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História Crazy In Love - Hold on


Escrita por: forgracie

Notas do Autor


Hello

Leiam as notas finais que são importantes.
Boa leitura! ❤

Capítulo 25 - Hold on


Fanfic / Fanfiction Crazy In Love - Hold on

POV. LILIANNE GRIER 

Sierra: Muito obrigada novamente, Lili. - sorriu e me abraçou, acabamos finalmente de levar as caixas até seu carro, e assim, ficamos na sala conversando. A propósito, Sierra está de meu lado em um sofá, e Cameron está mexendo no celular deitado no outro. 

- Disponha. - sorri. Acabamos de levar suas coisas, e cá entre nós que isso é um pouco cansativo. 

Sierra: e pensar que amanhã, preciso voltar para minha casa... - revirou os olhos, inquieta. - Enfrentar o avião. 

- Ué, não gosta de viajar? - Perguntei. 

Sierra: Na verdade, eu tenho...  - deu uma pausa antes de voltar a falar. - medo de avião. - completou. 

Cam: Bobeira... - franziu o cenho. Não é besteira não. São fobias que as vezes fazem nós nos sentirmos limitados.  

Sierra: Lógico que não, cada pessoa tem seus medos. Você por exemplo, tinha medo de palhaços quando pequeno. 

Cam: Já passou. - falou. 

- Palhaços? 

Sierra: Sim, pensa em uma pessoa escandalosa, era o Cameron. - riu, acabei rindo também. 

Cam: nossa, que empolgante. -falou sarcástico. 

Sierra: Cala boca, "Cam-guru". -gargalhou. 

Cam: o quê? 

- Camguru? - ri. - Vou aderir. 

Cam: continuo sem entender. -cruzou os braços, revirando os olhos. 

Sierra me olhou e piscou para mim, apontando para Cameron. Rimos novamente, gargalhando alto. 

Cam: vocês são esquisitas hein? - ele parecia um pouco impaciente e colocou sua mão na própria testa, negando com a cabeça. 

Sierra: e você é super normal, né bebê? - eu concordei. 

Cam: né bebê. - tentou imita-la, fazendo uma voz fina. Sua imitação foi péssima, amigo. 

Sierra: deixa de ser bobo! - sorriu. 

No relógio da sala marcavam exatamente 16:30 PM. 

- Eu preciso ir pra casa. - pensei alto. 

Sierra: Fica mais, Lili. - pediu. 

Não queria ficar sozinha com o Cam. Pelo menos aqui não. 

Com que cara eu vou olhar para ele? 

- Não, eu realmente preciso ir. - é tipo uma urgência. 

A irmã do Cam então abriu seus braços em um gesto meio convidativo. 

Sierra: então me dê um abraço. - a abracei de imediato. Ela era um pouco mais alta que eu, então, eu tive que ficar na ponta de meus pés, basicamente, eu faço isso quase sempre. - eu também preciso ir pra casa. - fez uma feição meio chateada. Se ela não estava, é uma grande atriz. 

Que pena que não poderá ficar.  

Sierra: Quando chegarem minhas férias da faculdade, posso finalmente voltar, aí marcamos de nos ver. - assenti.

É uma boa ideia. 

Cam: não não, você não vai roubar ela de mim. - disse para a irmã, em uma forma de brincadeira. Sierra cruzou os braços e franziu o cenho, respondendo; 

Sierra: querido, para sua informação, eu já roubei! - Me abraçou pelo pescoço, quase me enforcando. Tudo bem, vamos fingir simpatia. 

Sierra: não é? - eu não falei nada, já que não sei o que responder. 

Cam: Mas, ela me conheceu primeiro! - ele me puxou, pelo braço. E Sierra me soltou meio irritada. 

Sierra: mas, eu sou mais legal que você. - ela repetiu o ato do irmão. E nenhum deles me soltavam. Cada um segurava em um braço. 

Eu virei corda e eles estão brincando de 'cabo de guerra' com meu corpo. Só pode. 

Sierra: vejamos, eu acho que consigo dividi-la com você. - ambos os dois me largaram. Fico agradecida. 

Cam: humf. 

Sierra: Voltando, me dê seu número, assim podemos conversar e... -se virou para mim, com animação. 

Entreguei meu celular à ela, a mesma anotou seu número. 

Sierra: aqui! - me entregou novamente o aparelho. 

Um celular começou a tocar, e Sierra se pôs atenta, ela pegou em seu bolso seu celular, e disse. 

Sierra: Preciso atender. - falou. 

- Certo. 

Ela saiu correndo até fora da casa. Olhei para Cameron, que no momento, me olhava indiferente. Ué, agora a pouco estava brigando por mim. Eu não entendo você. 

Que silêncio constrangedor. 

- É... - o segredo é não gaguejar. - Eu já vou, ok? 

O real problema é que lembrei-me de mais cedo, e agora não consigo olhar para ele e agir normalmente. Porra. 

Eu me virei e assim que dei o primeiro passo para ir, alguém, vulgo o Cameron, segurou-me. 

Ele não disse nada, apenas me abraçou forte. Eu não pude fazer nada além de retribuir. E felizmente encostei-me em seu peitoral desnudo. 

Puta que pariu. 

Permanecemos assim por alguns longos minutos. Metade de mim queria me soltar logo, para ir embora, mas a outra metade queria ficar assim. 

Ele se distanciou um pouco e me olhou nos olhos. Eu não acredito que tô vermelha. Dessa vez não consegui disfarçar. 

Cam: não precisa ficar com vergonha. - ele continuava me olhando nos olhos. Dizem que quando você gosta de alguém, suas pupilas se dilatam. Será que estão dilatadas? 

- Eu não estou. - menti. 

Cam: Ah, claro. - negou-se a acreditar. Eu também não acreditaria em mim, já que minhas atitudes dizem o contrário. 

- Cameron, essa foi a última vez que isso aconteceu. - falei. - Amigos não se pegam. Certo? 

Estou me sentindo uma trouxa não sei porquê. Acho que é instinto. Já me acostumei com isso. 

Cam: Então nós não somos amigos. - ele deu de ombros. 

Então, somos o quê? 

- Não? Então somos o quê? Mestre da sabedoria abstrata. - falei irônica. 

Tentando diminuir o clima tenso entre a gente. 

Eu deveria ficar calada. Controlar minha boca. 

Cam: Sei lá. Estamos em uma relação indefinida. - não era isso que eu imaginava ouvir. 

- Você é tão idiota. - dessa vez eu iria sair mesmo. Acabei sorrindo assim que me virei. 

Maldita situação que me deixa como uma drogada. 

Cam: Pera aí! - ele levantou a voz. Eu não me virei, mas parei de andar. 

Eu havia atravessado o portão, já que Sierra o havia deixado aberto. 

Cam: Eu vou te levar. - se aproximou um pouco cansado. 

Só isso já te cansou? 

Eu me virei, pronta para lançar algumas provocações, porém avistei seu tronco nu, e franzi meu cenho. Ele ainda não vestiu nada que cobrisse seus músculos. 

- Assim? - apontei para si. - Não não, se quiser me levar vai ter que colocar uma roupa descente. E isso inclui uma blusa. - exigi. 

Cam: Qual é o problema? Eu não vou sair do carro mesmo. 

- Vai logo. 

Cam: Isso é medo de me perder para a concorrência? - ele não falou isso. Eu não ouvi isso. 

- Não. Eu só estou dizendo para seu bem. Está frio e você pode se resfriar. - falei. 

Cam: Já sei, você não consegue me ver assim? - puta merda. Cala a sua boca. 

Revirei meus olhos para cima. 

Eu não mereço isso. 

- É verdade, eu não aguento, os mesmo me jogar em você. - eu fui irônica. Espero que ele não entenda errado. Cerrei meus olhos. 

Cam: Eu sabia. - não sei se ele está zoando ou falando sério. 

É práticamente um enigma entender algumas coisas que ele fala e faz. 

Cam: Vou vestir uma blusa. Mas vou logo avisando, você não manda em mim. - desde quando eu quis mandar? 

Agora querer ajudar é mandar. 

Ele entrou para dentro da sua casa, grande aliás, e foi se vestir adequadamente. 

Cam saiu e trancou a porta, com a chave. Ele estava com uma blusa branca, regata. 

- Depois morre de hipotermia e não sabe porquê. 

Cam: Se eu morrer não vou querer saber. - retrucou. - E nem tá frio. 

- Ah tá sim! Coloca uma blusa mais, sei lá, tipo um moletom.

Cam: Depois você continua com sua crise, tá bom? Vamos. - ele me puxou até o veículo. E eu acabei entrando. 

Não me encontrei mais com Sierra. 

- Você vai sentir frio. - não completei. 

Cam: Tá tá. - ligou o carro. 

- Então foda-se seu teimoso! Eu só queria te ajudar. - cruzei meus braços. Olhando para frente. Ele me mandou colocar o cinto, e eu obedeci, sem nada dizer. 

*

Entrei em minha casa e fechei a porta. Ignorei o casalzinho no sofá, eles estavam praticamente se comendo ali. Que nojo. Ranço. Raiva. 

Subi as escadas rumo ao meu quarto e assim que entrei no mesmo, fechei a porta dele. E fui até meu armário retirando minha blusa e colocando algo mais confortável. Depois, levei a camisa que eu usava em meu nariz. O perfume dele ficou empregnado nela. 

Meu amigo me ligou, perguntando se ele poderia falar comigo rápido. Eu concordei meio hesitante, pois ele estava com voz de choro. 

Nós decidimos nos encontrar perto da praça, por ser mais perto. 

*

Fui andando até a praça, e assim que cheguei vi um garoto com uma blusa escura e um capuz que cobria quase totalmente o seu cabelo. Ele olhou em minha direção, como se soubesse que eu havia chegado, e eu percebi que era o Alex. 

Ele ultimamente está um pouco estranho e estou com medo de ser algo grave. 

Me aproximei, e me sentei ao seu lado. Ele estava debaixo de uma árvore e permaneceu assim. 

- Você não me parece nada bem. - falei. Ele continuou com a cabeça abaixada, mas a levantou depois. 

Alex: Muitos problemas. - falou. Despertando em mim, um misto de sentimentos. 

- Quer conversar sobre? 

Alex: Eu nem sei por onde devo começar. - ele sorriu, sem ânimo algum. Eu queria meu amigo de volta, o Alex animado de sempre. 

- Pelo começo? -, que trocadilho péssimo. 

Alex: Eu não te disse na escola porque queria que somente você e as meninas soubessem. - concordei com a cabeça. 

- Eu estou ficando com ansiedade. O que houve? 

Alex: eu entrando numa fase difícil, complicada. 

- Drogas? - foi a primeira coisa em que eu pude pensar. Torcendo para que não seja esse o motivo de seu comportamento diferente. 

Alex: Não. - aliviei-me um pouco. 

- Então, o que foi? 

Alex: Ontem, eu... - ele abaixou sua cabeça e num ato rápido, levantou sua blusa me mostrando alguns cortes superficiais espalhadas por sua barriga. 

Arregalei meus olhos, espantada. 

- O-o que é isso? - gaguejei nervosa. Ele abaixou sua blusa novamente e recolocou seu capuz. - Alex. Quem fez isso contigo? 

Ele suspirou profundo. Seus olhos estavam com algumas olheiras. 

Alex: Eu não aguento mais. - mordeu seus lábios. 

- Como assim? - seu jeito de falar me pareceu suicídio. Eu fiquei mais tensa por isso. 

Alex: Meus pais andam brigando diariamente. E acabam descontando em mim. - parei e resolvi ouvir. - Eu apanho em casa. Meu pai vive me dizendo que vai me ensinar a ser um 'homem de verdade'. Ele não me aceita! - eu ouvia seu desabafo. Mas queria ajudar, apesar de não saber como. - Eu voltei a me mutilar. 

- Porquê? Acha que isso ajuda em alguma coisa? 

Alex: me alivia, minha dor não diminui mas eu me sinto menos pressionado. 

Eu fiquei particularmente sem palavras. O olhava sem nenhuma reação. 

Ele deitou sua cabeça em meu ombro e eu enlacei sua pescoço, com meus braços. 

- Aguente. Eu estou aqui com você. - sussurrei. - Se a situação dos seus te incomodando, peça uma emancipação. - senti meu ombro ficar molhado, ele estava chorando. - Se for preciso nós entraremos na justiça. Esse cara, seu pai, não pode descontar em você tudo o que ele sente. 

Eu me senti mal por não conseguir ajudar. Estou me sentindo inútil. Mas mesmo assim, tentando de alguma forma acalma-lo. 

- Eu sei que palavras não resolvem. Mas, se precisar de apoio moral, pode me ligar. Vamos enfrentar isso juntos! 

Alex assentiu limpando seus olhos com as costas da mão. Ele tentou me lançar um sorriso. 

- Lembra quando você entrou na escola? Estava morrendo de vergonha e com medo de ser rejeitado? - ele novamente concordou. - Você superou isso, não é? 

Alex: Sem você poderia ser algo impossível. - sorri. 

- Eu sempre vou tentar ajudar, independente do caô. - ele sorriu com os olhos meio inchados. - Quando sentir vontade de se cortar, imagine algo que você gosta de fazer. Sei lá, você desenha bem. Então, faça algo que gosta e tente ignorar o problema. 

Alex: Você poderia se formar em psicologia, sabe? 

- Mas me diga, não minta, porque você se auto-mutila? 

Alex: me sinto mais aliviado. 

- Errado. Isso é o que você forçou de alguma maneira, seu cérebro a pensar. A dor não alivia outra dor, não é assim! Quando sentir vontade de se cortar me ligue, ou se quiser ir em um psicólogo, ele vai lhe ajudar. 

Alex: certo, obrigado. 

- Alex, você é muito importante para muitas pessoas, inclusive, você é alguém especial. - será que eu tô mesmo ajudando? - Sempre me ajudou quando eu mais precisei de apoio. Eu realmente não sei como agradecer, você é meu melhor amigo, e eu não posso deixar que isso te aconteça. 

Alex: Eu... 

- Peça uma emancipação para seus pais, e se eles não aceitarem, não terá outra alternativa, a não ser procurar um advogado. 

Alex: Eu não posso denunciar, ele é meu pai. - falou. 

- E daí? Ele não pensa que você é filho dele quando vai lhe bater? Você não deve deixar que essa criatura continue com essas atitudes prejudiciais. 

Alex: Eu, mas... 

- Alex, você não vai conseguir esconder para sempre que sofre agressão física do seu próprio pai! Se alguém descobrir? Poderá ser bem pior. 

Alex: É.. 

- Como eu disse, converse com seu pai, isso será um favor para ambos, eu estou te pedindo. 

Alex: aí, eu... 

- Eu estou com você. Se quiser dormir no quarto de hóspedes de minha casa até que tenha resolvido isso, você é bem vindo. 

Alex: sério, você está me ajudando muito. 

- Bom, só estou tentando retribuir o que fez por mim. 

Alex: eu vou tentar falar com ele. 

- Assim que se fala. 

Alex: quem sabe em algumas semanas, eu já não começo a morar sozinho? 

- Exato! - sorri. 

Alex me abraçou novamente. 

Alex: obrigado! - Sorriu, me soltando. 

- Disponha... - dei uma pausa. - Lekinho. - gargalhei. 

Alex: iiih, lá vem você com esse apelido. - riu, porém franziu a testa. 


Notas Finais


Leiam minha fanfic com Shawn Mendes e Jack Gilinsky:

https://spiritfanfics.com/historia/battle-scars-8902331

Beijão 💓


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