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História Countdown - Finalmente


Escrita por: ingridmcm

Notas do Autor


Chegamos ao fim dessa jornada!
Capítulo feito com doçura e muito carinho!
Já estou sentindo falta :(bom

Capítulo 30 - Finalmente


Fanfic / Fanfiction Countdown - Finalmente

Com ajuda de Nick e Adam eu agora estava em um táxi rumo à casa de Bruno. Devo admitir que não foi nada fácil sair daquele hospital sem ser notada. Tive que contar com os dotes de ator canastrão de Nicolas e com o improviso de Adam para distraírem os seguranças. Lembro-me de rir alto quando escutei o barulho de Nicolas se jogando no chão fingindo um ataque cardíaco enquanto Adam gritava com falso desespero por ajuda. O estardalhaço dos dois foi tão grande que não tinha viva alma no balcão de recepção do hospital e nem da porta de saída do hospital, todos foram correndo socorrer os dois atores mexicanos.

A chuva batia forte na janela do táxi enquanto eu apertava com força em volta do meu corpo o casaco que Nick me emprestará. Debaixo dele havia apenas a bata do hospital, que não me protegia em nada do frio. Se não fosse o casaco de Nicolas eu estaria congelando.  Mas com tudo meu coração batia forte, na expectativa de ver Bruno e poder conversar com ele.  Era uma mistura de emoções o medo de ser rejeitada e alegria de poder olhar em se rosto.  Em meio aos meus pensamentos o táxi então parou no meio da estrada.

- Senhor já chegamos?  “perguntei tentando olhar através da cortina de água que banhava a janela”.

- Moça desculpa mais o carro quebrou. “ respondeu o taxista”

- Como assim?

- Não sei, simplesmente parou e não quer pegar. “ disse virando a chave na ignição tentando ligar o carro mais sem sucesso”. – Acho que deve ser bateria, mas não tenho certeza.

- Será que vai demorar muito pra consertar? Tenho que me apressar para resolver tudo e voltar para o hospital o mais rápido possível, antes que sintam minha falta.

- Bem talvez um pouco...  Espera aí! você fugiu do hospital moça? “perguntou virando-se para me olhar”

- Isso não vem ao caso... “ falei desconversando”- Vai demorar?

- Vou ligar parara empresa, eles devem chamar um guincho, eu posso chamar outro táxi para a senhora, mas vai demorar um pouco, temos que ver a disponibilidade principalmente nessa chuva.  

- Eu não tenho este tempo... Estamos muito longe do destino que te passei? “perguntei pensativa”

- Só uns dois quilômetros, estávamos quase lá.

- Então eu dou um jeito. “ falei lhe dando vinte dólares pela corrida”

Logo em seguida sai do táxi e apertei o casaco ainda mais a minha volta, como se ele pudesse me poupar de ficar ensopada. Comecei a andar o mais rápido que conseguia enquanto o vento e a água da chuva chicoteavam meu rosto. O táxi quebrado aos poucos foi ficando para trás, enquanto eu repetia a mim mesma que por ele, por Bruno valia todo esse esforço.  Mas aos poucos o meu vigor foi acabando e meu corpo deixou bem claro que eu ainda não estava totalmente recuperada das cirurgias, cada passo meu era mais devagar, cada vez mais arrastado. Eu já respirava ofegante como se tivesse corrido uma maratona. Olhei para trás e não vi mais o táxi, eu já havia caminhado um bom pedaço. As árvores balançavam com força envolta da estrada. Eu limpava os olhos tentando enxergar o máximo a minha frente, mas o vento era feroz.. Senti uma fisgada forte me lembrando mais ainda dos meus pontos na barriga. Me dobrei de dor, e me amaldiçoei por ser tão fraca. As lágrimas foram impossíveis de serem contidas. Era uma mistura em meu rosto do calor das lágrimas que rolavam, com a violência das gotas de chuva geladas que me atingiam.  Ouvi o barulho forte de um trovão a minha frente, e em resposta eu gritei alto em frustração. Mas eu não ia desistir, seguia em frente um passo de cada vez. De repente uma carro na direção contrária passou rápido pela estrada me dando mais um banho de água no corpo, não que isso de fato importasse já que já estava ensopada. Continuei minha jornada onde dois quilometro se tornaram mil.  Foi quando ouvi um barulho de motor de carro atrás de mim. Me encolhi para fora da pista para não ser atropelada, quase escorreguei no mato neste momento.  O carro então passou por mim, mas logo parou a poucos metros a minha frente. Tentei  olhar em sua direção mais a chuva nublava minha visão, apenas reconheci que era o mesmo carro que havia jogado água em mim a pouco.  Então vi uma figura  correndo  em minha direção.  Quando chegou mais perto reconheci de primeira.

- Dre! “ exclamei contente”

- Sabia que era a senhorita! Vamos sair dessa chuva! “ falou ele apontado em direção ao carro”

Dre foi à frente e quando percebeu minha dificuldade em andar voltou alguns passos e me pegou no colo sem cerimônia. Eu estava tão exausta que apenas me deixei levar, quando ele repousou meu corpo no banco do carro o alivio foi imediato.

-  Senhorita desculpe ter jogado água em você.

- Tudo bem Dre de qualquer forma eu já estava ensopada.

- Desculpe perguntar mais o que fazia caminhando nessa chuva? “ falou arrancando o carro em direção a casa de Bruno”

- Eu preciso conversar com Bruno. Peguei um táxi, mas quebrou então decidi vir o restante a pé.

-  Pra todo esse esforço a conversa deve ser importante “concluiu”

- Muito. “ falei engolindo o pequeno bolo que se formava em minha garganta”

Chegamos rápido a entrada da casa de Bruno. Meu corpo tremia de frio e de expectativa quando Dre abriu a porta para que eu adentrasse a sala de Bruno.  Pedi para que Dre não me carregasse para não preocupar Bruno, mais vi que não iria adiantar muito pois assim que entrei dei de cara com ele  que já veio gritando em minha direção.

- O QUE ACONTECEU...PORQUE ESTÁ TODA MOLHADA?...  “  perguntou alarmado deixando o copo de uísque que tinha nas mãos cair.

Eu não respondi apenas me mantive ali, olhando para ele enquanto as gotas caiam do meu corpo e encharcavam o chão. Eu  olhei para Bruno como se fosse a primeira vez, absorvendo cada gesto seu, cada expressão. O brilho de seus olhos castanhos,  sua pele morena que reluzia. O ar escapava totalmente de meus pulmões como para confirmar a visão do homem perfeito a minha frente, que fazia meu coração pular no peito.

- Senhor encontrei a senhorita Muller na estrada vindo para cá... “ captei Dre falar tentando explicar a situação”

Eles conversam mais eu me mantinha alheia, apenas ouvia as batidas irregulares do meu coração. Eu não sentia mais frio, meu corpo estava totalmente aquecido pela presença de Bruno. Presença essa que eu não queria de forma alguma perder em minha vida. Bruno então se aproximou ainda mais de mim, e quando senti seu perfume tão perto despertei do meu transe enquanto Dre saia pelo corredor da casa.

-Você está bem? " perguntou"

Eu apenas assenti.

- Não sei o que veio fazer aqui, mais nada vale o risco pelo qual você passou.

- Você vale qualquer risco Bruno! " sussurrei"

- Não fale o que você não sente! Na primeira dificuldade que você teve você me descartou, não seja hipócrita! " disse ríspido"

- Eu...

- Vamos, você tem que trocar essa roupa molhada. Vou chamar Rita para te ajudar a se trocar. Depois Dre te leva para o hospital.  falou e me cortando e me dando as costas em seguida”

- Eu vim conversar Bruno! “falei tentado soar firme, mais a falha em minha voz me entregou totalmente”

- Não temos nada para conversar senhorita Muller, você já fez sua escolha!

- Bruno...

-  Rita virá te ajudar logo a se trocar, Dre foi chamá-la. “ falou ainda de costa para mim indo na direção de seu escritório”

- Bruno...

- Senhorita Muller por favor me deixe em paz! Não quero sua amizade, não quero ficar perto de você. Não quero lembrar de você.  “ falou enquanto abria a porta do seu escritório”-  Senhorita Muller eu vou esquecer que um dia te conheci, vou esquecer  que um dia eu te ...

-  BRUNO EU TE AMO!

Gritei com todas as minhas forças. Bruno congelou onde estava, e se virou devagar para me encarar. Eu podia ver a surpresa em seus olhos. Era a primeira vez que eu lhe dizia estas palavras.  Era a primeira vez que eu revela meus sentimentos por ele com todas as letras.

- Eu te amo Bruno. Sempre te amei. Eu fui uma idiota achando que deveria sacrificar o que sinto por você. Eu só peço que me perdoe e que nunca esqueça que você também me ama. Você disse que queria esquecer de mim, talvez você consiga mesmo. Mas eu nunca vou esquecer de você Bruno. Nunca vou esquecer de como você faz meu coração acelerar, como é sensacional comer seus waffles mesmo que queimados e horríveis, como você faz meu corpo esquentar com seu toque. Nunca vou esquecer do seu sorriso que me tira o fôlego ou do seu olhar. Eu nunca vou esquecer de você, por que eu te amo droga! Eu sei do erro que cometi, mas eu estou aqui agora. Eu fugi do hospital, peguei um táxi que quebrou no meio do caminho, caminhei em uma chuva infernal só pra dizer que eu te amo e que sinto muito por ter te magoado. E que eu quero você mais que qualquer coisa que eu já quis em minha vida. Se isso tudo não é uma prova de amor eu não sei mais o que pode ser!

Quando acabei de falar as lágrimas corriam pelo meu rosto, eu só tinha a minha frente uma visão de Bruno embaçada. Eu levei as mãos ao rosto como para esconder meu choro incontido, quando ouvir seu passos leves em minha direção. Bruno então pegou minhas mãos e as tirou de frente de minha face.

-  Ouça com atenção Olívia. " ordenou"  - Você me fez sofrer nessa ultimas horas o que nenhuma outra mulher desse mundo me fez sofrer. E agora está aqui no meu da minha sala encharcando o meu chão dizendo que me ama e que meus Waffles eram horríveis.... Senhorita Muller... o que eu faço com você heim?

Dito isto Bruno juntou nossos lábios com força em um beijo que selava todo o nosso amor. Eu podia sentir a agonia em seu beijo, mas que aos poucos era substituído por ternura e desejo.

- Fala de novo que me ama! " pediu ele"

- Eu te amo Bruno, amo mais que tudo!

Ele então exigiu minha boca com ainda mais vontade, paramos de nos beijar apenas quando perdemos o fôlego.

- Baby nunca mais coloque algo acima do que sentimos um pelo outro. " sussurrou rente aos meus lábios"

- Eu não vou! “ respondi com firmeza”

- Eu sei que não vai! " disse me olhando" - Essa é a primeira vez que eu dou bronca em uma namorada. O errado sempre costumava ser eu! “disse rindo e enlaçando ainda mais minha cintura”

- Bem eu ainda não aceitei seu pedido então você não está dando bronca em namora coisa nenhuma!

- Acho que a julgar pela situação eu que mereço ouvir seu pedido. “ falou ele levantando a sobrancelha”

-  Não seja por isso, Bruno aceita...

- Calma estou brincando Liv. “ disse gargalhando e se ajoelhando em seguida” – Senhorita Olívia Muller novamente estou aqui  na sua frente pedido que seja minha namorada, que seja minha parceira, que aceite ser amada por mim. Você aceita?

- Claro Bruno!

Nos beijávamos como nunca. Senti um calor abrasador tomar meu corpo. Bruno era tudo que eu precisava, tudo que eu queria. Ele era viciante.

- Agora vamos, você precisa se secar ! E precisa retornar para o hospital.

- Não quero ir... quero ficar aqui com você. “falei manhosa”

- Baby teremos todo o tempo daqui pra frente para ficamos juntos, teremos todo o tempo para nos amarmos. “disse me dando um selinho em seguida”

- Você promete? “perguntei”

- Prometo!

Fiquei em seus braços sentindo seu calor,  pensado nos lindos dias de amor que viveríamos. Eu finalmente tinha alguém ao meu lado que me conhecia de verdade, meus defeitos, minhas qualidades, meus desejos, meu TOC minhas manias. Suspirei  sabendo que a nossa história estava apenas começando.

Fim!


Notas Finais


Obrigada a todos por terem lido até aqui. Vocês me fizeram imensamente feliz.
E como Olívia disse no final: Nossa história está apenas começando.

Agradeço infinitamente todo o carinho
Bjos Ingrid :)


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