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História Criminal - Aliança


Escrita por: theloveofyourlife

Notas do Autor


Bem eu fico bastante animada quando acabo de escrever um capitulo e quase sempre acabo escrevendo outro curto em seguida. Eu queria saber se vocês curtem essa ideia, pq eu pretendo postar sempre um long e um short cap.

Capítulo 40 - Aliança


Fanfic / Fanfiction Criminal - Aliança

Eu realmente não sabia á quanto tempo cutucava, mexia e remexia naquele cadeado e não conseguia abri-lo. Quando menos notei a luz do sol nascendo ao horizonte já batia na janela. Hera tinha ido dormir depois que voltamos, ela já tinha tomado banho e lavado suas roupas antes mesmo de ir para a cama. Eu estava na cozinha, em meu relógio de pulso marcavam 05h15min AM, minhas vestes ainda eram as mesmas sujas de terra, eu não iria tomar banho ou dormir tão cedo enquanto essa caixa não estivesse aberta. Eu estava bastante paciente até, normalmente eu cairia no sono, ainda mais depois do trabalho braçal que tive para cavar e depois preencher o buraco com terra novamente, em nenhum momento consegui ficar longe da caixa, como se tivesse o mais precioso tesouro em seu interior.

Eu já havia desistido de tentar abrir o cadeado sem comprometer na bela estrutura daquela caixa, eu queria saber o que tinha ali dentro e essa demora já estava começando a me irritar. Vou até o quintal da casa, ainda com a caixa em mãos. O quintal era bastante florido para uma casa abandonada, provavelmente foi Hera que fez aquilo tudo. Um pequeno casebre que deveria servir de armazém ficava do outro lado do jardim. Forçando um pouco a porta ela é aberta, inalo a poeira do lado de dentro sentindo meu nariz coçar, maldita sinusite. A luz entrava tímida pelas frestas de madeira. Havia vários tipos de ferramentas por ali e alguns aparelhos de jardinagem, como um cortador de grama velho que não deveria sequer funcionar. Encontro um machado um tanto enferrujado e pego o objeto pesado o apoiando sobre o ombro.

-Ótimo!- Sorrio comigo mesma e volto para o interior da casa colocando a caixa na mesa da cozinha. Seguro o machado com as duas mãos e o posiciono no alto, agora era tentar acertar no cadeado. Desço o machado com força acertando o cadeado em cheio, mas nada do mesmo abrir, apenas ficou um tanto entortado. Acho que mais uma eu conseguiria... Levanto o machado mais uma vez apertando minhas mãos firmemente sob o cabo de madeira do empecilho, o desço mais uma vez aplicando força sobre o mesmo novamente, o cadeado abriu. Agora sim eu podia pular de felicidade, coloco o machado sobre a mesa e bato palminhas pulando de felicidade, me sento na cadeira e observo a caixa novamente com um enorme sorriso no rosto. O que será que poderia ter ali? Esfrego minhas mãos umas nas outras e toco a superfície coberta por um grosso couro marrom. Fecho os olhos novamente, era estranho mas pra mim coisas o tipo tinha que se fechar os olhos. Levanto a tampa e então abro os olhos, os baixo devagar até a caixa observando seu conteúdo. O que tinha ali era realmente valioso para mim. Eram fotos, fotos e fotos. Deveria ter umas vinte, ok não eram tantas, mas eu peguei aquelas imagens em minhas mãos com uma alegria sobrenatural. A primeira foto era de um garoto que deveria ter no máximo quinze anos, ele estava ao lado de uma mulher loira bastante bonita, provavelmente era sua mãe, observando melhor o rosto do garoto eu pude ver a quem pertencia, era Jack. Os olhos azuis ainda era o mesmo, mesmo na fotografia antiga.- Que gracinha.- Comento deixando a foto de lado e agora partindo para outra. Jack ao lado de uma mulher de cabelos castanhos claros, ou loiro escuros, a reconheço de imediato, Candice. A foto foi tirada por uma terceira pessoa, Jack tinha os braços envoltos ao redor dela, o mesmo mordia sua bochecha, a moça mostrava os dentes rindo, eu senti inveja, eu queria ser ela ali com ele. Eu queria ser quem ele abraçaria ou desejaria boa noite, ela era tão sortuda. Passo as outras fotos e na maioria era preenchida pelo rosto daquela mulher. Por que dela? Por que ele gostava dela? Ela era tão importante assim? Eu cheguei a pensar que ela podia ser irmã dele pelo sobrenome, mas aquela vagabunda transava com ele! Eu provavelmente nunca vou vê-lo e ela teve o prazer de vê-lo em vida e ainda gemer por seu nome, eu não achava que ele estivesse morto, mas eu não sei dizer se tinha esperança de vê-lo vivo, ele era o Coringa, não era? Ele era o Coringa? Meu Coringuinha? Meu senhor C.? Meu pudinzinho? – Ele está morto, não é?- Pergunto para mim mesma como se eu tivesse a resposta. As lágrimas começam a descer grossas por minhas bochechas.- Meu senhor C.- Sussurro em um misto de tristeza e fúria. Pego as fotos que eu havia espalhado pela mesa puxando cada uma pela lateral as rasgando.- Como ele pôde amar ela? Ela não serve pra ele!- Quando as fotos já estavam todas aos pedaços levanto dando de cara com meu reflexo na janela, passo as mãos por meus cabelos embaraçados ainda sujos de terra e sorrio.- Talvez se eu me arrumar um pouco ele goste de mim, talvez ele esqueça ela...- Me viro para a mesa novamente observando as fotos rasgadas. Como eu olharia pra ele agora?- Não...- Então o choro volta.- Não!- Puxo meus cabelos pra trás com força, eu mais queria e que eles saíssem do couro capilar. Junto os pedaços até que tenha um amontoado de papel picado, tento arrumar as fotos na mesa como um quebra cabeças.- Se eu usar cola, vou conseguir elas de novo. Eu tentava procurar cada pedacinho mas estava tão difícil, abandono tudo a mesa e me sento na cadeira novamente baixando a cabeça para chorar. Entre fungadas de nariz levanto a cabeça e percebo que ainda tinha algo na caixa, ainda tinha muitas coisas na caixa. Havia papeis e papeis, pareciam documentos, tento engolir o choro para conseguir ler. Era uma certidão de casamento, onde informava sobre a conjunção de Jack e Candice, eles eram casados? Isso fazia meu coração querer sangrar. Como assim? Eles não podiam!- Vadia.- Sussurro. Havia outros documentos em nome de Jack, como certidão de nascimento, uma carteira de trabalho no nome de Candice que eu não sabia o que fazia ali. Aquela caixa deveria ser só do senhor C. Ela não tem nada o que fazer ali! Eu tinha lido todos os documentos, mas mesmo assim não sabia nada sobre ele. Eu queria mais! Eu queria ele! Ao fundo da caixa observo um objeto de brilho intenso. O pego em mãos, era uma aliança. Era feminina, as mãos dele não teriam dedos tão finos. A coloco em um dos meus dedos.- Cabe direitinho!- Sorrio imaginando que essa poderia ser a aliança do nosso futuro casamento. Encontro um pedaço de foto em que seu rosto estava em evidência. Aqueles olhos... levo o pedaço de foto aos lábios o beijando de forma tênue.- Nós vamos nos ver pudinzinho.


Notas Finais


Vocês acham que ela já está ficando maluquinha?


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