História Corrente de Esperança - ShikaNeji - Pedido

- "O pequeno príncipe foi rever as rosas e ao voltar dirigiu-se à raposa: Adeus…, disse ele. Adeus!, disse a raposa. Eis aqui o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." – o alfa fechou o livro, vendo como seu pequeno dormia, agarrado no ursinho azul de pelúcia que sempre carregava consigo, e que ele mesmo havia lhe dado antes de seu nascimento, há quatro anos atrás – Boa noite, filhote. – levantou-se da poltrona em que estava sentado, deixando um beijo na testa do menino e saindo do quarto, deixando acesa apenas a lâmpada do abajur de estrelas que estava ao lado da cama.

- Issa dormiu? – perguntou o ômega assim que viu o mais velho adentrar o quarto que compartilhavam.

- Como um anjo. – respondeu – Ainda trabalhando?

- Preciso revisar essa documentação para a reunião de amanhã. – o Hyuuga sentiu a cama afundar e em seguida seu notebook foi fechado.

- Sinto sua falta. – inspirou o perfume alheio, afagando a pele do pescoço contrário com seu nariz, em um carinho – Já fazem três dias.

- Ando meio ocupado.

- Sei disso, meu ômega é alguém importante. Mas... pode arranjar um tempinho para seu alfa, não? – o ômega deixou-lhe um selinho nos lábios.

- Sempre. – ambos se sorriram, antes de juntar seus lábios, suas roupas pouco a pouco desaparecendo de seus corpos, suas mãos percorrendo cada canto do contrário – A-alfa... – gemeu o mais jovem ao sentir o membro alheio adentrar seu corpo, suas unhas percorrendo as costas do alfa, que lhe beijava com desenfreado desejo e carinho, enquanto seus corpos se moviam ao mesmo ritmo, seus lobos se conectando de uma forma incrível, a qual jamais haviam cogitado ser possível, não com alguém que não era seu mate, mas que ainda assim os completava de uma forma única, principalmente depois do laço que haviam formado quando o alfa marcou ao ômega, logo após se confessarem, há anos atrás. Suas vozes soaram roucas pelas paredes do quarto, e seu prazer explodiu, ambos gozando ao mesmo tempo, o ômega entre seus corpos, o alfa no interior de seu parceiro – Isso foi perfeito. – falou o ômega satisfeito, recebendo um beijo em sua suada testa em resposta.

- Você é perfeito. – o ômega sorriu, deitando-se no peito contrário para dormir junto a seu amado, deixaria seu relatório para a manhã seguinte, agora só queria aproveitar a companhia da segunda pessoa que mais amava em sua vida.

(...)

                No dia seguinte tomavam café da manhã juntos, o ômega novamente revisava seus documentos, enquanto o alfa terminava de preparar o café da manhã, as tarefas em seu lar eram sempre divididas, pois ambos adultos eram muito ocupados. Shikamaru trabalhava com exportação, e muitas vezes precisava viajar, enquanto Neji havia entrado na política, incentivado por Haku, seu cunhado, que era candidato a prefeito na cidade, o Hyuuga trabalhava como seu assistente, e ambos tinham juntos também um escritório de advocacia.

- Parece preocupado. – comentou, enquanto deixava as torradas partidas no prato de seu filhote, que alegremente pegou seu garfo, espetando no alimento e levando à boca, enchendo suas bochechas.

- Sim, precisamos estar preparados, aqueles alfas idiotas irão tentar desacreditar seu irmão.

- São espertos, irão se sair bem. Não é filhote? – o pequenino parou de mastigar para observá-los com os olhinhos inocentes, sua bochechinhas infladas pela comida, encarou ambos seus pais e balançou a cabecinha, engolindo o alimento antes de falar.

- Papi ipeto (esperto). – o ômega sorriu, deixando um beijo estalado na bochechinha do pequeno.

- Sua reunião irá terminar tarde? – o menor balançou a cabeça em negativa.

- Não tenho ideia.

- Fará alguma coisa depois? – negou.

- Apenas descansar com minha família. – o alfa assentiu, deixando um beijo em seus lábios, satisfeito com a resposta, seus planos pareciam se encaminhar perfeitamente.

(...)

- Não se importa mesmo em ficar com ele hoje? – o alfa perguntou receoso, já era final de tarde e já havia buscado seu filhote na escolinha, o ômega à sua frente negou.

- Claro que não, é minha folga, não tenho nada para fazer. Além disso, Koki irá adorar, sabe como não se desgrudam. – o alfa assentiu e se despediu de seu filhote – Boa sorte.

- Obrigado, Sasuke. – se despediu do ômega e foi até o centro da cidade, à frente do escritório em que seu namorado e seu irmão trabalhavam, o Hyuuga o viu com surpresa.

- O que faz aqui? – perguntou, o maior lhe deixou um selinho nos lábios.

- Não posso buscar meu namorado de vez em quando no trabalho?

- Pode, claro. – respondeu – E Issa?

- Com Sasuke.

- Sasuke? Por quê? – o maior sorriu.

- É uma surpresa.

(...)

- E ele calou a boca de todos aqueles alfas esnobes, deveria ver, foi incrível. – o alfa sorriu pela empolgação alheia.

- Haku sempre foi um ômega forte e sem travas na língua. – o menor assentiu.

- Sim, ele é incrível. Mas... acho que não foi para falar de seu irmão que me trouxe aqui, foi? – perguntou, olhando em volta do restaurante onde estavam, a bela e romântica paisagem que este lhes brindava. Shikamaru lhe tomou a mão.

- Não. Eu gostaria de te perguntar algo. Estamos juntos a três anos e posso dizer que todos valeram a pena. Sei que te amo, e que você também me ama, independente do que o destino nos reservou. – o menor concordou com a cabeça – Mas, ainda desejo mais. Por isso gostaria de te perguntar se você, Neji, gostaria de se tornar meu esposo? – o ômega abriu os olhos como pratos, vendo como o alfa retirava uma caixinha com um anel de seu bolso, não pôde evitar sorrir emocionado e beijar suavemente os lábios contrários.

- Sim, é o que mais desejo, alfa.