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História Crazy Obsession - Baile de máscaras


Escrita por: Br1lh0

Notas do Autor


Oi meus amores! Desejo a vocês um ótimo final de ano.
Que Deus abençoe vocês, se cuidem. Usem máscara!
Trouce esse capítulo imenso pra vocês, recompensando todo o atraso. Espero que gostem.
Boa leitura!

INDICO QUE LEIAM ESSE CAPITULO OUVINDO:
Marshmello ft. Bastille - Happier

Capítulo 3 - Baile de máscaras


Fanfic / Fanfiction Crazy Obsession - Baile de máscaras

— Só passa isso na TV? – Jessie faz uma pergunta retórica sem tirar os olhos da TV, enquanto mastiga o seu café da manhã. Café, ovos, bacons, um típico café da manhã americano. — Será que eles vão voltar a focar em você agora? – Ela me olha, dou de ombros me sentando ao seu lado na mesa da cozinha, pego o iogurte e começo a me servir. — Essa repercussão toda que eles estão dando é simplesmente porque você também estava lá. 

— Sinceramente não estou nem um pouco a fim de lidar com isso agora, eles querem me tornar em algo que eu não sou – dou um gole em meu iogurte fazendo um bigode, passo a língua sobre o meu lábio superior desfazendo-o. — Ser herdeira de uma fortuna e ser famosa são duas coisas bem diferentes e eu não quero esse fardo pra carregar. 

— Ser famosa não é tão ruim assim vai – Jessie me olha com um sorriso nos lábios. 

— Você não tem privacidade – digo enquanto gesticulo com as mãos. — E basta você cair, que todos aqueles que te seguem passam a te perseguir – ela assente enquanto morde o pedaço do seu bacon deixando a outra metade entre o seu dedo indicador e o dedão. Ela parece uma criança. 

Vou até à geladeira em busca dos meus pedaços de frutas que fatiei ontem a noite, abro a mesma e pego uma vasilha com as frutas cortadas, vou até o armário da cozinha e pego um saco de granola e abro o mesmo usando uma faca. Mantenha-se saudável pela manhã, se não mentalmente, pelo menos fisicamente. 

— Vai comprar o seu celular hoje? – Jessie pergunta e automaticamente me faz lembrar da ligação que recebi ontem a noite. 

— Sim, vou aproveitar que saio cedo hoje – após despejar as minhas frutas com granola em um pote, volto a me sentar na mesa com a mesma. 

— Eu vou junto – ela finaliza o seu café e me encara por cima da borda da sua xícara com um olhar confuso pelo olhar que lancei. 

— Faculdade? – Pergunto como se fosse obvio. 

— Final de semana baby! Esqueceu? – Ela se levanta com o prato e o copo que usou em mãos e vai direto para pia. 

— Ah – dou minha primeira colherada nas frutas com granola. Acho que devido aos últimos acontecimentos a minha cabeça não tem estado muito no lugar. — Então vamos às compras baby – digo com uma certa dificuldade ainda digerindo o meu café da manhã. 

— É isso ai! – Ela dança enquanto lava os pratos me fazendo rir. — Espero que não tenha esquecido do baile de máscaras da Amber – ela me encara por cima dos ombros com um olhar sério, porém divertido.  

— A irmã do Eduard? – Ela assente respondendo a minha pergunta e volta a lavar os pratos. Lembro-me rapidamente do dia em que o enxotei de lá de casa e o James pirou comigo. — Ele é filho dos Williams, uns dos meus clientes mais importantes! – Digo exatamente a mesma frase dita pelo meu pai causando uma certa confusão na Jessie. — Foi o que o meu pai disse e depois começou a brigar comigo por dar um fora no Eduard. 

— O James é um pé no saco – ela balança a cabeça negativamente. — Mas isso não tem nada a ver, fomos convidadas – ela enxuga suas mãos no pano após terminar a sua lavagem. — A Amber vivia puxando seu saco na escola, ela não vai se importar em você ter dado um chute na bunda do Eduard – ela cruza os braços esperando a minha resposta. 

— A vida é uma só, vamos ao baile! 

Me levanto e balanço os meus quadris arrancando gargalhadas da Jessie. Com o copo de iogurte quase vazio em uma mão e salada de frutas com granolas na outra, me junto a Jessie e começamos uma dança singular batendo os nossos quadris um no outro ao ritmo da frase cantada “Vamos ao baile! Vamos ao baile!” . Amamos fingir está no ensino médio, mas, esse tempo passou rápido para nós e graças a Deus por isso. 

Ao contrário de muitos adolescentes que encontraram o seu primeiro amor, foram para faculdades, se formaram ou conseguiram o emprego dos sonhos, isso não aconteceu comigo e talvez essa seja uma das maiores decepções do James. Passar pelo ensino médio foi uma tortura para mim, foi a época em que pedir a mamãe e eu não conseguia me livrar de toda angustia. O meu pai não sabia lidar comigo então achou melhor me colocar em um colégio interno e raramente nos víamos nos finais de semana. E enquanto isso ele fazia viagens de “negócios” com a sua secretária vulgo amante.

— Assim que sair do trabalho uso o telefone da Ash para ligar para você – saio dos meus devaneios e finalizo o meu café da manhã na última colherada. 

— Vou dar uma passada no Logan hoje – seu tom de voz soa preocupante. — A mãe dele me ligou ontem a noite do celular dele dizendo que ele chegou todo ferrado em casa e queria saber se estávamos com ele – arqueio a minha sobrancelha confusa. 

— Ele foi para casa da mãe? – Quando o Logan está assim ou ele vai para o seu quarto no campus, ou vem direto pra cá. — Ele está ferido? 

— Ele estava no hospital antes de ir vê-la ontem, parece que ele tá metido em coisa séria. 

— Logan Clarke no que você se meteu? – Começo a lavar os utensílios que utilizei no café da manhã. — Tenta falar com a mãe dele de novo, vai que ela sabe de algo a mais. 

— Ela me ligou pedindo ajuda, com certeza ela não sabe de nada que o Logan passa – Jessie diz com certa revolta.  

— Faz sentido ele nunca ter apresentado ela para gente antes – digo finalizando a louça, mas com a mente no Logan. — Se ele continuar, vamos ter que intervir.  

— Isso vai acabar com a sua reputação! Será mais um motivo para o James cair em cima de você junto com toda mídia – ela fala com seriedade. — Mackenzie Fostter interna amigo viciado em metanfetamina! – Ela faz gesto com as mãos sinalizando uma manchete. 

— Se ele continuar ele pode morrer – digo, me sinto encurralada com essa situação. 

— Vamos dar o nosso jeito – Jessie sai da cozinha, logo ouço os seus passos subindo as escadas. 

Conhecemos o Logan em uma festa do amigo de um dos nossos amigos, ele estava lá fazendo todos nós nos divertir e arrancando sorrisos de uma garota que perdeu a sua mãe para o câncer e o pai havia acabado de assumir a amante para toda América. O Logan é um menino humilde, bolsista de uma boa universidade, mas desde que começou a usar drogas ele não tem sido mais o mesmo. Ele começou usando Ecstasy em algumas festas, e eu e a Jessie começamos a alertá-lo acerca disso, conseguíamos o manter sóbrio, mas não estamos com ele 24 horas. Não conhecemos a sua família, até ontem era apenas o Logan Clarke que conhecíamos, agora sabemos da existência da Sra. Clarke. 

 Ding Dong! 

A campainha toca. Já com a louça finalizada, sacudo as minhas mãos na pia e a seco em um pano. 

— Já vai! – Grito antes que toque novamente. Corro pra sala. 

Abro a porta e imediatamente a expressão facial é de confusa ao ver quem está parado bem na minha frente, olho para os dois seguranças que estão logo atrás do mesmo, e mais atrás estacionado na frente de casa está o seu Cadillac Luxury SUV. Relaxo a minha postura e encaro o mesmo, uma das minhas mãos estão segurando a porta e a outra está na minha cintura. 

— Será que posso entrar? – Engulho o seco ao ouvir a sua voz que eu não ouvia a algumas messes, mas ainda assim permaneço firme. 

Viro de lado dando passagem para o mesmo entrar, logo ele passa. Sinalizo com a cabeça para os seguranças os cumprimentando e fecho a porta atrás de mim. 

— A que devo a honra – digo irônica. Caminho até o sofá e me sento. 

— Filha, vim porque estou preocupado com você – arqueio minhas sobrancelhas. Não há motivos pra isso. — O assalto que aconteceu, um dos bandidos teve contato direto com você, eles podem muito bem saber que é a minha filha e tentar tramar algo. 

Mordo os meus lábios ao perceber em que ponto ele quer chegar. 

— Olha, eu sinceramente não estou nem um pouco preocupada com isso – digo passando a minha mão pelos meus cabelos colocando-os para trás. — Roubos acontecem por toda a cidade. 

— Mackenzie, isso é para o seu bem – é o que todos os pais dizem. — Peço que deixe que eu cuide da sua segurança – ele se aproxima ainda de pé. — Andei conversando com Adam e ele também concorda comigo. 

— Você e Adam não irão decidir o que é melhor para mim. Não dessa vez! – Me levanto ficando frente a frente com o mesmo. — Até porque se esses bandidos fossem realmente espertos saberiam que eu não sou o tipo de problema que te faz ficar preocupado – cruzo os meus braços e ele me encara perplexo. 

Sei que o que estou para ouvir é um monte de sermões e discursos sobre tudo que ele fez e faz por mim. Esse é um dos motivos pelo qual me fez sair de casa e vim morar com a Jessie, eu estava cansada de ter o meu pai e todo o seu grupo de “Conselheiros” me dizendo o que fazer e sempre que brigávamos era a oportunidade que ele tinha que jogar tudo na minha cara. 

— Você não entende que tudo que eu quero, é te manter segura, é cuidar de você Mackenzie. Eu daria a minha vida por você se fosse preciso! – Agora é a sua vez de passar a mão pelos cabelos expressando sua frustração. — Você saiu de casa não me tem mais como o seu pai! E simplesmente rejeita a mim e todo o Império que eu e sua mãe construímos! 

— Não começa – sou curta e grossa sem render muito assunto. — Não quero holofotes, não quero a mídia em cima de mim, não vou dar a eles essa chance de me transformar em uma sub celebridade e ferra com a minha vida! – Me lembro da conversa que eu e a Jessie estávamos tendo. Ele solta um longo e forte suspiro. 

— Filha eu – ele se recompõe e me olha como se procurasse compreender o porquê de toda essa minha rejeição para com ele. Ao se aproximar, põe suas mãos na lateral na minha cabeça delicadamente. Balanço a cabeça negativamente pedindo para que cessasse esse assunto. — Apenas saiba que tudo que faço é porque te amo – ele deposita um beijo suave e demorado no topo da minha cabeça. 

É tão difícil entendê-lo, isso tudo me faz lembrar de como éramos na época em que a mamãe estava viva, mas, parecia que esse James totalmente amoroso havia morrido. Seguro as suas mãos retribuindo um pouco do seu carinho. Acho que talvez o fato de termos ficado todo esse tempo longe um do outro o fez cair na real. 

— Tenho uma reunião agora pela manhã, tenho que ir – ele beija o topo da minha cabeça novamente e se afasta. — Ah, semana que vem irei fazer um jantar com alguns amigos antigos, adoraria que fosse – ele me olha com súplica. Esse não é o James que eu estava acostumada a ver nesses últimos anos. 

— Aquela vaca vai estar lá, eu não quero olhar na cara dela! 

— Mackenzie você é a minha filha e a minha relação com a Jennifer não vai mais atrapalhar isso – ele diz com firmeza. — São amigos antigos que te conhecem desde criança, a sua avó está vindo com o seu tio Carl para Los Angeles. 

— E a Mama Rose? – Digo com um tom esperançoso.

— Ela não poderá vir, sabe que depois que a sua mãe morreu ela não quis mais saber de vim para Calífornia – assinto. 

— Hum, talvez se der apareço – digo, ele assente e solta uma piscadela pra mim. 

— Se cuida querida – ele caminha até a porta e a abre. Ouço passos descendo as escadas, seu olhar é direcionado pra detrás de mim. — Jessika – olho pra trás e vejo a Jessie terminar de descer as escadas ele a cumprimenta com um simples sinal de cabeça e um sorriso simpático. Jessie lança um sorriso forçado e sem graça.  James se retira e fecha a porta. 

— O que rolou aqui? – Jessie pergunta ainda sem entender. 

— Ele queria contratar um guarda-costas acredita? – digo enquanto vou até o sofá e pego a minha bolsa que havia deixado em cima do mesmo. 

— E você não deixou? – Nego com a cabeça. — Muitos amigos da faculdade pagam paparazzis para tirarem fotos deles em momentos supostamente “comprometedores” por fama. 

— Mas eu não sou assim meu amor, é questão de tempo pra eles esquecerem de tudo isso então é melhor o meu pai deixar as coisas como estão – digo séria e ela me ignora dando de ombros. 

— Seria maravilhoso andar ao lado de um homem sarado que estaria sempre ali para te proteger – reviro os olhos ao presenciar todo o seu drama. Pego minhas chaves e as coloco na bolsa. — Vai que ele é um gatinho e você se apaixona por ele, tipo aquele filme da Whitney Houston. 

— Isso aqui é a vida real Jessie e não um filme romântico, até porque a minha vida não é dirigida pelo Mick Jackson – digo irônica. 

— Até quando vou ter que evitar ficar com os caras na festa para não te deixar sozinha? –Abro a minha boca espantada com a sua declaração. 

— Sua filha da mãe! – Pego a primeira almofada do sofá e jogo em direção a mesma. Ela se proteja com os braços enquanto rir de mim. — Não se preocupe, na festa da Amber se sinta livre em ficar com quem quiser. E se eles vierem querendo te trazer pra casa eu vou ser a primeira a dizer que você ama dormir de conchinha. 

— Idiota! 

— Okay já deu, agora vamos não quero me atrasar – ela assente pegando as suas chaves e logo nos dirigimos para garagem. 
 

[...] 

 

P.O.V Justin D. Bieber  

Los Angeles, California, SoFi Stadium 06:25 PM 

 

— Nós estamos nos reaproximando, a minha mãe quer muito te ver – Chris diz através do celular. — Ela disse que faz mô tempão que não te ver e quer saber se você está mesmo bem. 

— Ela sabe no que você está se metendo? – Digo mudando de assunto. Dou um passo para frente enquanto a fila anda e vejo o Liam se aproximando com as cervejas. — Não dá pra trabalhar com o Za e querer ter uma família para quem voltar todas as noites. 

A fila anda novamente me deixando de frente com os funcionários responsáveis pelos ingressos, entrego e logo eles liberam a nossa entrada devolvendo de volta o pedaço de papel onde determina os nossos assentos. Liam entrega a minha cerveja e seguimos a procura dos assentos. 

— Eu não sou um idiota Justin, não sou como os capangas do Za e não vou deixar com que nada disso me controle, tenho controle sobre elas. 

— Eu já ouvi isso antes – dou um gole na minha bebida. — E quem me disse não está mais aqui pra dizer novamente. 

Liam encontra os assentos, logo nos sentamos. 

— Mas seja qual for, fala pra sua mãe que não vai dar pra eu ir, pelo menos não nesse final de semana, tenho um compromisso amanhã. 

— Arranjou um trampo? 

— Quase isso – dou mais um gole na minha bebida. Liam me cutuca com o braço sinalizando a sua existência. 

— Tudo bem, provavelmente ela irá remarcar pro final de semana que vem, ela acredita que você foi o responsável por me fazer voltar pra casa. 

— Tá okay, dá um abraço nela por mim – desligo a ligação. 

— E ai, vai me trocar por mais uma das suas peguetes? – Liam diz irônico. — Esse seu amigo também estava lá com você no... 

— Não, ele faz parte do meu passado, foi um dos poucos que não se afastaram. 

— É foi uma barra pesada o que você passou em – ele usa seu antebraço pra limpar o bigode de espuma que a cerveja fez nele. — Cara se não fosse eu o que seria de você naquela vizinhança – solto uma gargalhada e ele rir junto. — Aqueles fofoqueiros assim que souberam que você era um ex detendo me mandaram até uma droga de um e-mail! 

— Eles não sabem de nada – balanço a minha cerveja no copo fazendo com que espumasse, dou um gole e passo o meu lábios inferior sobre o bigode de espuma. 

— Você é um cara maneiro, ai – ele abre os braços se referindo ao estádio de futebol em que estamos. — Me tirou do tédio do tênis com aqueles puritanos de merda! – Liam balança a cabeça rapidamente depois de uma rápida reflexão. — O que fizeram contigo, foi uma injustiça do caramba! 

Me sinto desconfortável com o que ele diz e me ajeito na poltrona esticando o meu pescoço de um lado pro outro. 

A casa que o meu pai havia dado um lance e a gang para qual  ele deu a vida quitaram, era exatamente no bairro que ele sempre dizia que um dia iriamos morar, um bairro classe média alto onde ninguém dava a mínima pra gente, mas quando precisavam de alguém pra reformar as suas casas sabiam pra quem ligar. Quando o Za disse que ele tinha dado uma entrada em uma casa e que era essa a casa eu sabia o porque, por isso foi difícil recusar. 

Assim que me mudei tive a certeza de que alguém passou as informações para os moradores. Confirmei isso quando saia pra correr pela tarde e eles pegavam os seus filhos e faziam questão de tirá-los do parque, por isso passei a correr pela manhã. Na minha mudança Liam estava lá, foi contra todos os “boatos” e quis me conhecer de verdade, uma verdade maquiada: eu disse a ele que um garoto menor de idade e seu pai foram presos por engano porque a vizinhança em que ele morava implantou drogas na frente da casa deles. Quero começar uma nova vida e o primeiro passo é esquecer essa parte do meu passado e se não fosse isso ele com certeza teria agido como o restante da vizinhança. 

— Foi mal cara, eu não vou mais tocar nesse assunto – concordo com a cabeça. — Mas a Mackenzie? – Arqueio minhas sobrancelhas, só melhora. — Vamos lá cara! Eu consegui o número pra você, quero saber se resolveu as coisas com... – ele abaixa o tom de voz e sussurra: — A filha do James Fostter. 

— GO RAMS! 

O estádio vai a loucura e as líderes de torcida entram do campo pra iniciar a coreografia. Agradeço a Deus por isso. Ergo os meus punhos e começo a gritar “GO RAMS!” junto com toda a galera. Liam dá de ombros e faz o mesmo esquecendo o assunto. 

Liam me chamava pra algumas festas na casa dele e fomos nos tornando cada vez mais amigos, e no dia do roubo, a noite enquanto assistíamos TV, passou o noticiário sobre o roubo no banco do James e o Liam disse que fazia faculdade com uma das amigas da Mackenzie Fostter. 

Que mundo pequeno, não? 
 
 

P.O.V Mackenzie Fostter  

Los Angeles, Califórnia , EUA Sábado 10:45 PM 

 

— Ele é perfeito! – Digo enquanto ligo o meu novo celular. 

Jessie faz a baliza para estacionar o carro na garagem. 

— Vê se aprende a colocar ele no modo vibratório – ela diz enquanto presta atenção no retrovisor e estaciona corretamente o carro. 

Celular novo configurado e com todos os contatos resgatados. Assim que Jessie termina de estacionar, saímos do carro. Uso a porta da garagem pra entrar em casa e vou direto pra sala. 

— Wow, aleluia! Vocês chegaram. – Tomo um susto e logo em seguida sinto a presença da Jessie atrás de mim. 

— Você tá de brincadeira com a minha cara! – Ela vai até o Logan enquanto eu permaneço parada e começa a dar tapas em seu outro braço enquanto ele protege o braço esquerdo que está enfaixado. — Eu fui à casa da sua mãe hoje e ela disse que você tinha saído assim... – ela se refere aos machucados dele. — Sabe o quanto eu fiquei preocupada? 

— Ai! Foi mal – ele se afasta dela se livrando dos tapas e vem até mim. — E você, não vai dizer que vai querer me bater também? – Ele dá um passo pra trás desconfiado. 

Passo pelo mesmo fingindo não ligar e me aproximo das escadas. — Você deveria perceber que já cresceu demais pra está fazendo esse tanto de merda que anda fazendo. 

— Mas eu não fiz nada! 

Eu e a Jessie cruzamos os braços simultaneamente. Olho ao redor de toda sala, vendo a caixa de pizza que ele deixou em cima do sofá, seus sapatos estão espalhados pelo chão e a TV ligada e pausada em uma das sagas do Harry Potter. 

— A sua mãe ligou pra Jessie ontem e não foi isso que ela disse – digo voltando a minha atenção para o mesmo. 

— Olha eu vou contar o que aconteceu exatamente, a minha mãe é uma exagera! – Ele se joga todo largado no sofá. 

— Em falar nisso porque nunca fez questão de apresentar ela pra gente? – Jessie o confronta. 

— Calma, uma história de cada vez – ele ergue as mãos em sinal de rendição. — Ontem eu fui levar uma mina com quem eu tava ficando pra casa, chegando lá dois caras com mais de 2 metros de altura estavam parados bem na porta dela – ele conta entre risos, eu e a Jessie permanecemos serenas e serias. — Ela me disse que um era o seu pai e o outro o seu tio, tínhamos acabado de sair de uma fest– 

— Chapados! – Afirmo e ele nega rapidamente. 

— Qual foi Mack? Vocês sabem que eu tô de boa faz tempo – ele se levanta e vem até nós. — O pai dela não foi com a minha cara e então começamos a discutir e ele mais o tio dela me deram uma surra. 

— E porque você não deu queixa? – Jessie se aproxima ficando cara a cara com ele, ele se mantém em silêncio. — Tá vendo!? Eu juro, desisto! – Jessie se vira e sobe as escadas correndo, logo ouço a estrondo da porta do seu quarto batendo com força. 

— Mack – Logan vem até a mim e agora é a minha vez de dar um passo pra trás. — Um cara que me fornecia as balas a messes atrás apareceu lá no campus atrás de mim, eu devia uma grana pra ele então antes que a situação ficasse pior eu entrei no carro e ele me levou pra um lugar esquisito e lá tinha mais três caras e então... – ele parece está contando a verdade agora.

— Logan eu espero de verdade que esteja sendo sincero comigo – digo com um tom de preocupação. — Isso é algo muito grave! 

— Eu juro. Meus exames deram negativo pra usos de entorpecentes, pode olhar – ele tira do bolso um papel dobrado e todo amassado e entrega pra mim. 

Tomo um pouco desconfiada e começo a ler, pulo as partes escritas com palavras técnicas e leio o resultado do exame que é: negativo. Respiro fundo tirando um peso dos meus ombros. 

— Quanto você deve a esse cara? – pergunto ao Logan. Ele abaixa a cabeça e passa as mãos pelo pescoço. — Vamos Logan, diz! 

— Uns 7 mil – arregalo os meus olhos chocada. 

— 7 mil em drogas Logan!? Você é maluco – praticamente grito com ele agora. 

— Isso foi quando eu estava mal, faz messes que eu estou limpo. Ai está a prova! – Ele aponta para o exame em minhas mãos. 

Começo a caminhar de um lado pro outro na sala tentando manter a calma. 

— A Jessie vai me matar, mas, isso é o melhor a fazer – pego o meu celular novinho em folha do bolso e entro no aplicativo do banco. — Me envia a sua conta – ele me olha meio confuso. — Anda Logan passa logo! 

Ele corre até o sofá e pega o seu celular com a mão que não está enfaixada, ele desbloqueia o mesmo e logo recebo a sua mensagem. Entro no aplicativo do banco e faço a transferência e de imediato o celular dele apita e ele me olha surpreso. Por causa do assalto ao banco eu não fiz a transferência e acabei me esquecendo durante a semana e agora parte desse dinheiro está servindo pra livrar a cara de um dos meus melhores amigos. 

— Voltou a aceitar a grana do seu pai? – dou de ombros caminhando até o sofá. 

— Eu ainda não escutei um obrigado – digo sínica. Pego uma fatia da caixa de pizza e dou uma mordica na mesma. 

— Obrigada, mais uma vez. Se não fosse vocês eu não sei o que seria de mim – ele vem até mim e com uma certa dificuldade me abraça, faço o mesmo e ainda com a fatia de pizza em mãos o abraço bem apertado o fazendo gemer de dor. — Qual foi a desculpa que deu no hospital? 

— Briguei com um cara na rua e ele saiu correndo depois de me quebrar – ele se senta no sofá, pego o controle e despausa a TV. 

— Dá a grana pro cara e não se mete mais nisso, olha tudo que estamos fazendo por você, tudo que estamos arriscando! – Digo séria, ele assente com a cabeça um pouco envergonhado. — Depois toma um banho e conversa com a Jessie – ele lança um olhar de súplica. — Não, eu não vou fazer isso por você. 

Me viro e subo as escadas indo direto pro meu quarto. — Ah! E vê se consegue uma roupa maneira, temos um baile pra irmos amanhã! – Grito para o Logan do andar de cima. 

— Pode deixar! – Ele retribui com gritos. 

O Logan é como um irmão casula pra mim, apesar de ser mais velho que eu, porém, o trabalho que ele me dá é de um adolescente que acabou de sair do ensino médio. Acredito no que ele me contou e também tem os enxames, espero que a Jessie também entenda. 

Sei que ela está certa em se preocupar com o que a amizade com o Logan pode fazer com as nossas carreiras, pelo menos com a dela pode causar um estrago e tanto, mas, por outro lado, eu sei que ela não abandonaria o Logan por nada e a prova disso é tudo que fizemos por ele. 

Entro no meu quarto e fecho a porta atrás de mim. Começo a me livrar das minhas roupas, as jogando no roupeiro no canto do meu quarto e jogo o meu celular na cama. Estou cansadíssima, depois do trabalho eu e a Jessie passamos a noite no shopping e batendo perna por ai, escolher roupas pra Jessie é praticamente uma missão muito difícil, ainda mais sendo para uma festa da Amber. Entre todos os nossos amigos e conhecidos ela sempre foi conhecida como uma das mais Divas.  

O barulho vibratório do meu celular chama a minha atenção me fazendo olhar pra cama. Franjo a sobrancelha assim que vejo o nome “Desconhecido” na tela do meu celular, pego e atendo o mesmo. 

—Alô? – O silêncio do outro lado da linha me faz ficar irritada. — Tá sem oque fazer né?  – Me lembro da ligação que recebi ontem, provavelmente dever ser o mesmo babaca. — Quem é você? Como conseguiu meu númer- 

A ligação é encerrada. Isso tá ficando cada vez mais estranho

 

DIA SEGUINTE...  

 Centro da Califórnia, Salão de festas 07:13 PM 

 

— Pra onde a Jessie foi?– pergunto para o Logan ao ver a Jessie ir em outra direção.   

Faz pouco tempo que chegamos, eu e o Logan nos assentamos em uma das mesas que estão organizadas e decoradas ao redor do salão de dança.   

— Acho que ela foi ver a Amber.  

Todos estão a caráter da festa, principalmente os funcionários contratados, seguranças, animadores, acrobatas e os ginastas circenses fazendo suas acrobacias nas alturas. A Amber sempre soube fazer uma festa.

— Hum hum – balanço a cabeça negativamente ao ver a Amber se aproximando. — Oi! – Fico de pé e abraço a mesma, ela faz questão de que seja um longo abraço. — Feliz aniversário – digo assim que terminamos o abraço. Logan faz o mesmo.  

— Se sintam a vontade – ele diz carregando um sorriso enorme no rosto. — Você está linda Kenzie. Maravilhosa como sempre! 

Sorriu um pouco sem graça. Amber me abraça novamente, durante o abraço meu olhar passa por todo salão e para exatamente do outro lado onde vejo a Jessie aos beijos com um garoto. Um garçom passa por nós e ela pega dois copos com bebidas distintas e entrega uma pra mim e outra pro Logan. 

— Eu vou terminar de cumprimentar o pessoal e já volto – diz Amber eufórica. — Curtam a festa! – Amber sai e vai cumprimentar outros convidados. 

— O que foi? – Logan pergunta ao me ver observando a Jessie.  

— Aquele cara foi o que estava no shopping ontem – digo, encaramos um ao outro no mesmo instante.  

— Oque não parava de te olhar? – afirmo assentindo com a cabeça. 

— O nome dele é Liam, ele faz faculdade na mesma universidade que a Jessie – cheiro o copo de bebida inalando o álcool, brinco com os dedos sobre a borda do copo. — Ele parece gostar dela – digo ao ver o mesmo sorrir entre os beijos com a Jessie. 

— Vai ver ele só é um cara observador – Logan diz e dá um gole na sua bebida. — Vamos dançar baby. 

Logan faz uma dança engraçada balançando os quadris, abandono a minha bebida sobre a mesa e vamos para pista de dança. Uma música com batidas eletrizantes se inicia, as luzes se abaixam e uma fumaça começa tomar conta do ambiente.

—WOW! – Logan grita animado. 

Entre gargalhadas acompanhamos as batidas da música e dançamos feito loucos. Balançamos a nossa cabeça de um lado pro outro loucamente fazendo com que alguns fios prendam na costura da minha máscara. Dou uma pausa na dança e sigo balançando de um lado para o outro, Logan se vira e procura uma outra parceira de dança. Com os dedos, desprendo os meus cabelos da máscara. Começo a diminuir o meu ritmo quando percebo que mudaram de música. Fecho os meus olhos e o meu corpo se entrega as batidas de Marshmello ft. Bastille – Happier. 

Abro os meus olhos novamente e vejo que quase todo no salão formaram um par para dançar essa música e aqueles que ficaram sozinhos voltaram para suas mesas. Eles não estão dançando completamente juntos mais os seus corpos se movimentam de maneira como que se encaixassem.

— Meu Deus que vergonha – sussurro para mim mesma. 

Disfarçadamente começo a caminhar em direção as mesas, meus passos lentos quase me fazem tropeçar na barra do meu longo vestido preto. Quando estou prestes a sair do salão de dança sou parada por um homem mascarado e completamente bem-vestido e cheiroso. Ele estende suas mãos para mim me convidando pra dançar, eu posso sentir o seu olhar queimando em mim. Ponho minha mão sobre a sua e ele me leva de volta a pista de dança. 

Seus cabelos estão penteados pra trás em um lindo topete, seus lábios são tão rosados que chegam a se destacar, seus olhos cor mel são hipnotizantes que eu nem consigo se quer desviar o meu olhar. 

Que familiar.

Um arrepio passa por todo meu corpo quando sinto as suas mãos segurarem a minha cintura, mordo os meus lábios e ele cola ainda mais os nossos corpos que se conectam ao ritmo da música. 

Sua outra mão solta a minha e ele a leva até as minhas costas, me seguro para não derreter em seus braços ao sentir os seus dedos desliarem até o meu cóccix. Seu rosto está tão próximo ao meu que eu posso sentir a sua respiração tocar o meu rosto. Seu olhar se desvia para os meus lábios e assim ele me beija. 

Sua língua quente invade a minha boca e com a minha permissão continua a explora-la, minhas mãos saem dos seus ombros e vão até os seus cabelos, seus dentes mordem os meus lábios me fazendo temer ao fim desse beijo, mas ele volta a me beijar novamente. Dessa vez luto para ter o domínio do beijo, sugo a sua língua e o beijo intensamente, sinto as suas mãos apertarem cada vez mais a minha cintura, mordo os seus lábios enquanto o olho nos olhos, seus olhos parecem estar mais escuros que antes.

Terminávamos o beijo. 

Ele me solta e passa por mim, me viro e o vejo desaparecer no meio na multidão. Seguro a barra do meu vestido enquanto acelero os meus passos atrás do mesmo, ele não me deixou malmente saber o seu nome. Que tipo de conto de fadas é esse?

Corro para os corredores que levam aos elevadores da cobertura e o vejo entrar em um deles no final do corredor, corro até lá com cuidado para não cair. 

— Ei! – grito assim que percebo que não vou chegar a tempo. 

Ele aperta o botão e as portas começam a se fecharem lentamente. Paro no meio do corredor, não conseguirei alcançá-lo. Ele se encosta no elevador com as mãos nos bolsos e inclina sua cabeça para o lado me observando por detrás da máscara. Solto a barra do meu vestido um pouco frustrada com o que está acontecendo.

Quem é este homem? 

Balanço a cabeça negativamente demonstrando a minha expressão confusa e as portas se fecham. 


Notas Finais


O que acharam? E o friozinho na barriga tá como?
rsrsrsrs Até o próximo capitulo meus amores ♥


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