23 de Maio (China)
Josh
Já estou há uns quinze minutos deitado na cama mexendo no meu celular. O sol lá fora já brilha, 7:15 da manhã. Olho uma última vez sorrindo para Noah abraçado em mim antes de tirar seus braços com cuidado para não o acordar. Levanto. Três passos.
— Josh...?
— Oi.
— Bom dia.
— Bom dia, amor.
— Que horas são? — Esfrega os olhos, espreguiçando-se com um bocejo.
— 7:17h.
— E já tá de pé?
— É, acho que vou malhar.
— Malhar? Ah, não, fica aqui comigo...
Ele faz um biquinho mais engraçado que fofo, mas é o suficiente para me convencer a voltar para baixo das cobertas.
— Sonhei com você hoje.
— Jura?
— Sim.
— Como foi?
— Tinha a Diarra e meias-calças falantes, não lembro muito bem dessa parte. Aí chegava a Sabina me ameaçando dizendo que eu tava devendo tacos infinitos pra ela, e eu tava com muito medo por algum motivo, aí você apareceu e começamos a correr da Sabina que tinha virado o Simon, só que eu caía em um bueiro que na verdade era um poço, e você tentava me salvar, mas não conseguia e eu te ouvia chorando lá de baixo. Aí eu olhei pro lado e você tava lá, só que quando a gente ia se beijar você virou a Samara e começou a gritar e eu acordei.
Noah me encara por alguns segundos na tentativa de processar todas as informações esquisitas que acabei de dar para ele.
— Uau. Que sonho horrível.
— É. Sabe qual a pior parte?
— Qual?
— Eu realmente tô devendo tacos infinitos pra Sabina.
Ele solta uma risada fraca e me abraça.
— Eu te protejo. Mas se ela virar o Simon não garanto nada.
— Cala a boca.
— Eu não quero levantar...
— Pode dormir mais um pouco, só precisamos encontrar a galera às 10:30h.
— Quis dizer que não quero levantar hoje.
— Ah.
— E se a gente desistisse de tudo e fugisse pra uma ilha?
— Você paga a ilha?
— Eu já paguei a suíte em Paris, sua vez.
— Justo. Preciso mesmo levantar.
— Poxa...
— Para de fazer esse bico pra mim.
— Só se você me beijar.
— Só se você escovar os dentes.
— Me recuso a sair daqui.
Beijo a cabeça dele e dou um sorriso.
— Bom dia.
*
— Bom dia, bro.
— Bom dia, Bailey.
— Mano, tô muito feliz que vou conseguir malhar hoje, ontem não deu.
— É, sei lá, pra mim não faz tanto falta.
Entramos juntos no restaurante, pegando pratos para nos servirmos.
— Dormiu bem?
— Tive um pesadelo esquisito.
— Conta aí.
— Ah, Diarra, meias-calças falantes, Sabina, tacos, Noah, Simon, poço, Samara, gritos, enfim.
— Não entendi foi nada.
— Esquece. — Sentamos juntos em uma mesinha próxima à janela. — E você? Dormiu bem?
— Nem dormi direito, depois que a Shiv foi embora fiquei me cagando de medo.
— Eu entendo, dormi abraçado com o Noah. Como você e Shivani tão?
— Bem. Ela é incrível.
— É, ela é maneira.
— E tu e Noah, tão melhor depois daquela parada?
— Acho que sim. Foi uma merda, mas tem que seguir a vida, sabe?
— Bro, na próxima me chama que eu quebro a cara desses otários.
— Valeu, mano.
Dou uma mordida no waffle encarando meu suco de laranja por tempo demais.
— É muito louco essa parada de vocês dois estarem namorando.
— Ah é?
— É, pô. Tu era hétero.
— Achei que era, sei lá. Nunca me preocupei com isso, sabe?
— Tô ligado. Então descobriu com ele?
— Foi. Eu sempre gostei muito de garotas, muito mesmo, então foi bem estranho quando aconteceu. O pior é que eu não lembrava de nada, nem ele.
— A parada da festa?
— É. Mas enfim, tô feliz com o Noah.
— Tu gosta mesmo dele, né?
— Gosto pra caralho.
— Vai na fé que dá certo.
— Amém. Bora malhar?
— Só se for agora.
Noah
— Posso falar com você?
Olho para os olhos vermelhos de Sina, ela parece péssima.
— Claro, o que houve?
— Me dá um abraço?
Levanto preocupado da cadeira do restaurante. Sina me aperta com força, começando automaticamente a chorar.
— Ok, agora eu tô muito preocupado, pode me dizer o que aconteceu?
— A Yoon, ela... Ela quer terminar.
— O quê? Por quê? — Chora mais alto. — Ei, calma. Respira. Olha pra mim. O que houve?
— Eu fiz merda, né, Noah. Só faço merda sempre...
— Não é verdade, só às vezes.
— Valeu, hein.
— O que você fez?
— A gente transou ontem e eu falei que sentia falta de um pau.
— Puta merda, Sina, tá de sacanagem?
— Não foi o que eu quis dizer! Mas ele não tava afim de me escutar, acho que ficou magoada...
— Você acha? Se o Josh vira pra mim e fala que sente falta de peitos depois de transar comigo eu quebro a cara dele.
— Você não tá ajudando!
— Senta aí. — Olho em volta conferindo se não tem ninguém desagradável por perto almoçando no restaurante (vulgo Simon). — Pediu desculpas?
— Eu tentei, mas ela me botou pra fora do quarto e disse que não queria ver minha cara e... — Sina volta a chorar, apoiando a cabeça na mesa. — Ai, Noah... Eu sempre estrago tudo...
— Claro que não. Levanta. Vocês só precisam conversar.
— Ela não quer conversar.
— Foda-se, vão conversar. Explica o que você quis dizer. Inclusive, o que você quis dizer?
— Não te devo satisfações.
— Isso, continua sendo grossa com quem te ajuda, vai...
— Ai, para, desculpa. Eu sou um fracasso...
— Chega dessa melancolia, garota. Vai procurar sua namorada e dizer que você ama ela.
— Tá...
— E conversar.
— Tá...
— E depois me explicar o que você quis dizer porque agora eu tô curioso.
— Vai se foder.
— Boa sorte.
Sina levanta e se arrasta para fora do restaurante. Espero que elas se entendam. Confiro a hora e boto outro pedaço de tomate na boca, vendo Josh voltar do banheiro.
— Era a Sina?
— Era.
— O que eu perdi?
— Nada demais.
— O meu ainda não chegou?
— Nop. Quer um pouco?
— Isso é o quê?
— Uma salada louca, salmão grelhado com um molho estranho e batata não sei o quê.
— Bacana você saber bem o que come.
— Quer ou não?
— Me dá um pedaço do salmão. — Corto e estico o garfo até a boca dele. — Hmm, gostoso.
— Tipo você.
— Tipo eu.
Finalmente o garçom aparece com o prato de Josh. Comemos em silêncio por um tempo, cada um entretido com o próprio celular.
— Ou, olha isso!
— O quê? Meu deus! Caralho, que hilário! Mano!
— Mano!
Rimos por uns três minutos vendo o vídeo idiota em loop.
— Topa dividir uma sobremesa?
— Josh, que parte de "dieta" você ainda não entendeu?
— Não parecia de dieta ontem quando devorou aqueles dois baldes de pipoca sozinho.
— Foi um pequeno deslize.
— Sei. Se quer mesmo um tanquinho devia malhar.
— Eu odeio malhar.
— Ninguém disse que ia ser fácil.
— Acho que vou ser gordo pra sempre.
— Ah pronto. Eu não vou mais ficar falando que você é gostoso todo vez que fizer drama.
— Você me acha gostoso?
— Acho.
— Falou de novo.
— Vai se foder, Noah.
*
— Eu sei. Eu sei. Calma, Sina, vai dar tudo certo. Sim. Tenta de novo. Não importa. Ok. Qualquer coisa me liga, beijos.
Desligo, afundando o corpo na poltrona do quarto. Olho pela janela, a cidade à noite é linda.
— Sina?
— Aham.
— Ela tá bem?
— Mais ou menos, brigou com a Yoon.
— Putz.
Encaro Josh, em silêncio. Está com uma boxer preta e sem camisa, secando os cabelos loiros com uma toalha.
— Você fica muito gato me provocando.
— Eu não tô te provocando.
— Sua existência me provoca.
— Uau.
— Tô meio entediado, topa fazer uma live?
— Agora?
— É.
— Pode ser.
Busco o celular na mesinha do meu lado e abro no Instagram, iniciando a transmissão.
— E aí, gente? Boa noite. Ou bom dia, não sei onde vocês tão. Hoje o show foi legal, obrigado a todos os uniters chineses, se você tá vendo isso e é chinês, cara, você é incrível. — Passo os olhos pelas milhares de mensagens chegando. — Se eu tô sozinho? Tô com o Josh, mas ele tá de cueca, então não posso mostrar. — Sorrio para meu namorado, voltando os olhos para a câmera. — Vocês iam adorar ver isso, ele tá muito gostoso. — Solto uma risada e vendo-o rir também. — Desculpa, eu tô meio sem voz, não vou conseguir cantar hoje. — Levanto da cadeira, andando até minha cama. — Como foi o dia de vocês? Tô exausto. Cara, meu cabelo tá terrível, preciso cortar urgentemente. Acham que eu corto? A Sina? Tá no quarto dela com a Heyoon. Olha, o Josh, infelizmente, vestiu uma calça. Dá "oi", Josh. — Viro a câmera para ele.
— E aí, gente? Tudo bem?
— Tão pedido pra você falar alguma coisa em português.
— "Oi, tudo bem? Te amo. Brigadeiro."
A câmera de volta para mim.
— Eles falaram que você fica melhor sem camisa. Eu concordo.
— Cala a boca, Noah.
— Que dia vamos pro Brasil? Dia 10, eu acho. Perto disso, com certeza. Sabina tá aqui! Oi, Sabi. — Fixo a mensagem dela, que logo em seguida envia "Shivley is real", me arrancando uma risada. — Shivley is real. Façam perguntas, galera. Sim, eu já bebi água hoje, mas não o suficiente. — Levanto indo até o frigobar e buscando uma garrafa. — Pronto. Josh, toma, se hidrata.
— Valeu.
— Eles querem te ver também.
— Ok.
Vou até a cama dele e deito de lado, a cabeça apoiada em sua barriga.
— Podem ficar com ciúmes, eu tô deitado no tanquinho do Josh Beauchamp e vocês não.
— Para, Noah. — Ri atrás de mim. — Sabe o que eu tava pensando?
— O quê?
— Que é muito fácil provar pra alguém que eu falo alemão.
— Desde quando você fala alemão?
— Aí que tá, não falo, mas posso provar que falo.
— Explica.
— Você chega para um alemão e fala: — Josh faz barulhos esquisitos semelhantes aos alemãs falando. — Aí ele vai te responder alguma coisa em alemão, provavelmente dizendo que não entendeu nada. Aí você diz pra pessoa "Viu? Conversamos em alemão."
Vario olhares entre ele e a câmera antes de soltar uma gargalhada alta.
— Mas e se a pessoa falar alemão?
— Obviamente só funciona com quem não fala alemão, Noah.
— Você é muito retardado. — Ele ri também, apoiando a mão na minha cabeça e fazendo um cafuné. — O que achamos de Portugal? Josh, o que achamos?
— Sensacional. É muito bonito, tipo, as ruas, a arquitetura, tudo.
— Sim! Cara, é tudo lindo! Eu fiquei encantado, queremos voltar com certeza. — "Noah eu te amo" "Beuany is real?" "Gostoso" "Come to Brazil" "Noany ou Noart?" "Sing One Direction" "Sing Good Intentios" — O Josh tá tentando me convencer a malhar, acreditam? Conseguem me imaginar musculoso igual o Bailey?
Uma notificação aparece em cima da tela, mensagem de Josh "Você já é gostoso desse jeito". Sorrio, virando a cabeça para ele e de volta para o celular. Merda, agora vou ficar sorrindo igual idiota a live inteira.
Vejo outra mensagem de Sabina em meio as milhares dos fãs "Nosh is real". Fico quieto segurando a vontade de dizer que sim.
— Josh, perguntaram qual sua música favorita do Now United.
— “Crazy Stupid Silly Love”, se bem que “Chained Up” é muito boa também... Uma das duas, com certeza.
— “Chained Up” é muito boa.
— Dolcé tá viva, mas o Josh deixou no Canadá.
— Docé! Saudades. Docé, eu sei que você tá assistindo isso e só queria dizer que papai te ama.
— Cara... Não vou nem falar nada. Ah é! Lembrei que preciso mostrar uma coisa pra vocês! Segura. — Dou o telefone na mão dele e vou até minha mala, voltando logo em seguida. — Galera, conheçam o Kyle Jacob. O Josh que me deu. Devem estar se perguntando por que o Josh me deu esse ursinho horroroso, e acreditem, eu também queria saber.
— Me dá! Você não merece o amor do Kyle Jacob! Feriu os sentimentos dele!
— É um boneco.
— Não escuta ele, Kyle Jacob, o Noah é uma pessoa horrível.
Josh tampa os ouvidos imaginários do urso deformado.
— Agora tá todo mundo me xingando, isso é culpa sua.
— Minha nada, você que é um monstro sem coração.
— Gente, qual é, esse urso é muito feio, por favor, me defendam. Droga, eles tão do seu lado.
— É o melhor lado.
— Ok então, o Josh que vai cuidar da live agora. — De novo ele fica com o telefone. Deito na minha própria cama.
— Quem acha que o Noah é dramático manda um emoji de urso. — Ele mostra a tela entupida de emojis de urso e sorri vitorioso. — Tão pedindo pra você cantar "deixa acontecer..." não sei ler o resto.
— Eu não quero cantar hoje.
Josh volta a câmera para ele e começa a conversar com os fãs. Está realmente muito bonito, de tirar o fôlego. Hoje com certeza vamos continuar com a transa que não terminamos ontem de manhã, interrompidos pelo horário. Só de pensar já sinto meu corpo queimando. Tenho uma ideia... Puxo minha camisa para cima, ficando só com a calça de moletom branca. Ele me olha confuso de relance, mas continua com o que estava falando.
Ajeito o corpo, meio sentado meio deitado no travesseiro, esticando as pernas. Observo-o rapidamente antes de desamarrar a calça e abaixá-la até o meio da coxa, passando a mão pelo meu pau parcialmente duro escondido debaixo da cueca. Quando Josh percebe arregala os olhos por um segundo. Estica a cabeça para fora do alcance da câmera e posso ler seus lábios formando a frase "o que você tá fazendo?" "Te provocando." "Para." Nego, sorrindo malicioso.
— Oi, gente, desculpa, tinha uma aranha aqui, mas o Noah já matou. Querem ver ele?
Merda. Jogo a coberta em cima de mim depressa, antes de Josh me mostrar.
— E aí, gente?
— Toma, eles tão com saudade de você. — Caminha até minha cama, dando o celular na minha mão e sentando em frente a mim, fora do campo de visão mostrado na tela.
— Já cansaram do Josh? Eu entendo, ele é chato mesmo. Imagina dividir quarto com ele por três meses. — Josh puxa o cobertor. — Alguém perguntou qual a pior parte de ter um colega de quarto. Bom... — Me apalpando. — No caso dele é que é muito chato com arrumação. — Puxando o tecido branco boxer, me deixando quase todo despido. — A parte boa? — Dedos me envolvendo, quente. — Digamos que... Ter sempre alguém pra conversar. — Me masturbando. Caralho, ele tá muito de sacanagem... — Se eu sinto falta de casa quando tô na turnê? Nossa... — Seguro um gemido. — Demais, não fazem nem ideia. — Vejo pela câmera meu rosto ficando vermelho, não sou bom em segurar gemidos. — O Josh tá... — Batendo punheta para mim. — No telefone. Ele saiu um minuto. Tá quente aqui, onde vocês tão também? — Puta merda, ele vai mesmo me chupar enquanto faço uma live? — Desculpa, eu... Não tô pensando direito, é o sono. Que horas são no país de vocês? Aqui são... — Cacete, Joshua... — 22:45h. — Alguns fãs começam a perguntar se estou passando mal e o porquê de estar corado. Sabina manda um "Stop." que me faz pensar se ela realmente percebeu. Puta merda, eu quero muito gemer... E tocar nele, está duro também. Preciso esconder minha cara quando ele chupa a cabeça. Meu deus... — Gente, eu não tô me sentindo muito bem, acho que vou tentar deitar um pouco. Obrigado por assistirem. Até mais! — Desligo a live e deixo o celular de lado. — Você é muito cruel.
— Você que começou.
— Cala a boca e me chupa.
Ele sorri pervertido e continua o boquete. Eu estava precisando muito disso... Tento abafar os gemidos no travesseiro, mas ainda saem altos o suficiente para que Josh escute. Quando estou quase gozando ele para e sussurra no meu ouvido:
— Sua vez.
Viro-o, invertendo as posições. Em segundos o moletom preto já está no chão e o pau dele na minha boca, molhado. Chupo com vontade arrancando gemidos do meu namorado. Ele fica tão sexy gemendo...
Estou pensando se faço-o gozar na minha boca agora ou se sento nele primeiro quando escutamos batidas na porta, várias, altas, repetidas, desesperadas. Paro a contragosto e boto a calça, indo ver do que se trata. Abro vendo Sabina, Any, Sofya, Diarra e Joalin na minha frente. Todas começam a fazer gestos e sussurrar por algum motivo, mas não entendo nada.
— O quê? Do que... — Sofya e Hina tampam minha boca antes que eu posso terminar. Elas endoidaram de vez...
Any se aproxima do meu ouvido:
— Vocês não desligaram a live, seus idiotas! — Arregalo tanto os olhos que quase pulam para fora. FODEU. — Não deu pra ver nada, a coberta tava em cima, mas ouvimos os gemidos.
Finalmente minhas amigas tiram a mão.
— Caralho... — Pensa, Noah, pensa. — Já sei! — Fecho a porta atrás de mim, vendo Josh ainda sem roupa em cima da cama. Ele abre a boca ameaçando falar, mas faço sinal para ficar em silêncio e me aproximo de sua orelha. — A live não desligou, ouviram a gente gemendo. Se veste e faz o que eu fizer, tive uma ideia. — Ele afirma, nitidamente inseguro. Obedece. — Josh... Isso... Assim... Vai... Vai... Mais... — Começo a gemer alto de propósito, fazendo-o ficar muito confuso, mas acompanhar.
— Você gosta assim? Gosta, é?
— Gosto muito... Mais, Josh... Mais... Mais... — Faço uns grunhidos esquisitos nada parecidos com meus gemidos de verdade antes de finalmente puxar o celular de debaixo dos lençóis, filmando minha cara e forçando uma gargalhada. — Vocês realmente acreditaram?! Meu deus! — Outra risada falsa, Josh ri também.
— Gente, se estão assistindo isso é porque foram trolados por nosh.
— Vocês caíram. — Mais risos, altos. — Agora é sério, vamos desligar de verdade. Fiquem bem! — Encerro a live de verdade e boto o celular no modo avião dessa vez, para garantir. — Caralho...
— Acha que eles compraram?
— Não sei, mas foi a única saída que achei.
— Pensou bem, apesar de que ainda vamos levar uma bronca.
— É, eu sei. Quer transar?
— Quero.
Josh me empurra no travesseiro, beijando minha boca com vontade. A mão dele já está na minha bunda quando Sabina abre a porta com força.
— Qual o problema de vocês dois?!
— No momento, a sua presença.
O resto das garotas entra também, obrigando Josh a sair de cima de mim.
— Estamos plantadas na porta esperando vocês dizerem que resolveram e decidem se comer?!
— Resolvemos. Dá licença pra gente se comer?
— Não!
— Vocês dois tão passando dos limites!
— Hina, não foi culpa nossa, eu não vi que a live ficou ligada.
— Não importa, Nô! Já iam se comer de porta destrancada de novo!
— Tava trancada antes de vocês aparecerem.
— Parem de retrucar, tão errados.
— Ah é? O que a gente fez de errado?
— Quer uma lista? — Sabina nos olha bem estressada.
— Eu quero é que vocês saiam do quarto.
— Tão sendo muito idiotas.
— Que droga! — Josh levanta da cama. — Já não basta o bosta do Simon e o merda do meu pai, agora também vão ficar ditando quando a gente pode transar?! Caralho, já foi, tentamos resolver como deu, depois lidamos com essa porcaria! Por que ninguém nunca deixa eu beijar meu namorado em paz?! Vão encher o saco de outro! Tomar no cu!
As meninas se entreolham assustadas, Josh não é de gritar, muito menos de xingar elas, nunca o vi puto desse jeito.
— Não precisa ser um babaca, a gente só tá preocupada.
— Mas não tá ajudando, Any! Dá pra vocês irem embora?!
— Grosso.
— Por favor?
Ele parece prestes a socar alguma coisa. Hina e Diarra saem do quarto, Sofya olha uma última vez para trás antes de fazer o mesmo. Sabi, Any e Joalin ainda estão paradas, nada felizes.
— Gente, por favor...
— Não, Noah. Ele não pode falar assim com a gente.
— Joalin...
— Não vão mesmo embora?
— Não saio daqui até você pedir desculpas.
Josh morde o lábio inferior, apertando os punhos.
— Amor, calma...
— Então eu mesmo saio. Podem ir à merda também. — Sai batendo a porta.
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