Lance soube que estava condenado desde o momento que tossiu a primeira pétala daquela flor cujo significado zombava de sua cara.
“Desculpe, mas não posso estar contigo.”
Seria até engraçado se não fosse tão trágico.
Porque Lance estava morrendo.
Seu corpo pesava e não mais conseguia puxar ar o suficiente para dentro dos pulmões, a sensação de asfixia crescente.
Ao seu redor diversos cravos espalhados pelo chão, enchendo o cômodo com o aroma suave inconfundível da flor que simbolizava todo seu amor por Keith. Recordando-o, todo instante, a não reciprocidade daquele sentimento que transbordava em seu interior.
E mesmo na situação desesperadora em que se encontrava, não conseguia deixar de pensar no quanto aquela flor combinava com Keith.
Keith.
De todas as pessoas seu coração havia escolhido logo a que não lhe era permitida.
Sorriu amargamente.
E apesar de tudo, o que mais doía não eram seus pulmões que estavam quase que completamente envoltos de espinhos e dificultavam sua respiração, nem mesmo sua garganta que sangrava devido ao esforço de colocar todos aqueles buquês para fora.
O que em verdade lhe doía era seu coração, que bombeava amor para cada canto de seu corpo, expandindo-o de dentro para fora, matando-o.
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