História Criminal Love - Editando - Mente diabólica

Senti minha cabeça doer, acordei ao som de apitos médicos. Abri lentamente meus olhos e vi branco; olho para os lados e não vejo nada, até que vejo Suga entrar pela porta. Ao me ver ele sorri.

— Até que enfim acordou. Fiquei preocupado

— Eu estou bem, foi apenas uma pancada — Eu disse murmurando

— Deu uma surra neles

— Onde está Jimin? — Perguntei preocupada, quando Suga escutou ele logo fechou seu emocional e me olhou sério — Suga, onde está Park Jimin?

— Ele está em coma, a bala perfurou seu pulmão e as outras duas perto de seu coração, os médicos disseram que talvez ele não sobreviva

— Não, por favor eu preciso ver ele — Me levantei da maca ainda com agulhas em mim, tentei me manter de pé mas Suga me impediu de sair

— Por favor espere o médico, a família dele está lá fora

— Tudo bem. Onde estão minhas roupas?

— Naquela caixa — Apontou — Seu telefone — Suga me entrega e sai do quarto dizendo — Vou comprar algo para comer

— Tudo bem! — Afirmei mantendo minha atenção no aparelho, logo; percebo que haviam várias ligações de Jungkook, arrasto meu dedo para ouvir as ligações gravadas dele. Ao todo duas para ser exata.

 

1° mensagem de voz: — Oi Cle, ham.. Estou ligando porque quero te avisar que vou ficar com meus pais durante um tempo aqui em Tokyo, desculpe te avisar assim, mas minha mãe não está bem de saúde

 

2° mensagem de voz: — Eu vou te ligar todos os dias, prometo que não vou ficar muito tempo, até!

 

*********

  Fiquei pensativa, mas a situação de Jimin era tão gritante que eu só pensava nele, apesar de ser na polícia eu me importava com aquele garoto. Me sentei na maca depois de ter trocado de roupa, encarei o telefone esperando alguma ligação mas nada.

— Está tudo bem? — Ouvi a voz de Suga entrar naquele quarto

— Sim, claro que está! — Respondi mantendo minha atenção no aparelho

— Tem certeza?  

— Sim, podemos ir?

— Claro!

  Assim que eu saí do hospital, Suga me levou para casa, o mesmo estacionou em frente de meu quintal, e logo me ajudou a sair.

— Não faça esforços — Ele afirmou

— Não prometo nada!

— Cle, estou falando sério

— Eu também estou, mudando um pouco de assunto; quanto tempo irei ficar sem trabalhar?

— O médico deu duas semanas para se recuperar

— O QUE????? Por que isso tudo?

— Eu não sei, não sou médico, sou policial — Ele ria da minha cara

— Vou ficar dois dias no máximo em casa, depois eu volto ao trabalho

— Olha, tenta descansar um pouco — Suga cruza os braços

— Mas, The killer — Ele passa a mão direita em minha boca a tapando

— Sua vida ultimamente só tem sido The Killer, esquece esse desgraçado por um tempo Cle — Ele tira e dá um sorriso

— Tudo bem — Disse revirando os olhos

— Venho te visitar, prometo — Ele aperta de leve meu queixo. Suga se vira até que eu lhe chamo e o mesmo se vira

— Suga?

— Sim

— Toma conta da minha sala

— É sério? — Ele pergunta dando uma pequena gargalhada

— Só não muda nada de lugar, me ouviu?

— Sim senhora!

— Até...

 

  Estávamos conversando até que ele foi embora. Talvez Suga estivesse certo; eu estava pensando demais em The Killer e esquecendo de viver, estava deixando ele em primeiro lugar em tudo. Deixava de dormir por causa dele, essas semanas seriam difíceis sem trabalhar porém boas ao mesmo tempo. Caminhei até as escadas e me sentei no segundo degrau fiquei pensativa, olhava o telefone algumas vezes para passar o tempo até que me veio em mente Jin-Yun. Imediatamente peguei a chave de meu carro e sai para visitá-la.

  Assim que cheguei fui direto para o quarto dela, acompanhada de uma mulher que era coordenadora do orfanato, paramos em frente a porta até a mesma mulher disse:

— Visita para você Jin

— CLE! — Ela se levantou as pressas da cama e veio me abraçar

—  Como vai garota?

— O que aconteceu com você? Está machucada

— Trabalho, não se preocupe

— O que veio fazer aqui? Não deveria estar em casa descansando?

— Deveria, mas vim vê-la e levá-la para minha casa

— O que? — A menor olhou para mim com seus olhos brilhando — Está falando sério?

— Bom, durante uma semanas mas… — Antes mesmo d'eu terminar sou interrompida por um abraço dela

— Obrigada Cle — Passo meus dedos em seu cabelo

— Não precisa agradecer. Agora vai, arrume suas coisas

 

[Em casa…]

 

   Nós entramos e Jin ficou completamente feliz, ela essa encantada, olhava tudo.

— O que faremos agora? — Ela perguntou

— O que quer fazer? Podemos pedir uma pizza ou sei lá

— Pizza? — Ela riu — Podemos fazer um delicioso almoço

— Bom, eu saí hoje do hospital, que tal fazermos um almoço e mais tarde ir ao parque?

— Você está bem para poder sair? — Ela perguntou preocupada

— Não se preocupe, estou bem

— Tem certeza? Você está com uma cara péssima — Ela riu — Na verdade...Está sempre com a cara péssima — Jogo uma almofada nela e nós brincamos

 

20:00

 

   Estávamos no meu quarto arrumando alguma coisa para usar, vestia várias roupas mas nada que me agradasse.

— Que tal essa jaqueta? — Ela pega em meu armário e veste em si mesma — Você fica com cara de durona

— Nada mal — Ouvimos a campainha

— Está esperando alguém? — Perguntou ela

— Que eu saiba não, acredite

— Eu vou atender

— Não mesmo, termine de se arrumar, eu vou

— Tudo bem

     

   Desci as escadas pondo a jaqueta e ajeitando meu cabelo, cheguei perto da porta e abri, vejo Suga parado com um buquê de gardênias brancas bem sorridente, eu acabei soltando um sorriso surpresa ao vê-lo.

— Oi...De novo — Ele disse esquivando a cabeça

— O...Oi. O que faz aqui? — Perguntei

— Queria saber se gostaria de sair, comigo, eu você e...e….— Ele parecia nervoso, sem querer eu acabei soltando uma gargalhada

— Desculpe, é engraçado ver você desse jeito

— Cle pare de rir, não lembro de como se faz isso

— Cle quem é? — Ouvimos a voz de Jin-Yun e ao nos ver ela da meia volta — Depois eu desço — Suga me olha dando um sorriso

— Conheço esse olhar. Não vou deixá-la sozinha, prometi que ia ao parque

— Podemos ir juntos — Suspirei

— Tudo bem, já estávamos saindo mesmo, vou chamá-la, espere aqui — Me virei mas senti sua mão me puxar, nossos corpos se chocaram e ficamos nos olhando durante longos segundos, sem aviso prévio ele me deu um selinho — Suga! — Chamei sua atenção dando em seguida um soco em seu braço — Pare com isso!

 

   Eu entrei e a chamei, assim que ela terminou nós fomos para o carro. No meio do caminho Jin-Yun e Suga conversaram, parecia que a mesma já o conhecia, eles conversaram tanto que nem haviam percebido que nós havíamos chegado.

— Vamos? — Eu disse parando o carro perto do local

— Já? Foi tão rápido! — Ela olhava da janela hipnotizada

      Eu havia pagado a entrada dela e a mesma correu feito criança, era tão bom vê-la daquele jeito, enquanto ela ia em alguns brinquedos, eu e Suga ficamos conversando, eu havia pagado um algodão doce e o mesmo me acompanhou, sentamos no banco de madeira e nos encaramos, ele deu um sorriso e eu disfarcei olhando para o lugar.

— O que foi? — Ele perguntou

— Ham, nada — Olho para ele — Sei que prometi que não ia trabalhar, mas quero saber o que aconteceu com aquele desgraçado daquele professor

— Cle...— Ele revira os olhos

— Por favor Suga — Segurei o braço dele

— Ele está em coma, levou uma facada no pulmão, deve sobreviver

— E…

— Cle — Ele chama minha atenção

— Tudo bem, entendi — Vimos Cle correndo em nossa direção alegre

— Esse lugar é incrível

— É sim. Já foi para os jogos de arremesso? — Suga perguntou  

— Não, nunca — Ela responde — Podemos ir? — Ela me olha

— Claro — Nos levantamos e fomos. Seguidos até a grande barraca de ursinhos de pelúcia, um rapaz nos atende “educadamente”

— A regra é bem clara, pegue a arma e atire no alvo, se acertar leve um urso — Ele disse dando a arma de brinquedo para nós

— Não tem graça, vocês vão acertar — Ela disse desinteressada

— Quer aprender a atirar? — Perguntei

— Vai me ensinar?

— Pegue a arma — A mesma pegou — Agora mire no seu alvo, respire fundo e olhe fixamente para ele — A menor fazia tudo o que eu falava — Agora, atire — A mesma acerta o alvo

— Viu isso? EU ACERTEI!!!! — Ela estava animada, dava vários pulos

— Parabéns oficial — Eu respondi pondo minha mão na testa

— Obrigada chefe — Nós rimos, enquanto estávamos distraídos, vi um rapaz, um vulto, parecido com The Killer, usava uma máscara

— Fiquem aqui — Sigo caminhando rápido

— Para onde vai? — Perguntou Suga

— Fique com ela — Continuei caminhando seguindo aquela pessoa, percebi que ela reconheceu que eu havia a seguido e a mesma começou a correr — Espera! — Gritei correndo junto com ela, a mesma entrou um lugar escuro do parque, fiquei olhando para todos os cantos mas nada

— Cle! — Ouvi a voz de Suga atrás de mim — O que deu em você? — Ele segura meus ombros — Está tudo bem?

— Eu, eu não sei

— Vamos sair daqui, por que veio para cá?

— Achei ter visto…

— Visto o que? — Ele perguntou

— The Killer, parecia com ele

— Cle, já chega — Ele me vira e ficamos de frente um para o outro — Estou preocupado com você

— Estou bem

— Vamos embora, Jin-Yun está esperando

 

     Voltamos para o parque, pegamos Jin-Yun e fomos embora, Suga nos levou até a porta; assim nos despedindo com um abraço longo.

— Até… — Havíamos dito juntos

 

JungKook pov’s

 

  Eu estava em casa, ela literalmente me deu uma surra, não podia aparecer para ela daquele jeito, ou meu plano ia por água abaixo. Devo ter matado aquele policial, menos um, pelo menos, eu estava com raiva,  perdi uma grande chance de matá-la mas eu mais uma vez falhei.

  Estava no porão de minha casa sentado em uma mesa olhando as fotos que eu havia tirado hoje, fotos daquele merda do Suga indo para a casa dela a noite. — Idiota! —  Disse pegando a foto e cuspindo na mesma — Havia várias fotos dela, mas algo me chamou a atenção, uma garota, ela deve ser vítima daquele maldito. Minha próxima vítima, não seria um assassino, ou estuprador mas um policial.

— Você não sabe o prazer que eu vou ter em te matar Suga, ela é minha só minha 

  Peguei uma arma ao meu lado e atirei em uma boneco à cerca de uma distância de mim, como alvo, nele havia uma foto de Suga

— Minha, apenas minha 

 

“A vontade de ter

e quando consegue... não consegue mais largar.

O que é seu, é seu, e ninguém pode tirar.

A vontade de falar coisas bonitas

pra quem amar e pra quem consegue te fazer sentir felicidade.

A vontade... só vontades, mas não são realidades.’’