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História Criminal Love - Second Season - My Little Dream


Escrita por: limalimao

Notas do Autor


ooooooooooooooi, chegueeeeeei
como foram de natal e ano novo? Espero que bem. Deveria ter bebido até ficar locona no ano novo, mas não consegui, e cá estou partilhando minha frustração HSUAHUHUS
Nossa, dessa vez demorei horrores para postar né? Mas, para compensar hoje capítulo ta gigante. Atenção aos detalhes...
Amo vocês <333

Capítulo 10 - My Little Dream


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Second Season - My Little Dream

My Little Dream — Meu pequeno sonho / (Rafael sobre o bebê) 

 

LOLA THOMPSON POINT OF VIEW

Não dormi noite passada. O bom foi que tive bastante tempo para pensar nas bostas que ando fazendo ultimamente. Onde foi parar minha sensatez? Minha inteligência? Por que porra, quem em sã consciência toma remédios para dormir, uma cartela inteira de uma vez? Okay, talvez eu não estivesse em sã consciência. E estou escondendo meu filho Rafael. Ele já sabe, e isso apenas faz o nó na minha cabeça aumentar. Rafael depois que transamos simplesmente vestiu-se e foi embora, e isso me deixou muito triste, mas de certa forma foi bom.

Coloco meu robe e desço a escada ainda muito sonolenta. Chego à sala e encontro Jack com duas mulheres seminuas jogados no sofá. Pelo jeito a festa foi boa.  

Reviro os olhos e sigo para a cozinha, onde Madalena já está preparando café da manhã.

— Bom dia senhorita Carter — diz toda educada.

— Me chame de Lola — sorrio para ela, que retribui com um aceno de cabeça.

Sento-me a mesa e começo a tomar café. Ouço resmungos e passos. Olho para trás e vejo Jack se arrastando em minha direção.

— Oh, você está péssimo — digo reclamando sentindo seu hálito de álcool quando ele veio me beijar.

O afastei empurrando seu peito.

— Próxima vez vá para o quarto. Não somos obrigadas a ver aquilo — digo.

— A casa é minha, eu que mando nessa porra, viu dona Carter — ele diz rindo e eu lhe jogo o guardanapo de pano rindo dele.

— Sou sua esposa, você me deve respeito! — digo fingindo estar nervosa.

— Devo nada não — diz de um jeito engraçado com os olhos fechados sorrindo — Madalena, meu amor, me traz um remédio para dor de cabeça, por favor.

Ela assentiu, parou de fazer o que estava fazendo e foi busca um remédio para esse tonto.

[...]

Depois que Jack se recuperou saímos para resolver negócios naquele mesmo galpão com compradores. Fico impressionada em como alguns criminosos podem ser bonitos. Morri do coração quando um identificado como Malcon veio até mim e me cumprimentou beijando minha mão. Um puta negão quatro por quatro bem vestido e dos olhos verdes. Se fuder, viu.

Rafael não me ligou, não me mandou mensagem, nem nada mais. Não agüento mais esconder isso dele. Ele sabe que estou grávida! E no mínimo, deve estar pensando que é de Jack. É tão confuso, tão assustador, não sei o que fazer, se eu disser poder que ele me abandone, não queira nem me ver mais, ah eu não sei.

 

LOLA THOMPSON POINT OF VIEW

SÁBADO, 9H15

Rafael não me procurou e isso está me torturando. Odeio ficar longe dele.

“Podemos conversar hoje?” — lhe enviei uma mensagem.

Jack me entrega uma Desert Eagle .50, linda, igual a de ouro do Rafael, mas prateada. Estamos na sala de tiros dentro da mansão mesmo. Coloco os fones, o óculos e atiro usando as duas mãos já que se tentar apenas com uma capaz de quebrar o pulso. Acerto o abdome do boneco de papel. O celular vibra a minha frente.

“Se estiver disposta a falar da sua gravidez, sim, podemos.”

— Ele já sabe. Vou falar a verdade a ele, Jack — digo e atiro de novo. Porra, isso chicoteia demais, mas é tão gostoso.

Ele atira na ala ao meu lado.

— Melhor coisa que você faz — ele me olha.

[...]

Uso uma calça jeans cintura alta preta, um Nike branco, uma camiseta gola v branca um pouco soltinha para não marcar minha bolinha, um óculos escuro, jóias e cabelo solto.

Minhas pernas tremem, minhas mãos soam e sinto um friozinho na barriga quando passo pelo beco e então estou frente a sua casa. Homens armados lá na frente avisaram que eu estava chegando, por que o vejo frente ao enorme portão de braços cruzados.

— Oi — sorrio sem mostrar os dentes apertando a alça da minha bolsa no ombro após tirar os óculos.

— Vem — ele diz.

Entramos. Ouço vozes e risadas vindas da cozinha. Subimos direto para seu quarto. Entramos e ele fecha a porta.

É agora.

 

RAFAEL SALVIATTI POINT OF VIEW

[...]

— Você está grávida daquele cara e ainda teve coragem de ir pra cama comigo! — digo sentindo a ira percorrer minhas veias, mas apenas continuo a olhando de braços cruzados.

Lola respira fundo me olhando e engole em seco. Juro que se não estivesse me controlando eu já estaria apertando seu pescoço. Não estou conseguindo lidar com isso, simplesmente não sei!

— Eu estou grávida sim... — diz nervosa já com lágrimas nos olhos e eu nem lhe dou a chance de continuar.

Aperto seu braço sem machucá-la enquanto respiro fundo a fuzilando com os olhos. Ela caminha para trás e eu a acompanho.

— Mas não é dele! É seu! — ela diz chorando.

— Por que mentiu então?! — digo me sentindo um pouco atordoado ainda.

A chacoalho.

— Por que você disse que não queria um filho! — ela me bate com a mão livre — Me solta! — ela se livra de minha mão e passa as duas no cabelo enquanto se afasta — Eu não transei com ninguém além de você desde que fui para aquele maldito cativeiro. 

Ela continua chorando com as duas mãos na cabeça.

— Eu não quero isso tanto quanto você não quer! Acha mesmo que meu sonho era carregar um filho de um criminoso aos vinte anos? — diz já parada em minha frente me olhando irradiando ódio no olhar.

Ela me olha com tanta frieza, até vejo a dor em seus olhos.

— Você não é obrigado a ser um pai se não quiser. Mas eu vou ter essa criança, por que ela não é culpada das merdas que fiz e escolhi para minha vida — ela diz segurando o choro.

Não queria um, agora são dois. Passo as mãos no rosto enquanto caminho ainda tentando digerir o que ela disse. Eu confio nela, confio de olhos fechados. Lembro-me daquela caixinha branca, ela iria me contar, mas não contou por que Aline estragou tudo. Estou feliz, por que é um filho meu e de Lola! A tonta, a dondoca que eu amo, mas cara, isso é assustador! Cacete, eu vou ser pai. PAI. Não cuido nem de mim direito, como vou cuidar de uma criança? Uma não, duas, por que Aline também está grávida e pela data os dois vão chegar quase juntos. Onde fui amarrar meu cavalo, caralho? Onde foi que eu meti minha cabeça? Literalmente.

— Eu estou de três meses e algumas semanas — ela pega meu rosto com as duas mãos e isso confirma ainda mais — Eu juro por Deus, eu juro pelo que você quiser, Rafael, eu não fui para a cama com outro homem — diz olhando meus olhos — Jack não passa de um amigo que me acolheu a pedido do meu tio por que me envolvi com a máfia Russa lá nos estados unidos e precisava estar com alguém que manteria segura aqui.

— Isso é loucura — balanço a cabeça.

— Eu não contei por que você disse que não queria um filho, e eu não quis atrapalhar sua vida. Eu vi o quanto não gosta em saber que será pai do filho da Aline.

— É, por que não a amo, não queria um filho de qualquer uma. Quero um filho da mulher que eu vou passar o resto da minha vida junto — digo nervoso e passo as duas mãos no cabelo. Mania que peguei no meu pai.

Ela solta meu rosto e abaixa a cabeça. Respiro fundo esvaindo toda minha ira, a mandando embora. Posso pensar, mas jamais a machucaria. Imagens de uma Lola buchuda e parecendo um balão invade minha cabeça, junto de outra de um pivetinho de fralda correndo pela casa, fazendo toda a raiva, o medo, tudo ir embora quando torno a abrir os olhos.

— Eu quero isso com você, Lola — levanto seu rosto — Eu te odeio muito, mas eu te amo ainda mais — reviro os olhos percebendo o quão meloso é o que disse — Me sinto um babaca aqui falando essas coisas, mas é a mais pura verdade. Quando a ideia de que você estaria grávida de outro homem passou pela minha cabeça... — ergo as sobrancelhas balançando a cabeça espantando essa ideia horrenda.

Ela sorri chorando. Seco suas lágrimas sorrindo. Ela corre rapidamente até sua bolsa, e tira de lá aquela caixinha branca e me entrega. É aquela mesma, mas apenas bem mais amassada.

Sento-me na cama e ela ao meu lado. Abro a caixinha e há um par de sapatinhos vermelhos. São tão pequenininhos. Pego o papel e começo a ler.

"Querido papai — isso já me desarmou. Aí caralho, segura porra.

Sou eu, seu filho ou filha. Pedi para mamãe te entregar esta cartinha, pois eu mesmo (a) queria te dar a notícia da minha chegada! As coisas podem não estarem indo tão bem na vida de vocês dois, mas eu sei que nada irá me faltar, principalmente amor! Estou aqui, no aconchego do ventre da mamãe, que ainda não pode me sentir mexer, mas mesmo com o nariz torcido, sente um enorme amor por mim e quando o senhor souber que existo, esperamos que comece a me amar também.

— Quer me matar, né Lola? — digo a olhando sentindo um nó se formar na garganta. Estou me segurando muito. Ela sorri e eu continuo lendo.

Papai, quero te pedir um favorzinho. Cuida da mamãe, eu sei que ela te ama muito, e não para de pensar em você o dia inteiro. — abro um sorriso enorme e limpo o canto do olho. Ah vai se ferrar, não posso chorar, não posso.

Não brigue com ela caso ela fique mais chata que o normal, mas se ela estiver insuportável demais, mas só assim, dá uma chamadinha nela, eu deixo.

Quando eu ficar maiorzinho (a), vou poder identificar sua voz, e quando me tocar, eu vou chutar só para veres o quanto sou forte e sentirás orgulho de mim. Daqui a uns meses eu poderei sentir o calor do colo da mamãe, ouvir seu coração bater, ouvir o som da voz dela, mas também quero sentir o senhor. Sabe outra coisa que quero e a mamãe também? Que eu tenha seus olhos azuis. Não diga a ela que te contei, mas ela me disse que são os olhos mais lindos que já viu, e que ela quer vê-los todos os dias quando acordar para o resto da vida.

Eu escolhi vocês dois para serem meus papais. Espero que a minha chegada traga felicidade, paz, mas principalmente esperança e mais amor a vocês dois, que a minha presença faça de vocês seres humanos melhores. E papai, perdoa a mamãe por ter escondido isso de você por esse tempo, ela sabe que sua vida é cheia de complicações e não quis que eu fosse mais uma.

Bom, irei me despedir aqui, mas se sentir saudade de mim, coloque o ouvido na barriga da mamãe que irá me ouvir, e assim estaremos bem pertinho um do outro.

Eu te amo papai, e nos vemos em breve.

Eu termino de ler e fico mentalizando: “Não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar”, mas tudo é em vão quando imagino um serzinho com minhas características. É a coisa mais linda que já li em toda minha vida, a melhor notícia que já recebi. Seguro a cartinha do meu bebê e com a outra mão limpo as lágrimas que não param de cair. “Mas que porra, eu falei que não ia chorar! Ah que droga, ainda bem que ninguém além dela está vendo isso”. Lola me abraça, e nós choramos juntos. Eu tento ao máximo me segurar, mas deixo escapar algumas lágrimas de felicidade. Droga.

Eu não preciso nem dizer que estou feliz, por que estou muito mais que feliz, muito mais! Eu não sei o que é isso dentro de mim, é uma coisa muito boa, que me faz realmente querer ser uma pessoa melhor, por que agora eu sei que existe um serumaninho que precisa de mim. Isso é surreal!

— Caramba, eu nem acredito! — digo com a mão na boca — Lola, eu vou ser pai! — digo extasiado por enfim entender.

— Tem outra coisa também — ela mexe em sua bolsa e tira um papel e me entrega. Meu fôlego quase some.

— Meu Deus — passo a mão no rosto enquanto olho o ultrassom. Parece um etzinho, mas é o meu etzinho. Mostra os bracinhos e perninhas bem pequeninhos dele. Coloco a ponta do dedo sobre o desenho de seu bracinho. Caralho, isso é insano. Essa coisinha está dentro da barriga dela, e é meu, saiu de mim. Estou parecendo um idiota, mas é muita coisa para assimilar.

Meu pai ficaria tão orgulhoso de mim, ele ficaria tão feliz. Levanto rápido, a pego em meus braços e a giro. Nós rimos juntos. Puta merda, eu vou ser pai! Preciso contar para todo mundo, preciso gritar pro mundo!

— Para, eu vou vomitar! — ela diz rindo.

Paro de girar e a mantenho em meus braços. Nos olhamos sorrindo e então iniciamos um beijo gostoso, calmo e me delicio com os lábios de Lola. Porra, como eu amo essa mulher! Ah meu Deus, eu vou ser pai! Eu estou assustado, com medo, mas muito feliz. Nem cabe dentro do meu peito.

— Case-se comigo, Lola — digo a olhando nos olhos sorrindo — Amanhã! Ou melhor, hoje!

Ela dá risada jogando a cabeça para trás.

— Quando você quiser, meu amor — ela diz sorrindo me olhando com aqueles olhos brilhantes que me conquistaram.

Nos beijamos novamente e então eu a aperto em meus braços, sentindo seu cheiro inebriar meus pulmões, eu amo tudo nessa mulher. Ela me faz um bem tão grande que eu me torno outra pessoa quando estou com ela.

— Vem, vamos contar para todo mundo — pego sua mão sorrindo.

Ela para bruscamente, e eu a olho sem entender.

— O que foi?

— Estou com medo — diz com o cenho franzido.

— Medo do que? — olho-a sem entender por que do medo.

— Eu não sei, da Aline — ela passa a mão na cabeça — Ela não vai gostar de saber, ela me odeia! — Infelizmente ela tem razão.

— Não importa se ela vai gostar ou não.

— E se ela fizer alguma coisa contra mim e o bebê? — o medo é evidente em sua voz.

— Eu a mato — digo simples alisando seu rosto.

Ela bate em meu peito reclamando do que disse então descemos. Vou matar qualquer um que tente fazer algo contra Lola e meu filho. Não estou brincando.

[...]

Já estamos todos na mesa. Gutierre, Negão, Lucas, Valentina, Fernanda, Vitor, Branco, e Aline também.

Levanto-me da cabeceira da mesa.

— Bom, vou aproveitar que a família está reunida para fazer um pronunciamento — digo sorrindo — Não é de hoje que conhecemos Lola e também não é de hoje que sabem que eu sou completamente apaixonado por ela — reviro os olhos sorrindo.

Cadê o Salviatti original? Essa versão está quase me dando náuseas.

Ouço alguns ‘owwwwt’ vindo dos meninos. As meninas me olham todas sorridentes, menos Aline. Lola me olha sorrindo sentada. Não tenho vergonha em dizer que estou de quatro por ela.

— Coisas aconteceram — digo a olhando e lhe estendo a mão, ela se levanta e fica ao meu lado — E quero dizer que eu, a família Salviatti tem um herdeiro a caminho.

Abraço Lola por trás e coloco sobre a barriga dela os sapatinhos vermelhos. Todo mundo ali na mesa começa a gritar sem acreditar em nenhuma palavra do que eu disse. Uma gritaria do cacete. Lola está vermelha feito um tomate, e não para de dar risada. Nos abraçamos e eu a levanto em meus braços.

— Caraca, eu nem acredito! Eu sabia, Lola! — Fernanda diz quase chorando — Ah meu Deus, eu vou ser tia! Já estava perdendo as esperanças! — olho feio para Fernanda, que ri. Eu iria ter um filho, só não agora, mas já que veio... Estou feliz.

— Sou fã dessa cara, mano — Lucas diz rindo.

Vejo Aline levantar e sair emburrada.

— Ih, a outra não gostou disso — Negão comenta a vendo sumir.

— Vai tarde — Gutierre diz. As duas brigaram.

As meninas levantam-se para cumprimentar Lola e os caras logo vieram fazer a mesma coisa comigo e claro, não fiquei sem ouvir gracinhas, como comedor, predador de novinha e outras coisas que é melhor nem dizer.

Depois de toda euforia, nos sentamos a mesa para almoçarmos, e claro, foi um almoço muito muito muito mais feliz. Todos parecem contentes com a notícia, claro que bem mais do que quando Aline disse. Todo mundo aqui gosta de Lola, e isso é muito bom.

— A Aline saiu feito bala perdida daqui — Lucas comenta.

— Ah claro, ninguém ficou feliz em saber que ela está grávida, muito menos o pai — Fernanda diz — Ai agora, todo mundo faltou sair soltando fogos ai fora pra comemorar a gravidez da Lola. O Rafael, essa cara de taxo dele — diz apontando para mim — Olha tamanho dessa cara inchada de tanto chorar — diz rindo.

Todos me olham rindo para comprovar o que ela disse e eu reviro os olhos. Acho que peguei essa mania da Lola.

— Claro! Da Lola eu sei que é meu, e eu amo essa coisa chata aqui — digo a olhando, ela revira os olhos sorrindo — Da Aline, bom, nunca gostei dela, nunca a vi mais que uma colega de corre e nem sei se o filho é meu mesmo. Só aconteceu por burrice, eu estava bêbado.

Gutierre me aponta o dedo, me apoiando.

— É quente! — Branco aponta o dedo, concordando também — Ela abre as pernas fácil.

— Isso merece uma comemoração — Lucas diz.

— Com certeza! — Fernanda responde em seguida sorrindo muito.

— Mas oh, e o corre de hoje? Está chegando a hora, precisamos nos reunir — Vitor me lembra, me obrigando a deixar as comemorações para outro dia.

Respiro fundo o olhando.

— Ahhhh, não vem estragar o momento com isso não — Valentina lhe joga o guardanapo de pano.

 

FERNANDA SALVIATTI POINT OF VIEW

Depois do almoço Rafael ligou para nossa mãe e deu a notícia. Ela ficou tão feliz, e está louca para conhecer Lola. Fomos morrer um pouco frente à TV como de costume. Rafael sentado com Lola no meio das pernas dele, ele alisando a barriga dela, é uma cena tão bonita de se ver, tão bonita que tirei uma foto escondida. Nunca achei que viveria para ver isso, para ter um sobrinho! Cara, eu to louca de felicidade, eu sentia, sabia que esse bebê era do Rafael. Lola foi mandada do céu para dar um rumo na vida do meu irmão, só pode, por que desde que ela voltou, ele se tornou outra pessoa. Até mesmo as crueldades que ele fazia, ele parou um pouco, não por completo, são negócios, mas ninguém precisa saber disso. Os dois são como o fogo e a água, o céu e o inferno, e se completam.

[...]

Os garotos irão fazer o roubo de uma carga de drogas e armas de um traficante de outra região. Temos todas as informações, rota, placa do caminhão, quantas pessoas estão escoltando, tudo. É perigoso, mas precisam fazer. Vai render muita grana. Está tudo pronto, todos prontos. Rezamos juntos, pedimos proteção e então eles estão prontos para irem. Meus garotos, todos de preto, armados e preparados até o último fio de cabelo.

— Eu te amo amor, durma bem — Rafael beija Lola.

Sorrio olhando os dois.

— Toma cuidado — ela bate no peito duro dele pelo colete a prova de balas — Também te amo muito — e se abraçam.

Vejo Lola dizer um “estou com medo” e Rafael a apertar mais. Os dois se despedem e eles partem. Saímos do meio do mato e vamos para casa com Kiko, um capanga da segurança. Valentina odeia sempre que Lucas parte. Também não gosto quando essas coisas acontecem.

Já são três da manhã, faz uma hora que eles foram e estamos no sofá assistindo filme por que não conseguimos dormir querendo notícias. Mas meia hora depois vejo que as duas grávidas já dormem no sofá maior e eu num outro, já estou com sono também.

 

LOLA THOMPSON POINT OF VIEW

Fiquei muito feliz com a reação do Rafa quando contei sobre a gravidez, me senti no céu, me senti viva e feliz como não vinha me sentindo há algum tempo. Ele é um brutamonte grosso e frio, mas por debaixo dessa armadura toda, ele é um cara doce e com coração de manteiga. Mas depois voltei a terra quando disseram que iriam roubar hoje à noite. Vi a preparação antes, repassando à rota, o plano, as funções, preparando armamento, os carros, as roupas, tudo. É um pouco assustador. Um pouco não, muito!

Custei um pouco a dormir depois que eles se foram, mas consegui.

— Cheguei meu amor — o ouvi dizer lá longe.

É um sonho. Então sinto mãos quentes no meu corpo. Levo um pequeno susto e acordo. O sinto me pegar no colo, me enlaçando com os braços fortes. Meu amor. Ele já está todo cheiroso e com o cabelo molhado. Ele me leva para cima, me deita e me aconchego em sua cama quentinha então ele entra debaixo das cobertas comigo e me abraça por trás, me prendendo em seus braços quentes, me mostrando que ali estou segura. Então adormeço novamente.

Acordo sentindo uma coisa ruim e minha boca se encher de água. Droga, agora não. Saio em disparada para o banheiro e vomito no vaso. Resmungo um pouco, por que não tenho o que vomitar. Vejo que não vai sair mais nada, descarga e escovo os dentes. Volto para a cama.

— Tudo bem? — ouço Rafa dizer baixinho com os olhos fechados, o rosto enterrado no travesseiro e o cabelo todo desgrenhado. Lindo. Merecia uma foto.

— Sim, só um enjoo matinal — lhe dou um beijo na cabeça e percebo um pequeno corte em sua testa — Volte a dormir. Descanse.

Ele me obedece. Pego meu celular. Domingo, e são 11h45. Mando uma mensagem para Jack para avisar que está tudo bem e logo em seguida recebo uma de Valentina, perguntando se já estou acordada. Respondo que sim e ela visualiza na mesma hora, então pede que eu desça.

— Isso é loucura — ela diz sentada ao meu lado frente à piscina em uma das mesas — Não foi isso que imaginei pra minha vida, Lola.

— Acha que eu imaginei isso para minha? Não que eu não esteja feliz, estou, mas — dou de ombros — É insano. O que meus pais dirão se um dia descobrirem sobre Rafael?

— As coisas estão feias. A empresa está passando pela crise, Felipe desaparecido, seus pais separados, eu grávida do Lucas! — ela diz de um jeito engraçado essa última parte e eu dou risada — Ele é demais, mas sei lá.

— Sei lá o que?

— Ele é um bandido, Lola. Nem sei se podemos levar uma vida normal, como pessoas normais, viajar sem medo, sair de casa sem medo.

— E o Rafael então — passo as mãos na cabeça.

— Estamos definitivamente no mesmo barco.

— E juntas! — digo e lhe abraço de lado.

[...]

Good afternoon, baby — digo vendo-o se mexer todo na cama. Já é tarde.

Morning — responde se espreguiçando e eu sorrio revirando os olhos.

Ele vem e coloca a cabeça em meu colo, a balança pedindo cafuné. Então começo a fazer e ele a alisar minha barriga. Tão bom. Encosto-me nas almofadas e ele vira o rosto par minha barriga e começa a dar leves beijinhos nela, fazendo-me sorri igual uma abestalhada. Quero logo começar a sentir os chutes da bolinha.

É Lola, para quem não queria esse bebê, você até que está bem animada com ele.

[...]

— Já pensaram em nomes? — Fernanda pergunta preparando o café da manhã, que na verdade é tarde.

— Eu gosto de Enzo — Rafael diz.

— Eu gosto de Sarah. Significa filha do rei, princesa — digo olhando Rafael, que faz carão impressionado me olhando.

Dou risada.

— Nem pensamos nisso ainda — Tina diz olhando Lucas.

— Vai ser Lucas, homenagear o pai maravilhoso que o moleque vai ter.

Nós damos risada.

— Nada convencido — Rafael diz rindo.

— Acho que vou fazer um bolão — Fernanda diz rindo.

— Como foi ontem? — pergunto olhando para os dois.

— Foi difícil. Estávamos em maior quantidade, mas os caras resistiram bem, mas no final...  — Lucas diz e dá de ombros.

— Foi legal — Rafael diz rindo — Tirando o fato de que o Branco quase morreu.

— Legal nada! — bato em seu braço ao meu lado — Custamos a dormir pensando em vocês.

— Mas estamos aqui, sãos e salvos — Rafa responde.

— E com uma puta carga — Lucas diz rindo e os dois batem uma na mão do outro.

— Vamos para a boate hoje? — diz me olhando.

— Oba! — Fernanda diz.

[...]

Fui para casa me arrumar. Cheguei e não encontrei ninguém então perguntei a um dos capangas onde Jack estava. Ele disse que no porão. Jack, Jack...

— Jack? — digo quando desço dois degraus.

— Estou aqui, baby — o ouço dizer.

Vejo Madalena sentada em uma cadeira amarrada com as mãos para trás e ele sentado em outra cadeira a sua frente.

— Vamos, diga. Quem te mandou pra cá?

— Ele pediu para eu não falar, senhor. Por favor — ela diz medrosa, quase chorando.

— Que pena Madalena — Jack diz sentado à sua frente com uma Glock nas mãos — Você fazia um bolo de fubá com goiabada... — diz se deliciando com a lembrança — Maravilhoso — diz rindo e sua feição me dá medo.

— Jack, não faça besteira — digo apreensiva.

— Diga, Madalena. Quem te mandou? — ele aponta a arma a ela, a deixando apoiada no joelho enquanto está encostado a cadeira — Se disser não te machucarei — ele engatilha a arma e o resto de cor de Madalena some.

— F-foi o Barcellos. O Rodrigo Barcellos.

Barcellos... Já ouvi esse nome antes. Ah eu mato esse cara. Esse é o nome “sujo” do Rafael. Nome que ele usa para fins criminalísticos se é que me entende.

Dou uma gargalhada indignada.

— O que ele pediu? — pergunto a olhando de braços cruzados.

— Saber se vocês dois estão juntos — ela me olha medrosa.

— Seu namorado é filho da puta mesmo — Jack diz me olhando.

Ah ele vai ouvir um pouco hoje. Ah se vai.

— A deixe ir — digo.

Jack a olha com um sorriso de maníaco nos lábios, se segurando para não tirar a vida de Madalena.

—Jack — digo firme o olhando.

Ele respira fundo e levanta-se. Eu a solto.

— Antes de ir, faça mais um bolo daquele, é simplesmente espetacular — ele diz a olhando e sorrindo de um jeito absurdamente assustador. Ele sabe intimidar muito bem.

Subimos nós dois juntos. Jack fica na porta. Madalena sobe e é surpreendida por uma coronhada e cai. Me assusto. Ele não fez isso...

— Jack! — digo nervosa já no chão a amparando e o olhando.

— Acho que ficarei sem bolo — dá de ombros depois de estalar a língua.

[...]

Já estou na boate, e muito furiosa com Rafael. Olho em volta o procurando. A casa está cheia.

— Senhorita, o Rodrigo te espera no escritório — ouço alguém dizer em meu ouvido.

Caminho em direção a área vip, onde Lucas, Fernanda e Valentina já estão. Entro, falo com eles e subo direto para a sala dele. Um homem está na porta, eu o olho e vou entrando direito, ele tenta me segurar.

— Não ouse me tocar! — digo nervosa o olhando apontando o dedo.

Entro na sala dele e bato a porta, o que o faz tirar a atenção de seu notebook e abaixar as pernas de cima da mesa. Ele tem um bolo de dinheiro na mão e vários outros sobre a mesa. Ele fuma um charuto, mas o apaga a me ver depois de soltar a fumaça.

— Desculpe amor — diz e eu respiro fundo o olhando sem expressão alguma.

Quero enforcá-lo!

— É sério mesmo que mandou alguém para me vigiar? — digo caminhando até a frente de sua mesa o olhando nervosa.

Ele suspira entreabrindo os lábios querendo dizer algo, mas cala-se e aperta os olhos me olhando.

— Me desculpe, eu quis saber se você estava junto de Jack. Odiei vê-lo passar a mão pelo seu corpo.

— Não era mais fácil ter perguntado? Não confia em mim?

— Confio, amor, mas foi antes — ele passa a mão na cabeça — Só que ele demorou demais para contratar a Madalena — ele revira osohos.

— Você é inacreditável, Rafael — digo o olhando e dou as costas indo em direção a porta.

— Hey, onde vai? — ele segura meu braço e depois o alisa.

— Embora. Estou chateada com você.

— Não, não vai — ele diz calmo sorrindo de canto me abraçando.

E então ele prende minhas duas mãos nas minhas costas com uma algema.

— Me solta, Rafael! — digo nervosa olhando-o e seus olhos azuis brilham.

Ele dá risada de mim, e começa a beijar meu pescoço. Ai que ódio! Tento chutar seu saco com o joelho, mas ele não deixa. Ele simplesmente me puxa pela algema e eu ando de costas enquanto resmungo. Não acredito que ele está me puxando assim!

— Te odeio, seu brutamonte — digo quando ele me encosta na lateral de sua mesa.

— Odeia nada, você me ama e ta louca pra eu te fazer gemer meu nome — diz em meu ouvido e um frio percorre minhas entranhas.

Me seguro, mas deixo escapar um suspiro indefeso. Ai como eu o odeio. Ele me deixa louca quando diz essas coisas. Você não é santa, Lola, o odeia, mas não imagina mais a vida sem esse babaca.

Ele sem cerimônia alguma rasga a blusinha que eu uso e me deixa de sutiã. Uau. Meu coração se acelera ainda mais.

— Eu gostava dela — digo fingindo estar nervosa.

Ele dá uma gargalhadinha e distribui beijos pelo meu pescoço enquanto abre o fecho atrás, e então liberta meus seios. Ele abaixa minha saia e minha calcinha juntas sem muita demora, me deixando apenas de salto alto. Ele se afasta para me olhar e faz isso com uma indecência no olhar e um sorriso bobo nos lábios.

— Hoje nós faremos sexo, e não amor.

E isso me faz explodir de excitação.

Sim meu amor, me fode. Com força.

 

RAFAEL SALVIATTI POINT OF VIEW

Beijo Lola ferozmente enquanto a aperto em meus braços. Quero devorá-la. Já sinto meu pênis duro pulsar dentro da calça. Desabotôo, a abaixo junto da cueca e afaço se ajoelhar.

— Me chupa — digo mandão a olhando.

Ela sorri safada e logo me abocanha. Gemo segurando seu cabelo ao sentir seus lábios deslizarem pelo meu sexo. Minha garotinha. Ela me chupa gloriosamente bem, mas a faço parar. A levanto e tiro as algemas de suas mãos, lhe deito na mesa, abro suas pernas. Ela me olha espantada, completamente ofegante.

— Você é um filho da... — coloco os lábios em seu sexo — Ahhr — ela geme e joga a cabeça para trás.

Não consigo conter um sorriso. Faço o mais gosto de fazer nela, então depois já estamos cambaleando, nos debatendo nas paredes, nos apertando, nos beijando com veracidade. Ela então me algema, da mesma forma que fiz com ela. Me joga no sofá e ri de mim em pé a minha frente completamente nua apenas de salto. Uma fantasia. Eita porra, essa mulher acaba com minha sanidade.

— Agora você é meu — ela vem caminhando em minha direção me olhando nos olhos. Caralho! Essa mulher me deixa louco!

Ela me beija. Quero segurá-la, apertá-la, mas a deixo no comando, mesmo não sendo difícil me livrar dessas algemas. Ela desliza as unhas pelo meu peito, pelo meu abdome já sem vestimenta. Ajoelha-se em minha frente e torna a me abocanhar.

— Me solta, Lolita — digo manhoso e ofegante sorrindo.

Ela senta-se em meu colo, rebola sobre mim propositalmente enquanto me libera, então estou livre. A seguro pelo quadril e faço sentar em mim. Devagar, não quero machucá-la de primeira. Gememos juntos a cada centímetro que entra nela. Quentinha, apertadinha, só minha.

Ela já quica rapidamente sobre mim enquanto geme puxando meu cabelo, seus seios fartos e maravilhosos balançam em sintonia com nossos movimentos. A seguro pelo cabelo e lhe beijo. Não consigo tratá-la com brutalidade, forma qual era acostumado a tratar as mulheres durante uma transa.

A empurro contra a parede, ela resmunga, mas depois geme ao me sentir dentro dela novamente. Lhe dou um tapa forte na bunda, ela ri safada e continuo lhe penetrando rápido, duro, implacável. Lhe aperto tanto, que amanhã ela amanhecerá roxa, com meus rastros pelo corpo.

— Eu sou só sua, Rafael — ela diz gemendo.

Lhe pego pelo cabelo e puxo sua cabeça para trás, para que me olhe e não paro de fodê-la.

— Só minha — vou fundo e forte, ela resmunga — Juro por Deus Lola, se eu te ver com outro homem... — digo ofegante e sério em seu ouvido.

— Nunca — ela ri — Sou só sua — sua respiração ofegante dá um toque a mais a suas palavras.

— Repete — digo firme e lhe dou outro tapa na bunda.

Ela geme, mexe as pernas já atingindo seu ápice, suspira fundo e eu puxo seu cabelo para trás, para que eu possa ver sua expressão de satisfação e prazer, e é maravilhosa.

Só sua, chefe — ela geme — Só sua — diz ofegante enquanto mantém os lábios entreabertos, morde o lábio então respira fundo, já mole.

Também não me agüento mais, e com apenas mais algumas estocadas atinjo meu próprio ápice a enchendo de porra, gemendo seu nome com o rosto enterrado em seu pescoço, mordendo sua pele e apertando sua bunda.

Deitamos juntos no sofá para nos recuperar. Lhe dou um beijo na testa e ela alisa meu peito.

Ela levanta-se e eu fico sem entender.

— Aonde vai?

— Embora — diz me olhando por cima dos ombros.

E eu a vejo caminhar nua nos seus saltos pretos em direção a outra sala. Então me aparece novamente já vestida, usando minha camiseta, com as mangas dobradas e por dentro da saia, e me dá um beijo rápido.

— Essas coisas você não tem que aprender comigo — digo entre o beijo.

— Tarde demais — puxa meu lábio e se afasta.

— Quero minha camiseta! — digo e ela joga a dela rasgada sobre mim e sai rebolando.

Ainda bem que sempre tenho uma reserva.

Me arrumo e desço. A boate está lotada, mulheres bonitas para todos os lados. Lola está sentada ao lado de Valentina, e logo as duas levantam-se e caminha para a pista dançar. Sento-me ao lado de Lucas. Branco também chega e senta-se do meu outro lado. Negão logo aparece com umas cinco garotas, todas em roupas curtíssimas. Esse filho da puta se aproveita só por ser o único solteiro do bando.

— Minha mulher vai dormir de calça jeans hoje se me vir aqui — Lucas diz rindo olhando as mulheres que já dançam ao ritmo do funk bem na nossa frente, rebolando e sensualizando muito.

— Gutierre vai me matar — Branco diz coçando a cabeça do meu outro lado.

— Relaxa ai — Negão diz nos servindo copos com uísque.

Brindamos e mandamos para dentro. As mulheres rebolam muito. Tento não olhar, mas é impossível não, são cinco bem na nossa frente. Uma delas vem para meu colo. Eu tento impedi-la, mas ela senta-se de costas para mim. Olho Lucas com uma cara de puto e ele ri de mim, mas logo uma senta-se no colo dele e o mesmo se assusta, me fazendo rir de sua expressão.

— Não faz isso, minha mulher está aqui — digo tentando empurrar a garota do meu colo, que já rebola sobre mim.

Ela me ignora e continua rebolando no meu colo, esfregando a bunda no meu membro que continua inerte e que bom. Então vejo Lola por cima dos ombros da garota.

— Fudeu — Branco diz — A rota chegou.

Ela me olha com os braços cruzados. Balança a cabeça, revira os olhos batendo a mão na coxa e sai dali. Empurro a garota com mais força e saio à procura de Lola, mas depois de chegar à porta de saída pergunto a um dos seguranças e ele diz que ela já saiu. Saio e olho em volta, mas nada dela.

Pego minha moto no estacionamento e saio em direção à casa de Jack. Difícil entrar nessa casa. Subo para seu quarto, me deito em sua cama e apenas fico esperando ela aparecer. Não deu quinze minutos e a mesma chega já arremessando sua bolsa e seus saltos bufando de raiva.

Ela acende a luz e leva um susto a me ver.

— Some daqui, Rafael! — ela diz nervosa batendo a porta.

— Não — digo de braços cruzados.

— Por que não ficou lá com sua amiguinha? — ela tira sua roupa e vai andando em direção ao closet.

Eu me levanto e a sigo.

— Por que ela não é minha ‘amiguinha’ — imito sua voz.

Ela tenta fechar a porta do banheiro me olhando, mas eu a seguro a encarando. Ela revira os olhos e vai em direção a banheira, logo ligando os registros.

— Vai continuar aqui? — diz nervosa entrando na banheira já cheia pela metade.

— Não — tiro minha roupa e entro logo atrás dela mesmo contra sua vontade.

Ela resmunga, tenta se afastar de mim, mas eu a puxo e ela cola as costas em meu peito, ficando entre minhas pernas. Ela passa uma buchinha pelos seus braços em silêncio.

— Me desculpe, okay? — digo quebrando o silêncio.

— Você não faz uma coisa certa, Rafael. É assim que me quer só pra você? Por que se for, me desculpa, mas eu passo.

Aut!

— Eu não sei o que acontece com você! Não gosta de sexo água com açúcar? Precisa depois ir buscar outra pra terminar de te satisfazer?

Reviro os olhos sem acreditar que estou ouvindo isso.

— Depois que transamos quando voltou, de lá pra cá tive inúmeras oportunidades de transar com outras mulheres, Lola — ela balança a cabeça baixa — Mas eu não quis, eu recusei todas, por que eu quero você — beijo suas costas e enlaço o braço pela sua barriga.

Ela segura meu braço, o tirando dela.

— Elas sabem que sou o chefe, amor, elas tentam, mas eu não sou mais aquele Rafael de antes que comia umas sete por noite. Eu gosto desse nosso sexo água com açúcar, se não gostasse não teríamos um filho — aliso sua barriga e beijo seu ombro — Não teria gozo dentro de você agora — digo em seu ouvido.

Ela levanta o ombro, se mexendo um pouco ao me ouvir. Sorrio ao ouvir um suspiro dela.

— Lola? — ouço a voz de Jack do outro lado da porta.

Ele engatilha uma arma.

— Estou aqui.

— Está acompanhada pelo babaca do seu namorado?

— É... — ela diz sem jeito.

— Próxima vez use a porta da frente se não quiser morrer.

Anotado, Jack. Ouvimos alguns passos e a porta do closet bater. Terminamos nosso banho tranquilamente. Lola está bem cansada. Depois de secá-la, a ajudo a vestir uma camisola leve e fininha, que marca sua leve curva da barriga. Visto minha cueca e eu a levo em meus braços até a cama.

— Me desculpe, amor — digo baixinho alisando sua barriga e com o rosto enterrado em sua nuca.

— Se você dormir com outra mulher, não pense que não irei fazer a mesma coisa com um belo homem — diz baixinho.

— Não vou fazer isso, não quero.

— Acho bom — diz e boceja.

Ela se acalenta em meus braços e debaixo das cobertas.

— Eu te amo minha ciumenta — beijo seu ombro.

— Também te amo seu ogro — diz baixinho e eu sorrio.

Agora posso dormir em paz.

 

UMA SEMANA DEPOIS

JOSEPH THOMPSON POINT OF  VIEW

SEGUNDA-FEIRA, 00h45

Saio do flat e entro de volta em meu carro que deixei parado lá na frente mesmo. Fecho a porta e então sinto algo gelado na minha nuca.

— Você não toma jeito mesmo — o homem ri.

Vejo seus dentes brancos pelo espelho retrovisor. Ele me olha por ele e reconheço os olhos azuis.

— O que você quer?

Ouço o engatilhar de uma arma. Respiro fundo.

— Sabe que ela nunca te perdoará se fizer isso — digo.

— E quem disse que ela irá saber?

— Eu sei que ela está de volta. Sei que se encontram.

— Que bom. Então sabe que não irei deixá-la tão fácil — ele empurra ainda mais a arma na minha cabeça — Só vim para dar um aviso, Joseph. Se você se meter no meu caminho, eu vou voltar, e dá próxima não ficarei apenas na vontade de acertar uma bala na sua cabeça — e então ele me acerta uma coronhada forte.

Eu levo as mãos à cabeça onde ele me acertou. Ele ri e sai do carro. Filho da puta.

Ele não perde por esperar. O que é dele já está reservado e a caminho.


Notas Finais


MUITA COISA ACONTECENDO!
Rafaconda fofinho e bobão com o bebê que ele mesmo disse que parece um etzinho, que carinhoso. Rafael confuso é inpagável gente, amei esse jeito ele, bobo e confuso ao mesmo tempo
Jack deus da mafia, meu amor por você seu loco safado
Será que Aline vai causarr?
Quero um Rafael pra mimmmmmmmmmm! Não ganhei de natal, não foi desta vez.
VAMOS AO BOLÃO! Quem acha que é menina e quem acha que é menino o bebê do crime? SHAUSHUAHSUHAS
PROMESSSSSSAS DE JOSEPHHH THOMPSON, O QUE SERÁ QUE ELE QUER DIZE COMISSSSSSO?
Puxando o assunto da promessa de Joseph Thompson, as coisas começarão a esquentar e pode ser que eu não agrade a todas, mas não fiquem bravas comigo.


GENTE,
SORRY
por não respnder os comentários, eu preciso muito responder, muito, mas nem sempre dá, mas eu vou! meu deus, um dia eu vou! suahsuha
amo vocês!


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