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História CORRIDA DO AMOR - Jeon Jungkook ( BTS) - Criança interior


Escrita por: Singularity97 e Paige97

Notas do Autor


Boa noite amoraas, que saudade🏁❤

Esses dias foram muito corridos para essa autora aqui o que me impossibilitou de terminar de escrever esse ep. Vamos ter algumas mudanças em questões de atualizações da fic que eu irei explicar em breve, por motivos de que essa semana agora eu vou começar a trabalhar e fazer cursinho para vestibular, mas deixo para explicar isso melhor depois, pois sei que estão sedentas por essa história que eu amo tanto.❤

🚨GENTE, ESSE EP ACABOU LITERALMENTE DE SER ESCRITO E EU NÃO FIZ A REVISÃO, POR ISSO DEVE TER AQUELES MARIVILHOSOS ERROS QUE DEPOIS EU VOU CHORAR NA HORA DE CORRIGIR, ME PERDOEM🚨

Ep gigante para compensar a demora é cheio das emoções kkk❤

BOA LEITURA🏁

Capítulo 25 - Criança interior


Fanfic / Fanfiction CORRIDA DO AMOR - Jeon Jungkook ( BTS) - Criança interior

Anteriormente


— Mas o que foi que aconteceu com ele? Quais foram os traumas? — indaguei minha amiga que negou com a cabeça.


— Infelizmente eu não posso te contar S/N, pois isso é algo que só meu irmão pode. 


— Tudo bem. Eu vou procurá-lo e ver se consigo o acalmar pelo menos um pouco.


— Sim, Jeon precisa de alguém de confiança para isso. — suspira botando a mão em meu ombro. — Vá lá e não se preocupe com o evento. Caso comece e você não estiver aqui eu seguro as pontas.


— Obrigado. Muito obrigado mesmo — dei um singelo sorriso a Jisoo que retribuiu, enquanto eu dei um rápido acariciar no braço dela.


°○Agora○°

  

Assim que agradeci, saí às pressas à procura de Jungkook que sumiu rapidamente após os acontecimentos anteriores me deixando mais angustiada. Meu foco em procurar o piloto era tanta que sem querer acabei trombando em alguém que murmurou algumas coisas desconexas por eu ter derrubado alguns de seus papéis. 


— S/N, para que tanta pressa? Quase me atropelou. Aish. — murmurou Jin, que se agachou para pegar os papéis junto a mim.


— Me desculpe Jinnie. É que aconteceu uma coisa com Jeon e eu estou procurando ele. — expliquei assim que entreguei os papéis ao mais velho, nos levantando simultaneamente.


— Ah, então era por isso que eu o vi entrando no carro e indo embora. — ditou pensativo me fazendo alarmar mais.   


— Indo embora?!


— Sim. — respondeu simplista.


— Argh, droga, droga. Agora como eu vou encontrar ele? — perguntei a mim mesma segurando a vontade de chorar de raiva pela minha incompetência, enquanto batiam ambas as mãos nas laterais de minha cabeça.


— Calma S/N. Eu acho que ele não deve ter ido longe, provavelmente deve ter ido a empresa que é bem perto daqui.


— Na empresa? Acha mesmo?


— Bem, não custa tentar.


A suposição de Jin de que Jeon estaria na empresa era uma suspeita meio duvidosa. A cidade era grande e Jeon era uma só pessoa de 1,78. No entanto, a única opção que eu tinha era confiar em Jin e implorar ao carinha lá de cima que o coreano realmente estivesse lá.

— É, você tem razão. — suspiro colocando as duas mãos na cintura mais relaxada. — Eu vou indo nessa. Obrigado Jinnie, você é meu pontinho de esperança. — dei um rapido acariciar no  braço do mais alto que sorriu e logo me afastei dele indo chamar um táxi, pois por mais que a empresa estivesse a 10 minutos do Kartódromo ir a pé seria o dobro do tempo.


(...)


A cada segundo que passava meu coração se apertava mais por não saber se Jeon estava bem ou não. Minha preocupação se dava, porque eu nunca tinha visto ele agir de tal maneira, sempre foi uma pessoa mais pacifista mesmo com a personalidade meio única. Com certeza a ação que foi cometida por ele eu esperaria vir de Allen, mas nós sempre acabamos nos surpreendendo com as pessoas por mais que achamos que realmente a conhecemos.


— Chegamos, senhorita. — o taxista me informou assim que paramos em frente a empresa. Estava tão focada em meus próprios pensamentos que assim que ele me informou notei que eu apertava a barra de meu casaco vermelho.  


— O-obrigado. — agradeci soltando o casaco e pagando o rapaz.


Logo que pisei na calçada da empresa não me contive e apressei o passo para encontrar o coreano, entrando no hall de entrada com a confiança de que alguém que estivesse aqui o tivesse visto.


— S/N? — escutei uma voz mansa me chamar, reconhecendo na hora.


— Dona Aninha… — coloquei a mão na testa, fechando os olhos. — Eu não vi a senhora aqui. — a olhei vendo a mesma se aproximar de mim com um singelo sorriso.


— O que te preocupa tanto, pequena? Conheço bem você e sei como fica quando está preocupada. — franzir o cenho assim que a mulher de meia idade olhou para minha mão direita. Eu tinha voltado a apertar a barra de casaco sem perceber.


— Nossa, eu não tinha notado… — digo soltando e logo dou um quase imperceptível suspirar. — Aninha, a senhora viu Jungkook? Sabe se ele passou por aqui? — indaguei vendo a velhinha dá um sorriso.


— Sim, enquanto eu estava arrumando algumas coisas no refeitório, o vi pegar o elevador e subir. Deve ter ido ao terraço. — explicou me fazendo ficar confusa.


— O terraço? Como a senhora sabe? — indaguei resultando em uma risada baixa da italiana que colocou uma das mãos em meu braço.


— Ah, minha ragazza, essa velhinha aqui já trabalha nessa empresa há muitos anos e sabe bem observar. Jeon é um garoto que aparenta ser forte, mas vejo que ele mantém uma parte dele do passado ainda viva. Pessoas assim sempre buscam um refúgio e o dele parece ser a empresa no lugar mais bonito de se apreciar esse monte de tijolos, o terraço.


— A senhora é muito sábia. Muito obrigado pela dica Dona Anna, eu irei agora mesmo ao encontro dele. — dei um pequeno sorriso para ela, mas quando ia dar o primeiro passo em direção ao elevador…


Ragazza, antes de ir você precisa levar uma coisa. — A velhinha indicou com uma das mãos para eu a segui-la e assim fiz.


Anna me levou até a cozinha da área de lazer indo até uma das geladeiras e tirando de lá uma garrafa de vinho tinto e em seguida pegando duas taças, se aproximando de mim em seguida.


— Vinho? — indaguei pegando a bebida e as taças.


— Vinho é uma das melhores coisas para se tomar quando se trata de acalmar alguém, principalmente um bom vinho italiano. 


Eu não tinha palavras para descrever o quão impressionada eu ficava a cada instante que passava ao lado de Anna. Mesmo tendo convivido com ela por grande parte de minha adolescência, a mesma conseguia me deixar atônita com sua forma de descobrir as coisas com apenas um olhar. 


— De novo Dona Anna, muito obrigado pela sua preocupação e ajuda. 


— Que isso minha ragazza, faço o mínimo para a filha de um campeão e principalmente para a chefe incrível que é a filha dele. — suspira. — Mas agora vá, vá acalmar o seu piloto, pois eu sei que ele precisa de você. — deu leves tapinhas em meu braço indicando para eu me apressar, ato que me fez sorrir.


— Está bem, se sua ideia do vinho der certo irei te recompensar. — balancei os objetos em minhas mãos enquanto me afastava.


— Me recompense deixando o garoto feliz. — ditou com um sorriso lindo que deixava suas linhas de expressões mais evidentes por conta da idade, mas que emanava doçura. 


Mesmo tendo passado o tempo, a amizade que eu tinha com a mais velha só crescia ainda mais. Dona Anna era como parte de minha família, seria impossível de imaginar minha adolescência sem os seus conselhos, suas receitas e a amizade que ela decidiu dar a mim.

 

POV's JK


A vista que eu tinha do terraço acalmava um pouco os meus pensamentos que decidiram focar em lembranças tão inconvenientes do meu passado. 


Sentado aqui eu conseguia ver bem a pista de testes que não se comparava nem um pouco com as grandes pistas dos GPs. Como eu sentia falta de sentir aquela adrenalina subir pelo meu corpo a cada acelerada, a sensação de estar voando e principalmente de sentir o cheiro da borracha dos pneus. Talvez seja isso que esteja me permitindo lembrar dessas coisas tão ruins, a falta de adrenalina.


— Atrapalho? 


Escuto a voz de S/N deixando meu corpo arrepiado. Com certeza eu levaria uma bela bronca pela situação em que me coloquei mais cedo.


Olhei para cima vendo a mais velha segurando duas taças de vinho junto da bebida escura.


— Não. — neguei voltando o olhar para frente, sentindo que minha chefe havia se sentado ao meu lado. — Como sabia que eu estava aqui? 


— Digamos que uma velhinha que cozinha muito bem disse que você gostava de se refugiar aqui. — na mesma hora olhei para ela que tinha um singelo sorriso nos lábios.


— Aposto que essa velhinha se chama Anna. — suspiro olhando para frente, mas agora com um pequeno sorriso ao lembrar da cozinheira. — Aquela mulher é muito esperta.


— Verdade. — deu uma leve risada. — Inclusive, ela me pediu para trazer isso. — mostrou a garrafa que tinha uma logo um pouco antiga.


— Vinho? A essa hora da manhã?


— Claro, estamos na Itália, terra das melhores uvas e vinhos. É obrigatório tomar pelo menos uma tacinha por dia. E meu caro, você está com sorte hoje porque esse vinho aqui é muito bom, é um Williams 1933. — disse segurando o vinho com as duas mãos, com um tom de voz mais brincalhão, me arrancando breves risadas.


— Muito bem dona S/N, então vamos tomar esse maravilhoso vinho de 1933. — dei ênfase em maravilhoso imitando o jeito de S/N falar, o que arrancou uma gargalhada da Miller.


— Idiota. — riu. — Mas eu só dou para você se me explicar o motivo de sua irritação hoje mais cedo.


No instante em que a italiana tocou no temido assunto, um frio se fez presente em minha barriga. Eu sabia que  uma hora ou outra S/N iria descobrir que eu não sou uma pessoa tão bem resolvida quanto pareço ser e isso me assustava um pouco, pois ao contar a ela sobre o meu passado poderia fazer a mais velha achar que eu não sou tão digno de ajudá-la já que nem mesmo eu consegui superar completamente os meus fantasmas.


— Olha S/N, eu acho melhor você não saber… 


— E por que não? Eu confiei a você os meus traumas mesmo não te conhecendo tão bem, então acho que se você pode me ajudar eu também posso. Ei… — A italiana pegou na lateral de meu rosto para olhá-la, ato que me fez ficar perdido com sua beleza tão única para mim. — Confie em mim assim como confio em você. Sei que você passou por momentos ruins e foram justamente eles que nos juntaram. Talvez nós dois fomos destinados a ajudar um ao outro, a esperança um do outro. Então se sinta à vontade para contar o que quer que seja, porque eu vou estar aqui para te ajudar. — desceu suas mãos, que se encontravam geladas, para as minhas, me deixando extasiado com a forma tão calma da italiana conseguir me passar confiança.


— Tudo bem. É justo você saber sobre os meus traumas. — suspirei e me virei para frente com o olhar focado na vista da cidade. — Sabia que o Jungkook de hoje que gosta de conversar e sorrir já foi uma criança muda por conta do medo? — perguntei, resultando em um negar de S/N. — O meu primeiro trauma começou quando eu tinha apenas 6 anos…


[...]


Busan, Coreia do sul - 28 de setembro de 2003


O choro alto que era emitido pelo pequeno Jeon deixava Jisoo angustiada por não saber o que fazer para acalmar o irmão mais novo.


Os pais dos Jeon’s haviam saído para uma viagem de três dias a Nova York para participar de um evento voltado a donos de empresas médias a grandes porte. Essa saída dos pais acabou deixando Kookie muito triste por  ter que ficar tanto tempo sem os mais velhos. 


— kook não fique assim, papai e mamãe logo iram voltar. — o pequeno apenas ignorou a irmã que ficou mais aflita por não saber como acalmar o menor, mas logo um pontinho de luz se fez presente em seu cérebro. — O que acha de ligarmos para o papai e mamãe, uh? — se agachou ao lado do pequeno que no mesmo instante começou a se acalmar.


— P-pode-mos li-gar agora? — indagou ainda fungando .


— Claro, acho que eles já devem estar no avião. Então você só precisa colocar um sorriso nesse rostinho e sorrir um pouco… — fez breves cosquinhas na barriga do menor que gargalhou. — Agora sim, vou ligar para nossos pais. 


Pegando o celular e encontrando o contato da mãe, Jisoo clicou no mesmo escutando chamar, até que em poucos segundos a chamada foi atendida.


— Jisoo, porque está me ligando agora? Não faz nem 3 horas que saímos. Aconteceu alguma coisa? — indagou a Jeon mais velha estranhando a rapidez da filha em ligar, já que normalmente Jisoo só ligava no dia seguinte.


— Não omma, é que Jeon não está aceitando muito bem ficar longe de vocês e está chorando muito.


No mesmo instante o coração da senhora Jeon se acalmou um pouco por saber que os filhos estavam bem, mas só de imaginar o rostinho de seu caçula cheio de lágrimas lhe partiu o coração.


— Deixe-me falar com ele. — pediu se endireitando na poltrona do avião, escutando a filha concordar com o pedido.


— É a mamãe Kook. — disse entrando o celular ao pequeno que no mesmo instante colocou rente ao ouvido com um grande sorriso.


— Omma, eu estou com saudades.


— Oh meu pequeno, omma também está com muita saudade de vocês. Jisoo me disse que havia um garotinho chorão na casa, era verdade? — perguntou fingindo uma entoação mais séria, o que fez o pequeno ficar tímido.


— A noona está mentindo, eu sou um garoto forte que protege a casa. Ela que estava  chorando. — mentiu fazendo a mãe rir.


— Tudo bem,  já que é um garoto forte me prometa que irá obedecer sua irmã e que não deixará ela chorar. Okay? 


— Pode deixar omma. — concordou sorridente escutando uma leve risada do outro lado da linha.


— Meu príncipe, omma terá que desligar a…Aah. — de repente um grito assustado é emitido pela senhora Jeon, sendo acompanhado pelos outros tripulantes do avião fazendo com que o pequeno estranha-se.


— Omma? Tá tudo bem? — indagou o pequeno e logo depois de alguns segundos a mãe respondeu.


— Sim, parece que estamos passando por uma área de turbulência...ah...Jung...aaah... — de repente o som que era emitido pelo aparelho telefônico não era mais da doce voz da senhora Jeon, mas sim de gritos assustados que deixavam o pequeno aterrorizado.


 — Omma! OMMA!!! — Jeon gritava rente ao telefone até que a chamada se encerrou, deixando os irmão mais assustados com a possibilidade de ter acontecido algo grave.


[...]


— Eu...sinto muito. — S/N se pronunciou resultando em um sorriso anasalado meu.


— Não precisa, eu já me acostumei com a ideia de não ter pais. Porém, sabe quando a gente se acostuma, mas não aceita? — indago direcionando o olhar para italiana.


— Bem, eu ainda estou na fase de acostumar, eu acho… — respondeu brincando com o pingente de lua do colar dourado que enfeitavam seu pescoço, enquanto o seu olhar permanecia vago.


— Saiba que com o tempo você vai se acostumar, vai sentir falta, mas vai se acostumar e conseguir seguir em frente.


— Eu espero conseguir. — suspirou e olhou para mim. — Mas e você? Foi pela morte de seus pais que você agiu daquela maneira no Kart? 


— Mais ou menos. Lembra que eu te falei que eu havia passado por traumas? — indaguei ressaltando a palavra no plural e logo ela concordou. — Pois é, meu segundo trauma que tem haver com o incidente no Kart. — suspiro me preparando para contar. — Depois de alguns meses da morte de meus pais eu parei de falar, pois na minha mente se eu falasse com alguém ela morreria e isso fez com que eu me fechasse para o mundo por completo deixando Jisoo e Hoseok preocupados comigo.


— Então é por isso que você sempre disse que Jisoo te ajudou a superar seus traumas? 


— Sim, ela decidiu fazer psicologia para me ajudar com o meu problema de fala mesmo que quando ela foi fazer faculdade eu já estivesse melhor. — sorri pequeno. — Ela diz que eu fui a esperança dela para encontrar a grande profissão de sua vida. 


— Isso é a cara de Jisoo mesmo. — sorriu.


— Bem, comigo não foi diferente. Com o meu problema de fala eu tive que criar o meu próprio mundo e comecei a gostar de carros, mas foi em um dos passeios pela cidade de Busan que eu vi o Kartódromo e me apaixonei por corridas. — digo com um semblante nostálgico.


— Então eu devo apostar que foi nesse dia que o grande piloto da F1 nasceu? — indagou de forma brincalhona ao mesmo tempo que deu um leve empurrão de ombros em mim,  nos fazendo sorrir.


— Pode apostar que sim, mas nem tudo foi tão fácil para esse carinha aqui. — dei leves batidas em meu próprio peito com um tom mais entristecido.


— O que aconteceu? — perguntou parecendo já está captando sobre o que eu me referia.


— Depois de eu ter visto o Kartódromo, minha irmã me inscreveu para fazer aulas de Kart e com a melhora que eu tive um dos professores percebeu e decidiu me inscrever em um concurso para fazer parte de uma turma que iria a Londres para se profissionalizar no Kart, pois isso abriria portas para eu futuramente entrar na F1.


— E você conseguiu?


— É claro que sim. Afinal, eu sou Jeon Jungkook, esqueceu? — brinquei fazendo S/N balançar a cabeça para os lados com seu lindo sorriso.


[...]


Busan, kartódromo - 12 de setembro de 2006



O garotinho que já tinha seus 9 anos havia acabado de estacionar o kart em frente a irmã que sorria alegremente ao ver o grande desempenho que o mais novo demonstrou. Ela sabia que o sonho de JK era conseguir se tornar um grande piloto de fórmula 1 e isso a motivava a lutar até o fim para que ele tivesse o seu sonho realizado, pois talento a criança já tinha.


— Aah você conseguiu. — estendeu a mão para dar um "Hi five" com o mais novo que desceu do carro empolgado.


— Você viu aquilo Soso!? Eu consegui fazer as manobras certinhas! — se empolgou nas palavras com um enorme sorriso.


— Claro que sim, não perderia nenhum segundo de sua corrida. Tá tudo gravado. — apontou para a câmera que estava em sua mão.


— Meninos, venham todos aqui! — O professor chamou os alunos até o meio da pista, onde o mesmo estava acompanhado de um dos representantes do tão disputado curso profissionalizante de Londres. — Garotos e garotas, nós já temos o resultado do teste de hoje. Por isso, peço que assim que eu chamar o nome dos que conseguiram a vaga venham para o meu lado. 


Assim que o professor pediu, todos concordaram com um certo nervosismo gerado pela ansiedade de saber quem seriam os 5 ganhadores. No instante que o mais velho começou a chamar, Jeon começou a apertar forte a barra de seu macacão das cores da escolinha de kart, representando o seu nervosismo, mas no instante que seu nome foi proferido pelos lábios de seu mentor o pequeno ficou paralisado no mesmo lugar sem acreditar que ele realmente poderia realizar seu sonho tão malicioso.


— Jeon? — chamou o professor que se agachou na frente do pequeno. — Ainda está em choque? — riu. — Você conseguiu garoto, você conseguiu! — O pequeno abraçou o mentor com lágrimas nos olhos, mas que não podia ofuscar seu imenso sorriso.


— Obrigado professor, não irei te desapontar. — agradeceu escutando uma risada do mais velho.


— Se continuar assim poderá ser um dos grandes vencedores da fórmula 1, então não se preocupe, sei que irá conseguir… Você é o melhor.


[...]


— So Ji-sub, esse era o nome do cara que me motivou a conseguir vencer aquele curso e principalmente foi o único professor que realmente acreditou em mim. — abaixei o olhar me lembrando dos bons momentos que tive com o meu mentor, causando certa nostalgia em mim. — Ele me viu participar de todas as etapas necessárias para entrar para fórmula 1, torceu por mim e sempre me motivou, mas assim que eu finalmente consegui ir para F1 ele descobriu um câncer que já estava avançado e não consegui me ver… — sem perceber lágrimas desciam incessantemente de meus olhos, deixando minha fala um pouco comprometida. — Me desculpe…


— Tudo bem, ele foi uma pessoa importante para você e não há problema algum de você chorar na minha frente, estou aqui para te ouvir e te ajudar assim como fez comigo. — colocou sua mão um pouco gélida sobre a minha me transmitindo um pouco de conforto.


— Obrigado. — agradeço ouvindo S/N dizer bem baixinho "não precisa agradecer".


— Mas então, foi nesse curso que você sofreu com seu segundo trauma? — perguntou, resultando em um suspirar pesado vindo de mim. 


Me lembrar daqueles momentos que me fizeram tão mal me doíam demais, mas ao mesmo tempo me fortaleceu, pois para mim eu acreditava que tudo que acontece em nossa vida não é em vão, mas sim com um propósito que só iremos descobrir depois de tudo que passarmos.


— Sim. — engoli seco. — Assim que eu comecei meu curso profissionalizante tudo parecia estar indo bem como deveria. No entanto, após alguns meses novos alunos chegaram e eles eram mais velhos do que a minha turma. — passei a língua entre minhas bochechas apertando minhas mãos que estavam juntas. — Eles…. gostavam… de caçoar de mim por eu ser asiático e sempre me humilhavam com palavra rudes dizendo que eu não iria conseguir realizar meu sonho de ser piloto, que por eu ser coreano não subiria ao pódio, mas o pior é que além de sempre tentarem ferir meu psicológico eles me batiam às vezes…


— Ei, tá tudo bem, isso já passou. — S/N colocou a mão em um de meus ombros na tentativa de me acalmar, ação está que começou a dar certo aos poucos. — Isso deve ter te magoado muito, não é? — no mesmo instante dei um sorriso anasalado.


— Bem, me marcou, mas não de maneira completamente ruim. — direcionei meu olhar a S/N que escutava com atenção. — No dia em que eles destruíram o meu capacete eu decidi pôr um fim a tudo aquilo. Falei para Hoseok e Jisoo tudo o que estava acontecendo e comecei a praticar boxe, meio aleatório, mas que me fez desenvolver auto defesa.     

 Depois que eu me senti confiante o suficiente, no dia em que eles decidiram me importunar novamente eu dei uma lição neles, mas claro, sem machucá-los tanto, e logo depois delatei para os meus professores o que eles estavam fazendo não só comigo, mas com outras crianças também. — um sorriso singelo se formou em meu rosto ao lembrar daquele maravilhoso dia. — Foi naquele dia que o Jeon Jungkook que você conhece nasceu. Um cara que não leva desaforo para casa, que confia em si mesmo e faz de tudo para conseguir realizar os sonhos mesmo sabendo que a vida pode ser injusta às vezes acredita que tudo é possível quando tentamos.


— Uau, sabendo agora do seu passado eu entendo um pouco mais de sua personalidade ser tão bem definida.


— Definida? 


— Egocêntrico, mulherengo, imaturo...que mais? — ditou todas as palavras fazendo formar em meus lábios um minúsculo "o".


— Ei, eu não sou assim, eu posso ser um pouco mulherengo, mas fazer o que, as mulheres vem até mim e eu somente deixo o dia delas mais feliz. Porém, eu não sou egocêntrico, só confio nas minhas capacidades. — Me expliquei arrancando risadas da italiana.


— Está bem Jeon Jungkook, você não é nem um pouco egocêntrico, mas mulherengo e imaturo é sim.


— Imaturo, eu? — apontei para mim mesmo vendo S/N concordar com a cabeça.


Como ela poderia me achar imaturo?


— Com certeza eu não sou imaturo. — me defendi de forma um pouco séria, mas com fundo de brincadeira.


— É sim, que ver? — concordei e no mesmo instante S/N virou meu rosto para o lado e me deu um beijo na bochecha me deixando atônito.


— S/N… — direciona o meu olhar lentamente a ela que segurava o riso. 


— Eu só roubei o que é meu. Você roubou um beijo de mim e eu peguei de volta.


Não sei o porquê, mas aquelas simples palavras mexeram fortemente com o meu lado competitivo.


S/N Miller, você está ferrada.


— Corre! 


— O que? — arregalou novamente os olhos.


— Eu vou pegar o que é meu de novo Miller. — me levantei vendo a italiana  fazer o mesmo com o semblante assustado.


— Vo-você não vai fazer isso. Jeon, para! Jeon! — no mesmo instante que S/N percebeu que eu não estava brincando, nós começamos a correr pelo terraço gargalhando alto como duas crianças brincando de pique-pega. Esses momentos assim me deixavam mais leve e mais relaxado quando eu lembrava de coisas ruins, mas fazer isso com S/N parecia diferente.


Assim que consegui me aproximar o suficiente de S/N, puxei a italiana com certa força contra o meu corpo fazendo a mesma chocar contra o meu peitoral.


Gargalhado alto e ainda ofegantes pela correria, até que aos poucos nossos olhos se encontraram de forma tão sorrateira que me vi perdido na imensidão daqueles olhos castanhos que me faziam se arrepiar por completo.


— Te peguei…


— Parece que sim… 


Apenas em sussurros proferimos tais palavras que foram o suficiente para que em segundos nossos lábios se encontrassem próximos um do outro como se fossem imãs que insistiam em se juntar. Eu não conseguia mais aguentar essa atração que parecia insistir em crescer agora e mesmo que eu fosse me arrepender no futuro a vida só é uma.


Por fim, selei meus lábios com os da Miller em um selinho que aos pouco começou a se tornar em um singelo beijo que não tinha tanta presença de nossas línguas, mas que era possível saborear bem o sabor da mulher que nunca imaginei que poderia está me abrindo a poucos minutos atrás.


Suas pequenas mãos subindo para minha nuca e pedindo por mais contato me mostrava que não era somente eu que estava começando a nutrir uma atração tão intensa sobre alguém que poderia ser quase impossível de se conseguir. 


Nossas línguas aos poucos foram assumindo seu devido papel se entrelaçando uma à outra com movimentos mais tranquilos sendo possível saborear cada momento. No entanto, aquele ósculo que eu desejava nunca ter fim foi interrompido pelo som de uma gaivota que nos assustou.


— S/N eu… — tentei me desculpar vendo que a italiana estava voltando a si, parecendo está abismada com o que acabou de acontecer ali.


— Eu não devia ter feito isso… — falou ainda ofegante, passando a mão por seus fios castanhos. 


— Desculpa, eu realmente não sei o que aconteceu… — me interrompeu.


— Tá tudo bem, nós dois erramos. — deu um fingido sorriso que encobria seu pânico. — Só vamos esquecer que isso aconteceu. É melhor para mim e para você.


Suas palavras estranhamente conseguiram me afetar, não sei o porquê, pois se outra mulher me dissesse isso eu com certeza não ligaria, mas com S/N tudo parecia ser uma completa incógnita que me deixava aflito.


POV's S/N


Maranello, Kartódromo 


11:30 A.M


As crianças que haviam ganhado o campeonato sorriam alegres pela vitória enquanto tiravam foto e pegavam autógrafos com os pilotos que admiravam tanto.


Ver a cena de Jeon com as crianças me deixava um pouco nervosa, pois isso me fazia lembrar de sonhos que eu tinha antes do acidente e ao mesmo tempo daquele beijo, que por mais que eu tente tirar da cabeça, não saía.


Não nego que sentir os lábios de Jeon foi algo surpreendente para mim, pois na minha visão Jungkook era apenas um de meus pilotos que se tornou por um acaso a minha pessoa de maior confiança aos poucos, mas de uns tempos para cá algo nele vem me atraindo de forma que eu nem sei descrever e muito menos saber do que se trata. 


— Gostando dos seus momentos com Jeon, S/N. — aquela voz me fez arrepiar por completo de puro medo. Conseguia sentir o sarcasmo sendo desferido em cada palavra que saia daquela alucinação que tanto me atormenta.


— Sai daqui… — digo baixinho remoendo minhas palavras e logo escuto uma risada vindo do outro que se encontrava atrás de mim com a mão em minha cintura, perto de minha barriga.


— Não pense que vai se livrar de mim por causa da ajuda patética desse piloto… — começou a apertar minha cintura com força que me fez  morder os lábios pela dor e meu corpo ficar rígido. — Ele nunca vai poder te dar o que tanto desejava e muito menos ser feliz com uma assassina. Se afaste dele ou…


— S/N? — sem perceber, Jeon já estava em minha frente com o semblante preocupado fazendo aquela sombra sumir. — Ei, porque está chorando? Você está pálida…


Sua voz ecoava pela minha mente de tal forma que eu não conseguia nem responder suas dúvidas, apenas ficar com o olhar vago e sentir o medo me consumir.

"Minha esperança, pode ser minha perdição?" 


Notas Finais


Meu, eu tô surtando aqui, vcs estão? 😳🤯

{Comente, surte, se divirta e crie teorias❤}

ATÉ ❤🏁❤


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