História Crepúsculo - Breaking dawn - Part 3 - Um quase encontro

Aquela tensão na sala não poderia continuar, até que Bella resolveu quebrar aquele silêncio.

— Não pensei que fosse chegar tão cedo. — disse Bella.

— Aro me mandou agora, tenho compromissos mais tarde. — respondeu Alec.

— Vou me trocar. — disse Renesmee indo para o seu quarto.

— Onde vai levá-la? — Perguntou Edward.

— Vou espera-la no carro. — disse Alec ignorando completamente a pergunta de Edward e saindo logo em seguida.

— Porque ele não me respondeu? — disse Edward.

— Não gosto dessa idéia. — respondeu Bella.

— Muito menos eu.

— Ele parece não estar contente com isso.

— É claro que Aro está o obrigando a isso. — disse Edward.

— Acha que ele irá fazer algum mal a ela? — perguntou Bella.

— Não sei oque Aro fez, mas não consigo ler a mente de nenhum deles.

— Precisamos procurar respostas sobre isso. — disse Bella.

— E vamos achar, logo vamos descobrir.

— Estou indo. — disse Renesmee enquanto caminhava rumo a saída.

— Se cuida. — disse Edward.

— Tchau. — despediu Renesmee.

Logo ao sair pela porta a garota pode observar o carro do Volturi parado ali, os vidros escuros não a deixava ter uma boa visão de Alec lá dentro, ela não sabia como se aproximar, se batia na porta ou só abria o carro e entrava, é claro que o Volturi não seria um cavalheiro e abriria a porta para a dama passar. Então ela tomou uma decisão, aproximou-se abriu a porta do carro e entrou, o carro era bem luxuoso, tanto na parte externa quando interna. Dentro do veículo exalava um perfume muito bom, era o perfume de Alec, muito agradável para o ofato de qualquer um.

— Não se arrepende disso? — disse Alec com seu jeito sério, sem olhar para o rosto da garota enquanto ligava o carro.

— Não tenho escolha. — respondeu delicadamente a garota.

— Aro me obriga a fazer isso.

— Dá para perceber. — disse Renesmee.

— O que?

— Pela sua cara, dá para perceber que está sendo obrigado a isso.

— Era só você ter falado que não, que isso não estaria acontecendo e nenhum de nós precisaríamos fazer isso. — disse Alec.

— Eu tive medo.

— Claro que uma mestiça teria medo de  um vampiro tão poderoso como Aro.

Renesmee o encarou de uma forma que dê entender que ela não se agrada em ser chamada assim. “Mestiça” ela não era uma mestiça, tudo bem que fosse mas ela não gostava de ser chamada assim, ela era humana mas era vampira também, mas para ela isso não a fazia menos vampira ou menos humana, Alec ficou meio incomodado com ela o olhando daquela forma e virou o rosto rumo a janela, Alec estaria sentindo vergonha? Quem diria um Volturi todo sem graça.

— Então, o que vamos fazer? — disse Renesmee.

— Não pensei em nada, podemos ficar aqui, parados. — disse Alec enquanto estacionava o carro.

— No carro? 

— Sim, depois vamos embora e fingimos que tivemos um “ótimo dia”. — disse Alec.

— Meu pai lê mentes, Alec...

O silêncio no veículo prevaleceu por alguns minutos.

— O que humanos fazem? — perguntou Ale do seu jeito sério de sempre enquanto ligava o carro novamente, e sempre olhando pro nada, Renesmee ficava se perguntando qual a dificuldade de olhar para o rosto dela, já que estava falando com ela, mas ela compreendia, Alec era meio estranho.

— Não precisa me levar para fazer coisas de humanos.

— Podemos caçar eles então. — disse Alec.

— Caçar?

— Os humanos, pelo menos faríamos algo legal. — respondeu Alec.

— Ah... eu não bebo sangue humano...

— O que tem para fazer nessa cidade? Itália é muito mais interessante. — disse Alec.

— Pare aqui. — disse Renesmee.

— Porque? — disse Alec enquanto estacionava o carro.

— É um bar, costumo vir aqui com meus amigos.

— Seus amigos humanos? 

— Sim.

— Não acha estúpido você colocar um vampiro junto com seus amiguinhos? Seria como dar um rato a cobra.

— Não deixaria você fazer mal a eles. — disse Renesmee, com seu jeito calmo de sempre, sua voz doce e delicada.

— Como uma garotinha como você poderia me impedir de algo?

Renesmee o ignorou, desceu do carro e entrou no barzinho, Alec desceu logo em seguida, sua expressão de quem estava odiando aquilo estava estampada sobre seu rosto.

— Local apertado. — disse Alec.

— Se quiser podemos ir para outro lugar. — disse Renesmee.

— É melhor pra sentir o cheiro de sangue humano e a vontade de matar alguém aqui mesmo.

— Nossa... Você não tem auto controle?

— Claro que eu tenho, só não faço questão de controlar a minha sede.

Renesmee apenas o olhou e sentou sob a bancada do bar, como sempre ela não sabia o que dizer, certas falas de Alec a preocupava. 

— Renesmee! — gritou alguém.

— Ah, oi Anne. — respondeu Renesmee que logo foi abraçada por Anne.

— Hummmm, está em um encontro? — disse Anne olhando para Alec.

— Ah, não... Esse é... Um amigo da família...

— Bem sério ele, ele está passando mal? — perguntou Anne.

— Acho que não, porque?

— Ele está muito pálido. — disse Anne sussurrando para a garota.

Alec sabia do que elas estavam falando, virou-se de costas e desejou muito não estar ali.

— E então, como você se chama? — Perguntou Anne cutucando o ombro de Alec, ele a ignorou.

— Seu amigo não fala? 

— Alec, meu nome é Alec.

— Prazer eu sou a Anne, amiga de Renesmee. — disse ela estendendo a mão para o rapaz.

— Bom... O clima aqui está meio pesado ou é impressão minha? — perguntou Anne.

— Não... Eu acho que não. — respondeu Renesmee.

— Ah, já entendi, vocês não são só amigos, né? Bom vocês fazem um par muito bonito, eu vou indo nessa, espero que vocês se resolvam. — disse Anne saindo logo em seguida.

— Não Anne, não é isso... — disse Renesmee, mas Anne já estava longe.

— Vamos embora. — disse Alec

— Acabamos de chegar. — respondeu Renesmee.

— Se eu continuar nesse lugar, minha refeição vai ser aquela garçonete que cortou o dedo no abridor e agora está escorrendo um prazero sangue sobre seu dedo. — disse Alec no ouvido de Renesmee.

— Realmente é melhor a gente ir. — respondeu Renesmee pegando na mão de Alec e o puxando para fora.

— Você não pode matar humanos aqui em Forks. — disse Renesmee.

— Eu sei disso, já pode soltar minha mão. — disse Alec, Renesmee estava pensando no que poderia acontecer se Alec continuasse ali e nem percebeu que ainda segurava a mão de Alec. 

— Vamos embora. — pediu a garota calmamente.

Até a casa de Renesmee o silêncio prevalecia dentro do carro de Alec, o garoto era realmente sério, não puxava nem sequer um assunto, Renesmee era um pouco tímida, não sabia como começar uma conversa ainda mais podendo sentir ódio escorrendo sobre os olhos dele ou seria só impressão?

Logo o carro do Volturi parou frente a casa de Renesmee, poderia perceber Edward na janela a sua espera que suspirou aliviado logo após a vê-la. Antes de descer do carro a garota esperou com que ele falasse algo, um tchau ou um até logo, mas é claro que ele não iria falar, então ela mesmo disse.

— Até amanhã Alec.

— Ansioso. — Ele mentiu sendo totalmente sarcástico e fazendo sua cara séria de sempre.

— Não precisa mentir Alec.

O garoto deu um pequeno sorriso de canto, aquela foi a primeira vez em que Renesmee viu Alec fazendo uma expressão que não seja de ódio, foi um pequeno sorriso, talvez sarcástico ou não, mas ela ficou surpresa, fechou a porta do carro e caminhou em direção a entrada de sua casa.