1. Spirit Fanfics >
  2. Coxinhas canibais >
  3. 9:10 - Corremos pela vida

História Coxinhas canibais - 9:10 - Corremos pela vida


Escrita por: jotade_julia

Notas do Autor


Olá. Voltei 🐙🐙

Capítulo 24 - 9:10 - Corremos pela vida


No momento que Aroldo virou para trás, o homem barbudo - que ele mesmo pensou que era inofensivo, estava com a jaqueta aberta, e sua cintura toda estava envolvida de bombas. Ele gritava "Habib's" repetidamente, o que deixou o aeroporto inteiro desesperado. Ronaldo berrava mais que todos, gritando "EU AVISEI, EU AVISEI!" Enquanto Aroldo se desesperava mais ainda olhando aquela cena.

- Olha, esquece o pão de queijo, vou... - A atendente ja havia sumido. Só restou correr atrás de seu tio.

- CALMA RONALDO, VAI FICAR TUDO BEM, eu acho...

- EU AVISEI, EU AVISEEEI - Ronaldo começou a puxar seus próprios cabelos, desesperado.

- CADÊ AS MALAS?

- MALAS? VOCÊ ACHA QUE ESTOU PENSANDO EM MALAS? VAMOS CORRER DAQUI! - Ele meteu o pé em direção a porta do aeroporto, deixando Aroldo sozinho.

Aroldo se abaixou e começou a procurar suas malas e a de seu tio. A gritaria e correria o impediu que se concentrasse e seguiu seu tio. Esquece as malas, pensou. No caminho a porta, avistou Flávio, o garoto irritante, e sua mãe, discutindo.

- EU ESTOU MORRENDO DE FOME! - Berrava Flávio.

- FILHO, NÃO SEI SE PERCEBEU, MAS NÓS TODOS ESTAMOS EM RISCO DE VIDA, DEPOIS COMEMOS! - Disse a moça, pegando pelo braço do filho e o levando até a porta.

- NÃO ME IMPORTO, SE FOR PRA MORRER, NÃO QUERO MORRER COM FOME!

- ELE VAI JOGAR A BOMBAAAA - Gritou alguém.

- Eu vou ficar aqui! - Disse o garoto, convencido, de braços cruzados.

A mulher suspirou, com muita raiva.

- Eu vou contar até três. Um...- Flávio não se mexia - Dois...- Aroldo resolveu agir.

- VEM LOGO, MULEQUE! - Aroldo pegou pelo pulso de Flávio com força, o arrastando. A mulher os seguiu, meio assustada.

- HAAAAABIB'S - O homem bomba gritou, pegando uma bomba de sua cintura e decidido em explodi-la. O aeroporto virou de cabeça para baixo. Todos gritavam e corriam desesperadamente. Algumas mães chamavam por seus filhos, aparentemente perdidos.

- Ó, CANIBAL, ME SOLTAAAA - Gritou Flávio. Aroldo se segurou para não jogar o muleque pelo ar. O homem bomba percebeu que a maioria da gritaria vinha do lado onde Aroldo, Flávio e a moça estavam. Aroldo percebeu que estava sendo encarado, então virou para trás, e se deparou com olhos incrivelmente assustadores. 

- Corre com a sua família daqui, fera. - Era isso que os olhos do barbudo pareciam dizer a Aroldo. 

Os três saíram correndo dali, e finalmente chegaram ao estacionamento do aeroporto. Ronaldo estava sentado no chão, com o rosto enterrado nas mãos. Murmurava algo. Flávio se soltou sozinho da mão de Aroldo, com ódio no olhar.

- Ronaldo? - Sussurou Aroldo. - Está tudo bem?

- Aham. Claro. - Murmurou, sem o olhar - Está tudo bem. 

Aroldo não pareceu convencido, mas ignorou, se voltando para a moça e Flávio.

- Então, e agora? - Disse, tímido.

- Não sei. Acho que é melhor chamarmos um táxi e procurarmos um lugar pra ficar. - Disse a moça. - Parece que não temos opção.

Aroldo sorriu, e ela retribui, corando. Flávio fez cara de nojo. 

- Você acha que um táxi vai vir aqui, com toda essa confusão?

- Vai sim. Vai vir sim. - Falou Ronaldo, sussurrando, e depois dando uma risada meio psicopata. Todos ficaram em silêncio.

- Estou com fome. - Disse Flávio, quebrando o silêncio. 




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...