História Crazy In Love - EPILOGO ( Crazy In Love; Cap 1)

Narrador:

Capitulo 1 

Alguns anos atrás...

Isaac corria assustado pela a esquina do centro da cidade de Beacon Hills. Sentia a chuva fria castigar sua pele à medida que corria. Por mais que corresse, sentia que algo, ou alguém parecia chegar mais perto. Para que correr? Era inútil, sentia que algo estava mais perto e sabia que iria morrer – depois de todas as vezes que apanhara de seu pai ou fora trancado no freezer – Isaac sentia que estava mais próximo da morte do que das últimas vezes. 

Escorregou e caiu no chão enlameado. Tentou levantar, mas seu tornozelo o reprendeu. Havia torcido o pé e agora não conseguia sequer levantar. Definitivamente estava morto.  Algo estava vindo e Isaac conseguia sentir o quanto mais perto estava.

Um barulho de rosnados e grunhidos soou próximo. Isaac não se atreveu a virar para ver o que acontecia atrás de si. Ele queria correr. Tentou levantar, erguendo-se no pé bom e apoiando-se na lixeira. Usando sua força e seu pé bom, arrastou-se para a saída daquela viela.  Não queria ter de olhar para trás, queria privar-se de ver o que ocorria a suas costas. E mais um passo que deu, fora em falso e se não fosse por braços que o agarraram, teria ido ao chão. Deu uma rápida olhada para os olhos vermelhos que o encarava fixamente. Seu coração pareceu uma bomba relógio em seu peito e teria explodido se sua consciência não o levasse a desmaiar, mas antes, ele ainda pôde ouvir uma voz grossa e animalesca soar da boca daquele ser que o segurava.

– Meu.

∞

Tempos atuais...

Stiles tinha terminado o bolo. O enfeitara com glacê que fora preparado por sua ex. cunhada, como agora era denominada. Allison e Scott não estavam mais juntos, mas a menina era sempre bem vinda à casa dos Stilinski. Depois da ida de Scott ao México, o relacionamento dos dois fora enfraquecendo até tudo acabar. Eles viraram amigos, não os vira brigar e nenhum deles parecia distantes um com os outros.

– Como foi à viagem ao Japão? – Perguntou Stiles após terminar de enfeitar o bolo.

Allison sorriu e soltou um longo suspiro.

– Foi perfeito, mesmo quando eu não entendia nada do que falavam.

Allison tinha conhecido uma menina na sua viagem a frança. Seu nome era Kira, era de origem japonesa. Elas ficaram um bom tempo juntas, parece que casaram, viajaram para o Japão durante um tempo e depois voltaram para frança.

Scott? Bem, seu paradeiro era complicado. A última coisa que recebera dele fora um cartão postal junto de uma menina que havia sido adotada por Scott que aparentava ter a idade de seu filho, Liam.

– Kira veio para Beacon Hills – Comentou Stiles. – Quer dizer, ela aceitou vir? Céus Allison, trazê-la foi uma tortura.

A menina riu.

– Nem tanto Stiles, eu gosto dessa cidade – Comentou a caçadora. – Mesmo ela nos causando tantos problemas, Kira entende isso. E vocês do Pack sabem do segredo de Kira, ela não é assim tão normal.

– Faz sentido – Stiles deu de ombro. – Pronto, o bolo está pronto, agora vou ver se Liam ainda está dormindo.

Stiles subiu as escadas. O quarto do filho ficava no último andar, no fim do corredor. Aquilo encheu o peito de Stiles de nostalgia. Quando tinha a idade de Liam, dormia no quarto dos fundos, assim como o menino. Em algumas noites, Derek ia visitá-lo, conversavam e dormiam juntos e antes que o xerife pudesse encontrar ambos juntos, Derek já havia ido embora. Agora tudo parecia inverter os papeis. Liam era o seu filho e Stiles o xerife de Beacon Hills, mas não havia alguém como Derek que dormia as noites com seu filho. Pelo menos isso, Stiles não precisava se preocupar.  

Stiles bateu na porta, mas não lhe fora respondido e tornou a bater. Rodou a maçaneta e pensou em abrir a porta, no entanto, as lembranças de quando seu pai abria a porta do seu quarto e o pegava dormindo nu na cama com Derek o fez travar. Stiles sabia que Liam não tinha ninguém que namorava, por isso estaria seguro de entrar, não estaria? E se o menino estivesse nu? E se ele gostasse de dormir nu? E se estivesse voltando do banheiro e a toalha caísse e se ele estivesse fazendo outras coisas, aquelas típicas coisas que todo adolescente faz quando os hormônios estão à flor da pele? O rosto de Stiles tornou-se vermelho. Não! Aquilo não iria acontecer. E Stiles queria acreditar nisso.

– Liam! – Gritou Stiles. – Não me faça entrar!

Stiles esperou e sem resposta.

– Liam! Vou contar até três e estarei entrando. Um... Dois... Trê...

A porta do quarto fora aberta bruscamente.

– O que você está fazendo? – Liam arqueou uma sobrancelha.

O rosto estava amassado, os olhos um pouco inchados e os cabelos estavam emaranhados de fios castanhos.

– Porque não entrou? – Questionou o menino. – Algum problema Momy? – O sorriso do menino fez o peito de Stiles aquecer.

– Já falei para não me chamar assim, não sou a mãe.

– Não é o que meu pai Derek diz.

Liam riu.

Desceu as escadas com Stiles em seu encalço, enquanto reclamava, ou tentava lhe passar um sermão em relação ao nome que Liam lhe chamara.

– Bom dia, tia.

Allison observava a cena, sentada a mesa, enquanto bebericando sua caneca de café. O jeito sarcástico e hiperativo de Liam era igual ao de Stiles, não havia como negar essa semelhança. No entanto, Liam era mal humorado e azedo algumas vezes e seu jeito agressivo de encarar algumas situações, era semelhante a Derek. Allison sorriu. Ele fora planejado com um pouco de cada um de seus pais e às vezes era nostálgico encarar a semelhança de ambos.

– Bom dia, Liam – Disse a caçadora.

– Quando irá me ensinar a atirar com aquelas suas armas?

Quando Allison estava para respondê-lo, uma voz grossa e carrancuda surgiu da entrada da cozinha.

– Você não precisa de armas – Disse Derek. – Só precisa do seu Pack.

Liam rolou os olhos e bufou.

Stiles sabia que Liam e Derek não se davam bem. O motivo? Derek vivia trabalhando com o Pack, ou em reuniões com outras alcateias e ficava pouquíssimo tempo em casa. Depois de um ataque surpresa, quando Liam tinha apenas quatro anos, Derek surtou. A profecia se concretizara e Derek temia que acontecesse com Liam o mesmo que acontecera com o garoto demônio. O alfa passou a treinar mais seu Pack, a fazer rondas noturnas e diurnas, passou a obter mais informações em relação às transformações de Liam, Derek passou a ter contato com outras matilhas para ajudá-lo. O número de seres sobrenatural aumentava em Beacon Hills e isso só aumentava as tarefas para Derek resolver.

– Pensei que havia esquecido – Comentou o menino, mal humorado.

Stiles correu até Derek e o ajudou a retirar seu casaco e o pendurar no cabide. Os olhos de Derek estavam escuros e Stiles sabia que o alfa não dormia muito recentemente. Deu um beijo rápido em seus lábios e sorriu, arrancando involuntariamente um sorriso cansado de Derek.

O alfa voltou-se para o filho que esperava impaciente, parado na entrada da cozinha, a resposta do lobo.  

– Não, eu não esqueci – Derek entregou a Liam uma caixa de presente gigante. – Espero que este lhe sirva.

Liam olhou para Derek surpreso e um sorriso apareceu em seus lábios quando viu a caixa de presente. Derek em alguns momentos era azedo e Liam era ciente disso, mas não se preocupou com o fato de seu pai está sendo tão azedo naquele momento. O que Stiles e Allison sabiam era que Liam apenas queria uma atenção de Derek, uma atenção que o alfa pouco dava. Uma atenção paterna. Aquele presente foi uma atenção que Liam precisava. Não importava o que tivesse dentro daquela caixa, poderia ser dois pares de meia, mas o fato de Derek ter lembrado era tudo o que o menino precisava e o fato de o alfa está ali em seu aniversário, enchia o peito de Liam de felicidades.

– Obrigado, pai – Disse o menino. – Por não ter esquecido.

Derek sorriu de lado e deu um soco no ombro de Liam. Aquele gesto poderia ter sido simples, mas fora o melhor gesto que Liam recebera. Não que Derek nunca lhe tenha tratado com amor, mas Derek era rude na maioria do tempo e aquele momento, ele fora meio delicado com Liam.

 ∞

O tempo passou e após algumas horas, a casa estava cheia. John conseguira ir ao aniversário do neto, o Pack estava lá, seus amigos, os quais eram do Pack, também estavam lá. A família de Liam também estava lá. O bolo fora servido depois do jantar. Todos riram, beberam e comeram.  A festa durou algumas horas e quanto mais tarde ia ficando, mais a casa esvaziava. Até todos irem embora.

- Liam – Derek comentou. – Você não gostaria de dar uma volta? Precisamos conversar.

Liam ergueu uma sobrancelha e deu de ombros. Não respondeu, apenas buscou seu casaco, suas botas e saiu, esperando pacientemente Derek do lado de fora.

∞

Liam imaginou que a viagem seria um pouco mais barulhenta, talvez não como nos filmes em viagens de família, quando estão todas reunidas, cantando alegremente. O menino não conseguia imaginar seu pai cantando com um sorriso no rosto. Na verdade, Derek pouco sorria, e quando emitia algum sorriso, era breve e rapidamente sua expressão tornava-se carrancuda como sempre.

 Às vezes Liam queria saber como Stiles conquistou Derek. Ah! Claro, eles eram almas gêmeas, estavam predestinados a ficarem juntos, mas ainda assim era loucura! Será que Derek alguma vez já levara Stiles para o cinema? Eles já tiveram aqueles encontros clichê com piqueniques? Liam se perguntava como fora a vida amora de seus pais antes. Derek não parecia o tipo de homem romântico e muito menos o tipo de homem que se relacionava.

– O que houve? – Derek perguntou sem tirar os olhos de Liam.

O menino tossiu voltando assustado dos seus devaneios.

– O que houve o que? – Liam perguntou, tropeçando nas palavras.

– Você está tenso e confuso.

– Não estou não.

– Está mentindo, consigo sentir.

Liam bufou.

– Pai! Poderia por apenas um momento me dá privacidade? Droga! Eu só queria ter meus sentimentos privados – Liam reclamou, encostando-se a janela do carro, vendo as ruas do lado de fora passarem em borrões, juntamente com o que parecia ser umas das noites mais escuras em Beacon Hills.

– Desculpa – Derek disse. – É involuntário.

Liam não respondeu. Não entendia como essa coisa de lobisomem funcionava. Liam não tivera sua transformação, mesmo que já tivesse feito quinze anos. Pelo o que o menino acreditava, seria humano e não tinha genes de lobo ou Sidhe como Stiles. No entanto, Derek sempre o dizia ao contrário e o tratava como se Liam fosse obrigado a seguir uma linhagem “idiota” a qual ele não se importava. Ser um adolescente normal era algum erro? Liam queria acreditar que não.

O carro parou próximo a uma praça mal iluminada por uma luz fraca de um dos postes. Liam desconhecia aquele lugar, era uma praça no meio do nada.  O que Derek queria com o menino ali? Aquela praça tinha apenas dois bancos abaixo dos postes de luz que deveriam funcionar, mas alguns tinham as lâmpadas queimadas.

Liam desceu do carro e seguiu Derek pacientemente. O menino se assustou quando Derek passou a andar para dentro da floresta. O coração de Liam disparou, mas não de medo e sim porque o caminho estava escuro e Liam temia se perder de Derek.

– Segure minha mão e não solte – No momento em que Liam agarrou a mão de Derek, os olhos do alfa acederam nos vermelhos brilhantes. Liam não se assustou, estava acostumado com “olhos brilhantes”.

Liam obedeceu, agarrou-se aquela mão grande e áspera. Podia sentir uma energia que vinha dela e seu peito transbordou um calor agradável. Sentia uma energia boa, uma sensação de segurança e calor. Ao mesmo tempo, sentia medo, angustia mais um calor que aquecia seu corpo diante aquela noite escura.  Liam não conseguia entender como aquele sentimento viera, mas não queria deixá-lo ir, queria poder se agarrar a ele.

À medida que entravam mais na floresta, Liam sentia que a luz da lua iluminava mais os espaços que não estavam cercados pelas árvores. Liam observava a expressão de Derek. Ele parecia tranquilo, andando diante aquela floresta escura. Claro! Ele era um lobo, poderia se virar, não é? Por mais que o cenário voltava-se muito a terror, Liam riu. Em pleno aniversário, estava sendo arrastado pelo seu pai para o mais fundo da floresta escura.

– O que foi? – Derek o encarou. Os olhos vermelhos pareciam dois faróis naquela escuridão.

– Isso está mais para uma cena de filme de terror – Liam comentou. – Pai, para onde estamos...

– Falta pouco – Derek puxou Liam e o jogou por sobre seus ombros. – Não me solte e nem tente gritar, ao menos que queira acordar as criaturas da noite.

Liam calou-se e não ousou gritar. No entanto, quando Derek saltou de um penhasco a outro, fora quase inevitável Liam soltar um grito. O menino soltou um baixo muxoxo quando sentiu os pés balançarem no ar. Agarrou-se ao tronco de Derek e afundou sua cabeça na barriga do lobo. Liam sentiu o cheiro de cascata e sândalo que Derek exalava e era um pouco enjoativo, mas era reconfortante.

– Pronto? – Liam perguntou, sem desgrudar-se da barriga de Derek.

Naquele momento Liam não percebeu quando Derek acariciou a cabeleira castanha e sorriu.  Liam era tão parecido a Stiles que chegava a ser cômico.

– Sim – Derek deixou o menino descer de seus ombros.

Liam nunca se sentiu tão bem em pisar no chão.

– Aqui – Alertou Derek.

Liam estava distraído limpando seu jeans quando elevou seu olhar para o que Derek mostrava. Automaticamente o menino ficara hipnotizado pela a paisagem a sua frente. Um lago banhado pela luminosidade da lua corria tranquilamente por uma cascata e sumia pela redondeza da floresta. O barulho da água correndo parecia àquelas músicas usadas para meditação, com um som suave de natureza. Era tudo tranquilo e brilhante. Liam deu alguns passos, ignorando o medo de estar em uma floresta à noite. Aquela cena de terror que parecia há alguns minutos atrás, agora fora substituída por uma cena retirada de uma pintura. Aquela vista era tão bonita que chegava a ser questionável sua realidade. O reflexo da lua transluzia na água corrente, deixando a com um brilho hipnotizante.

– O que acha? – Perguntou Derek.

Liam abriu e aboca e a fechou. Seus lábios se alargaram em um sorriso de criança.

– Por... – Começou o menino – Por que me trouxe aqui?

Derek arqueou uma sobrancelha e suspirou. Sentou-se em uma pedra e encarou Liam. Os olhos verdes do pequeno pareciam duas esmeraldas banhadas pela lua. Os cabelos castanhos bagunçados e espetados lembrava bastante Stiles. A feição era suave e infantil. Algumas pintinhas salpicavam alegremente em seu pescoço. Derek sorriu, aquelas pintinhas lembrava bastante Stiles. Se não fosse pelos os olhos serem semelhantes aos de Derek, Liam seria a cópia de Stiles.  

– Porque eu queria que visse – Começou Derek – Onde tudo começou.

– Minha irmã havia conhecido Stiles na escola, eles se tornaram amigos – Derek começou. Liam sentou-se ao seu lado e parecia interessado naquela história. – Eles se tornaram bem próximos. Quando eu conheci seu pai, ele era um garoto irritante, hiperativo e não parava de falar.

“No dia em que fui buscar Cora na escola, ele estava lá, sorrindo irritantemente ao lado dela. Naquele dia, eu senti algo que eu mesmo não consegui compreender, mas substitui aquilo que não entende por raiva. Eu não gostava dele e todo momento que passava ao seu lado o não gostar se tornava mais forte. Até...”.

– Até você descobrir que o não gostar era outra coisa? – Liam começou.

– Eu dei trabalho ao seu pai – Disse Derek. – Fui ranzinza com ele e o machuquei inúmeras vezes e mesmo assim, ele me amou. Ele me salvou de mim mesmo. E todas às vezes era ele quem me salvava.

Liam não queria interromper. O menino queria ouvir até onde aquela história iria.

– Quando voltei à realidade, soube que ele estava grávido de você... O menino da profecia.

– A espécie em extinção. – Liam completou.

– Sim, mas eu não queria acreditar nessa profecia. Quando você nasceu eu pensei que se por acaso eu o pegasse nos meus braços, você poderia se machucar, eu o derrubaria ou o quebraria, mas você se mostrou forte – Derek deu um soco no ombro do pequeno. – Desculpa a minha falta de presença, mas tenho que protegê-lo, não consigo imaginar em algo de ruim lhe acontecendo.

Liam baixou o olhar e encarou suas botas de frio. Seus olhos queriam transbordar as lágrimas que se acumulavam. Por alguma razão as palavras de Derek trazia a Liam a mesma energia que sentira ao segurar a mão do lobo, mas era ainda mais forte como se o preenchesse com aquele calor reconfortante.

– Pai... Eu...

E fora tudo tão rápido que Liam mal teve tempo de falar o que sentia. Seu corpo fora jogado ao chão e o corpo de seu pai fora coberto com o seu. Um ser saltou por cima da pedra onde antes estavam sentados. Liam podia sentir Derek parecer maior debaixo de Si. Olhou para frente e encontraram os olhos vermelhos, os mesmos olhos que o de seu pai Derek. O menino abriu e fechou a boca soltando um som engasgado. Derek rosnou. O corpo de Liam estava encolhido abaixo do de Derek que transformado rosnava ao ser sobrenatural a sua frente. As unhas compridas de Derek pareciam cravadas no chão como se a qualquer momento, Derek fosse avançar.

– Entregue o garoto – Disse o ser, com uma voz grossa.

– Vá se ferrar! – Derek rosnou e avançou.

Liam encolheu-se como uma bola quando sentiu o corpo de Derek sair de cima de si como uma bala de canhão. O menino encarou os dois lobos lutando e embolando-se em meio à floresta. O corpo dos dois alfas embolou-se e sumiu diante a escuridão da floresta. Liam sentiu o desespero apossar de seu peito quando se viu sozinho na floresta.

– Pai? – Liam chamou – Pai!

– Liam? – Uma voz diferente soou atrás de si.

O menino virou o olhar para um ser atrás de si. Os olhos azuis brilhavam friamente na escuridão. Liam encolheu-se entre a pedra.

– Não se preocupe – Começou o homem. – Não vou machucá-lo, venha, precisa sair daqui.

– Quem é você? – Liam perguntou ainda temeroso.

– Peter – Começou o homem. – Peter Hale.

 Uivos cortaram a noite. Liam sentiu um calafrio correr por sua espinha e não precisava ser um lobo para saber que algo estava acontecendo.  Olhou para o homem parado a sua frente. A estrutura era parecida com a de Derek, alto e forte. O homem olhava atentamente a escuridão a sua volta. Rosnava baixo toda vez que algo se mexia nas árvores.

– Meu pai! Ele... – Liam não queria acreditar que Derek estava morto.

– Garoto, Derek precisa mais do que isso para morrer – Disse Peter.