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História Coven Aula extra. - Carrow


Escrita por: Wicch e Dyryet

Notas do Autor


(A outra fick que estou escrevendo já é mais complexa por ser uma homenagem a cultura Inglesa e seus contos e coisas pop. Como o próprio HP é de lá e o muito amado DW são os grandes destaques apesar de ter outras coisas nela como a Marilyn poppins etc, mas se vc não conhece as demais n terá dificuldade em entender ok. Ate pq eu vou explicar como se ninguém conhece nada. Tipo o doutor n conhece os bruxos e ser um encontro ajuda muito.)

Capítulo 20 - Carrow


Fanfic / Fanfiction Coven Aula extra. - Carrow

Ela não conseguia explicar a alegria que sentia.

Por um lado ainda achava muito rápido, mas por outro estava muito embebida neste pequeno momento de contos de fadas como se estivesse em um de seus livros tão perfeitos, se permitindo sonhar.
 

Focou a pensar sobre como o via.

Com estes ocorridos havia descoberto que ele sim sempre nutriu sentimentos por ela, mas que era proibido demonstrar por aqueles a sua volta.          Mas e ela como se sentia? Tinha o conhecido muito melhor neste curto tempo, do que em todos os demais anos. Mas isso era o suficiente para o amar?
Ela precisava deste período de namoro para saber.

Caminhava tranqüila pelas ruas frias ao desaparatar da casa dele, ainda apensar para onde deveria ir, estando pisando em nuvens.
 

---- Namorar com Draco Malfoy. ---- falou em voz alta pra ter certeza do que sentia e já sentiu o rosto ferver e a voz falhou ao terminar o sobrenome. ---- Eu... Namorar o Draco Malfoy. ---- voltou a repetir, imaginando a repercussão que isso daria, lembrado de sua relação na escola e a pintando de cor de rosa ao invés de vermelho, tentando ver pelo lado dele e rebobinando todas as suas reações a ela desde o primeiro encontro. O modo que ele a olhava, e parecia se conter...
 

Sentou-se então em uma praça qualquer e ficou a pensar se levaria isso a diante e se não estava ficando louca.

                                                                                                                        “Beleza não é tudo”

Voltou a lembrar das sabias palavras de sua amiga.

Mas ele não era só um rostinho bonito. Era? Por baixo da mascara de príncipe perfeito que ostentava com tamanho afinco existia muito sofrimento, e mesmo sendo de porcelana era esforçado. Medroso? Poderia ser, mas o que era a coragem se não o poder de enfrentar o medo? Isso ele parecia viver todos os seus dias. Afinal a coragem não era a ausência do medo.

Mas já tinha feito sua escolha e dela não voltaria.
 

Voltou então correndo para a toca afim de contar a grande novidade a seus melhores amigos do mundo, mesmo não sabendo como iriam reagir, mas depois da conversa que teve com o ruivo sentia que pelo menos seria apoiada por eles.
 

---- Ele é melhor que eu? ---- questiona em um momento em que se viam sozinhos, depois de que Gina e Harry saíram para debater o assunto longe dos ouvidos da própria.

---- Ron! ---- ela pontua com tom firme sem saber muito como responder a aquilo; já que ainda não haviam feito nada.

---- Que foi? --- ele questiona com aquela cara de amigo gay que quer saber uma boa fofoca safada. Ao erguer uma sobrancelha e ela se acaba de rir.

---- Acha que é só isso? ---- questiona envergonhada e o ruivo da de ombros. ---- Nós mal nos beijamos. ---- explica e ele a olha serio, e ela ate prende a respiração.

---- Vou ser franco. Em você eu confio, mas nele não. E não sei se ele não esta tentando te iludir só pra melhorar a cara na mídia. Eu não confio nada neste Malfoy, mas se você confia eu confio em você. ---- diz ao olhar para as escadas esperando que o casal dessa com seu verídico. ---- Mas sendo um plano ou não... eu curti muito a sua condição. Pra ele ficar com você vai ter que passar por nós. E fazer algo que não imagino ele fazer por nada neste mundo. Se relacionar com trouxas... ---- diz por fim ao se sentar no sofá. ---- Se ele fizer isso... ou é um puta plano ou te ama muito. Mas se ama ou é plano nós vamos fazer questão de verificar.
 

---- De fato. ---- o notório eleito se aproxima da sala sendo ultrapassado por uma ruiva que logo checa se Hermione não estava febril. ---- Nós vamos ficar de olhos abertos com ele. Não queremos ser os chatos... mas...

---- O Malfoy não é flor que se cheire. ---- a ruiva completa o que o namorado não queria dizer.

Mas Hermione sabia muito bem que a reação seria esta e estava feliz por ser tão protegida pelos amigos que amavam muito. Ela tinha completa noção de que o loiro passaria em qualquer teste que eles fizessem pois acreditava nos sentimentos dele e só estava assustada com a idéia de se casar.
 

E assim as ferias finalmente terminaram e todos voltaram a suas vidas cotidianas.

A dupla a deixou praticamente dentro do trem ansiosos por dar uma olhada no louro que parecia usar o manto de invisibilidade para fugir de todos; pois ninguém o encontrou em lugar algum.  Enquanto ela quase sentia a aliança em seu dedo e isso a dava um misto de sufoco e alegria.
 

Sendo que a primeira coisa que fez ao retornar foi voltar a trocar cartas com ele.
 

Gostava muito do encanto que ele usava; de fazer com que as folhas voassem pela sala em forma de um tsuru encantado e se divertia com os desenhos que se moviam pelo papel que ele fazia.

As aulas repetitivas, para os dois repetentes corriam bem mais rápidas e divertidas dessa forma. Ela ate conseguia ver um pouco de graça nas caricaturas que o mesmo fazia de todos, mas se preocupava se ele havia se recuperado totalmente do que o fez tentar tirar a própria vida durante as ferias, e logo percebeu que este começará a usar algum tipo de faixa, algumas vezes verde outras prateadas e ate mesmo pretas, sobre a marca em seu braço como se pudesse evitar as pessoas olharem para ela ou ate mesmo ele a ver ali.

Queria imaginar que ele estava melhor e talvez lutando contra a depressão que tinha o dominado tão profundamente. Sempre o vendo junto de Sibila e a evitar todo e qualquer outro estudante, que realmente não o deixavam em paz.

Mas a verdade era que ela fica pensando sobre essa ideia de casar a serio, e entra em pânico com a ideia de se casar com alguém que nem mesmo conhece direito ou namorou. Mesmo que o plano dela seja noivar e usar este tempo para isso como um namoro ela fica bem em pânico com a idéia.
 




 

Draco Malfoy foi seu infortúnio na escola, o motivo de muita de suas lagrimas percorrerem seu rosto, e do asco percorrer suas veias.

Mas não pode negar a incógnita que ele sempre foi a seus olhos. O modo que a olhava era contraditório a suas atitudes, um olhar carinhoso e quase triste que só agora fazia sentido.
Um mistério que ela adorou decifrar.

Foi de todos os ângulos que procurasse uma verdadeira reviravolta do destino, que fazia aquela garotinha que sofreu nas mãos dele que ainda existia dentro dela se sentir vingada.
 

---- Esta muito ocupado? ---- questiona ao parar a seu lado no banco daquela praça que ficava entre quase todas as aulas, olhando a construção que ficava no centro e tentando se concentrar em qualquer outra coisa que não fosse a reação dele.

---- Só revendo algumas anotações aqui. ---- diz ao mostrar seu caderno que não era de matéria alguma em especifico, mas sim um apanhado de tudo o que tinha mais duvidas como se tudo ficasse mais simples em sua mente se misturasse desta forma.

Ficou então ali a o ajudar com os estudos e debater a matéria. Algo que nunca imaginou fazer com o ruivo e se impressionou com o foco do jovem que apesar de não ter muito talento tinha conhecimentos que ela não possuía e muito esforço para tudo; e disso ela gostava muito.

Ainda o pegava a devanear durante as aulas ou perder um pouco a noção da realidade a sua volta e isso a preocupava, mas pelo menos sentia este lutar contra ao invés de se entregar como antes.
 

As vozes maldosas da escola logo começaram a comentar sobre a aproximação dela com o slytherin criando todos os tipos de teses possíveis e quase acertado o que ocorria entre os dois facilitando muito a vida de Hermione que não tinha a menor vontade de contar ou de esconder este fato.

Apenas encarava e andava de cabeça erguida como sempre. A vida tinha a feito uma mulher forte e determinada.

E entre os estudos o novo casal começava a planejar as mudanças da mansão e ate se permitiam a planejar o casamento nos momentos que ela não surtava com a idéia e o fazia rir e debochar de sua cara.

A primeira coisa que ela queria era tirar aquela cor escura da parte externa e interna da construção e os dois debatiam muito sobre qual substituir sendo que cada um dava preferência a cor de sua própria casa; optando então pelas cores da casa da sabedoria e inteligência casa que seria claramente a segunda opção do casal, ficando com um azul mais claro para as paredes e escuro para os telhados assim como os adornos prateados para as áreas de domínio do slytherin e dourados para a gryffindor.

Enquanto esta etapa era feita o casal com muita calma ia debatendo cômodo por cômodo, onde seria o escritório de cada um; como fariam o quarto do casal, a sala de estar, cozinha etc.

Ele insistia em manter uma fachada com um belo jardim e ela apenas aceitou depois de poder o ornar com as flores de seus contos de fadas, lindas rosas vermelhas como via em Bela e a Fera e Alice mo pais das maravilhas.

Nos fundos ela já insistia em fazer uma bela piscina para de divertir e relaxar em dias quentes; não conseguindo imaginar uma mansão sem este tipo de coisa, e ele só aceitou quando ela modificou a planta para por uma estufa especial para ter material suas poções.

Eram tantos acertos que os dois viviam a brigar e pedir desculpas.

Mas estavam felizes assim.
 

E com isso os dias foram passando.

Draco ate se esquecia da condição da moça (de ter de passar no teste de seus amigos, e conviver com sua família trouxa), e mantinha sua mente focada no futuro tentando escapar de seu passado que o perseguia em todo lugar que ia, se esgueirando pelos cantos escuros de sua mente.

Não se importava mesmo com os olhares que o perseguiam, estava plenamente acostumado a eles. E mesmo com a fama de comensal estes não haviam mudado tanto assim, sempre haviam quem o olhasse torto pelo motivo que fosse, e sempre haveriam puxa sacos por conta de seus status sociais e fortuna.

Era um mundo vazio e solitário o que vivia, mas estava completamente acostumado a ele. Estranhando o outro.

Então quando a castanha insistia em o fazer ter qualquer atividade fora deste mundo, era um grande desafio para o mesmo, que se sentia verdadeiramente perdido; mas não podia negar se divertir ao lado da sangue ruim.
 

---- Me diz! ---- um colega de casa para a sua frente antes de a aula começar batendo em sua carteira para o chamar atenção e se impor. ---- O que esta fazendo?

---- Tentando terminar de ler. Se não for incomoda pra você.

---- Não se faça de idiota.

---- Então seja mais claro. Ou quer que leia sua mente?

---- Não... ---- intimidou-se ao ver a varinha do mesmo. ---- Estou falando daquela sangue ruim. Todos andam vendo vocês juntos direto. O que esta planejando?

---- Bem... ---- sorri. ---- Isso não é mesmo da sua conta. ---- volta a ler. ---- Vai procurar o que fazer. Quer se formar e virar repórter?

Este tipo de ocorrido já era esperado por eles.

Mas ela não conseguia agir da mesma forma.
 

---- Por que esta andando com o Malfoy?

---- Err... bem... é que.... ---- não conseguia responder ficava corada e falhava a voz, o que acabava explicando tudo e gerando muito mais do que uma fofoca por toda a escola, que não era nada pequena.

Coisa que logo chega aos ouvidos dos professores que se preocupam com tal envolvimento entre dois alunos tão “famosos”.
 

---- Vocês já devem imaginar o por que foram chamados ate aqui. Estou certa? ---- a poderosa e igualmente zelosa Macgonagol, não consegue simplesmente ignorar tudo o que chegou a seus ouvidos, resolvendo ir diretamente a fonte ao invés de acreditar na palavra de terceiros.

---- Faço uma leve idéia, mas me nego a creditar que seja por um motivo tão esdrúxulo quanto o que imagino. ---- ele diz ao esconder as mãos dentro dos bolsos de seu manto de detalhes em verde, recebendo uma encarada fuzilante da mulher a sua frente, mas este nem se importa. Já havia ficado na presença de pessoas muito mais perigosas e com ameaças bem piores; o que o faz perceber como havia mudado, já que no passado estremeceria com isso.

---- Do que se trata? Fiz algo errado? ---- a castanha questiona ao tentar mudar o tom da conversa, estando levemente envergonhada e não entendendo o por que uma relação como a deles seria ponto de debate entre professores ou de ser chamados ate ali daquela forma. Não tinha nada nas regras sobre namorar alguém de outra casa.

---- Não, meu anjo. Eu só... --- respira fundo ao voltar e sentar-se em sua mesa. ---- Não quero ficar ouvindo fofocas com seu nome. Quero entender o que esta acontecendo apenas isso. ---- diz mais tranqüila ao os oferecer um biscoito.

---- Bem... Eu não sei o que te falaram exatamente. Mas imagino. Estão falando todo tipo de coisa. ---- ela diz bem sem graça.

---- Sim... Ate que ambos estamos em algum complô. Ela pra ter dinheiro e eu pra ter imagem. ---- ele diz ao dar de ombros já que tinha sido o acordo feito com Luna e não ficava de todo errado, só errando a pessoa.

---- Mas o que realmente esta ocorrendo? O que me disserem eu vou acreditar. ---- diz assim franca com um sorriso amigável no rosto.

E Hermione não consegue mentir para ela desta forma. Ate por que não queria e não via o por que esconder tal fato.

---- Nós... Estamos noivos. ---- ela diz surpreendendo o loiro que não esperava a ouvir assumir isso tão rapidamente e para alguém como a nova diretora de Hogwarts; já que a própria penou a aceitar o pedido.
 

Mas a senhora a frente dos dois se espanta imensamente como se esperasse que a castanha desmentisse todas as fofocas; e não que comprovasse a relação com o Malfoy.

---- Nós só nos conhecemos melhor e...

---- Esta tudo bem. Não é da conta de ninguém o por que. ---- ela diz ao interromper à castanha que estava visivelmente envergonhada. ---- Mas me diga. Esta tudo bem? Esta feliz com isso? Sabe bem que os jornais não irão perdoar algo tão inusitado. Afinal para todos, vocês estavam em lados opostos da guerra.

---- Mas não é a verdade. --- ela sorri ainda de cabeça baixa, indo contra os pensamentos do louro que realmente imaginavam que estavam sim em lados opostos naquela época; pensando em como conversaria isso com ela sem estragar tudo.

---- Eu compreendo. Espero o melhor para ambos. ---- completa e logo eles saem da sala e ela fica a pensar.

Pensar em como se sentiu ao assumir tal relacionamento serio em voz alta para alguém tão importante como a nova diretora de Hogwarts, ficando a caminhar em silencio ao lado de seu noivo que apenas observava a reação da castanha.

---- Você é mesmo muito estranha. Qualquer mulher estaria nas nuvens em afirmar isso, e você esta tendo um colapso nervoso. O que se passa em sua mente? ---- afirma ao chegar na área da biblioteca onde iria entregar um livro e pegar outro, já tendo terminado as atividades extras de outras matérias e indo focar-se nas provas.

---- Como você é presunçoso. ---- reclama ao despertar de seus pensamentos, ainda se pegando ao se dar conta com quem estava noivada a todo momento. ---- Não sei se acha que toda mulher quer casar. Ou se todas querem você. ---- murmura pensativa entrando na biblioteca por impulso já que não tinha nada para tratar por lá. ---- Como consegue tratar isso com tanta naturalidade? Pra mim a ficha ainda não caiu completamente.

---- Você usa cada expressão estranha... Demoro uma vida pra entender. Mas, não. Ainda estou me acostumando com a idéia, parece um sonho ou ilusão da minha cabeça. ---- diz ao devolver os livros que voavam na direção correta olhando em suas anotações quais iria precisar para seus estudos.

---- Em falar de sua cabeça... Como esta? ---- diz ao se apoiar em uma das estantes o vendo estagnar parado como se tivesse sido petrificado por suas palavras. ---- Você... tentou se matar e não foi a muito tempo. Queria saber como esta a sua mente. Você disse que não sabia o que era real ou fantasia.

Ela não havia dito isso sem pensar.

Isto era um assunto tenso para ambos.

E deveria ser debatido e resolvido logo, assim como todos os outros que ficavam entre eles.
 

Ele queria apenas acreditar nas coisas boas, sem se importar muito se eram reais ou não. No fundo não conseguia imaginar por que a sangue ruim o daria uma chance, e não acreditava ser real o que estava ocorrendo a sua volta. Isso por que era constantemente atormentado por ilusões causadas por sua própria mente fragmentada.

As vezes ate mesmo durante as aulas se pegava em outro tempo, quando a vida não o tinha castigado por algo que não tinha escapatória. Conseguia ate mesmo ver e conversar com seu bobo amigo que agora estava falecido; então por que não conseguiria conversar com ela assim? Brigar, discutir e fingir ser tudo real.
Mas seus devaneios não questionavam sua sanidade.                  Nunca.
 

---- O que eu tenho não tem cura. ---- responde ao voltar a si e responder a jovem que estava extremamente preocupada com o louro e buscava varias soluções para o que ocorria com o mesmo.

---- Tem sim. Hoje mesmo você vai passar em uns médicos trouxas comigo. Nem que seja arrastado. ---- bronqueia e ele a olha confuso e cheio de vontade de negar. Mas... no fim, ainda tinha esperanças de se curar e a esta altura qualquer idéia era bem vinda.
 

Deixaram então a biblioteca e esta se pois a ver vários psiquiatras e psicólogos que poderiam atender com urgência e acompanhar o caso.

Verificou tudo sobre cada um ate encontrar um que julgasse capaz de cuidar do caso, e logo foi ate as masmorras na casa de Sonserina bater a porta com toda convicção e quando não foi aberta apenas recitou a senha que não era mudada a séculos e que esta descobriu na primeira semana de aula.

---- Sangue puro. ---- diz adentrando o lugar e procurando pelo louro que costumava ficar em seu dormitório quando não tinha aulas, para evitar as pessoas e com isso os ataques a ele; sendo ferozmente encarada pelos poucos que estava no salão comunal.

---- Você não pode estar aqui sua imunda! ---- uma das garotas se endurece com a invasão da castanha que não se importa nem um pouco com tal ofensa.

---- Me diz onde esta o Malfoy. Vim buscar ele. ---- diz seria indo em direção a garota que tinha ousado a ofender e essa estremece ao saber o potencial da feiticeira a sua frente.

---- Ele esta naquele quarto ali. ---- diz com a voz tremula e falha, muito diferente da primeira frase e a castanha apenas se vira e adentra o quarto com cuidado para não flagrar ninguém despido.
 

---- Draco? Praga dos infernos? ---- chama ao perceber o mesmo a encarar uma caixa de instrumento musical que é rapidamente guardada. ---- Você toca violino? ---- questiona distraída logo retomando ao assunto principal. ---- Você é rico né? Que bom por que arrumei um cara ótimo pra cuidar da sua cabeça. A consulta esta marcada pra daqui a duas horas e eu aparato nós dois ate lá. ---- diz ao olhar em volta e procurar por um casaco para ele, mas o lugar estava terrivelmente organizado e ela se sente mal em mexer uma caneta do lugar.

Mas este apenas se levanta guardando o objeto em seu armário e trocando o uniforme por um traje formal todo negro com o uso de um encanto que esta desconhecia, fazendo com que uma roupa simplesmente fosse convertida sobre a roupa em seu corpo.

Coisa que a deixou encantada.

Por um lado por ver tal magia desconhecida para algo tão simples, e segunda por achar o traje escolhido extremamente bonito mesmo este sendo inteiramente negro; e ele apenas permitiu ser observado e admirado pela noiva que finalmente demonstrou ficar balançada por sua aparência.
 

Não demoraram a chegar aos limites da escola e logo que cruzaram a ponte aparataram e assim o casal chegou ao consultório com tempo extra de ela o ensinar um truque simples para usar seu dinheiro no mundo dos trouxas; o local ficava em uma avenida movimentada e de muito prestigio, e ate mesmo ele quase a reconhece.

E ao adentrar no pomposo consultório, Draco fez o pagamento da forma que foi ensinando e logo ficaram a esperar os poucos minutos que restavam olhando as obras de arte que adornavam o espaço; e este tentava conter-se a todo custo. O lado bom é que estava acostumado a se comportar mesmo em meio a um grande incômodo como aquele, mas ela tentava o deixar à-vontade mesmo sendo algo impossível naquele segundo.

---- Vai ser apenas uma conversa. Você só tem que contar como se sente. O que esta havendo com você não têm nada haver com magia então não tem de dizer ou fazer nada mágico entendeu? ---- ela diz quase que para as paredes, pois este ate se parecia com uma bela estatua de mármore.

Engano dela, pois ele a ouvia atentamente.

Apenas se perdia em meio à mais devaneios de sua mente quebrada por tantos eventos traumáticos.
 

Durante a primeira parte da consulta Hermione pode entrar, se apresentando como noiva e explicando de uma forma mascarada o que o loiro havia passado.

---- A família dele é bem... como posso dizer? Racista não é a palavra. Digamos xenofobica. E eu sou de outra cultura que eles desprezam muito, alem disso eles sofreram ameaças por um longo tempo de um sociopata maníaco que se escondeu na casa deles.

Contou do preconceito de sua família e o meio que ele vivia com pessoas de outras classes sociais, e como a família foi ameaçada por um homem perigoso ao ponto de ser chamado de terrorista, deixando que ele mesmo terminasse o relato assim que ela deixa o local.

Ao ser deixado sozinho com o trouxa ele respira fundo e segura sua varia por debaixo da manga onde a escondia, tentando prender-se a lembrança de comprá-la junto da castanha e se retirar daquele local aterrador pelo menos mentalmente.

---- Foi ela quem insistiu e me infernizou para estar aqui. Honestamente não acho que dara certo. ---- diz ríspido e direto como sempre o fazia, intrigando o homem de certa idade que tentava analisar tal postura do jovem com uma aparência tão marcante a sua frente.

Não conseguia entender sua etnia, imaginando ele possuir algum tipo de albinismo, mesmo que não tivesse nenhum traço.

Os olhos claros em um tom de azul que se mesclava ao cinza, a pela alva como a neve branca intocada pelo solo, juntamente dos cabelos dourados em um tom tão claro que pareciam platinados dependendo da luz que batia. Não pode negar o comentário de sua recepcionista de que o jovem encaixe parecia com uma pintura; entretanto suas palavras soavam como disparos furiosos e o homem não conseguia negar sentir vindo do garoto algum tipo de hostilidade para com ele, não conseguindo compreender o por que disto.                 Mas ignorou e seguiu com a consulta.

---- Ficaria impressionado se eu afirmar que isso é comum? A esposa ou noiva, ate mesmo irmã ou amigas insistirem. ---- o senhor ri ao ajeitar seus espessos bigodes de uma forma que parecia ser uma mania do mesmo. ---- Eu entendo que pode não crer. Mas vamos honrar a preocupação dela. O que o aflige?

A pergunta feita era simples, mas de certa forma não queira se abrir a um completo estranho. Sim fora ensinando a não o fazer, mas desta vez era algo de sua própria vontade.

Mas o desespero de tentar de tudo para se livrar de sua condição o obriga a abrir mão deste conforto.

---- Temo não saber mais o que é real. ---- diz franco. ---- Vejo e posso conversar com pessoas que sei que estão mortas. E mortas por minha culpa, minha incompetência.

Ao ouvir a palavra “morte” o senhor estremece, mas com o restante do relato o relaxa um pouco. Tenta imaginar se o jovem não seria um policial, bombeiro ou qualquer profissão que de este tipo de trauma e segue com a consulta.

Draco então contou ao medico como sua percepção de realidade estava afetada, e como constantemente via o que não estava ali. E apesar de sempre ser apaixonado por Hermione não conseguir saber ser real seu noivado com a moça ou não; e temer isso; pois não fazia o menor sentido ela o dar uma chance agora, depois de tudo o que ele a fez e quis fazer a seu povo.

Revela também se sentir mal por atos de seu passado, mas ainda estar em grande conflito de como lidar com tais questões, e temer conversar isso com a noiva e a perder.
 

Inicialmente o medico ouve tudo quieto e faz breves questionamentos sobre o que ele confundia, e Draco também mascara as coisas que ocorreram para tentar explicar o maximo de detalhes ao medico, focando nas conversas com uma pessoa que sabia estarem mortas, assim como as mudanças de cenário a seu redor, indo ao passado dourado e perfeito (que muito bem poderia ser um feitiço ilusório). Assim como comenta da prisão de seu pai e o suicídio de sua mãe.

O medico por sua vez consta que realmente era muita coisa de uma única vez para a mente de qualquer um suportar, principalmente a de um jovem que não possuía muitas estabilidades emocionais para isso, e relata que o tratamento seria progressivo.

O doutor então calmamente o explica que sua condição é comum em traumas como o que ele sofreu, um choque de realidade a perda de pessoas queridas e a culpa constante; isso infelizmente é comum; e tem pessoas que tem ainda mais danos de uma única vez como perder seus bens, e pelo menos isso ele conseguiu manter, alem de ter alguém que o esta apoiando, mesmo que ele não acreditasse ser real.

Receita então dois medicamentos fortes e muito controlados, um para a Esquizofrenia e o outro para a Depressão, e afirma que eles iriam o fazer se sentir ótimo, mas que era proibido parar de tomar antes da prescrição pois faria uma extrema recaída rápida e muito forte. O medicamento iria sendo diminuindo ou ate mesmo trocando de acordo com a resposta a ele. E Draco sai de lá mais satisfeito já que estava acostumado a poções, pensado em estudar estas para poder as potencializar com seus próprios conhecimentos.
 

O remédio controlado demoraria para ficar pronto, mas já é o suficiente ara acalmar Hermione que se alegra muito por Draco aceitar a sua ajuda e o auxilio de um trouxa; mostrando mais sobre a farmacologia trouxa e percebendo um real interesse do sangue puro nesta ciência.
 

Mas ele não poderia voltar para Hogwarts ate resolver uma questão.

---- Granger. ---- toda vez que ele a chamava pelo sobrenome ela queria reclamar, chorar e brigar muito; eram noivos não era mais para ele a chamar desta forma. Ela entendia muito bem que quando ele a chamava assim instintivamente estava tentando se afastar de seus sentimentos. Tratando a de uma forma mais... formal. ---- Sobre o que você disse a Macgonagol aquele dia... Sobre não estarmos em lados opostos na guerra. Eu discordo. ---- ele diz ao parar sobre a ponte pouco antes de entrar e a forçar a parar. ---- Não... quero começar isso com mentiras. Não era assim com meus pais.

Ela estava pronta para iniciar mais uma discussão, entretanto a ultima frase a desarma completamente.

Ela entendia muito bem como ele via a relação de seus pais, e não podia negar que eles realmente não escondiam nada um do outro e que se apoiavam mutuamente. De fato pareciam um casal muito feliz e que se amava muito.

---- Eu... Eu sei disso. Mas eu não queria dizer isso a ela. ---- diz pensativa, não podendo negar que mesmo apos o conhecer melhor não pode negar que ele não havia mudado. Ainda era o mesmo garoto que conheceu no primeiro dia de aula. Mas velho e ferido pelo tempo, mas a mesma pessoa.

---- Hermione. ---- diz ao se aproximar e segurar suas mãos percebendo a magoa da garota, mas logo perde a coragem e as solta. E ela pode perceber como as mãos dele estavam tremulas. ---- Eu sei que os trouxas... São seus pais. Ate amigos de infância, são de onde você veio. Mas... Também preciso que me entenda. Tudo o que me contou... Não muda o que eles são. Bruxos e coisas “macabras” podem estar na moda e eles acharem “maneiro”. Mas ainda sim... sempre seremos vistos como... Algo maligno, errado e... que deve ser destruído.

---- Tem medo deles? ---- ela questiona sem o mínimo de vergonha e ele trava abaixando a cabeça sem conseguir negar.

---- Valdemort oferecia uma resposta alem de se esconder... Era assim que ele atraia as pessoas para o seu lado. Nos fazia sentir mais fortes... como se pudéssemos... Nos proteger.

---- Mas Draco. Não estamos em guerra.

---- Não estamos... mas estamos em constante exílio e medo. Nos escondendo deles a todo custo, por que sabemos que se nos virem vão nos matar. ---- ele diz firme a olhando nos olhos. ---- Os aurores e todos os que foram contra Valdemort sabem bem que isso é verdade. Eles só não acreditavam que ele pudesse vencer os trouxas; e preferem se manter escondidos como única escolha.


Notas Finais


(Tem mais uma coisa ou outra que a autora fez como o a ideia de ter o filho de ambos e ela engravidar sem querer, mas essa eu não curto muito. Queria saber a sua opinião. É que vejo a Hermione como alguém que não engravidaria sem querer. Ai pensei em pular tempo e mostrar a criança igual no fim de Príncipe mestiço. Ainda esta bem vago como ela ia fazer o fim de cada fick então vou fazer uns dramas aqui e terminar feliz ok?)


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