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História Corujas e Lílian brokfilds - Olhos azuis alma negra


Escrita por: ttime7

Notas do Autor


As corujas, os casulos, e os investigadores são obras originais, não copie estão sujeitos a direitos autorais.
Após um breve aviso, sejam bem vindos ao mundo de mambok, cidade fictícia, onde existem seres que devoram humanos, esses capazes de se camuflar entre a sociedade.

Capítulo 1 - Olhos azuis alma negra


O ambiente está deveras silencioso, cortinas abertas, mas as janelas continuam fechadas, desejava ver um dos seus outros lados, que não fosse o fraco e abatido cinza costumeiro. Avistamos uma garota, vestida como os demais investigadores remanescentes na sala, tive empatia por seu colete, calças e botas pretas. Com algumas gotas de cinismo indaguei será essa a nossa representante? Um verdadeiro paradigma  não parece grandes coisa, composta de uma interrogação, e constantes "não " não é alta, não é forte, e não transmite confiança, seria essa a pessoa que vai nos liderar contra as temidas corujas, aparenta ser bem jovem e inexperiente, no momento que nos aproximavamos, consegui perceber seus olhos azuis, uma áurea fria assim como uma noite de inverno, ou cansativos como a última tarde do outono, mas inusitados, que claramente conseguiam ler nossos sentimentos,  assustador apesar de ser uma encenação, esplêndido como sofria em ter que participar daquele falso rosto. Ela me deu uma boa encarada, suspirou como decepcionada, algo constrangedor e hostil, todavia espero o desfecho pelo que limitava sua vivência entre as paredes do casulo de pedra, a inquietação de um cinza sem vida, essa era Lílian brokfilds uma história curiosa e triste, existia uma busca incansável pelos porões de sua mente, tudo para encontrar a peça do imenso quebra cabeça, se voluntariou a fazer parte do casulo, isso após a irmã mais nova ser devorada pelos monstros chamados corujas, e fez de seus dias martírios, seus olhos claros eram como se me dissessem todos temos que carregar um fardo, e esse é o meu. Não preciso lhes falar, mas Lílian e eu já fomos grandes amigas no passado, quando seus pais ainda eram vivos gostava de ficar na sacada de seu quarto, enquanto ouvíamos os gritos do silêncio durante a noite, ou o arco-íris após as chuvas de verão. Com o passar do tempo aqueles poucos metros que separavam nossas casas, restringiram muito mais que nossa amizade, coisas que antes eram divertidas, perderam o brilho e era delicado demais lidar com Lílian, sobe minha mesa ainda há seus desenhos que abandonei assim como a sua amizade. A vida nem sempre se trata de finais felizes, Lílian brokfilds sempre foi algo ilegível, uma mistura entre o belo e o trágico,  os cabelos solto e roupas bem passadas, agora eram partes imprescindíveis da construção do símbolo de força, que a garota se tornou, chamada de rainha negra, sua mente estacionou nas profundezas, não havia qualquer argumento para revogar aquele adeus viver no passado não é saudável. 

Mas sabe Lílian, ainda posso ser seu arco-íris, algumas pessoas podem ver loucura em você, onde para mim só existe uma grande sonhadora, que mira em um céu aberto, e mesma submersa, quando suas feridas doem, sangram, você é incapaz de retribuir as lágrimas, toda a escuridão, tanta profundidade e você busca a luz sozinha. 

Minha visão ficou embaraçada aos poucos meus olhos começavam a se encher de lágrimas. 


- Você desmoronou Erika, respire fundo, por que se cair uma lágrima se quer, você pode pegar suas coisas e achar o caminho para casa, aqui não é o "colinho, do, papai, entendeu" -  Sua voz arrogante enquanto me passava o sermão outra vez me olhou da cabeça aos pés - iff o nível esse ano decaiu bastante.  

Se afastou nos guiando até o alojamento onde ficaríamos, - aqui estão suas camas, e nesses armários suas roupas, de agora em diante vestirão apenas esse uniforme, o preto, que simboliza que abriram mão da vida feliz e colorida de crianças. De um em um, podem se trocar, existe um banheiro no fundo, para ficarem mais a vontade, voces tem dois minutos para suas ações, - ninguém quiz parecer evasivo ou mesquinho, cada um dos novatos que formavam o grupo pegava suas coisas e entrava no pequeno espaço, minha vez chegou, me aproximei do armário com meu nome, parecia tão alheio aquele lugar, uma camada realmente fina de poeira se desprendia da base dos meus sapatos, enquanto fiz movimentos suaves para não os danificar, pobres sapatinhos corroídos até parece que a sombra se formou além dos próprios limites impostos pela física, ou sei lá que lei universal, enquanto dava adeus os abandonando para calçar os novos coturnos, o professor até que tentou nos ensinar um pouco sobre isso, mas para mim sempre pareceu uma imensidão de blá-blá-blá ou seja conversa fiada. - toc toc batidas fortes na porta do banheiro enquanto a voz de Lílian ecoava soberana  - não se torne um peso morto acabou seus dois minutos saia logo daí.

Agora entendi o imensurável precipício que se formou entre nós, mas algo parece a pertuba-la, não transpareceu ser alguém mesquinho, ainda há uma figura exuberante bem lá no fundo, me fez uma leve reverência usando as mãos, soa como se não gostasse de ser tratada como objeto, ainda não desisti de você Lílian brokfilds. 

Sem delongas fomos conhecer o restante do alojamento, o casulo de pedra nos oferece um quarto escuro, um armário de carvalho, um espelho, pequenas prateleiras com livros e apostilas, que seriam nossa rotina, e por fim, o mais importante de tudo, uma cama, de certa forma nada confortável, sua serventia apenas descansar as costas após as atividades. Encarei o nada, um grande ponto de interrogação, e refutei a idéia de que cinco jovens dividiriam o mesmo banheiro, a única coisa que foi capaz de me animar é a presença de um dos garotos, muito esbelto. 


Notas Finais


https://spiritfanfics.com/historia/casulo-de-pedra-10880250
Casulo de pedra, outra história original explorando mambok e as corujas.


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