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História Corrente de Esperança - ShikaNeji - Juntos por fim


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oie, espero que gostem do capítulo de hoje.
Boa leitura!

Capítulo 5 - Juntos por fim


Fanfic / Fanfiction Corrente de Esperança - ShikaNeji - Juntos por fim

Uma semana depois:

 

                O alfa olhava encantado como o ômega alimentava seu filhote, enquanto suavemente cantava para ele, que aos pouquinhos foi pegando no sono, recebendo de seu papi um beijinho na cabecinha, antes que seu corpinho molinho fosse depositado com cuidado no berço. Imediatamente o pequeno pegou e abraçou o pequeno urso azul de pelúcia que havia ganhado do alfa antes mesmo de seu nascimento. O ômega sorriu e ficou de pé ali, observando seu pequeno dormir, sem perceber que a alguns passos, na porta, o alfa também observava... a ambos.

 

Um mês depois:

 

- Acho que não estou fazendo certo. – falou o alfa, com as sobrancelhas franzidas. Havia se oferecido para ajudar com o bebê, e o havia banhado, agora tentava colocar a fralda – O que? Não! Issa! – o bebê gargalhou ao ver a cara do alfa após ter feito xixi e o molhado todo – Não tem graça, pequeno porquinho. – fez cócegas no pequeno, que novamente gargalhou. Seguida, limpou novamente o bebê, conseguindo finalmente pôr a fralda. O levantou e o carregou, dando um beijo na bochecha gordinha, para então entregá-lo a seu papi – Fique com papi, papai tem que tomar banho. – o alfa nem percebeu o que havia falado, mas o ômega percebeu e sentiu um nó na garganta, há dias esse tipo de cena com o alfa se repetia, e seu coração começava a bater mais forte, não queria se iludir, talvez o melhor fosse se afastar, talvez.

 

Três meses depois:

 

- Quando morrer, também gostaria de ser uma estrela.

- Não fale isso.

- Um dia todos vamos morrer, alfa.

- Então farei como Pollux, e pedirei a Zeus para me juntar a você.

- E eu estarei lhe esperando.

 

                Sorriu ao lembrar daquela promessa. Estava no jardim, observando as estrelas, estas que sempre lhe lembravam a seu ômega. Ainda sentia-se triste e seu lobo ainda chorava e arranhava pela perda de seu mate, mas desde a chegada de Neji à sua casa havia começado a reagir, seu odor já não era tão amargo e as dores em seu peito haviam diminuído. Uma lembrança atravessou sua mente, uma lembrança do dia anterior, quando estavam na cozinha, lavando a louça, o menor estava um pouco triste e resolveu animá-lo, enchendo suas mãos de água e a jogando no outro, que o olhou impactado.

 

- Shikamaru... – mas o nomeado não parou, ao contrário, sorriu e tirou a mangueira da pia, encharcando ao outro em meio às risadas – Me paga agora. – revidando, o ômega tomou o pano de prato e correu até o maior, o batendo com o pano, enquanto tentava se defender dos jatos d’água, ambos acabaram resvalando e caindo ao chão, com o maior sobre o corpo menor, que ainda soltava risadas. Sorrindo, o Nara levou uma mão aos cabelos longos contrários, afastando do rosto delicado, jamais havia percebido o quão bonito era o ômega, e ali, molhado, com o rosto corado e os olhos brilhando pelas risadas, o tornava uma paisagem ainda mais hipnótica.

 

                Após isso, ambos haviam se separado, deslocados, e o ômega havia corrido e se trancado em seu quarto, com seu bebê que dormia, enquanto o alfa arrumava a bagunça na cozinha, seu coração batendo com força. Não sabia o que havia acontecido ali, mas não conseguia parar de pensar naquele momento, seu coração não havia batido tão forte desde a morte de Chouji.

 

Dois meses depois:

 

- Tem certeza disso? – perguntou incerto, o menor assentiu.

- Sim, já está na hora de dar um rumo na minha vida. Preciso voltar a estudar, trabalhar, não posso ficar dependendo de você para sempre.

- Eu não me importo. – o mais jovem sorriu, levando sua mão sobre a do alfa.

- Sei disso, mas eu me importo, quero ser independente. – o alfa sorriu, movendo sua mão e entrelaçando seus dedos sobre a mesa com os contrários, mesmo discordava, sentia imenso orgulho do ômega à sua frente.

 

Um mês depois:

 

- Não se preocupe Hyuuga-san, cuidaremos muito bem de Issa. – falou o professor da nova escolinha, o ômega apertou seu filhote contra si.

- Sei disso, mas... – era difícil deixá-lo ir, ainda era tão pequeno.

- Está na hora, Neji. – o alfa anunciou, pousando uma mão sobre o ombro contrário, o ômega assentiu, sentindo como seus olhos ardiam, e apertando o filhote, inspirou seu cheirinho doce, antes de entregá-lo à professora, enquanto o via se afastar chorando, quis correr e tomá-lo novamente nos braços, mas o alfa o impediu, o girando e confortando-o em um abraço – Tudo bem, estou aqui. – e o ômega o apertou, levando o rosto ao pescoço contrário e inspirando o perfume de eucalipto e coco que o tranquilizava, era bom saber que podia contar com alguém em um momento tão difícil quanto aquele, e pela primeira vez, enquanto sentia tristeza pela separação com o filhote, seu lobo concordou.

 

Dois meses depois:

 

- Vem com o padrinho, bebê. – o alfa falava, enquanto via como, auxiliado pelo ômega, que lhe segurava as mãozinhas, o pequeno filhote dava alguns passinhos, inseguro. Sorrindo, o tomou nos braços, enchendo-o de beijos, vendo este gargalhar desdentado – Esse é o meu filhote. – mais uma vez falou sem pensar, deixando o ômega deslocado, que desviou o olhar, seu lobo abanando de forma fraca o rabo, mas seus olhos se abriram como pratos quando ouviu algo inesperado sair da boquinha do pequeno.

- Papa. – e o ômega não sabia o que dizer, porque aquela primeira palavra não havia saído direcionada a si, e sim ao alfa à sua frente.

 

Dia seguinte:

 

- O que quer dizer com isso? – o alfa não conseguia acreditar no que ouvia, o ômega abaixou os olhos.

- Já ficamos muito tempo em sua casa, abusando da sua hospitalidade. Está na hora de Issa e eu fazermos nossa própria vida... em outro lugar. – o maior estava em choque, ele não queria se afastar do filhote, do ômega.

- Mas...

- É o melhor Shikamaru, Issa está se apegando demais a você. E você também. Mas... em algum momento terá de refazer sua vida, casar, ter seus próprios filhos, não quero ser um estorvo, menos ainda machucar meu filhote, é melhor ir embora enquanto ainda é tempo.

- Mas não quero me afastar. Não quero que vá, os quero comigo.

- Mas é preciso. Ainda poderá nos visitar, é o padrinho dele afinal de contas. – o Hyuuga sorriu fraco – Mas o melhor agora é que eu volte para a casa de meu pai.

- Mas... é em outro estado.

- Talvez a distância seja o melhor. – o alfa não queria acreditar no que ouvia – Só queria te avisar, amanhã ele virá nos buscar.

 

Dia seguinte:

 

- Fique bem filhote, padrinho te ama. – o alfa deixou um beijo na cabecinha do pequeno, que o olhava sem entender, com os grandes olhos perolados, os quais havia herdado de seu papi.  

- Obrigado por tudo, Shikamaru. Jamais vou esquecer de tudo o que fez por mim... por nós. – o ômega agradeceu, sentia seu lobo arranhar dentro de si.

- Faria tudo de novo, vocês... se tornaram uma parte muito importante da minha vida. – o menor sorriu, e ao ouvir a buzina do carro de seu pai, deixou um beijo na bochecha contrária.

- Seja feliz, e nos visite quando quiser. – o alfa assentiu.

- Você também... seja muito feliz. – o menor se girou, indo em direção ao carro, a última coisa que o alfa ouviu, e que o quebrou por dentro, foi o choro do filhote, enquanto chamava por “papa”.

 

Duas semanas depois:

 

                Já não aguentava a saudade, sentia a falta do ômega, do filhote, e repetidas vezes entrava nos quartos que ambos haviam habitado enquanto estavam ali, apenas para sentir os perfumes destes.

 

- Vá atrás deles. São sua família. Nossa família. – ouvia seu lobo falar dentro de si.

- Nossa? Mas...

- Nosso mate já não está, e não irá voltar, mas esse ômega, ele fez reviver uma parte nossa que já achávamos morta. Precisamos dele. Precisamos do filhote, nosso filhote. – e o alfa assentiu, e correu ao quarto, pegando sua carteira e as chaves do carro, iria ouvir seu lobo, já não perderia a mais ninguém importante.

 

Três dias depois:

 

                O ômega via como seu filhote dormia tranquilo, havia sido difícil colocá-lo na cama, andava muito agitado, triste e choroso desde que haviam se afastado do alfa que considerava seu pai.

 

- Mas... ele não é, infelizmente. – sussurrou, não queria admitir, mas também sentia falta do maior, seu lobo chorava.

- Alfa... precisamos de nosso alfa. Nosso filhote precisa de nosso alfa. – pedia o lobo.

- Kiba nos abandonou, já deveria ter entendido, ele... – o lobo o interrompeu.

- Não falo dele, falo do alfa com cheiro de eucalipto e coco e cara de preguiçoso. – sua boca entreabriu em surpresa.

- Pensei que não gostasse dele. 

- Não gostava, ele não é nosso mate, mas... ele faz bem a meu humano, a nosso filhote, já até me acostumei com seu lobo, além disso... já entendi que nosso mate não vai voltar. – o lobo falava choroso, o humano suspirou.

- De qualquer forma, Shikamaru não é nosso alfa, ele... já tinha um ômega, um ômega que jamais poderá esquecer.

- E é verdade... – seus olhos saltaram e girou-se em choque ao ver o rosto do homem à sua frente – é verdade, jamais poderei esquecer Chouji, porque ele foi mais que meu mate, foi meu primeiro amor. – o ômega não conseguia deixar de encará-lo, estava muito surpreso por sua presença ali – Mas isso não quer dizer que não haja espaço para um novo amor na minha vida. Te amo, Hyuuga. Me apaixonei por você, não foi a primeira vista, como nos contos de fadas, mas aos poucos, de forma gradual e segura, e sei que jamais, jamais poderei te tirar daí, porque esse lugar... – apontou seu coração – já é seu. Preciso de você, sinto sua falta. Sinto falta do nosso filho.

- Issa...

- É meu filho, não importa o que seu DNA diga, eu o vi crescer desde que estava aqui... – aproximou-se e tocou o ventre contrário – é meu, meu filhote, e o quero em minha vida. Meu lobo o quer. Queremos aos dois. Volte comigo, Neji, sejamos uma família. – as lágrimas já rolavam pelo rosto do ômega, que pulou no outro, envolvendo seu pescoço com os braços e selando seus lábios.

- Também te amo, me apaixonei por você alfa. – o alfa sorriu.

- Então Issa pode me chamar de papai agora? – o ômega também sorriu.

- Ninguém mais poderia ocupar esse lugar. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo.
Um pequeno esclarecimento aqui, quem se apaixonou foram os humanos, suas partes animal ainda estão em processo, o de Shikamaru já tem carinho pelo ômega, e o de Neji agora que começa a aceitar a aproximação do alfa, já que percebeu que ele faz bem a seu humano.
Continua...


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