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História Criminal Blood - New Year


Escrita por: Capulet_

Capítulo 29 - New Year


Ai.meu.Deus. - Murmuro. Pattie interrompe o beijo. 

Seu rosto fica branco, ela encara Michael e depois me encara. 

-Candice, nós podemos explicar, nós... 

-Bieber está esperando vocês lá embaixo. - Fecho a porta, começo a andar em passos rápidos. Desço as escadas praticamente correndo, porém, tomo todo o cuidado do mundo para não cair.  

-Encontrou? - Bieber pergunta assim que apareço.  

Ainda tentando manter meu silencio, confirmo com a cabeça e me sento ao lado de Oma.  

Bieber não percebe que eu estava eufórica, o que foi ótimo.  

Michael aparece segundos depois, ele se senta e pergunta aonde Pattie estava.  

Bieber responde que ela foi retocar a maquiagem e Michael confirma. Ele me encara e eu não consigo não desviar de seu olhar.  

Pattie aparece logo depois e se desculpa pela demora. - Podem servir a sobremesa.  

(....) 

Minha vó pergunta aonde Claire anda, e eu respondo que ela foi passar o natal com a família dela. 

Eles sentiam muita falta dela.  

Terminamos de comer, Pattie e Michael me encaravam a todo momento. Eu fingia que nada havia acontecido e comia minha sobremesa normalmente.  

Maria se despede e fala que tem que ir. Nos despedimos dela e ficamos esperando dar meia noite.  

Nos abraçamos assim que deu meia noite. 

Todos menos eu, que evito abraçar Chaz, Christian e Bieber.  

Ficamos até as duas da manhã conversando animadamente sobre todos aos assuntos possíveis quando minha vó anuncia que ela estava cansada. 

Tento faze-la ficar e dormir aqui, mas ela recusa gentilmente.  

Ela se despede de todo mundo e me dá um abraço apertado.  

Vejo ela entrando no carro de um dos seguranças do Bieber e aceno.  

Entro na mansão e vou subindo as escadas calmamente, quando estou perto de meu quarto, paro.  

-Eu não vou contar nada a Bieber, se é isso que você acha.  

-Eu sei que não vai. - Me viro para encarar Michael. - Minha relação com Justin é algo muito importante para mim, e não vai ser você que vai acabar com isso. 

Ele havia me ameaçado?  

- Sei que você está acostumado a viver em um mundo em que as pessoas vão se sentir ameaçadas só com a sua presença, mas eu não tenho medo de você.  

Michael sorri. - Eu sei que não. 

-É bom que saiba, sua relação e da Bieber não vão mudar. Conte com isso. - Entro no meu quarto e fecho a porta na cara de Michael. 

-Abusado. - Murmuro.  

(....) 

Mais uma vez, o barulho alto de risadas e gritos me acorda.  

Coloco travesseiro em cima do meu rosto tentando fazer com que o barulho diminuísse.  

Sem sucesso.  

Grito um xingamento e finalmente levanto.  

Como todos os dias, faço minha higiene matinal, coloco uma roupa e desço.  

Desço e havia algumas pessoas sentadas no sofá conversando animadamente.  

-Oh, olá?- Ele se levanta e vem até mim.  

Deus, por favor..Não faça mais alguém me confundir com uma prostituta.  

-Você deve ser Candice, amiga de Justin, estou certo? 

-Sim, exatamente.  

-É um prazer, sou Jeremy. Pai de Justin. - Ele sorri. - Venha, vem conhecer o pessoal. - Ele me puxa para perto do sofá.  

-Essa é Chelsey, minha mulher. 

-É um prazer, querida. - Ela beija minha bochecha e sorri.  

-E esse são meus filhos, Allie, Jaxon, Jazmyn, e é claro, a pequena Bay.  

-Ela é gostosa. - Jaxon diz. O rosto de Jeremy fica vermelho de vergonha. 

Jaxon, mais conhecido como mini Bieber. 

Pattie estava sentada no outro sofá ao lado de Michael, ela ri alto com a situação. 

-Jaxon, isso não é jeito de tratar uma dama. - Jeremy o repreende. 

-Desculpa... 

-Ela é bonita, veja Bay. - Allie estava com Bay no colo, que assim que me vê esconde seu rosto no pescoço da irmã. - Ela está com vergonha. 

-Vejo que já conheceu minha família. - Bieber aparece da cozinha e me encara.  

Não o responde. 

Bieber odiava ser ignorado, e eu amava fazer ele se sentir assim.  

-Irei ao mercado comprar algumas coisas para preparar o jantar, Candice querida. - Pattie me chama.- Quer ir comigo?  

Merda, mil vezes droga.  

-Claro, sair seria bom. - Forço um sorriso falso.  

Pattie sobe para pegar sua bolsa e eu fico esperando.  

-Cuida dela. - Bieber fala. - Ela costuma ser meio...avoada, às vezes. 

Confirmo com a cabeça, Bieber estava prestes a falar algo quando Pattie volta.  

-Podemos ir? 

-Claro.  

Entramos no carro que Michael havia alugado e saímos da mansão em direção ao mercado.  

O caminho até o mercado foi silencioso. Pattie estaciona o carro, e nós descemos e entramos.  

Pego um carrinho, enquanto Pattie analisava a lista que tinha em mãos, verificando tudo o que ela tinha que comprar.  

Estico minha mão para pegar meu cereal que estava na prateleira mais alta. 

-Candice, você sabe porque eu te chamei aqui, não sabe? 

Não a encaro. - Sim, eu sei. 

-Não queria que você tivesse visto aquilo, era algo para ficar em segredo...por enquanto. - Ela entra na frente do carrinho e eu sou obrigada a parar. - Mas aconteceu, e foi inevitável. 

-Você pode ir direto ao ponto, Pattie. 

Ela suspira e concorda. - Eu amo Michael.  

Como eu não respondo nada, ela continua. - Vou levar seu silencio como resposta, eu sei que é loucura...Por Deus, eu sei. - Ela ri fraco. - Por anos eu odiei aquele homem, só Deus sabe o quanto eu queria mata-lo por ter arrastado Justin para esse mundo. 

-Mas aconteceu, não pude evitar. Michael nunca parou de cuidar de Justin, mesmo de longe, ele sempre deu um jeito de cuidar do meu filho. Michael não é pai do Justin, mas o tem como filho. E eu sei que a relação dos dois é meio duvidosa, é algo inexplicável. 

-Eles realmente têm algo incomum. - Falo baixo apenas para ela ouvir.  

-Eu nunca vou entender o que eles têm, mas eu entendo o que eu e Michael temos. E isso é amor. Você já sentiu isso, Candice? 

Nego com a cabeça e ela suspira. - Eu achava que sentia isso com Jeremy, mas me enganei. Nosso fim foi trágico como qualquer romance desses livros que as adolescentes leem. Mas com Michael...Foi e é diferente, entende? É algo tão...Errado? - Ela bota a mão na cabeça tentando raciocinar.  

-Tão certo? - Sugiro e ela concorda com a cabeça várias vezes. 

-Tentei lutar contra esse sentimento por muito tempo, até o próprio Michael tentou se afastar de mim, e isso só piorou as coisas.  O que me mata é saber que se Justin souber disso, a relação dele e de Michael pode ter um fim. 

-Eu falei para Michael que não iria contar nada a Bieber. 

-Eu sei. - Ela encara um cara que passava ao nosso lado e espera até que ele vá embora para continuar a falar. - Mas queria ter essa conversa pessoalmente com você, de mulher para mulher, entende? - Concordo. - Eu amo Michael, parece que finalmente as coisas fazem sentido e não quero por em risco nossa relação...E não estou pronta para falar para Justin sobre isso. 

Pego sua mão. - Eu vou manter segredo, algo tão único como o sentimento que você e Michael sentem um pelo outro, não pode ser arruinado assim. - Ela sorri. Uma lagrima cai de seus olhos e ela limpa com a palma da mão. 

-Isso foi muito gentil querida, muito obrigada. - Ela sorri. - Fiquei feliz em saber que tem uma mulher nessa equipe, sinal que cada vez mais nós conquistamos nosso lugar, mesmo que seja na máfia. - Ela brinca e eu dou risada. 

-Mulheres no poder, certo? - Ela concorda. 

-Obrigada, de verdade. - Vamos continuar, se não nunca vamos sair daqui. 

(....) 

Ajudo Pattie a levar as coisas para dentro, fomos direto para a cozinha. 

As crianças estavam na piscina, não estava um calor escaldante, porém elas insistiram muito para nadarem e aproveitarem o sol.  

Eu cozinhava ao lado de Pattie, ela estava encarregada de fazer os salgados e eu ficaria encarregada em fazer o doce.  

Conversamos animadamente sobre ela e até sussurramos quando ela queria falar sobre Michael. O próprio, entra na cozinha e fala que precisa falar com Pattie. 

-Licença querida, já volto. - Eles saem para fora da mansão. 

Coloco a forma no forno e acerto a temperatura. Vou preparando o recheio quando sinto algo tocar minha perna.  

Bay estava ajoelhada e me encarava. - Oh, como você veio parar aqui? - Me abaixo e a pego no colo. Ela estava com uma roupa de banho de manga longa, a estampa da roupa era cheia de melancias.  

Ela toca gentilmente meu nariz com a ponta de seu nariz e eu sorrio. - Quer? - Pego um morango e seus olhos brilham. - Toma, veja se meu recheio está bom. - Passo o morango no recheio e dou para ela, que devora o morango em questão de segundos.  

-Gostou? - Ela balança a cabeça que sim. - Quer mais um? Toma.  

Bay era linda, e mesmo pequena já era tão esperta. 

-Aí está você. - Me assusto com a voz de Bieber que entra na cozinha. - Estávamos loucos te procurando. - Ele encara Bay que sorri para ele.  

-Ela gostou de você, é raro ela gostar de alguém assim logo de primeira. - Ele me encara. Dou de ombros.  

Ele estica seus braços para que Bay vá para seu colo, ela nega. - Não quer vir comigo?  

Ela nega novamente, ele se aproxima de nós e começa a fazer cocegas na barriga dela que ri alto. Ela se joga para seus braços e ri divertidamente.  

-Toma, meu anjo. - Lhe entrego outro morango. 

Pattie aparece e se assusta quando vê Bieber ali. 

-Olha que delicia está aqui. - Pattie se aproxima de Bay e começa a brincar com ela. -Deve estar morrendo de fome.  

-Sim, nós estamos. - Bieber sorri falsamente.  

-Então vaza daqui para Candice e eu terminamos de cozinhar. - Bieber não discuti e sai com Bay, que se vira e acena para nós. - Linda.  

-Ela é um amor. - Me viro para a bancada e começo a picar os morangos. 

-Todos eles são.  

-Você parece ter uma boa relação com Jeremy e a mulher dele. E trata os filhos dele muito bem. 

-Ele é pai do meu filho, e por mais que eu e ele não tenhamos dado certo, não significa que tenho que destratar dele ou de seus filhos. 

-Isso é legal..Quer dizer, você não odeia Jeremy pelos erros do passado, e trata ele como se fosse um..amigo? 

-A vida é curta demais para ficarmos brigados com alguém.  

Aquilo havia sido uma indireta para como eu estava tratando Bieber e os meninos? 

Encaro Pattie discretamente que voltou a amassar as batatas. Ela não fala nada e nem eu. 

P.O.V Justin Bieber 

-Tudo o que sabemos sobre Candice está nessa pasta. - Entrego a pasta para Michael.  

Ele abre a pasta e começa a ler atentamente todas as informações lá. Nos sirvo com um pouco de whisky, e coloco o copo na frente de Michael. - Ela tinha 17 anos quando o pai e o irmão dela sumiram, ficaram cerca de 1 ano procurando os dois até que o caso foi encerrado pela polícia e os dois foram dados como mortos. - Michael lê alto. - Como ela conseguiu matar Calvin? 

-É isso que martela minha cabeça. - Sento na minha cadeira e o encaro. - Candice é altamente treinada. Treinamento assim que é raro ver hoje em dia. 

-Não tão raro assim, trabalhei muito em seu treinamento e dos garotos. - Concordo. - A questão é que, Calvin era o centro das atenções naquela época, todos queriam a cabeça dele, até o velho Cooper. Como ela conseguiu chegar até ele? 

-Pelo o que eu me lembro, ele ia em uma boate de um certo amigo dela, algo assim. Um dia ele apareceu e ela conseguiu mata-lo. 

-Isso não faz sentido para mim. - Ele fecha a pasta dela. - Calvin era rodeado por seguranças, como ela simplesmente conseguiu mata-lo? 

-Tem uma foto na última página, veja.  

Ele abre a pasta novamente e pega a foto em mãos. - Essa foi a única foto que conseguimos achar dela no dia da morte de Calvin.  

-Ela fingiu ser uma prostituta. - Murmura. 

-Surpreso? 

-Nem um pouco. É bom tê-la perto de você, pessoas como ela são sempre uma caixinha de surpresa. 

-É o que eu diga. - Bebo meu whisky. - Mas acho que ela realmente está do meu lado, estou confiando nela.  

-Baseado em que você acha isso? 

-Ela já me livrou da morte umas...3 vezes? Acho que foi isso. - Dou de ombros. 

-Ponta da arma? 

-Ponta de arma. - Confirmo.  

Michael bebe seu whisky. - E Cooper? 

-Era sobre isso que eu queria tratar com você. - Pego o notebook de Chris e coloco em cima da escrivaninha. Aperto uma tecla e as vozes começam a ecoar pela minha sala.  

Pego um caderno que estava guardado na gaveta e entrego para Michael.  

-Travis e os outros fizeram essas anotações, são do segundo andar. A planta baixa não estava completa, só havia a parte de baixo.  

-A parte de cima foi construída a pouco tempo, não é? - Concordo. - Eu me lembro, estava na cidade quando o pai de Cooper começou a reformar aquela merda.  

-Temos gravadores por muitos locais daquela casa, bem escondidos, é claro. Porém, queria que estivesse um no escritório de Cooper, iria facilitar mais as coisas.  

-Pelo o que estou vendo, você já tem tudo pronto para invadir a casa de Cooper, para que precisa de mim? 

-Preciso do seu cérebro e dos seus homens. 

-Não acho que você esteja louco sobre isso. - Ele fala. Michael me conhecia muito bem, ele respondeu antes que eu fizesse a pergunta. - Quando pretende fazer isso? 

-Janeiro...Ou começo de Fevereiro, não me decidi ainda.  

Michael faz uma cara feia. - Algum problema com a data? 

-Não, eu tinha planos, mas dá para adia-los.  

Dou de ombros. - Se quiser, não precisa fazer parte disso. 

-Eu quero.  

-Vou mantendo contato com você sobre as coisas.  

-Sem problemas.  

-A propósito, como vai as coisas no Canadá? Faz tempo que não vou para lá.  

-As coisas vão indo bem, até demais.  

-Ninguém tentando tirar sua coroa? 

-Você sabe o que aconteceu com o ultimo que tentou. 

Eu sabia muito bem, eu estava lá aquele dia.  

A violência e a matança no Canadá estavam altas, Michael travava uma guerra sangrenta com seu rival, Richard Ambrose.  

Richard estava escondido a muito tempo, até que uma pista nos levou diretamente para seu paradeiro.  

Michael o esquartejou e mandou seus pedaços para seus sócios e amigos mais íntimos.  

Foi lindo de se ver. 

-A propósito, seja lá o que estiver rolando entre você e a garota, resolva.  

-Como sabe que está rolando alto? 

-Ela olha como se fosse te matar. 

Solto uma risada. - Ela me olha assim desde a primeira vez que nos vimos. 

 - Algo nela me deixar impressionado. 

-O que? 

-Não sei responder isso ainda, mas Candice tem algo me deixa fascinado. Algo que só vi uma vez na vida.  

-Em quem? 

-Em você. - Fico em silencio. - A mantenha por perto, vocês podem fazer uma bela dupla.  

(....) 

Já era de madrugada quando desço para tomar água, a casa estava um completo silencio, todos estavam dormindo.  

Vou até a área da piscina e me surpreendo quando vejo Candice ali. 

Ela estava com os pés dentro da piscina e encarava o céu. 

Vou me aproximando lentamente, ela me vê pelo reflexo da água.  

Ela faz menção de se levantar quando eu a impeço. - Precisamos conversar. - Ela me encara. - Posso? - Pergunto se posso ocupar o lugar ao seu lado, ela de ombros.  

Me sento ao seu lado e coloco meus pés dentro da piscina. A água estava fria pra caralho.  

-Candice, sei que está puta pra caralho, mas não acha que está exagerando? 

Ela solta uma risada falsa e balança a cabeça em negação. - Não quero te contar o que eu estou planejando, porque sei como você vai ficar. 

-Então, está me mantendo aqui porque? 

-Para você ouvir o que eu tenho para falar, porra. - Digo impaciente. 

-Não se preocupe, não quero ouvir nada da sua boca que seja mentira. - Ela se levanta e vai caminhando para dentro de casa.  

-Candice, estou procurando pelo seu pai e seu irmão

-O-o que?- Sua voz estava tremula. Consigo sentir a emoção na sua fala, e não demorou muito para que seus olhos enchessem de lagrimas. 

-Foi isso que você ouviu. Christian vai começar a procurar por eles. - Me levanto. 

Candice tenta se aproxima de mim, porém me afasto dela. - Era justamente por isso que eu não queria te contar, suas emoções iriam falar mais alto do que seus atos. 

-Você está viajando. 

-Estou? - Ela não me responde. - Não quero que você crie esperanças, é um caso perdido e você mesmo sabe disso, porém, irei tentar...Por você. 

-Eu nem sei como agradecer. 

-Não agradeça. - Sou grosso em minhas palavras, contudo, não queria que Candice criasse esperanças que eles estariam vivos.  - O caso foi encerrado pela polícia justamente por não acharem nenhum vestígio dos dois. Christian é o melhor na área, mas não consegue fazer milagres. 

-Não irei criar esperanças.  

-Você não consegue me enganar Candice, eu conheço você. - Me aproximo dela. - Você vai precisar ser forte...mais uma vez. - Passo por ela e entro.  

Escuto gritarias vindo do quarto de meu pai. Ele estava discutindo com sua mulher, assim que eles me veem, recuperam a postura.  

-Irei dormir com as crianças. - Ela anuncia e me deixa sozinho com meu pai. 

-Mais uma briga? - Pergunto e ele concorda. - Você tem que parar com isso. 

-Casais brigam Justin, você não sabe o que é isso porque não tem ninguém.  

-Tem razão, e ainda bem que eu não preciso engatar um casamento no outro para estar feliz comigo mesmo. - Jeremy me encara feio. 

-Olha como fala comigo, eu ainda sou seu pai.  

-E quando eu me esqueci disso?  

-Quando? Quando Michael apareceu na porra da sua vida. - Ele altera seu tom de voz.  

-Pessoas estão dormindo, seus filhos estão dormindo, não precisa acordar a casa toda.  

-QUE SE DANE. - Esbraveja. - Você nem nega o fato de que Michael é mais um pai para você do que eu. 

-Está se ouvindo? O quão ridículo são as palavras que estão saindo da merda da sua boca? 

-Estou mentindo? - Se aproxima de mim. - Fala Justin, estou mentindo? 

-Você está embaixo do meu teto, é melhor falar baixo. 

Jeremy ri falsamente. - Embaixo de um teto que foi comprado com dinheiro sujo. Dinheiro cheio de sangue. 

-Dinheiro do quão você e sua família sobrevivem. - Jeremy me encara, sua expressão era séria. 

-Como é?  

-Foi exatamente isso que você ouviu, dinheiro do qual, você vive muito bem com sua família.  

-Eu NUNCA pedi para você me dar nada, ouviu bem? NUNCA.  

-Meus irmãos nunca vão precisar passar pelo o que eu passei, porque vou garantir que eles tenham TUDO o que eu não tive na idade deles. 

-Está jogando na minha cara como era nossas vidas no passado? Eu fiz TUDO o que pude para dar o melhor futuro para você e para sua mãe, eu e ela tentamos de tudo para leva-lo para um bom caminho, para alimenta-lo. Não seja ingrato a esse ponto.  

-Não venha na minha casa falar que o dinheiro que te mantem em uma qualidade de vida ótima é um dinheiro sujo. Não vejo você reclamando quando deposito dinheiro na sua conta todo mês.  

Eu sabia que havia pegado pesado em minhas palavras, mas Jeremy precisava ouvi-las. - Não preciso ouvir esse desaforo, não se importe. Irei embora com minha família agora.  

Ele sai do quarto e vai em direção ao quarto que as crianças estavam.  

Sou mais rápido que ele e o empurro, ficando na frente da porta. - Meus irmãos não vão sair daqui. 

-E quem é você para mandar em algo? Você manda em quem você quiser Justin, mas não em mim. - Ele tenta me empurrar, porém permaneço firme. 

-Para de se comportar com a porra de um moleque, Jeremy.  

-Sai.da.frente.  

-Não. 

-EU VOU LEVAR A MINHA FAMILIA EMBORA. - Jeremy explode. 

-VOCE NÃO VAI TIRAR MEUS IRMÃOS DESSA PORRA DE CASA. - Grito mais alto que ele.  

Jeremy estava muito longe de casa, aqui não era a casa dele. 

E so quem poderia gritar e mandar nessa porra era eu.  

O punho de Jeremy acerta meu rosto, que é virado bruscamente para o lado. Passo a ponta dos meus dedos no canto da minha boca, e como já era de se esperar: Sangue. 

Solto uma risada alta e escandalosa. Vou para cima de Jeremy e dou um soco em seu rosto, sua boca começa a sangrar instantaneamente.  

Ambos caímos no chão e começamos a trocar socos. Consigo reverter as posições ficando por cima de Jeremy, ele tentava se proteger dos meus socos com as mãos, mas não consegue. 

Portas são abertas e meu corpo é tirado de cima de Jeremy. Minha mãe e Christian me seguram, me impedindo de ir para cima de Jeremy novamente.  

Jeremy tenta vir para cima de mim, mas seu corpo é jogado bruscamente para trás, quando Candice o empurra com toda força que tinha.  

Seu olhar de fúria é dirigido a ela, Michael interfere e segura Jeremy antes que ele vá para cima dela.  

-VOCE É UM MOLQUE JUSTIN, NÃO PASSA DA PORRA DE UM MOLEQUE.  

-OLHA A PORRA DA SITUAÇÃO QUE VOCE ESTÁ FAZENDO TODOS PASSAREM, TEM CERTEZA QUE O MOLEQUE SOU EU? - Retruco. 

Candice fica na minha frente. - Seus irmãos estão ouvindo tudo, para com isso. 

-Você NUNCA vai conseguir ter a família que eu tenho, ouviu bem? NUNCA. 

-Familia? - Repito - Família do qual você tenta afastar de todo o jeito? Todo ano você aparece com uma mulher nova, e quando finalmente encontra uma que te ama de verdade você faz merda. A SUA ARROGANCIA AFASTA TODOS QUE TE AMAM, JEREMY.  

-ARROGANCIA DO QUAL VOCE HERDOU DE MIM. - Ele consegue se livrar dos braços de Michael. - Não somos diferentes Justin, e você sabe muito bem disso.  

O choro alto de Bay começa a ecoar pelo lugar. Jeremy tenta entrar no quarto, mas novamente, Michael o impede.  

Segundos depois, o punho de Jeremy acerta o rosto de Michael. 

Michael estava pronto para revidar quando minha mãe grita. - MICHAEL, NÃO. - Ele a encara. - P-por favor...- Ela diz tremula.  

Michael recua. - ISSO TUDO É CULPA SUA, VOCE APARECEU NA NOSSA VIDA E DESTRUIU TUDO. - Jeremy aponta o dedo na cara de Michael.  

-Eu acabei com a vida de vocês? - Michel repete. - Você deveria me agradecer, graças a mim, seu filho e sua ex mulher não passam mais fome, e consequentemente você e seus filhos também não.  

Chelsey abre a porta do quarto, ela está segurando Bay nos braços, a mesma estava chorando. 

Jaxon, Jazmyn e Allie nos encaravam, os três estavam chorando.  

-Olha o que você está fazendo com a porra da sua família, Jeremy. 

-Chelsey, vamos embora. AGORA.  

-Eu e meus filhos não iremos sair daqui. 

Meu pai ri. - Já vi que eu não sou bem vindo aqui, não se preocupem. Vou embora.  

Jeremy vira as costas, e sai. Escutamos a porta da frente ser fechada com força, e segundo depois, o barulho do carro sendo ligado e saindo em alta velocidade. 

Dou um tranco e os meninos me soltam. - Não faça nenhuma besteira. - Candice sussurra e eu concordo.  

-Voltem a dormir, amanhã eu resolvo tudo isso.  

-Meninas, gostariam de dormir comigo? . - Candice ajoelha e encara Allie e Jazmyn. Elas encaram Chelsey que confirma com a cabeça, deixando elas irem passar a noite com Candice.  

-Jaxon, se quiser ficar comigo... 

-Não, vou ficar com Chelsey e Bay. - Ele pega a mão de Chelsey que sorri.  

-Esse é meu garoto. - Bagunço seus cabelos. - Me chame se precisar de algo, okay? 

Chelsey concorda. - Obrigada. - Ela murmura.  

Deposito um beijo na testa de Bay e entro em meu quarto.  

Dou um soco na parede com toda força que eu tinha.  

Me sento na minha cama tentando me controlar e não fazer alguma besteira. 

Eu iria cuidar de Jeremy amanhã. 

(....) 

Christian descobre que meu pai estava em um hotel no centro da cidade. Agradeço a ele e saio de seu quarto. Me viro para ir até meu quarto, quando risadas altas me distraem.  

Abro a porta do quarto de Candice e ela me encara.  Allie e Jazmyn estavam vestidas com algumas de suas roupas cheias de brilho. 

Candice as maquiava.  

Jazmyn corre até mim e me abraça.  

-Tudo bem? - Pergunto e ela confirma. - Me desculpem por ontem à noite.  

-Sem problemas. - Ela e Allie respondem em coro.  

-Vejo que Candice as manteve bem ocupadas.  

-Já podemos ir para uma de suas boates. - Allie brinca.  

-Não mesmo. - Candice ri de leve.  

Jazmyn faz um sinal para eu abaixar e assim faço. - Ela é legal...e bonita. - Sussurra em meu ouvido.  

Ela estava se referindo a Candice. 

-Sim, ela é. - Meus olhos pairam sobre Candice, que estava distraída. - Tenho que resolver umas coisas, fica de olho nelas? 

-Claro.  

Me despeço delas e saio do quarto. Desço as escadas e vou direto para a garagem, pego meu carro e saio dali, indo direto para o hotel em que Jeremy estava.  

Não foi difícil descobrir em que quarto Jeremy estava, tudo o que precisei foi dar um bom dinheiro para a recepcionista que me deu passe livre para subir. 

Bato na porta do quarto de Jeremy e ele pergunta quem é.  

-Serviço de Quarto. - Forço minha voz. Segundos depois a porta é aberta, Jeremy não parecia surpreso em me ver. 

-Tinha que ser você. - Ele fala. - Entre, não é igual ao seu ilustre palácio, mas dá para o gasto.  

Fecho a porta assim que entro e encaro Jeremy.  

-O que veio fazer aqui? 

-Falar sobre o que aconteceu ontem. 

-Sobre o quão fui humilhado? Não estou nenhum pouco afim de falar sobre isso.  

-Humilhado? Você mesmo se humilhou, pai. 

-Pai? Me surpreenda que você ainda me chame assim. 

-Vai começar. - Reviro os olhos. - Não comece com a mesma história de sempre.  

-Michael sempre foi o nosso problema, e você sabe bem disso. 

O ego do meu pai foi ferido a muito tempo atrás, desde que Michael nos fez mudar de vida.  

Ele nunca iria superar o fato de que Michael havia nos ajudado. 

Nunca. 

-Você poderia ter sido alguém na vida, ter entrado em uma boa faculdade, trabalhar no emprego dos sonhos, se não fosse por Michael. 

-Ou eu estaria morto essa hora. . 

-Eu tentei de tudo para dar uma boa vida a você e a sua mãe. - Ele se senta na cama e coloca as mãos sobre seu rosto.  

-Ninguém nunca disse que você não tentou, a nossa situação naquela época era de dar dó, não tínhamos o que fazer. 

-Eu ainda me culpo muito, nunca consegui deixar aquilo para trás. Para mim, Michael foi o pai que nunca consegui ser para você.  

-Isso é mentira. - Jeremy me encara, seus olhos estavam cheios de lagrimas.  

As palavras que Pattie me falará uma vez nunca fizeram tanto sentido quanto agora. 

Ferir o ego de homem é uma merda. 

-Não se compare com Michael, você é o meu pai e fez tudo o que podia. Se culpar pelos erros do passado não vai adiantar em nada. Você é o meu pai, e quer saber? Você foi o melhor pai que alguém poderia ter. 

- Sinto que fracassei com você, nunca quis você envolvido com nada disso.  

-Aconteceu. - Dou de ombros. - Você tem mais três chances de fazer diferente, quatro se você contar a Allie.  

-Acha que estou indo no caminho certo com eles? 

-Você está. - Concordo. - Igual esteve comigo.  

-Acho que fui um grande idiota...Chelsey não vai querer nem olhar na minha cara. 

-Sim, você foi. Chelsey vai te perdoar, ela te ama. 

-Você acha? 

-Acho. Se você achar um grande buque tem muitas chances dela esquecer o que aconteceu noite passada. - Brinco e ele ri. 

Ele se levanta e vem até mim e me abraça. - Eu te amo, filho. Você e seus irmãos são as melhores coisas que eu já ganhei na vida. 

-Te amo, pai. - Retribuo o abraço. - Mas vamos, é natal e temos que ver se tem alguma floricultura aberta.  

(....) 

Rodamos a cidade toda atrás de uma floricultura aberta, até que finalmente encontramos uma.  

O sorriso de Chelsey era enorme quando ela viu meu pai com aquele buque. Ela o perdoou na hora e esqueceu o que havia acontecido.  

Dias depois, minha família iria embora, todos de volta para o Canadá.  

Os levo até o aeroporto e me despeço deles. Quando volto até meu carro, um bilhete estava no para-brisa.  

‘Estou de olho em você, Bieber’. - Encaro a rua e estava tudo normal. 

Amasso o papel e o jogo no chão. Entro no meu carro e vou embora para casa. 

-Alguma coisa? - Pergunto a Christian que estava no meu escritório.  

-Você precisa saber de algo... 

-Pode contar. - Me sento na minha cadeira e o encaro.  

-Abruzzi estava com Cooper.  

Respiro fundo. - Acho que eles estão unindo forças. 

-Para me derrotar? Isso é impossível, Abruzzi não tem tanta influência aqui, Cooper não precisaria dele para me derrotar, ele já fodeu com a minha vida sozinho. Porque precisaria de um aliado agora? 

-Não consegui ouvir direito, a escuta que tem no corredor do escritório é uma merda. Porém, Abrruzi e Cooper estão tramando algo juntos, você precisa tomar cuidado.  

-Você está viajando. - Balanço a cabeça. - Abruzzi ficou todos esses anos neutro, nunca se meteu na minha briga com a de Cooper pelo território. Porque ele iria se envolver agora? 

-Porque ele não iria se envolver agora? - Christian me pergunta e eu fico calado, pensando. - Bieber, algo está acontecendo e rápido.  

-Eu sei, eu sei. Estou pensando em contar a Candice.  

-Não, não agora. Creio eu que Cooper não vai agir agora, o ano novo vem logo aí, ele sempre passa com a família dele e Abruzzi também. Mas nós não podemos vacilar, precisamos focar no plano.  

Concordo com Christian. - Vou cancelar nossa viagem de ano novo. - Pego meu celular e começo a discar os números.  

(....) 

Véspera de ano novo, 2019 

A decepção na cara da minha equipe foi nítida quando anunciei que não iriamos viajar esse ano. A única que não ligou foi Candice.  

Ela estava animada demais, pois Claire iria passar alguns dias com a gente, e não acabou ligando para essa viagem.  

A mansão estava sendo decorada para a festa que eu iria fazer hoje, o dia estava uma loucura.  

Entro no quarto de Christian, ele estava sentado na cama encarando seu computador.  

-Alguma novidade? 

-Nenhuma. - Ele bufa. - Michael falou algo? 

-Ele não sabe quando, mas vai mandar uma leva de homens para já começarmos o treinamento. Começo de Janeiro, provável.  

-Entendi.  

-Contei a Candice sobre estarmos procurando o pai e o irmão dela. 

Christian não parece surpreso. - E ela? 

-Eu não deveria ter contado para ela, não agora. Contudo, foi necessário, espero que ela fique com isso na cabeça e não desconfie que estamos aprontando algo.  

-Foi uma jogada esperta, ela não vai desconfiar de nada. 

-Eu sei..Claire está ai. - Sorrio malicioso para Christian. 

-Eu sei. - Ele suspira.  

-Tome cuidado com ela.  

-Porque? -  

-A própria Candice não vale nada, imagine sua amiga.  

(....) 

Antes das oito, a equipe de decoração já havia ido embora. Quando fui tomar banho, a música já estava alta e algumas pessoas já tinham chegado.  

Em frente ao espelho, arrumo meu topete. Dou mais uma olhada no meu visual, e nada novo. 

Como sempre, eu estava gostoso para caralho. Tranco meu quarto e coloco a chave no bolso da minha calça.  

Desço as escadas e a casa já estava cheia.  

Meus seguranças estavam espalhados pela casa e pelo jardim, qualquer coisa suspeita eles poderiam atirar.  

Avisto Candice e Claire dançando animadamente no meio da pista.  

Candice parecia feliz. 

Alfredo dançava com uma morena quando eu passo por ele. - Não deveria estar trabalhando? 

-É o meu intervalo. - Ele pisca e eu balanço a cabeça.  

Christian levanta a mão, ele estava sentado no chão com algumas pessoas ao seu redor. 

-Quer?- Ele aponta. Havia uma mesa no centro, Ryan arrumava as carreiras de pó.  

Concordo com a cabeça. Me aproximo da mesa e me ajoelho, em questão de segundos aspiro uma das carreiras de pó.  

-Vai com calma, Drew.- Ryan ri.  

-Faz tempo que eu não faço isso.  

-Quanto tempo? 

-Uma semana. - Ironizo. - Christian, preciso falar com você. - Me levanto, vou até a cozinha com Christian me seguindo.  

A cozinha estava cheia de bebidas e drogas. - Saem. - Falo para as pessoas que estavam ali.  

Quando a última pessoa sai da cozinha, encaro Christian. - Quero que de isso para Claire. - Lhe entrego um saquinho com pó dentro. 

Christian arregala os olhos. - Drew, eu não acho que seja boa ideia.  

-Eu estou mandando. - Ele reluta, porém, pega o saquinho da minha mão.  

-Porque isso? 

-Quero saber se Claire está totalmente limpa.  

-Você sabe que ela ainda não está, isso é um teste. 

-É exatamente isso. Os médicos dela dizem que ela é a paciente mais avançada que já esteve na clínica nos últimos anos. Quero saber se ela realmente está indo no caminho certo. 

-E...? 

-Porque acha que tem algo a mais que isso? 

-Porque você nunca faz algo sem ter algo por trás. - Ele pega uma bebida.  

-Candice precisa saber se Claire realmente está indo bem, e quero que ela evite decepções...mais uma.  

-Você acha que... 

-Sim, eu acho. - Christian se cala. - Candice ainda tem esperanças que eles estejam vivos. Mesmo que essas esperanças sejam mínimas, sabemos que ela vai se decepcionar.  

Christian concorda lentamente com a cabeça. - Ache uma brecha, quando Candice sair de perto de Claire, é a sua hora.  

-Entendido.  

Uma ruiva entra na cozinha acompanhada por mais duas amigas, ela me lança um sorriso malicioso, o qual, eu correspondo. 

-Já volto.  

(....) 

Começo a meter mais rápido conforme os gemidos da ruiva aumentam. Começo a dar tapas na sua bunda, eu estava quase gozando quando o corpo da ruiva a dar uns espasmos.  

-Eu vou...- Ela não consegue terminar a frase, segundos depois estava gozando no meu pau.  

Puxo seu cabelo e aumento a velocidade, não demora muito até que eu goze.  

Tiro a camisinha do meu pau e vou até o banheiro me livrar dela. Quando volto para o quarto, a ruiva já não estava mais lá.  

Contudo, ela tinha deixado um papel com seu número em cima da minha cama. 

Tomo um banho rápido e coloco outra roupa. - Finalmente. - Chaz grita assim que me vê.  

Candice estava ao seu lado rindo. Seus olhos estavam vermelhos, ela havia fumado.  

Está noite, Candice estava mais atraente que nunca. Era impressão minha ou ela lançava olhares e sorrisos maliciosos para mim? 

Balanço a cabeça tentando me livrar desses pensamentos. 

-QUASE MEIA NOITE PESSOAL, TODOS PARA O JARDIM. - Ryan para o som e grita.  

Todos começam a ir para o jardim. Alguns iam cambaleando, quase caindo.  

Eu e os meninos nos posicionamos, pegamos nossas armas e apontamos para o alto.  

-10 MINUTOS. - Alfredo grita.  

As pessoas estavam atrás de nós, animadas pelo novo ano que viria.  

Ryan estava ao meu lado, eu o cutuco com o braço. - O que? - Me encara. 

-Não vou participar disso com vocês. 

-O QUE? - Seu tom de voz se altera. - É uma tradição Drew, todo ano fazemos isso.  

-Não esse ano, pelo menos, eu estou fora. Toma conta disso para mim? - Entrego minha arma para ele.  

-Não apronte nada.  

-Não conte com isso. - Pisco para ele.  

Saio da fila, Chaz e Christian me encaram confusos, e lançam seus olhares a Ryan que balança a cabeça.  

Candice estava perto da piscina conversando animadamente com Claire. - Preciso falar contigo.  

-Agora? 

-Sim, agora. - Encaro Claire. - Vá para perto dos meninos, você vai estar segura lá. 

Claire encara Candice por uns instantes, mas concorda. Ela se mistura na multidão e consigo ver quando ela chega perto dos meninos. Christian a puxa pela cintura, deixando-a ao lado dele. 

-O que você quer comigo? 

-Vem. - A puxo pela mão, nos afastamos um pouco da multidão, mas não o suficiente. 

Candice me encara confusa, nem ela sabia o que eu estava fazendo. 

E muito menos eu fazia ideia do que eu iria falar. 

As palavras de Christian ecoavam na minha cabeça. 

‘Você vai perder aquela aposta, e vai perder feio’.  

Mas eu não iria.  

Conhecendo Candice, ela não iria facilitar, e eu não quero que ela facilite.  

Poderia demorar, mas eu iria conseguir transar com Candice.  

-Pode falar. - Ela cruza os braços e me encara.  

-Nossa relação é apenas negócios, certo? - Ela concorda. 

-Certo.  

-Nada além disso? 

-Você já tem sua resposta, Bieber. - Ela ri. - Nada além de negócios. Nunca mais vai rolar algo além disso.  

Era isso que eu precisava ouvir. - Johnson, você disse tudo o que eu queria ouvir.  

-O que você quer dizer com isso? 

-CONTEM COMIGO GALERA. - Chaz grita e todas as pessoas ao redor se animam. - 5...4.... 

-Bieber, o que você quer dizer com isso? 

Puxo Candice pela cintura e junto nossos lábios. Ela parecia surpresa por eu ter feito isso, mas não me empurra.  

Suas mãos foram para debaixo da minha camisa, ela começa a arranhar de leve meu tórax.  

-3....2... 

Nosso beijo era longo e selvagem.  Direciono minhas mãos para a sua bunda e a aperto.  Candice geme quando eu faço isso. 

-...1, FELIZ ANO NOVO PORRA. - Interrompo nosso beijo no momento em que os meninos começam a atirar para cima. - Feliz ano novo, baby. - Candice sorri e junta nossos lábios mais uma vez. 


Notas Finais


Muito muito muito obrigada pelos comentários no capítulo anterior, sei que estou no caminho certo quando vejo voces surtando e interagindo comigo. Voces são as melhores e eu tenho sorte em te-las!!! Espero que tenham gostado, até o proximo capitulo (que não vai demorar para sair, acreditem rs) ❤️❤️


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