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História Criminal - Preciso saber mais sobre ele


Escrita por: Buruna_Chan

Notas do Autor


Hey, minna!
Como estão?
Mais um capítulo para vocês hihihi <3
Espero que gostem!
Boa leitura!! <3

Capítulo 4 - Preciso saber mais sobre ele


Uma semana depois da desastrosa conversa com o papai, mesmo sendo forçada a admitir aquele casamento, eu negava aceitar que a minha vida seria resumida em um patrimônio infeliz em menos de um mês. Era como se eu contasse os dias... Não; eu literalmente contava os dias de liberdade.

Essa preocupação, infelizmente, me fazia perder o foco em praticamente tudo ao meu redor. Eu quase não sorria, coisa que preocupou bastante a minha família. Mamãe já insistira mais de duas vezes nesses sete dias para que eu fosse a uma psicóloga de confiança, mas neguei.

Em relação ao papai... nos falávamos às vezes, mas a frequência diminuiu absurdamente. Ele não dava uma palavra sobre o meu estado emocional, claramente por saber que a culpa era dele. Mas, algumas vezes, eu o via sentado em frente à lareira, com um olhar distante sobre o quadro pintado de mim e de Lucy. Quase me fazia ter esperanças sobre uma mudança de pensamentos... Quase.

Sei que, já que meus dias de solteira passavam rapidamente, eu deveria aproveitar ao máximo. Mas a questão é que, nada me levava à diversão e felicidade. Para mim, tudo era inútil. Alguns podem até pensar que talvez, alguém novo para me fazer companhia, talvez uma nova paixão iria me ajudar a recuperar a felicidade perdida. Eu achava isso uma pura idiotice. Quer dizer, se eu estava para me casar, ter que desfazer um novo laço depois seria só mais um problema.

E sendo bem sincera, nunca em minha vida, senti atração por um dos filhinhos de papai que vinham a mim. São simplesmente insuportáveis! Não têm assunto, ou algo que envolva ou que me remeta à curiosidade... nada. São como robôs que só pensam em seus bens materiais.

Só teve um homem que me atraiu, que pelo menos me deixou envolvida pelo mistério... Mas ele, eu nunca mais veria. E é, talvez fosse melhor assim.

- Que saco, Mavis! Nenhuma das suas roupas servem para mim hoje! – Lucy dizia indignada em frente ao guarda-roupa.

Lucy tinha um encontro pela noite. Ao meu ver, ela já havia avaliado todas as suas roupas impecáveis e não encontrou uma que prestasse, então foi em direção às minhas roupas, mas se decepcionou da mesma forma.

Sim, Lucy usava as minhas roupas, assim como eu usava as dela. Não tínhamos muita diferença em relação ao nosso tamanho, bom, eu era apenas cinco centímetros mais ou menos menor que ela. A única diferença era mesmo, as nossas medidas. Claro, Lucy tinha duas melancias em seu busto e um bumbum de ótimo tamanho; no meu caso, eu possuía seios comportados, nem grandes nem muito pequenos, médios. Meu bumbum também era médio, mas em compensação meu quadril era bem largo e minha cintura, finíssima, até mais fina que a da Lucy.

- Por que não vai comprar uma roupa que valha a pena? – sugeri, neutra.

- fitou o relógio. – Será que dá tempo?

- Tem uma loja bem perto daqui com vestidos da nova coleção.

- arregalou os olhos, sorridente. – Nova coleção?! Já chegou a nova coleção?!

- Sim.

- Como você sabe?!

- Para quê acha que existe internet? – falei como se fosse óbvio, não dando a mínima para a sua animação.

- Aaaaaah! – debruçou-se para me abraçar, já que eu estava preguiçosamente estirada sobre a cama, e me deu um beijo no rosto. – Eu te amo! Vou lá correndo!

- Boa sorte.

Ela quase não ouviu a última palavra que falei, simplesmente saiu em disparada.

Diferente de mim, não era muito difícil Lucy aparecer com alguém. Ela já tivera uns três namorados, mas em contra partida, nenhum deles era filhinho de papai. Na verdade, eu quase sempre me perguntava de onde esses caras surgiam, pois era sempre uma história diferente que ela me contava. Mas, infelizmente, Lucy nunca encontrou alguém por quem gostasse 100%... sempre acontecia algo que a fazia terminar, e eu ficava triste por ela.

Agora, vendo a parte muito INJUSTA da história, Lucy, minha irmãzinha de dezessete anos, perdera a virgindade antes de mim. ISSO É INACEITAVEL! Tudo bem que nunca me apaixonei nem encontrei alguém que confiasse, mas... eu estava cansada das histórias eróticas dela sendo que eu nem sequer sabia o que era sexo!

Voltando à sanidade, me peguei com uma extrema vontade de comer alguma coisa fora. Bom, uma nova cafeteria abrira aqui perto e eu ainda não experimentara nada lá. Pensei que fosse uma boa hora.

Pus uma calça jeans azul, bem justinha (como eu gostava), com uma camisa de listras brancas e pretas, no estilo tomara que caia com mangas abaixo dos ombros; a coloquei por dentro da calça. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, deixando a franja livre.

- Mamãe, vou à cafeteria nova aqui do lado, está bem? – avisei após bater na porta do seu quarto. Eu ouvia um remoto som de água batendo no chão; ela estava no banho.

- Tem certeza, filha? Não quer que eu vá com você?

- Desculpa, mamãe, mas quero ir sozinha.

- Ah... está bem. Cuidado ao atravessar a rua.

- Okay.

Pois bem, desci a escadaria e saí.

Já era quatro da tarde, o sol estava fraco mas ainda não se punha. Devo admitir que estava com saudade de colocar os pés fora de casa, aproveitar o ar puro e ouvir o barulho de inúmeros carros ao atravessar a rua.

Dei uma boa olhada na cafeteria antes de entrar. Na verdade, antes de tentar entrar. Eu teria adentrado o estabelecimento se não tivesse sido puxada para trás de uma parede por alguém que corria rapidamente em minha direção. Esse alguém abaixou-se comigo e pôs uma mão na minha boca enquanto a outra segurava firmemente o meu pulso. Até este momento, eu havia fechado os olhos pelo susto, mas quando os abri, surpreendi-me com quem era a figura.

Não tinha como confundir aqueles cabelos lisos da cor do carvão. Ele olhava para todos os lados, completamente alerta a cada sinal de movimento. Segundos depois, ele relaxou e me encarou. Pela segunda vez, me vi hipnotizada naqueles olhos, naquele olhar.

- Mavis? – disse ele, sorrindo de canto logo em seguida e me soltando. Permaneci ali, inerte e paralisada.

- Zeref. – ao dizer seu nome, meu coração falhou uma batida, o que me fez estranhar a mim mesma e levantar logo em seguida. – Que coincidência. – falei um pouco desconcertada.

- Pois é. – bagunçou seus cabelos. – Eu não pensei que fosse encontra-la novamente.

- É... eu também não. – sorri um tanto tímida. – O que faz por aqui?

- Só... passeio.

- E esse passeio envolve a sua corrida de agora pouco? – lhe lancei um olhar investigativo, cruzando os braços.

- riu, um pouco sem graça. – Gosto de correr... exercício é bom.

- revirei os olhos, pouco convencida da sua justificativa. – Entendi. – fitei a cafeteria, voltando os olhos para o moreno. – Está a fim de comer algo? Dizem que os lanches daqui são bons...

- deu uma olhada no estabelecimento, pensativo. – Tudo bem.

Por um momento não achei que ele fosse concordar, mas fiquei feliz por sua resposta positiva.

Sentamos em uma das mesas bem decoradas do lugar. Era um ambiente agradável, possuía uma aura boa e harmoniosa.

- Você está com olheiras. – disse ele de repente, sem o mínimo senso de conveniência.

- Vejo que a sinceridade é uma forte qualidade sua. – comentei, sem me importar.

- analisou as minhas expressões. Ele realmente gostava de fazer isso... – A insônia ainda a perturba?

- Os dias estão sendo um pouco... difíceis. – ri ao dizer a última palavra, um pouco sem jeito.

- Com licença. – uma garçonete veio a nós. – Já sabem o que vão querer?

- dei uma olhada no cardápio, dando uma curta mordida no lábio inferior ao escolher. – Eu quero um croissant e um cappuccino com muita espuma. – entreguei o cardápio à mesma, percebendo que ela tinha os olhos presos no meu acompanhante enquanto ele me fitava. De alguma forma, o fato de ele não dar bola a ela me deixou levemente satisfeita.

- E o senhor? – ela o olhou dos pés à cabeça, seu olhar era faminto.

- O mesmo que a senhorita. – ainda sem tirar os olhos de mim, ele respondeu.

Um pouco desanimada, ela consentiu e se retirou. Pouco tempo depois, nos trouxe os pedidos. E tinham uma cara de ser deliciosos.

Uma música não muito recente tocava baixinho, Criminal, da Britney Spears. Eu era apaixonada por essa música, mesmo não sendo das mais atuais.

- dei uma mordida no croissant, saboreando-o lentamente. – Está delicioso...

- ele concordou. – Estavam certos ao dizer que os lanches daqui eram bons. – fitou-me rapidamente. – Você escreve?

- me vi confusa com a sua pergunta. – Como assim?

- Tem cara de escritora.

- Ah. – ri, discreta. – Não, não escrevo. Esse dom quem herdou foi a Lucy.

- Você parece gostar mesmo da sua irmã. – dizia com admiração.

- A adoro. – tomei um gole do cappuccino. – Ela é incrível. Criativa, animada, belíssima... – sorri ao lembrar da sua figura. – Todos os caras sonham por uma chance com ela, acredite.

- Ela deve ser estonteante. – elogiou com base no que falei. – Mas então, você faz algo ligado ao lado artístico?

- Estranho você estar perguntando isso... não parece ser um admirador de artes.

- hesitou. – Gosto da arte, simplesmente por que ela é mais do que aparenta, e está presente em músicas, palavras, pinturas... – inclinou a cabeça sutilmente para o lado, estreitando os olhos ao me encarar de uma forma bem sedutora. – Você me faz pensar em arte, Mavis Vermillion.

Ele está me cantando?

- sorri com doçura. – Bom... eu pinto quadros, toco instrumentos... O meu favorito é o piano.

- Então eu não estava enganado. – sorriu, convencido. – Fale sobre o que pinta.

- Pode parecer estranho, mas... eu sou fissurada no corpo humano. Todas as minhas pinturas são de corpos femininos e masculinos nus.

- Estranho. Há um motivo?

- A beleza dos distintos corpos me atrai... O corpo humano é refletor de inúmeras coisas; reflete amor, desejo, nostalgia... – eu falava com paixão, viajando nos meus pensamentos. – É mais do que apenas pele ou belas definições. É arte.

- Uau. – sorriu em satisfação. – É um bom pensamento.

- Obrigada. – esbocei um sorriso grato. – Fale sobre você.

Como um dia que vira noite, ele se fechou de repente.

- Não gosto de falar sobre mim.

- Por quê? – indaguei, desanimando.

- Eu... – olhou para a vidraça da cafeteria, parecendo avistar algo que o fez levantar sem hesitações. – Desculpe, Mavis, eu preciso ir. – pegou a sua carteira, deixando o dinheiro sobre a mesa. Estranha a forma de como a sua figura tão adorável mudou tão rápido, como no dia em que nos conhecemos.

- Mas... – antes que eu pudesse falar, ele já estava saindo. Levantei-me a tempo. – Zeref! – ele deu uma olhada por cima dos ombros, embora tivesse pressa. – Vou vê-lo novamente?

- sorriu de canto. – Com certeza esbarrarei em você em outra oportunidade, loira.

Sorri pela sua confirmação e o vi ir embora. Foi quando me toquei de que depois de dias, eu finalmente sorri outra vez. Não tinha como negar... a presença dele me fazia bem, eu me sentia leve e sem preocupações como uma criança.

Era um fato... eu queria descobrir mais sobre ele, e não ia descansar até encontrar o que procurava.


Notas Finais


E então? 'u'
Zeref, misterioso como sempre...
Até o próximo capitulo, minna! ^.~


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