História Criminal - 1 Capítulo

Eu tinha 16 anos, quando Giovanni Santoro exigiu que eu me casasse com ele, o combinado era o seguinte, quando eu fizesse 18 anos, casaria com ele, e meu pai como um bom funcionário aceitou de cara. Para o meu pai isso é ótimo, ele arranjou um casamento, para sua filha caçula e melhor ainda com o novo chefe da família.

Me sinto decepcionada, só não sei por que, sabia que não me casaria por amor, nenhuma mulher aqui se casa por amor. As mulheres aqui são criadas para ser moeda de troca e os homens para ser ótimos lideres ou soldados.

Eu não quero viver como a maioria das mulheres vivem aqui, somos criadas como mercadoria, só esperando o momento de um babaca como Giovanni, se interessar e fazer sua oferta.

Não vou viver como uma eterna prisioneira, como sua boneca particular, eu já tenho exemplos demais, que é uma vida miserável. Vi Giovanni poucas vezes, mas foi o bastante para já odiá-lo, Giovanni Santoro é um babaca arrogante, sempre serio e ignorante, age como se fosse um rei, bem a família o trata como se fosse um rei.

-Giulia, pensa pelo lado bom, você vai ter uma vida de luxo, sempre vai comprar o que quiser. Francesca só pensa em luxo e dinheiro e no que se compra com ele.

-Francesca, por favor saia, eu quero ficar sozinha. Não estou afim, de ficar ouvindo o quando eu sou sortuda, por estar noiva do chefe.

Estou cansada, só quero ficar sozinha pensar um pouco, minha família não consegue entender que não sou sortuda, estou condenada.

-Giulia, você tem que entender que fomos criadas para isso, acho melhor se contentar e agradecer por ter sido Giovanni.

De certa forma, Francesca está certa, pelo menos não vou me casar com algum velho ou algum político, a grande maioria das mulheres aqui acaba se casando com um velho ou algum soldado de Giovanni.

Mas ser forçada a se casar com alguém que você não ama, não é sorte. Pode ter certeza que eu faria qualquer para ser uma pessoa normal, eu só queria fazer coisas que pessoas da minha idade fazem, ir ao shopping, balada e faculdade.

A única fez que fui ao shopping foi a 5 anos atrás, quando praticamente imploramos para o papai me levar. Nem ao menos fui na praça de alimentação, é desgastante viver como uma prisioneira.