre vocês dois, mas se for como o que rolou com a gente é melhor acabar com tudo agora.

— Não é.

— Ele sabe?

— Não.

— Vocês já ficaram?

— Pior... A gente tá transando.

— Puta que pariu... Se você falar que combinaram de não se apaixonar eu vou te bater.

— Só não bate forte.

— Você não aprende?

— Não, nunca aprendo. Eu não sirvo pra gostar dos outros, só escolho as pessoas erradas, sempre. Sem ofensas.

— Tu precisa parar agora, Noah. O Josh é diferente de mim, ele é teu melhor amigo.

— Eu não sei como...

— Para de dar pra ele.

Impossível.

— Ele não tá sentindo nada?

— Não.

— Como sabe?

— Dá pra saber...

— Sinto muito, mano. Espero que ele não aja feito um babaca como eu.

— Também espero.

— Valeu, hein.

— É verdade.

— Eu sei. Obrigado por ter perdoado a merda toda, aliás.

— Você tava confuso. Eu não devia ter dito aquilo de uma vez...

— É... Tu me assustou.

— Eu sou bom nisso. Cacete, vou morrer sozinho, Lamar...

— Que isso! Com esse tanto de fã?

— Minhas fãs de 13 anos?

— Complicado...

— Enfim, foi mal, eu só queria me desculpar direito. Parei pra pensar e acho que nunca falei como eu sinto muito por tudo.

— Foi o melhor. Vamos voltar e curtir essa festa agora, ok? E vê se esquece o Beauchamp um pouco.

— Vou tentar, obrigado, mano.

Ele abre um sorriso radiante. E pensar que um dia já fui apaixonado nesse sorriso...

 

 

Josh

 

— Shot!

— De novo, Sabina?

— Shot!

— Any, para de incentivar.

— Shot!

— Ok, ok! Parem de gritar no meu ouvido!

Estendo o copo de plástico na direção da garrafa e Sabina  enche ele.

— Arriba!

— Abajo!

— Al centro!

— Y adentro!

Tomamos os três juntos a bebida.

— Desse jeito não vou ficar sóbrio nunca...

— Josh, para de ser chato. Quer ficar sóbrio pra quê?!

— Pra não fazer merda, Any.

— Ai, amigo, hoje é dia de relaxar! E de beber! Cadê o May? Ele sim entende a nossa vibe!

— Verdade, não vejo ele há um tempo. E o Noah também não.

— Eu vi o Noah e o Lamar conversando na cozinha uma meia hora atrás.

— Bom, meninas, eu vou procurar alguma coisa pra comer e ver se acho meu carregador. Vejo vocês mais tarde.

— Se achar o May diz que tô procurando ele! — Sabina grita quando já estou afastado.

Saio da sala passando por várias pessoas dançando. Diarra acena para mim de um canto, está com um cara que nunca vi na vida ao lado de Joalin, que se agarra com algum outro na parede. Sigo para o interior da casa, em direção ao quarto de Noah. Abro a porta vendo Bailey e... Shivani? Sim, com certeza são eles.

— Opa, desculpa! — Fecho rapidamente, mas lembro que preciso entrar. — Na verdade posso só pegar uma coisa?

— Agora que você já interrompeu, né... — Shiv revira os olhos ajeitando a blusa meio amassada.

— Valeu. — Vou até a mochila. — É... A Sabina tava te procurando, Bailey.

— Eu vi as mensagens, mas tô meio ocupado agora. Saca, bro?

— Ok, ok, já entendi o recado. Tô saindo. Divirtam-se!

Pego o carregador e deixo o cômodo. Ainda estou em frente a porta fechada pensando em como é inusitado ver Shivani e Bailey se pegarem quando alguém esbarra com força em mim.

— Desculpa! Ah, é você! E aí, cara? — Noah sorri bobo na minha direção. Está todo suado.

— E aí? Não te vejo há horas.

— É, a festa tá meio lotada...

— Você bebeu?

— Nããão... Ok, um pouquinho...

— Noah, isso é uma péssima ideia.

— Por que ninguém nunca me deixa beber em paz?!

— Por que você perde a noção e só faz merda quando bebe.

— Porra nenhuma! Eu tô ótimo!

— Você que sabe...

— Dá licença. — Ele me empurra ameaçando abrir a porta do próprio quarto, mas seguro sua mão.

— Eu não recomendaria entrar aí agora...

— Saco. Tá. Vem comigo!

— Pra onde?

— Só vem comigo!

Sigo ele por entre os corredores escuros da casa. Noah não parece tão bêbado, mas sóbrio com certeza não está. Chegamos em frente a garagem e ele abre. Não tem ninguém.

— O que estamos fazendo aqui? — Ele trancando a porta.

— Isso.

Nem consigo pensar antes de sentir o peso do corpo de Noah colando o meu à parede. Estamos nos beijando. Posso sentir que andou bebendo cerveja pelo gosto dos seus lábios, e ele deve sentir a tequila na minha língua que agora brinca com a dele.

O que estou fazendo? Afasto-o.

— Noah, mas que porra?

— Vamos transar.

— Agora?

— É. Vamos!

— Seu cu não tá bem pra isso e a gente tá no meio da festa. Da nossa festa.

— Foda-se, transa comigo.

— Noah... — Ele ajoelha na minha frente abrindo minha calça. Não consigo pensar direito, muito menos quando começa a chupar. — Puta merda, o que tá fazendo...? — Ele não responde, só continua os movimentos me deixando completamente excitado. Não estava pronto para isso. Quando estou quase gozando ele para e levanta. — Ah, não...

— Você disse que não quer transar agora...

— Não sorri assim pra mim, Urrea... Adora brincar com fogo, né?

— Vai me comer ou não?

— Não. Vou te machucar se fizer isso.

— Chato pra caralho... — Ele revira os olhos e puxa um dos violões do suporte, sentando no sofá. Está tremendo. O que deu nele?

— Noah, por que tá agindo assim?

— Assim como?

— Assim.

— Eu não fiz nada. — Ele sorri nervoso dedilhando as cordas, não me encara e também não respira normalmente.

— Noah, olha pra mim. Tá tudo bem?

— Tá tudo ótimo, porra!

— Tem certeza?

— Tenho, cacete. Por que não estaria?

— Porque você tá chorando...

Ele leva o indicador ao rosto secando algumas lágrimas.

— Não é nada... — Continua com um sorriso falso. Não sei o que fazer. O que está acontecendo com ele?

— Noah...

— Desculpa. Desculpa, eu tô realmente bem. Deve ser a bebida, eu não fico bem quando bebo. — Levanta apressado voltando com o instrumento para o lugar. — Foi mal te trazer aqui, achei que quisesse foder, sei lá. Sei lá, eu sou retardado, desculpa.— Ele fala rápido demais, parece muito nervoso.

— Tudo bem, cara... Se precisar conversar sobre alguma merda me avisa, ok? Somos amigos.

Ele chora mais quando digo isso e o desespero em mim aumenta. Me sinto desconfortável.

— Eu sei! Eu sei... Vamos voltar pra lá...

— Noah...

— Tranca pra mim!

Ele joga a chave na minha direção e sai às pressas.

— O que deu nele...?

 

*

 

Bebi muito? Não, mas bebi o suficiente. Estou meio tonto, e tem muita gente aqui... Estamos nessa festa há mais de quatro horas.

— Josh?

— Any?

— Oi! Ai, que bom que te encontrei! Tô perdida nessa casa! Onde fica o banheiro?

— Vem comigo.

Sigo com ela a passos não tão retos por um corredor lotado até alcançar a fila para o toalete.

— Obrigada!

— Nada.

— Josh!!! Te achei! Vamos dançar? — Sabina aparece com uma garrafa de tequila na mão, como sempre. Tenho certeza que já vi pelo menos três marcas diferentes da bebida com ela hoje.

— Bora!

Sigo-a até a pista de dança encontrando, além de mais milhares de desconhecidos, Krystian, Heyoon, Hina, Shivani, Sina e Joalin. 

— Achei ele, gente! E outra tequila! Shot!

— Shot! — Gritam todos ao mesmo tempo, me fazendo rir.

Shivani com certeza está completamente bêbada, Heyoon e Joalin não parecem muito melhores, mas Sina, como sempre,  não está tão afetada pelas milhares de doses.

— Abre a boca, Josh!

Obedeço a mexicana sentindo o gosto da bebida, desce queimando.

— Arrasou!

Sorrio bobo, devia parar de botar álcool para dentro enquanto ainda dá tempo. Estou tentando muito não ficar mal nessa festa, mas Sabina e Any não ajudam. Logo no começo Any me fez tomar quatro shots de vodka com ela, e Sabina me faz beber tequila sempre que nos esbarramos.

— Essa festa tá incrível! — Krys grita dançando de um jeito engraçado.

— Tem tanta gente! Quantas pessoas o Noah conhece?!

— Pois é!

Não consigo focar tanto na conversa. Noah... Pensando aqui... 

— Gente, cadê o Noah?

— Sei lá, anjo. Deve tá com o pessoal da Chump Change. Esquece ele e dança!

Dá última vez que vi Noah ele estava chorando... Espero que esteja bem.

 

 

Noah

 

Caralho, por que eu bebo? Tudo gira... Cacete, eu não nasci para beber...

— Calma, cara! Não cai, não!

Dou uma gargalhada. Sam? É o Sam!

— Sam...

— Mano, quanto você bebeu?

— Ahn... Muito?

— Não ri. Desde quando você enche a cara, Noah?

— Me deixa, chato...

— Ryan! Chega aí, Noah bebeu pra caralho.

— Porra, Noah! Tu sabe que não pode beber...

— Aff! Er meu anirversário!

Tento falar normalmente, mas as palavras saem tão embolodadas... Ebololadas... Emboladadas?

— Vem, mano.

Estão me arrastando pelo corredor na direção do... quarto? Tudo gira...

— Galera, vaza. Aniversariante tá mal.

— Noah?! Já?!

— Não enche, Di... Di... Didi... Isso é engraçado...

— Ok... Noah, você precisa de uma água.

— Não! Eu breciso do Josh... — Falei isso alto? O que eu tô dizendo... O que eu tô... Josh...

— Deita, aqui, mano.

— Cadê o Josh...? Ryan, acha o Josh...

— Tá. Colin, vê se você acha o Josh.

— Josh é o canadense loirinho, né?

— Aham.

Colin está saindo do quarto... Todo mundo saiu do quarto... Só tem o Ryan.

— Noah, você sabe muito bem que não serve pra beber.

— Eu só quero me divertir...

— Não precisa de álcool pra se divertir.

— Preciso pra esquecer...

— Esquecer o quê?

— Tudo!

— Foca nas coisas boas. No presente.

— O Josh me deu esse colar de presente...

— Você não tá falando nada com nada, mesmo.

— É... — Uma risada. — Quer beijar?

— Beijar quem?

— Eu!

— Você tá bêbado.

— E daí? A gente sempre beija-se.

— Beija-se? — Tô só falando merda... Que engraçado... — Você ri de tudo quando fica assim, é tão fofo.

— Eu?

— Você.

— Eu... É. Eu sou muito fofinho!

— Quer mesmo que eu te beije?

— Quero!

— Você parece uma criança falando assim...

— Me beija, Ryaaan...

— Ok, ok.

Um peso... Ryan? É um beijo? Uou... Ryan tá me beijando? Uou... Tá tudo girando... Josh tá me beijando? O Josh não é... loiro? Quem é esse...?

 

 

Josh

 

— Qual é, galera! Algum de vocês é o Josh?

— Eu. Por quê?

— O Noah tá te chamando lá no quarto. Tá bêbado pra caralho falando que precisa de você.

— Como é?

— Sei lá, esse cara é maluco. Melhor ir lá conferir.

— Valeu.

Deixo meus amigos e o garoto que me deu o recado para trás indo para o quarto de Noah. Devia ter bebido menos...

Nem bato na porta, até porque está aberta, só a empurro.

Paraliso.

Noah?

Minha visão está meio desfocada, mas tenho certeza absoluta do que estou vendo. Noah aos beijos com outro cara, outro cara que não sou eu. Sinto minha respiração falhar por um momento e um aperto esquisito me invade. O que está acontecendo comigo? Que sensação é essa?

— Posso ajudar? — Ryan me tira de meus pensamentos.

— Ahn... Falaram que ele tava... me chamando.

— Josh? — Noah vira a cabeça na minha direção, está com o sorriso mais bêbado possível. — Ué... Você não tava me beijando? Como foi parar aí?

— Eu que tava te beijando, Noah.

— Ryan?

— Você precisa descansar. — Ryan suspira decepcionado, levantando da cama. Noah parece muito confuso. — Vem, Josh. Deixa ele.

— Mas...

— Vem.

— Não! Josh... Fica aqui comigo...

Lanço um olhar duvidoso para Ryan que apenas dá de ombros antes de sair, fechando a porta atrás de si.

Ainda sinto um aperto no peito enquanto caminho até a cama.

— Oi.

— Josh...

— Eu falei pra você não beber mais.

— Eu gosto de beber...

— Tô vendo.

— Deita comigo...?

Penso em negar, mas ele está fazendo um biquinho tão fofo que acaba me convencendo. É engraçado como Noah tem vários humores mesmo bêbado. Dá última vez que encheu a cara agiu como um tarado, agora parece uma criança.

Ainda estou nervoso e nem sei ao certo porque...

— Josh... — Ele me abraça. — Eu não tô me sentindo bem...

— Claro, do jeito que você deve ter bebido.

— Josh... Tá tudo girando...

— É, tá mesmo.

— Josh... Eu tenho um segredo...

— Um segredo? — Rio da voz fofa que ele está fazendo.

— É...

— Sobre o quê?

— Eu.

— Tudo bem.

— Quer saber?

— Fala aí.

Ele senta no colchão olhando para mim. Meu deus, está mais bêbado que dá última vez.

— Josh... Meu segredo é que eu... — Ele faz uma cara esquisita.

— Que você...? — Outra careta. — Noah, tá tudo... PUTA MERDA! — Não tenho nem a chance de me mover antes de sentir o vômito me atingindo. — Você só pode estar de sacanagem!!! Puta que pariu, que nojo, cara! Que nojo!

— Desculpa... Eu...

— Cacete! Eu vou te matar assim que não estiver morrendo sozinho! — Olho para Noah que também está todo cagado e quase apagando. Merda, não acredito que vou ter que fazer isso. — Levanta.

Puxo ele andando até o banheiro. Tiro a minha roupa que provavelmente vai para o lixo e a dele também. Só a bandana se salvou.

— Eu não quero tomar banho...

— Não tô perguntando se você quer, não. Anda. Se entrar em como alcoólico sua mãe vai te matar.

— Eu quero dormir...

— Não vai dormir porra nenhuma. — Seguro ele nos meus braços, nem se aguenta sozinho.

— Josh...

— Para de gemer. Caralho, eu não acredito que vomitou em cima de mim...

— Desculpa...

Termino de nos limpar em vinte cinco minutos. Por que eu sempre tenho que consertar as cagadas dele? Noah espera sentado na cadeira enquanto troco a roupa de cama.

— Pronto, deita aqui. Se for vomitar de novo usa essa lixeira, tá? Vou pegar uma água, não faz merda.

— Valeu...

Deixo ele já embaixo das cobertas e saio do quarto.

Honestamente... E eu pensei que pudesse estar sentindo alguma coisa.

Que nojo.


Notas Finais


Sim, o Noah só faz merda.
Não sei quando sai o próximo u.u
Comentem o que acharam!
Amo vocês! <3


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