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História Crazy Love - O diário de uma garota suicida - Como eu vim parar aqui?


Escrita por: Lil_Ramis

Notas do Autor


Número nos comentários pra participar do grupo (Números separados pro spirit não remover)

OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS E PELO APOIO E EU PENSANDO QUE NÃO IA DÁ NINGUÉM AQUI
AMO VOCÊS PORRA

Capítulo 6 - Como eu vim parar aqui?


JUSTIN BIEBER POV

O boato que algumas meninas do segundo ano havia encontrado uma garota com seus braços cortados e desacordada no chão do quase abandonado banheiro feminino da quadra circulava por toda a escola. E quando eu digo quase abandonado é porque após esse banheiro ter sido desativado, passou a ser um motel para os alunos que querem comer as putinhas que só essa escola tem.

Havíamos recebido a tal notícia quando ainda estávamos em sala e aquilo foi um choque para todos, afinal, o nosso estranho diretor havia dito que aparentemente a garota que havia tentado suicídio era a tão famosa Angel Parker, a garota alvo de todas as piadas do terceiro ano e da escola inteira.

Era intervalo quando todos foram liberados para irem para casa por conta do acontecido. Em partes que estava feliz pra caralho, pois eu não seria obrigado a continuar em sala, mas eu também estava triste pelo meu amigo Christian. Eu sempre soube que o que ele sente por Angel é muito mais que uma simples amizade e que acabou sendo destruída por minha causa.

Christian estava quieto e andava de cabeça baixa pelos cantos. Qualquer um poderia perceber o quanto ele estava triste por aquilo, afinal, Christian sempre foi o mais alegre da turma e olha só como ele está agora. Ele tinha os olhos cheios de lágrimas, mas não deixava nenhuma cair, talvez com medo que eu pudesse zoar ele por aquilo ou para manter a pose de machão mesmo.

A quadra se encontrava cheia com alunos do terceiro ano e das outras séries que simplesmente estavam curiosos com aquilo tudo e que tentavam descobrir quem era a tal garota que havia tentado suicídio na sua própria escola e o porque dessa radicalidade de tentar tirar a sua própria vida e eu sabia muito bem o porque que ela tinha feito aquilo e mesmo sabendo, não me importo.

Haviam policiais e um grupo de enfermeiros, médicos e sejam lá o que eles forem que esperavam na porta do banheiro os socorristas que no minimo estavam pondo a garota na maca ou vendo se ela realmente ainda estava viva. Eu estava olhando toda aquela movimentação na porta do banheiro e esperando alguma notícia da depressiva quando avistei Angeline próxima a mim.

Ela estava aflita, abraçava a si mesma e resmungava algo que eu nem sequer conseguia entender uma palavra do que ela tanto falava, talvez ela estivesse falando algumas provocações para Angel que por mais que as duas poderiam se dar bem e que tenham os nomes parecidos um com o outro, ela a odeia tanto quando eu odeio.

- Bieber, será que ela morreu? - Perguntou a Christian com uma voz embargada e ainda sim segurando o choro.

- Vazo ruim não quebra, meu amigo. Agora deu pra se preocupar com a Parker? - Perguntei o provocando, mesmo sabendo que aquela não era uma boa hora para aquilo.

- Eu sempre me preocupei com ela. - Disse Christian como se sentisse ofendido.

- Acho que não, Christian. Você é igual a mim ou esqueceu do que fez com a mina? - Falei o vendo engolir seco e sem dizer mais nada focou o eu olhar na porta novamente.

E la estava ela, saindo do banheiro deitada em uma maca, assim como eu tinha imaginado. Estava bem pálida, seus braços tinham enormes cortes que já não saia mais sangue. E por um instante achei que Christian havia deixado uma lágrima cair enquanto via a sua ex-amiga passar por nós e ir ate a saída em que havia ali mesmo na quadra, talvez ele apenas tivesse medo que eu fizesse mais alguma gracinha com o seu estado.

O silencio havia se instalado naquele lugar e todos os alunos que estavam ali se encontravam espantados, ate mesmo aqueles que um dia de alguma forma humilharam aquela garota estavam abismados com o acontecido. Todo mundo sabe que cada aluno do terceiro ano e cada aluno dessa escola tem um pingo de culpa por isso ter acontecido e essa garota ter feito o que fez.

- Bieber, me leva para o hospital que ela foi? seu eu for dirigindo é capaz de algo mais acontecer. - Christian disse. Seus olhos transmitiam tristeza e dor e naquela hora eu confesso que senti pena do meu parceiro.

E sem nem contestar, assenti para o meu mano e juntos fomos ao estacionamento a procura do meu Audi de cor azul para ir ate o hospital onde haviam levado aquela garota.

[...]

Christian se mantinha praticamente imóvel desde quando pisamos nesse local e só o que sabemos é que acabaram internando a garota e que ela estava em um estado grave pois havia perdido muito sangue e teria que fazer não sei o que com doação de sangue e que eles iriam conferir se o tipo de sangue dela tinha no estoque. Tyler, o nosso novo e misterioso professor também estava aqui e não estava nada diferente de Christian.
 

ANGEL PARKER POV

Tudo era branco, meus braços estavam enfaixados e por mais que eu tentasse mexe-los, eu não conseguia. Haviam fios estranhos ligados ao meu corpo e conectados em diferentes maquinas. Tinha um um parelho que me ajudava a respirar no rosto e uma agulha no meu braço que seguia direção a uma bolsa de soro. Eu estou em um hospital?

Um homem estava deitado totalmente sem jeito em uma poltrona um pouco distante de onde eu me encontrava deitada. Eu não tinha ideia de quem era, mas com toda certeza não é o meu pai. Agora a pergunta que não quer calar é: Quem me trouxe aqui e quem é esse homem que tá do meu lado e aparentando não sair daqui faz tempos?

Minha cabeça doía muito e eu não conseguia me lembrar de nada do que aconteceu. Eu realmente não entendo o fato de eu odiar hospitais, talvez fosse aquele clima pesado e cheio de doença e de pessoas sofrendo e muitas vezes quase morrendo com alguma doença grave ao meu ver. O barulho que a porta fez denunciando que havia mais outra pessoa naquele quarto me fez automaticamente fechar os olhos e fingir que ainda estava dormindo.

Não me perguntem o porque que eu fiz isso, pois nem eu entendi muito bem.

- Vai pra casa, cara. Você não sai do lado dela há dias, cara, ela não vai sair daqui tão cedo. Olha, eu trouxe roupas limpas e comida pra você. - Eu continuava com os olhos fechados e um arrepio passou pelo meu corpo inteiro.

- E se ela morrer, Justin?

- Eu já te falei dias atrás que vaso ruim não quebra, Beadles.

Eu reconheceria aquela voz em qualquer circunstâncias e era Chris que estava dormindo aqui? Mas por que ele faria isso, afinal, ele deixa bem claro que me odeia para todos da escola. E Justin? Justin deve está se lixando para mim, como sempre, talvez esteja aqui só para convencer seu amigo a deixar a maluca de lado, pois "Ela não vai sair daqui tão cedo".

Sem me importar com mais nada, tomei coragem e parando com aquela seninha que estava dormindo, abri os olhos encarando aqueles dois seres que mais me enojam e os que mais me odeiam na terra. Christian continuava sentado na tal poltrona como eu havia o visto, só que dessa vez ele estava bem acordado e tinha um olhar perdido focado em mim.

Justin tinha uma bolsa e uma sacola em mãos e só ai perceberam que eu estava bem acordada por sinal.

- O que vocês dois fazem aqui? - Falei com um pouco de dificuldade vendo o espanto de Justin ao me ver ali, bem.

- Eu estava bastante preocupado com você, Angel. Eu não sai do seu lado desde que veio parar aqui. - Disse Christian

- Eu só to aqui porque nunca que iria deixar meu amigo sozinho, sua saúde é o que menos importa; - Disse Justin e eu não me espanto com a resposta de Justin, afinal, por que ele iria se preocupar comigo?

E ainda com muita dificuldade falei:

- Como tem coragem de vir aqui mesmo depois de tudo que fez comigo?

Tanto Justin como Christian se calaram na mesma hora. O que Christian fez comigo não tem perdão e muito menos uma resposta para aquilo, afinal, o que dá na cabeça de uma pessoa para ela fazer essas barbaridades com outra? Logo depois disso Christian começou a andar com Justin e isso aumentou minhas suspeitas que o mandante daquilo tudo foi o Justin, mas o que posso fazer?

- Como ela está? - Mais um homem entrou na sala e eu me recordava vagamente dele, porem não conseguia nem ao menos lembrar de onde.

Ele tinha um buquê de rosas lindo em uma das mãos e quando finalmente me viu acordado, abriu um sorriso aliviado, como se tivesse se livrado de um peso em suas costas e veio ate mim, entregando-me as tais rosas que havia trazido consigo. Elas eram realmente lindas, era a única coisa vermelha naquela imensidão branca de um quarto de hospital.

- Como se sente? - Perguntou o tal homem que no máximo teria uns 22 anos de idade.

- Confusa, com dor de cabeça e quem é você? - Perguntei vendo Chris e Justin darem uma risadinha como se tivessem vencido algo.

Esqueci de comentar que enquanto o tal homem falava e mostrava ter intimidade comigo me dando aquele buquê, Christian estava tenso e Justin continuava sem expressão alguma, mas talvez sua mente estivesse borbulhando, assim como a minha.

- Eu já tô indo chamar o médico. - Disse Christian com a voz embargada, saindo apressado dali e sendo acompanhado por Justin que estava mais estranho que o normal.

- Quem é você? - Refiz a pergunta que havia feito minutos atrás e vi o olhar daquele homem que passava de um olhar de "Olá linda garotinha, eu sou o lobo mal e quero te comer e não é com a boca" para "Como assim quem sou eu?".

- Não se lembra de mim?

- Não. Será que você é meu namorado e eu esqueci que você existe? E as flores? - Falei mais confusa ainda, tentando me lembrar de quem se tratava aquele homem lindo e ele riu alto daquilo.

- Me chamo Tyler, querida. Tyler Williams. Sou o seu professor de artes e estou assinando como seu responsável aqui no hospital. Se não fosse por Christian e eu, você ainda estaria na fila de espera. - Christian me ajudando? - Sobre as flores, só achei que elas iriam animar esse lugar pacato.

- E o namoro? - Perguntei fazendo ele rir mais ainda.

- Não somos namorados, mas nunca se sabe o que o futuro nos guarda, não é mesmo? - Disse ele dando uma sexy piscadela que eu quase entrei em coma de novo e logo em seguida, voltou a ter o seu olhar cosplay do Lobo Mau.

E foi assim que o medico entrou no quarto, ele estava sendo acompanhado por duas enfermeiras, por Justin e Christian que estava de cabeça baixa, mas de longe dava para perceber que ele havia chorado. Jusin estava com o olhar focado em uma das enfermeiras que de vez enquanto mostrava a bunda para Justin. O meu medo maior é deles se comerem aqui mesmo, porque puta que pariu.

- Como se sente, menina? - Perguntou o medico e eu fiz uma careta de dor por tentar me sentar.

- Dolorida, cabeça em tempo de explodir e eu não me lembrava direito do Tyler ali.

- Do você se lembra, então? - Perguntou ele me dando um remedio para beber.

- Lembro deles dois, lembro que eu estava na escola e... Mais nada. - Falei bebendo o tal remédio.

- E não lembrava dele? - Assenti que não. - Isso é normal, você passou muito tempo dormindo. Logo terá sua memória de volta. - E após falar algo mais com Tyler, o médico saiu acompanhado de suas enfermeiras.

- Tem certeza que não lembra de nada? - Perguntou Justin me deixando surpresa e eu assenti.

- Quando trouxemos você aqui os médios te examinaram e encontraram enormes hematomas por todo o seu corpo e precisamos saber quem fez essa barbaridade com você. - Disse Tyler

- Eu sei que foram os pais dela, eles fazem isso com ela desde bem nova, não é mesmo Angel? - Disse Christian e eu engoli seco.



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