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História Corrompido: End of an Era - Uma carta, Um médico.


Escrita por: Layscrem

Notas do Autor


Sem imagem dessa vez.

Cara, Priyanka é um bom desafio para se aprofundar.

A música que recomendo...
Mars Stars-ExitMouse e
This is home-Cavertown

Vou fazer uma revisão mais tarde. E temos um informante entre nós.

Bora pra fic.

Capítulo 2 - Uma carta, Um médico.


Cap2. Uma carta, um médico.

A volta para casa foi difícil de descrever. Além do silêncio pesado que estava entre nós, olhei para o céu e previ que poderia chover. Olhei em direção a Connie, seu rosto virado em direção ao nada, presa em seus próprios pensamentos.

Quando chegamos em casa, Connie saiu em disparada do carro, destrancando a porta de casa. Indo em direção ao quarto sem dar qualquer palavra.

Talvez fosse apropriado para a ocasião. Desde que Steven acordou, não ouve um momento em que alguém poderia estar feliz. Nem uma forma de identificar o que estavam sentindo.

Como um médico, ser imparcial é uma grande parte do que forma o meu uniforme. Acaba sendo de grande ajuda ao tratar pascientes. E infelizmente também se trata de dar as más notícias.

Com o passar doas anos, aprendi que cada pasciente, ou familiar, reage de uma forma diferente. Alguns choram, outros se agitam, algums ficavam furiosos entre as lágrimas. E em casos raros, ameaçam ou tentam agredir os médicos.

Com Steven. Não foi muito diferente, mas que por algum motivo, ao mesmo tempo também foi único.

Quando contei a ele, sobre o seu pai. Ele não questionou a dor no peito feita pelos pontos. Ou duvidou, achando que Greg estava logo atrás da porta, no corredor, com balões...

Ele... apenas parou...

Ele parou, por pelo menos dez ou quinze minutos, respirando pesadamente e olhando para o nada, seu cenho fechado enquanto processava a informação que recebeu. Em um momento, pensei que ele tentaria sair da cama e chorar descontroladamente.

Não havia nada além do silêncio...

Doug e eu ficamos na sala, o homem quase despencando no sofa, sinceramente estava pensando em fazer o mesmo. Céus, tudo isso é uma bagunça, foi um dia muito cansativo.

A casa permaneceu em silêncio, não como normalmente é, como quando Connie esta estudando e simplesmente nada esta acontecendo, quando eu e Doug estamos no trabalho. É como se algo estivesse faltando.

No início, eu não sabia o que dizer sobre Greg. Um homem que morava em uma van, trabalhava em um lava-a-Jato e sem planos para o futuro ou uma organização clara.

E ao mesmo tempo, um pai peculiar, que construiu uma casa apenas para abrigar seu filho, se envolvendo com seres antropomórficos que vieram de outra galáxia, mesmo sabendo que não poderia fazer muita coisa.

Por mais... abstrato que Greg pudesse ser, ele foi um bom pai, mesmo percebendo as consequências de suas ações somente no final. Eu posso imaginar a dor que Steven pode estar passando. Me lembro de quando minha mãe falesceu na minha frente na adolescência, das descisões que tive de tomar. E não sinto falta daquela época.

Doug fez o jantar esta noite. Arrumei a mesa, e tentei chamr por Connie do andar de baixo, ela não veio. Chamei uma segunda vez, dessa vez recebendo uma resposta infima, demorando alguns minutos, mas sem dar nenhum sinal de que iria descer.

Esperamos, até o jantar acabar, ela não desceu...

Eu e Doug nos estreolhamos, e então ele falou: “Vá falar com ela"

Peguei um prato com Carril e arroz, o seu favorito, e um copo com suco de Durian. Subi as escadas para o segundo andar, indo em direção ao seu quarto, e batendo levemente em sua porta.

“Connie, esta ai?” Perguntei, logo entrando.

Ela estava em sua cama, seu rosto no travesseiro. Se levantando ao me ver, seus olhos estavam vermelhos ao encarar meu rosto.

“Connie...” Resisti a vontade de perguntar, se ela estava chorando ou não, ela poderia me dizer. “Eu trouxe o seu jantar...”

“Obrigada.” Ela disse. “Pode deixar em cima da escrivaninha" sua voz estava rouca, e carregada.

“Esta tudo bem?” Perguntei, suas anotações espalhadas por todo o móvel. “Gostaria de me dizer algo?”

“N-não... Obrigada mãe.” Desviou o olhar. “Eu... não quero falar agora.”

Deixei seu jantar como fora pedido. “Connie eu... Espero que siaba que caso qualquer coisa estiver te incomodando, eu e o seu pai estamos aqui para ouvir.”

Connie me olha por um momento antes de focar em outro lugar novamente. “Sim senhora.”

Saindo de seu quarto. Percebo que não estava agindo como normalmente. Não quero força-la a falar, ela pode me dizer quando for a hora. Desci as escadas, em direção a cozinha, vendo que Doug lavou a louça.

“Como foi?” Perguntou ao me ver.

“Eu não sei...” Disse. “Ela não quer se abrir agora.”

“Talvez apenas deveríamos dar um tempo a ela...” Doug pousou sua mão em meu ombro.

“Estou preocupada com ela Doug" Falei. “Todo esse trauma, e essas missões de risco, não somente ela, mas Steven também, aquele garoto esta traumatizado e tudo esta indo de mau a pior" E continuei enquanto cruzava os braços. “talvez não devessemos-”

“Priya, por favor não” Doug me interrompeu. “Nós sabíamos no que estavamos nos metendo quando o convidamos ao jantar, não da pra voltar atrás” Vociferou.

O silêncio voutou outra vez, frio como sempre, desconfortável era um eufemismo, as palavras rondando em minha cabeça, mas nunca se concretizando em uma fraze. Lembranças de quando eles eram apenas crianças se divertindo e sendo... crianças.

E então veio aquela noite no hospital, onde Connie se abre e revela toda a verdade. Eu pensei que a estava protegendo, mas sem pensar eu a machuquei. Eu não percebia o quão o futuro poderia ser imprevisível.

Mas eu ainda vejo aquele garoto, ao lado de seu Leão enquanto segurava uma espada com o dobro da sua altura contra o peito. Olhando para o chão com aqueles olhos sem perspectiva. E então me lembro que o futuro em imparcial com suas vítimas.

Me adimira que tenha demorado tanto para todas aquelas batalhas se manifestarem de forma negativa. Ele simplesmente escondeu seus sentimentos para poupar os da sua família, que acabou por esquecer do que significa ser um humano.

“Achamos que poderiamos distrai-ló com aquele jantar" Doug falou, cortando o vazio. “Acho que tentar tirar a sua mente de todo aquele trauma... não deu muito certo" Ele olhava para o nada com certa tristeza no tom de voz.

“Connie esta no meio disso.” Eu disse. “Temos que intervir nisso.”

“Como assim?” Ele questionou.

“Não podemos deixá-los assim. Steven precisa de uma direção, e Connie precisa de alguém para se apoiar...” Gesticulei enquanto iamos ao nosso quarto.

“Nós podemos fazer isso.” Doug falou

“Podemos, mas não sozinhos...” Suspirei enquanto me sentava na cama. “Precisamos ter uma longa conversa com as Gems.” Eu abri a gaveta da comoda ao lafo da cama, tirando um envelope rosa com um ‘Para: Steven' na frente.

“Vai dar a ele amanha?” Doug Perguntou.

“Foi a última coisa que Greg me pediu para dar a Steven.." Respondi, sentindo meu tom se tornar morbito. “Seria injusto não entregar.”

Doug me abraçou por trás, a cama rangendo com sua aproximação. Não tinhamos tanto contato físico desde que Connie tinha nascido.

“Nós vamos descobrir, ok?” Sussurou, beijando meu ombro.

Na manhã seguinte, levei Connie para casa de Steven.

O caminho feito sem nenhuma palavra, a tensão sendo palpável. O clima também não era favorável, nuvens espessas e escuras que cobrem os céus. Seria uma longa viagem no mudo, sem contar o rádio ligado.

Steven, dentre todos os amigos de Connie, eu poderia dizer que era o meu favorito. Mesmo com os eventos de Gems tornando sua vida turbulenta, ele era o mais agradável dentre os jovens, educado e certamente calmo. Pelo menos ele sempre tentava manter a postura na minha presença. Talvez eu não lhe tenha dado crédito o bastante, ele sempre tentou.

Quando chegamos na casa da praia, não parecia que havia alguém, estava muito quieto. Descemos do carro, eu pegando minha bolsa, Connie sua mochila e subimos as escadas para a porta da frente. Estava destrancado, não era uma novidade.

Estava escuro la dentro. A única iluminação sendo a luz que passava pelas janelas.

“Steven!” Minha filha chamou. Mas nenhum sinal do jovem.

“Steven! Connie veio te visitar!” Eu caminhei até o meio da sala. Então ouvindo um ruido vindo do banheiro.

Ele caminhou para fora do quarto, suas roupas eram as mesmas de todo dia, apenas faltando seu moletom, seu antebraço esquerdo estava enfaixado, o cabelo bem mais bagunçado do que o costume seus olhos pareciam bem mais cansados do que quando o vi ontem.

“Oi... “ Ele falou, timido e quase inaudível. Uma descrição que nunca imaginei encontrar nele.

“Steven... Você esta bem?” Connie perguntou, chegando mais perto

“Eu...” Pareceu divagar em sua própria mente. “Eu... não... sei?”

“Onde estão as gems?” Perguntei. A casa estava vazia além dele. E uma bagunça também.

“Eu não sei, também.” Respondeu desviando o olhar.

Ele ficou sozinho a noite inteira?! Sem nunhum tipo de apoio ou ciudado?! Justamente quando ele acabou de perder o pai! Isso é inaceitável. Eu poderia ir atrás de cada um dos gems e perguntar do porque seu único filho estava sozinho, depois do enterro do próprio pai!

“Steven, posso falar com você em particular?” Controlei minhas emoções, tentando manter meu cenho neutro e minha voz calma. Deixar minhas emoções tomarem conta apenas pode piorar as coisas.

“Oh...” O garoto pareceu encolher os ombros. “Sim... podemos.”

Ele subiu as escadas em direção ao quarto, eu o seguindo, porém antes olhando para Connie, encolhida em seu lugar, eu chamo sua atenção e digo:

“Eu já volto ok?” Sussuro.

Subindo ao quarto. Vejo que não estava exatamente organizado, mas também não era uma bagunça extrema. A cama estava desorganizada alguns itens estavam espalhados, as janelas estavam fechadas portando estava escuro também.

Ele se sentou na ponta da cama, cansado, judiado. Não se parecia com aquela criança de poucos anos atrás. Sua alegria parecia ter sido roubada, não sobrando nada além de um sorriso falso.

Eu me sentei ao seu lado, pegando seu braço enfaixado, ele apenas observou com ânsia. O curativo feito as presas, mal colocado e provavelmente apertado demais.

Desatei as ataduras observando suas expressões. Ele ficou inquieto quando observei o ferimento, dei um suspiro, e começei a enfaixar outra vez. Estava limpo, e havia pouco sangue, sua pele avermelhada entre os que pareciam ser pequenos e finos cortes feitos de maneira descontrolada. O mesmo não perecendo fazer nada para impedir.

“Esta doendo?” Interroguei enquanto refazia o curativo.

“Não.”

“Quando isso aconteceu?”

“Ontem a noite...”

“Alguém estava com você?”

“Não...” Ele demorou um poco mais antes de responder.

O observei por um tempo. Ele já passou por isso antes? De ficar sozinho durante dias a fio e sem supervisão? Seus ombros estavam tensos, caidos, sem demosntrar nenhuma confiança

Eu terminei o curativo e então pensei em puxa-ló para um abraço, exitando por um momento, no fim o embrulhando de forma desajeitada, certamente eu não sou um abraço. Mas não posso deixar essa passar.

“Steven, sei que as coisas estão muito delicadas para você agora, mas espero que saiba, que caso qualquer esteja te incomodando, você pode contar conosco.” O segurei por um tempo, seu rosto abaixado em meu ombro, demorando para ele retribuir. Eu posso tê-lo ouvido suspirar. “Nos nos importamos com você Steven.”

Quando nos soltamos, seus olhos estavam lacrimejando.

Eu me virei, pegando em minha bolsa uma caixa de lenço, e estendendo pra ele, pegando um, ele o usou e depois ficou segurando em sua mão. Logo em seguida eu lhe estendi o envelope.

“O q-"

“Seu pai... Me pediu para que eu te entregasse antes de...” Eu não queria completar a frase.

Ele o pegou, analizando por um momento, suas sobrancelhas se unindo em confusão antes de falar comigo. “Obrigado, Dr. Maheswaran.”

“Pode me chamar de Priyanka, Steven.” Mencionei.

“Oh... Obrigado.”

Ele não sorriu ou demonstrou algo. Seu tom era morbito e vazio. Não havia aquele brilho que sempre esteve consigo. Me levantei de sua cama, dizendo “Até logo Steven.” Ele me olhou por um momento antes de olhar para o nada outra vez e dizer. “Tchau...”

Desci as escadas, encontrando Connie no sofá, enquanto lia um exemplar de “O morro da ventania gritante”. Ela se levantou ao me ver deixando o livro de lado.

“Vou te buscar as sete, tudo bem?” Eu falei. Lhe dando um abraço.

“Sim senhora.”

Sai de casa, descendo as escadas. Mas não conseguia deixar de olhar para trás. Deixando dois adolescentes sozinhos com seus traumas. Entrei no carro movendo no espelho retrovisor, mostrando a casa na praia enquanto me afastava.

Uma tempestade está prestes a se aproximar. E eu não vou falhar em proteger Connie, e Steven também.



CONTINUA.


Notas Finais


Pra quem entendeu a referência do clássico "O Morro dos ventos uivantes" de Emily Brontë diga "lasanha".

Referências...

Hey meu povo aleatório.

Alguém pega meu Chocotino!

NHYE!

Bye bye!


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