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História Corte de Medo e Esperança ACOTAR FANFIC - XIII . The worst plan I've ever heard.


Escrita por: DaiseArc

Capítulo 13 - XIII . The worst plan I've ever heard.


RHYSAND

Durante as semanas que eles estavam aqui, Nephelle estava indo e vindo da ilha trazendo informações sobre como estava a reconstrução da cidade e também sobre as criaturas que surgiram na ilha depois da Alex. Pelo desaparecimento deles as notícias que ela trouxe hoje não fora das melhores.

Quando acordei todos eles, inclusive Skyla tinham voltado para a ilha, como chegou a hora do almoço e ela ainda não tinha voltado, pensei no que Cassian tinha me dito, que quando tivesse a oportunidade de voltar para a ilha ela não hesitaria em ficar por lá.

Ignorei a tristeza que invadia meu ser e reavaliei pela décima vez o pedido de ajuda para o governante de Nakkar, não tínhamos aliados no continente que lutariam ao nosso lado, eles nos deixaram por conta própria enquanto fortaleciam suas fronteiras e preparavam suas armadas para o caso de Amarantha nos derrotar e seguir na direção deles. 

Ouvi o som de passos na frente do escritório, conhecia aquele cheiro de morango misturado com rosas.

— Querida. — A chamei

— Oi titio. — Mia entrou no escritório, com aquele sorriso alegre de sempre. Fiz sinal para que ela se aproximasse.

-Poderia me fazer um favor? 

— Depende. — Levantei uma sobrancelha. — Se for para ir chamar Skyla novamente, como na semana passada quando papai me obrigou a convida-la para ir dá um passeio pela cidade eu não vou, peça para outra pessoa. 

Abrir a boca para dizer algo mas ela continuou.

— Eu vi quando ela chegou da ilha agora a pouco, e pelas sombras e gavinhas negras rodopiando ao redor do corpo dela, posso disser claramente que ela não está no melhor dos humores hoje.

Surpresa tomou conta de mim. Abrir a boca para tentar falar algo mas não sabia o que dizer.

Ela havia voltado?

Ela voltou para Velaris. Senti quando um sorriso se formou em meus lábios.

— Deixe Skyla comigo. — Entreguei a carta a ela. — Pode por favor entregar a sua tia Amren? 

— Claro. 

— Obrigado. Só não mexa nas joias delas novamente, ok? 

Um sorriso travesso apareceu em seus lábios. — Claro titio. 

Soltei uma gargalhada. — Pela Mãe você tem quase o mesmo senso de perigo do seu pai.

— Então eu não tenho nada, certo?

— Certo.

Ela fez menção de sair. — Mia, onde você viu Skyla?

— No centro da cidade, entrando no hotel e espantando qualquer um que ousasse chegar perto.

— Obrigado. 

SKYLA

Minha mente estava um turbilhão. Eu não sabia o que sentir ou pensar. Os acontecimentos da ilha mexiam emocionalmente comigo, eles podiam me odiar, mas eu os amava pelo fato de terem me acolhido dentro daquele paraíso. 

Bufei para o teto.

Mas já não bastava o inferno de desgraça que minha vida era por ter sido separada da minha família e agora ter que os conhece-los como se fosse a primeira vez, ainda precisava lidar com um tipo de monstro que estava matando na ilha, com Alex e com uma antiga Grã-Rainha a minha caça. E para melhorar o meu humor a conversa com Savitor hoje mais cedo não foi das melhores.

 Eu sei que ele está certo, ele também sabe, o que aliás não ajuda em nada, mas a droga do meu orgulho não me permite admitir o erro. 

O lance com Cal era apenas distração, nada emocional, como também com todos os meus amantes da ilha, mas sei o quanto machos podem ser territoriais, inclusive um pai e irmãos e primos e tios. Se pisássemos na bola e algum deles descobrissem, não iria acabar bem para Cal, e nem para mim. 

Parei no meio do meu quarto no hotel e passei as mãos pelos cabelos.

Muita coisa, havia muita coisa acontecendo na minha vida de uma vez só, e eu não estava sabendo lidar com tudo isso. 

Eu devia ter ficado na ilha, ter investigado mais até achar o culpado, mas o meu estupido coração queria os conhecer melhor, aproveitar cada misero segundo e por causa disso aqui estou eu, de volta a Velaris, na esperança de me aproximar de meu pai e minha mãe.
 

RHYSAND 

No jantar dessa noite todos da minha família apareceram, os gêmeos voltaram do acampamento Illyriano e os serafins retornaram da ilha momentos antes, todos estavam terrivelmente calados e não precisava entrar suas mentes para saber que estavam focados no que estaria acontecendo do outro lado do mar. Skyla não apareceu, ficou no hotel. Ela passou a tarde toda trancada dentro daquele quarto.

O jantar havia terminado a uma hora antes e estávamos todos em uma das salas de estar que ficava perto da entrada da casa, conversas paralelas aconteciam até o momento que Skyla entrou no cômodo como um furação. Pela respiração ofegante e o suor no rosto ela havia corrido até aqui.

— Rhysand seu escritório está aberto? — Demorei a responder, tentava entender o que havia acontecido para ela estar nesse estado. Ela gritou.

— RHYSAND? — Isso me tirou do meu estado de transe.

— Sim, ele está aber...

Antes mesmo de terminar a frase ela já estava correndo em direção ao primeiro andar.

— Mas que porra está acontecendo? — Cassian já corria atrás dela. Todos os seguimos.

Quando cheguei ao andar de cima, ela estava revirando uma das estantes de livros do escritório enquanto xingava.

— Sabe que vai ter que arrumar essa bagunça depois certo?

Ela nem me olhou ou fez alguma piadinha. A coisa deveria ser séria.

— Skyla o que está acontecendo? — Feyre perguntou enquanto recolhia os livros que estavam no chão e colocava em cima da minha mesa. A ajudei com os livros.

— Qual seria a melhor maneira de sumir com um corpo? — Minha filha perguntou enquanto folheava um livro, durante o tempo que estava aqui eu nunca a vi tão histérica. Ninguém falou nada. Silêncio se estendeu até Amren dizer

— Depende da situação, mas há três maneiras bastante eficazes. — Com voz de tédio de sempre ela começou a listar as melhores formas de nunca deixar pista. — Jogar o corpo no mar, enterrar em algum lugar distante e esquecido ou queimar. — Indaguei a imediata com um olhar, ela apenas deu de ombro.

— Exato. É isso.— Ela afirmou a todos como se já deveríamos saber sobre o que ela estava falando, dúvida apareceu em meu rosto e nos demais. Ela bufou e revirou os olhos.

— Pela Mãe, quem foi o idiota deu açúcar demais a ela deixá-la desse jeito? — Lucas se sentou em uma das poltronas. Um livro acertou a cabeça do macho, e uma série de palavrões saiu da boca da pequena fêmea até Miryam a calar com um olhar.

— No que está pensando Skyla? — Drakon perguntou enquanto pegava da mão dela um livro que estava sendo mirado para acertar novamente a cabeça do serafim na poltrona.

— Estou pensando que Alex está envolvida nos acontecimentos atuais da ilha mais do que imaginávamos. — Drakon e Miryam tiveram uma conversa silenciosa por troca de olhares.

— E o que exatamente está acontecendo na ilha? — Az indagou cruzando os braços e se pondo ao lado da esposa.

Foi Lucas quem respondeu, sua voz saiu baixa e pesada. — Crianças e fêmeas jovens, estão desaparecendo. Sempre em Lua cheia, duas ou três desaparecem na mesma noite e no outro dia seus corações são encontrados na mata. Nunca um corpo, apenas os corações.

— deuses. — Mia se encolheu perto da mãe, que a abraçou. E Trix fez uma carreta de nojo. As duas ainda eram muito novas para essas conversas, elas tinham 12 e 13 anos, respectivamente.

— Mia e Trix vocês não precisam ficar aqui. — Falei com carinho, mas elas entenderam o recado. — Elain você pode descer com elas? — a fêmea assentiu, pegou a mão das duas e saiu do andar de cima. Fechei as portas do escritório e só por segurança ergui uma barreira de som na sala.

Perguntei com cuidado — Porque você acha que Alex está por trás disso?

— Merda. - Ela fechou um livro e jogou para cima da mesa já indo procurar outro na estante. Como ela é baixinha precisou ficar nas pontas dos pés para pegá-lo. Enquanto olhava as páginas do livro ela continuou falando. — Porque quando eu era mais nova, Alex me contava mitos, mitos antigos e assustadores. Quando eu aprontava, o que era quase todo dia, ela falava que iria me entregar a um desses mitos, um ser maligno, que é tão antigo que não se sabe o nome, e que esse ser, caçava fêmeas, sempre fêmeas, e as estuprava, se alimentava delas, depois as matava arrancando os corações e devorando os corpos.

Meu coração acelerou, quando eu era menino as histórias de minha mãe eram as mais calmas possíveis, tanto para mim quanto para os meus irmãos, e isso acabei de ouvir nunca será considerado uma história que se conte a uma criança.

Ela fechou o livro que estava lendo e colocou na mesa junto dos outros. A impaciência já tomando conta de suas feições.

— Quando eu era pequeno e aprontava minha mãe apenas me deixava sem sobremesa. — Alec exclamou do outro lado da sala. Az o repreendeu com o olhar.

Ela continuava procurando cada livro que pudesse ter algo.

— Por isso não há corpo. Se fosse jogado no mar certamente a maré traria de volta. Os corpos não foram queimados, depois daquele incidente a anos atrás do celeiro. — Tive a impressão que o corpo dela tremulou, e sombras se enroscaram ao redor dela, talvez o que ouve naquele dia ainda a perturbe. — Foi erguida proteções que nos avisaria sobre qualquer sinal de fogo em todo o território. E o corpo não foi enterrado, desde que os ataques começaram mandei patrulhas observar os céus e eu e Asterin observamos o solo. Não havia nenhum sinal de terra remexida.

— Vocês estão mesmo falando sobre canibalismo? — Luke perguntou enquanto se sentou em um dos sofás da sala.

Skyla voltou a revirar a estantes.

— Quantos corações já foram encontrados? — Nestha perguntou indo para junto do marido.

— Nove — Drakon respondeu perto da mesa olhando os livros. Fui para junto dele e vi que todos os livros que Skyla estava folheando eram livros de mitos e da formação de Prythian, ela estava procurando qualquer menção sobre a criatura nos livros. Ali não haveria muita coisa, precisaria levá-la até a biblioteca que fica na Casa dos Ventos. Estávamos todos folheando os livros a procura de alguma menção quando Skyla gritou

— Achei.

Ela pôs no centro da mesa, com um estralo e começou a ler

— "Não se sabe o nome dessa fera, elas são uma das criaturas mais terríveis criadas pelo Caldeirão. Elas não possuem corpos, são pura escuridão, terror, ira, canibais. Suas caças são fêmeas que o sangue ainda não desceu. Nunca se teve relato de alguém que sobreviveu aos ataques deles. Depois de matar as presas, eles arrancam os corações e devora os seus corpos. E deixa os corações na floresta como um sinal de promessa que irão voltar. Mas somente em Lua Cheia."

Silencio tomou conta da sala. Se Amarantha tinha uma dessas criaturas sobre seu comando, estávamos ferrados.

— A Lua Cheia foi ontem então podemos nos preparar para pegá-lo próximo mês. — Asterin começou.

— Não. Hoje e amanhã também é Lua Cheia. — Savitor olhou para Skyla que confirmou. Ele explicou a todos. — Estamos na semana da Lua Azul , apesar do nome a lua não muda de cor, mas ela fica cheia durante três dias seguidos. Ontem, hoje e amanhã. Também é nesse período que acontece uma das festividades das bruxas da ilha, conseguimos impedir a festa hoje, mas não teremos sucesso amanhã, não sem derramamento de sangue.

Se a criatura já atacou ontem, há a possibilidade de atacarem hoje e amanhã novamente.

Skyla estava terrivelmente calada. Arqueei uma sobrancelha para os demais.

— Isso é ela formando um plano suicida — Cal disse apontando para minha filha, a forma que ele a olhava tinha algo estranho, algo intimo? tentei decifrar, mas aquele "sentimento" sumiu, ignorei, eu devo estar vendo coisas. Mais minutos de silêncio se estenderam até que ela falou

— Ok, faremos o seguinte, hoje a ilha está segura, mas amanhã... Amanhã será a ultima Lua Cheia e a criatura atacará novamente. Não vamos correr nenhum risco. Será ordenado um toque de recolher em toda a ilha, e as festas serão canceladas, sobre isso não haverá discursão. A partir das 6 horas da tarde até o amanhecer, todos dentro de casa, apenas as patrulhas que protegem as cidades e vilas estarão nas ruas. Os que forem vistos fora de casa, que não sejam das patrulhas sofrerão as devidas consequências de seus atos. 

Uma pausa. — Os corações foram encontrados em vários lugares da ilha, porém todas as garotas que sumiram eram do norte, onde temos aquela mata densa, o que dificulta muito quando estivemos lá dentro. Iremos colocar uma isca lá durante a noite, não vou arriscar pegar uma das meninas da ilha, por sorte conhecemos alguém que o sangue ainda não desceu e que sabe se localizar dentro daquela mata.

Todos os Serafins falaram em uníssono

— Não.

Meu círculo observava, já prestes a perguntar sobre quem ela estava se referindo para colocar como isca quando Asterin rosnou

— Não vai entrar naquela mata sozinha para caçar uma criatura canibal.

A comida do jantar revirou em meu estômago. O olhar da Feyre se encontrou com o meu.

— Ela é a isca. — Desespero estava em cada palavra de sua frase.

— Você não vai. — Cassian já estava na frente dela.

— Você não me dá ordens, general. — Ela enfatizou a última palavra, o que fez o olhar de Cassian arder. A diferença de altura entre os dois era enorme, ela era uns 30 cm mais baixa que ele, mas mesmo assim ela ainda o encarrava.

Observei a luta de autoridade dos dois, nenhum cedeu o olhar em momento algum. 

Ou o senhor faz algo ou eles se matam aqui e agora. — Órion alertou em minha mente,

Pai? — Luke.

Graças a Mãe meu amigo entrou no meio dos dois — Ele não, mas eu sim. — Skyla se virou muito devagar para Drakon. A raiva nos olhos dela faria qualquer um que tivesse um senso de alto preservação correr na direção contraria. — Você não vai entrar naquela floresta para caçar aquilo, seja lá o que for.

-— Nove meninas já morreram, Drakon. Nove.

— E daremos um jeito de acabar com isso sem adicionar mais um número à lista.

A risada rouca e baixa que ela soltou fez todo o meu corpo gelar. A voz saiu baixa e brutal

— Eu sei me defender.

— Sabemos que sabe se proteger Skyla. Aliás fomos nos quem a treinamos — Cal falava do canto da sala. — Mas isso pode ser facilmente uma armadilha. Amarantha mandou para a ilha a mesma criatura que Alex lhe assustava quando criança, não acredito que foi apenas conhecidencia.

Ela revirou os olhos, não iria desistir assim tão fácil. Ela se virou, seus olhos se fixando em mim

— Rhysand, e o que você acha? Devo deixar que aquela coisa continue matando inocentes? Sendo que eu tenho a oportunidade de acabar com isso?

— Rhys? — Az e Mor levantaram a voz. Os gêmeos, Adam e Alec tinha a atenção em nós. Levantei a mão pedindo silêncio. Ela continuou me encarando.

— Você é teimosa demais para aceitar um "não". — Ela deu de ombro.

— Pai!!!!! — Órion e Luke alarmaram. Bloqueei aquela ligação e me concentrei no laço de parceria. Na voz da minha parceira. A mãe dos meus filhos, inclusive da fêmea a minha frente, que tinha os olhos ardendo em fogo esperando minha resposta.

— A decisão é sua. Mas independente do que decida, estarei ao seu lado. Sempre.

 Feyre já estava ao meu lado e a forma como ela apertou minha mão e tocou meu braço me fez senti seguro para continuar.

— Algo me diz que se a proibimos, você irá mesmo assim, aparecerá naquela mata amanhã. Por mim, você pode ir. — Um sorriso assustador tocou os lábios dela. Todos os machos da sala já estavam prontos para pular em meu pescoço. — Mas... — Fiz uma pausa. — Somente se fomos juntos. — Ela revirou os olhos.

— Se vocês estiverem comigo ele certamente perceberá e não atacará. Será tudo em vão.

Continuei

— Não vamos segui-la de perto, mas sim de longe. Az ficará dissolvidos nas sombras e fiscalizará toda a floresta. Cassian, Luke, Adam e Alec estarão escondido no topo das árvores a uma distância segura observando os movimentos da mata. Eu e Drakon estaremos fiscalizando e a anulando qualquer ameaça que possa ir a seu encontro. E já a equipe eu deixo Drakon responsável por onde estarão.

Ela bufou.

— Vocês todos são um bando de idiotas sabiam? — Havia a encurralado e ela sabia disso, ou aceitava minha oferta ou então todos dentro daquela sala a trancariam dentro de quarto e de alguma forma a impediriam de atravessar até quando o período das Luas Cheias passasse. — Tudo bem. Apenas não estraguem tudo.

O resto da noite passou com o planejamento sobre como faríamos isso. Órion e as fêmeas ficariam na cidade para protege-la, enquanto nós iriamos para a ilha. 

 



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