P.O.V Mackenzie Fostter
Depois de todo transtorno que passei no assalto cheguei no trabalho. Contei o motivo do meu atraso para o meu chefe, e depois de explicar tudo, o mesmo fez questão que eu fosse pra casa porém, eu prefiro passar o dia trabalhando, talvez isso ajude a me distrair.
Coloco meu uniforme e vou pra cozinha, eu sou auxiliar do chefe. Não tenho nenhuma formação, mas cozinho muito bem, pelo menos é o que a Jessie e o Logan me dizem. E o meu chefe também. Aqui também não é nenhum restaurante 5 estrelas, talvez 3, mas eles não exigiram muito, acredito que o meu sobrenome contribuiu com isso.
Nas primeiras semanas tive que lidar com as notas que saíram na imprensa e com a fúria do meu pai. Mas logo o seu relacionamento com a vaca da Jeniffer tomou conta dos tabloides e assim me deixaram em paz.
— Ei, o chefe me contou. Como você tá? – Tomo um leve susto fazendo com que o molho respigasse no meu avental deixando algumas manchas de gotículas. Olho pra trás e vejo a Ashley, com um olhar curioso, ela sorri de lado.
— Sim, eu tô bem. – Ela continua me olhando como se quisesse saber mais. Eu continuo mexendo o molho que comecei a fazer. — Um dos funcionários foi atingido, mas espero que ele esteja bem.
Ela arregala os olhos. — Meu Deus! Não seria mais fácil esses filhos da mãe arranjarem um emprego!? – Reviro os olhos com o que ela diz e desligo o fogo, depois de por a massa que o Chefe preparou no prato coloco o molho por cima.
— Nós fazemos o nosso próprio futuro. Esses caras escolheram isso pra eles e infelizmente nós trabalhadores sofremos a consequência. – Ela balança a cabeça piamente apoiando as minhas palavras. — Ou simplesmente o sistema não deu a eles o poder de escolha. – Ela revira os olhos e me encara. — Sempre existe dois caminhos. E ninguém é 100% certo nem errado – termino de finalizar o meu prato.
— Vai defender assassinos agora? – Com o prato finalizado ponho sobre o balcão, ela pega e a mesma põe na bandeja.
— Não estou defendendo ninguém, apenas sei que algumas pessoas nascem privilegiadas e outras não. – Ela dá de ombros e vai entregar o pedido.
Me viro e vou para o próximo prato.
[...]
— Tchau Ash – me despeço da Ashley beijando cada uma das suas bochechas.
Ainda é cedo, olho pro meu relógio, são 07:37 PM e eu normalmente saio um pouco mais tarde, mas fui liberada pelo chefe, tentei negar mas, ele insistiu então aceitei..
Vejo um táxi se aproximar, sinalizo com o braço e ele para em frente ao restaurante. Antes de adentrar olho de um lado para o outro e entro no táxi, indico meu destino ao motorista. Poderia pedir um Uber mas, não queria ficar esperando.
Depois de alguns minutos chego em meu destino, pago o taxista e saio logo em seguida do carro. Pego minhas chaves e abro a porta. Que dia agitado que tive hoje, aquele filho da mãe ainda quebrou meu celular, vou ter que comprar outro. Lembro-me de ter o deixado lá no chão e pelo desespero fui correndo para o trabalho.
— Chegou cedo ... – Jessie diz, enquanto me sento ao lado dela no sofá.
Ela me encara por cima da borda do copo de vidro enquanto bebe sua coca. — O banco foi assaltado. Por que ainda está em casa? – Digo.
— Como? – ela praticamente se entala com o refrigerante.
— Por qu– ela me corta.
— Não estou falando disso, estou falando do banco. Você tá bem? Me conta!
— Eu estou bem, só não posso dizer o mesmo pro meu celular, ele tocou e um dos bandidos viu, ele veio até a mim e colocou a arma na minha cara e depois jogou o meu bebê no chão com toda força! – Ela continua me olhando como se eu fosse uma louca. — Achei que teria visto nos noticiários.
— Eu fiquei horas em uma sala de aula e depois fui pra casa de uma amiga estudar, foco total sem celular, e ela não é do tipo que curte politica então... – Jessie desvia seu olhar e vi um pouco de culpa nele, ela dá um gole na sua bebida e me encara por cima da borda novamente. — Mas que bom que está bem.
— Foi você, não foi? – ela assentiu. — Sua...sua...aaa, e se eu morresse? Você disse que não tocou no celular! – finjo está falando serio.
— Só pra te ligar, achei que tinha esquecido as chaves. Larga de ser exagerada! – Ela dá de ombros. — Você deveria deixar o celular no modo silencioso – espremo meus olhos enquanto observo sua cara de pau. — De qualquer maneira não aconteceu nada com você.
— Eu sou muito gata pra morrer sabia?
— Para de si iludir querida Mack – sorri debochada.
— E ai como foi seu grande dia? – Mudo de conversa enquanto tiro os meus sapatos.
— A mesma coisa de sempre, trabalhos, apresentações, provas e testes. – Sinto um pouco de inveja, queria ser decidida como a ela.
— Típico dia da Jessie.
Me levanto com os meus sapatos em mãos e dou uma espreguiçada, ela volta a assistir a sua serie. Caminho em direção a escada e subo para o meu quarto. Ponho os meus sapatos ao lado da porta, jogo a minha jaqueta no cabideiro e corro direto para minha cama aconchegante que está coberta por lençóis brancos e tecidos grossos e macios. O cansaço me faz soltar um longo suspiro e meus pensamentos voam me permitindo lembrar daqueles olhos...
— MACK! – A Jessie grita de lá de baixo.
— O QUE FOI!? – Grito de volta.
— Visita pra você!
Como assim? Me levanto depressa e desço as escadas correndo. Ao chegar no fim das escadas, já na sala vejo dois homens com distintivos pendurados no pescoço e agora com os olhares fixos em mim.
Um deles é um senhor de cabelos grisalhos e olhos castanhos escuros, ele aparenta ter seus 40 anos e o outro cara é alto moreno de olhos azuis extremamente chamativos.
— Boa noite Srta. Fostter, não queríamos atrapalhar a sua noite, vejo que esta aparentemente cansada. – disse o homem mais velho. Nesse momento me examino no espelho da sala quando caminho até eles. — Eu sou o detetive Javier Villas, e esse é o detetive Ian Somerhalder.
— Olha eu não fiz nada – digo um pouco confusa. — Não que eu saiba.
— Não se preocupe Senhorit- – encarei os pares de olhos azuis.
— Me chamem de Mackenzie.
— Srta. Mackenzie, estamos aqui por causa do roubo que houve hoje pela manhã em um dos bancos do seu pai, James Fostter. Ele conversou conosco após saber do ocorrido. – Franjo minha testa ainda sem entender. — Um dos funcionários disse a ele que a senhorita estava presen-
— Sem senhorita, vamos lá né gente, eu só tenho 19 anos – peço e logo em seguida continua.
— Então, falamos que iríamos te procurar e você poderia vir conosco relatar sobre o ocorrido, assim como as outras vítimas – o detetive Javier termina.
— Olha, eu não vou poder ajudar. Todos os bandidos usavam roupas pretas e máscaras – o detetive Javier começa a escrever em seu bloco de notas enquanto eu falo. — Até luvas eles usavam. Eu realmente não vi nada a mais que as outras vítimas não tenham visto.
— Tem certeza? Não viu cicatrizes? Uma parte do rosto ou até mesmo tatuagem? Isso pode nos ajudar a saber de onde eles vem, de qual gangue pertencem, se tem ficha suja – questiona o detetive Javier.
— Não. E porque o James esta preocupado assim? – digo. — Ele só quer que eu ajude a acharem os bandidos que mexeram no "patrimônio" dele.
— Bom, ele parecia bem preocupado ontem, assim quando chegou de viagem soube da notícia. E quando soube que você estava lá e foi agredida por um dos bandidos seu pai ficou bastante aflito Mackenzie – Ian diz, meu olhar vacila quando ele fala sobre a preocupação do James. — Já que não viu nada a mais nos bandidos acredito que não temos mais nada a fazer aqui. – Ian diz. Logo eles caminham em direção a porta, os acompanho.
— Se lembrar de algo entre em contato. – Ian antes de sair me entrega um cartão com o seu nome e número de telefone escritos em tom de dourado.
Eles vão até o carro e logo vão embora. Fecho a porta atrás de mim e me jogo no sofá.
— Que dia em Srta. Fostter – Jessie diz me fazendo encará-la.
— Que dia – digo e solto uma longa respiração.
P.O.V Justin D. Bieber
8 MESSES ATRÁS...
Los Angeles, Reformatório CA, Sexta-feira 06:27 AM
— Não há mal que dure para sempre – Joshua bate seu ombro com o meu. — Agora você está livre, vai ter uma vida e pode mudar o seu futuro – ele diz me encorajando.
— Não tenho muita opção – ponho minha mochila nas costas. — Mas não vou cometer os mesmos erros que ele.
Fizemos um toque com a mão nos despedindo, dou um aceno de cabeça para o outro guarda e finalmente estou fora. — Vai fazer falta! – Ouço ele gritar.
— Não vou sentir nenhuma – digo de volta e sigo o meu caminho até o ponto de Ônibus.
Não tenho a mínima ideia de onde ir, o único lugar que eu tenho é aquele buraco de onde sair e vim direto pra cá. Sento no ponto e espero o ônibus passar. Depois de alguns minutos esperando, o ônibus chega e logo eu entro. Percebo olhares desconfiados dos passageiros. É como se todos soubessem da onde eu sair. Sigo e tomo um assento.
Enquanto olho pela janela a sensação de liberdade me faz respirar fundo. Anos esperando por isso e agora que tenho era pra eu estar me sentindo completo, mesmo assim me sinto vazio.
Você faz falta coroa...
Pai é uma espécie de herói pra muitos e o meu todas as vezes que tentou, fracassou. Nós mudamos pra cá depois da sua separação com a minha mãe, eu ainda era uma criança. Com a pouca grana que tínhamos ele conseguiu uma casa barata pra ficarmos, depois de alguns messes ele perdeu o emprego por conta do seu temperamento e caiu no mundo das drogas. De usuário pra transportador.
A partir dai tudo que aprendi foi nas ruas. Todas as oportunidades e sonhos que eu poderia ter conquistado foi por água a baixo.
Depois de algumas horas solto no ponto e entro na rua em que anos atrás era muito mais movimentada do que hoje em dia, viro a esquina e depois de alguns metros eu chego ao meu destino.
— Lar doce lar – digo irônico, pego a chave no bolso da mochila e abro a porta.
Assim que abro a porta, barulhos de roedores tomam conta do ambiente mofado e empoeirado, eles correm para os seus esconderijos, entro e deixo a porta aberta na tentativa que todo esse fedor saia e entre um pouco de ar fresco e luz. A poeira tomou conta dos móveis, os roedores roeram os colchões e sofá.
—Melhor do que de baixo da ponte.
Lembro-me que vi um jornal do dia no correio antes de entrar, volto e pego o mesmo, começo a ver os classificados a procura de algo.
— EI! QUEM É VOCÊ!? – Olho pra trás vendo um velho amigo vindo em minha direção.
— Beadles?
— Jus...Justin? É você irmão!? – Ele se joga em cima de mim totalmente chapado.
— Que merda você tava fazendo cara? – O ajudo a entrar em casa e ele se joga em cima do sofá aos pedaços. O filha da mãe mal consegue andar. — Eu não tô aqui pra ser babá de ninguém! Tenho muito o que fazer..
— Porque não disse que ia sair hoje? – Arqueio minha sobrancelha enquanto continuo a procurar nos classificados. — Os caras podem te ajudar com isso – ele se refere ao trampo.
— Como estão ajudando você?
— Calma ai mano, sei que caras que passam pelo que você passou ficam na defensiva, mas eu sou seu mano cara, tamo junto nessa – ele tenta se levantar, mas não consegue. — Qual foi a última vez que nos vimos? Pelo que me lembro não faz tanto tempo assim.
— Cala boca.
— Faz uns dois messes fui levar uma carta da sua mãe e voc -
— Beadles ou você cala a droga da boca, ou cai fora! – Marco um endereço nos classificados usando uma bituca de cigarro que estava no chão. — Tá aqui faz quanto tempo?
— Alguns dias. Briguei com a minha mãe e sai de casa, o único lugar que eu tenho é esse. Usei a chave reserva do tio Jeremy.
— Dá um tempo, vê se lava a droga desse rosto e dá um jeito nessa zona. – Me refiro a toda sujeira do lugar.
Pego a minha mochila do chão e o jornal, saiu de casa e bato a porta, o melhor que eu posso fazer agora é procurar um trampo.
ALGUNS DIAS DEPOIS...
— Sinto muito querido, mas todas as vagas estão ocupadas. – Sra. Rizzo dona de uma pizzaria diz com pena. Isso me faz travar a maxilar, olho pro cima dos ombros e vejo um homem barrigudo com cara de poucos amigos.
Dou as costas e vou embora. São 11:43 PM e eu já rodei toda cidade a procura de um trampo e não consegui nada. Uso os últimos dólares que tenho pra voltar pra casa.
Assim que chego em casa entro vejo o Chris varrendo a sala e algumas sacolas em cima da mesa de madeira empoeirada.
— Comprei o rango pra gente – ele acena com a cabeça em direção as sacolas. Olho pra ele que parece está mais sóbrio e com uma cara de que acabou de acordar. — Conseguiu?
Nego com a cabeça enquanto abro os sacos, assim que sinto cheiro dos hambúrguers a minha barriga ronca de fome. Não espero muito e começo a devorar sentando no sofá velho.
— Calma ai mano – ele abre a outra sacola e joga uma lata de refrigerante pra mim. — Você sabe que não vai ser fácil, essa gente não vai te querer.
— Tenho que continuar tentando – abro o refrigerante e dou um gole. Mordo meu hambúrguer novamente quase o comendo por completo.
— Se quis-
O barulho de batidas na porta faz com que paremos a conversa. Automaticamente pego um pedaço de pau que estava em um canto da casa e me aproximo da porta.
— Quem é!? – Grito através da porta.
— Se não abrir vamos entrar de qualquer jeito.
Chris olha pra mim e acena com a cabeça pra que eu abra. Ainda desconfiado demoro alguns segundos antes de abrir e ver cinco homens não muito familiar exceto um deles. Za.
— Fala JB – ele levanta a mão pra fazer um toque. Jogo o pedaço de pau no chão e o comprimento. — Fiquei sabendo que você tinha chegado na área. – Olho pro Chris e o mesmo desvia o olhar. — Será que cê tem um tempinho pra trocarmos uma ideia.
Ele vem até mim, passando no meio dos seus comparsas.
— Tô sem tempo – faço cara de poucos amigos.
— Vamos lá cara, um papo com um velho amigo – ele insiste. — Não vai me dizer que você tem algo mais importante pra fazer? – Seu olhar varre o ambiente e a sua voz soa em um tom de desdém.
— Tudo e qualquer assunto que tinha entre nós ficou no passado – trinco o meu maxilar.
— Olha cara, eu e o meu pai somos gratos pelo que você e o Jeremy fizeram. Acha justo depois de tudo que você passou não ter nenhuma recompensa? – Ele arqueia a sobrancelha e faz gestos com as mãos.
Eu sei que esse cara não vai desistir.
— Uma hora – digo.
— Uma hora. – Ele afirma e faz sinal para os seus comparsas vazarem, eles saem, Chris passa por nós e vai junto com eles. — Wendy's? – ele pergunta se referindo a lanchonete que frequentávamos antigamente.
— Seja qual for – dou de ombros e passo pelo mesmo saindo porta a fora.
[...]
— São seus, aceite em nome de tudo o que você e seu pai passou – ele põe as chaves na mesa. — Todo sacrifício tem sua recompensa JB.
— A última coisa que eu quero lembrar é das merdas que aconteceram.
— E você acha que vai conseguir um emprego sendo filho de um ex presidiário e que passou os últimos anos no reformatório? – encaro o mesmo que tenta se esforçar pra me convencer. — Foi o meu pai, isso é muito importante pra ele, se fosse o contrário você e o Jeremy faria o mesmo. Eu não insistiria se os meus dedos não estivessem em jogo – ele diz sério. — Não devemos nada pra ninguém JB – ele diz e dá mais um gole na sua bebida. —Teu pai deu entrada em uma casa a tempos atrás, ele queria terminar de pagar pra passá-la pro seu nome, mas infelizmente não conseguiu.
Trovo minha mandíbula e engulo a seco.
— Ela tá pronta com um carro na garagem esperando o dono – ele estende as chaves pra mim. Tomo as chaves em suas mãos. — Agora estamos quites.
Eu sei que é isso que o meu pai gostaria que eu fizesse e é de verdade essa honra que o pai do Za está tentando nos dá mas, o Za não está aqui só por isso, não no Wendy's.
— Isso é o que o seu pai queria. E o que você quer? – digo com uma das sobrancelhas arqueadas, ele ri.
— Me conhece bem JB – ele dá mais um gole na bebida deixando o copo vazio. — O que você me diz sobre o Banco Fostter?
— O que?
— Estamos com todo o plano pronto, mas um dos meus se feriram – nego com a cabeça. — Vai ser rápido e limpo. Entremos pegamos a grana e vamos embora.
— Eu acabei de sair daquele inferno cara!
— Mano o plano é seguro, sem vítimas. E uma parte da grana vai pra você – ele insiste. — Você cuida dos reféns, não precisa nem entrar na sala, temos bloqueadores de sinais e alguém lá dentro pra cuidas das câmer-
Ele para de falar e toda a sua atenção vai para a TV do estabelecimento que fica pendurada no suporte perto da entrada. Me viro e direciono o meu olhar pra TV e assim que a vejo sinto as batidas do meu coração acelerarem.
"Depois de muito tempo a herdeira Fostter faz a sua primeira aparição em público..."
Uma pequena multidão de fotógrafos de jornalistas tentam chegar perto dela, seus seguranças os impedem.
"...é parece que a herdeira Fostter está de volta..."
— Tô dentro – digo e ele me olha rapidamente. — Depois disso cada um segue seu rumo.
Ele sorri e assente com a cabeça, fazemos um toque.
ATUALMENTE...
Termino de arrumar as coisas na garagem e coloco a minha moto pra dentro. O dinheiro do roubo não vai durar pra sempre, ainda mais agora que comprei a moto, preciso arranjar um jeito de manter isso. Desligo as luzes e entro em casa, logo me jogo no sofá e ligo a TV.
É impossível não lembrar no cheiro dela, quando eu paro só consigo pensar nela. Os seus olhos arregalados de medo e os seus lábios rosados...
A companhia toca me tirando dos meus pensamentos, me levanto pra atender. — E ai irmão? – Liam diz adentrando em casa.
— Suave e você?
— Consegui oque você me pediu – ele me entrega um papel.
— Valeu mano – olho pro papel vendo a sequencia de números escritos a lápis pelo mesmo.
— Tranquilo, tá afim de ir em uma festa hoje? Chamei umas minas na faculdade, só vai gatinha!
— Não, não, tá suave.
Ele dá de ombros.
— Então tá, missão comprida até mais parceiro.
Ele sai e fecha a porta atrás de si.
P.O.V Ian Somerhalder
— E você aceitou? – Mattew pergunta se juntando a mim na área de treinamento. Ponho os fones de proteção, confiro as balas do revolver e o destravo.
— A proposta do James é tentadora, porém sei que não vai dar certo, não com uma garota como a Mackenzie – disse .
— O chefe tá ciente disso? – Olho pra ele por cima dos ombros. — Por mais conhecido e respeitado que o James seja, o Chefe não vai querer perder um dos seus melhores investigadores – foco no meu alvo e acerto o disparo bem no meio. — E acredito que você não vai largar o seu distintivo pra virar "guarda-costas" .
— Eu não vou largar o meu cargo, é uma forma de ganhar uma grana extra.
— Seria um bom caminho de descobrir novas pistas sobre a gangue que vem assaltando os grandes bancos de Los Angeles, e que supostamente assaltou o banco do James Fostter – disse assim que acertou seu alvo.
— Por trás disso tem muito mais. – tiro os meus protetores dos ouvidos e coloco a minha arma de volta na bancada.
— Olha quem vem ai! – Ouço Mattew dizer, levanto o meu olhar vendo Rachel se aproximar. — Não entendo porque ela gosta de você? – Ele sussurra.
— Isso é porque você nunca dormiu comigo – pisco e me viro pra Rachel assim que sinto ela se aproximar.
— Oi – ele me cumprimenta com beijos no rosto e o Mattew apenas com um aperto de mão. — Queria saber se você vai estar ocupado esse fim de semana?
— Sem planos – digo e logo vejo ela sorri de lado. Essa situação está deixando o Mattew desconcertado.
— Tá afim de tomar um shop nesse sábado? Tem um bar que acabou de inaugurar a duas quadras daqui – olho por cima do seu ombro e vejo o Javier fazer um sinal com a cabeça me chamando.
— Sim, claro. Por mim tudo bem – dou um beijo na bochecha dela e saiu rapidamente indo até o Javier.
— Oque foi?
— O chefe quer falar com você.
Saio e vou diretamente pra sala do chefe.
— Ian!
— Senhor me disseram que queria falar comigo? O que aconteceu? – Seu olhar demonstra extrema preocupação.
— Preciso que você e sua equipe se aprontem. Acabou de acontecer um roubo no centro e preciso de vocês lá agora!
P.O.V Mackenzie Fostter
— Eu devo te dar um baita trabalho – digo olhando para o céu da varanda do meu quarto enquanto observo as estrelas. — Os tiras bateram aqui na porta, bem verdade que um deles é um gato, mas ele nem pediu o meu número. Porém, deixou o dele.
Dou risada das minhas loucuras e logo me bate um vazio.
— And I will call upon Your name, and keep my eyes above the waves, when oceans rise, my soul will rest in Your embrace, I am Yours and You are mine.
Enquanto canto a canção que cantávamos juntas, sinto um arrepio do alto da cabeça até as plantas dos pés. Abraço o meu corpo, por que as vezes tudo que precisamos é de um abraço.
A dor da perda é grande e a falta dela também, se ela estivesse aqui com certeza estaríamos dando altas gargalhadas sobre o dia louco que eu tive: o assalto no banco, os tiras na minha casa e aqueles olhos...
Sou interrompida pelo toque do meu celular o que me faz arquear a sobrancelha, procuro a calça que estava vestida e assim que a vejo pendurada no cabideiro vou em direção a mesma tirando o meu celular do bolso. Achei que não iria prestar mais, a tela está toda quebrada, com dificuldade consigo ver que está escrito "Desconhecido" . Cuidadosamente deslizo o meu dedo na tela por conta dos cacos e o atendo.
— Alô? – Digo e ninguém responde — Alô? Quem é?
Escuto apenas a respiração antes da ligação ser encerrada. Estranho.
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