S/n p.o.v.'s
De imediato eu levantei-me da cama o qual preparia, desde então, o café da manhã com uma certa leveza já que o meu namorado ainda não estaria cem por cento bem devido à sua indisposição no dia anterior.
Antes mesmo de ir preparar o café, achei que seria entrar no quarto do garoto para que eu pudesse dar uma verificada. Aos poucos eu percorria pelo corredor, sem soar nenhum som que o incomodasse pois em minha mente eu ainda achava que Ji Yong ainda estaria dormindo. O que eu percebi que eu estaria equivocada.
Ao chegar pela entrada do seu cômodo, eu comecei a escutar sons vindo do local, o que provavelmente constatou-se que Kwon não poderia estar uma hora dessas dormindo.
— Ji Yong oppa? — Eu coloquei a minha cabeça entre a porta, curiosa pelos sons que eu escutava e tudo baseou-se ao ver o meu namorado malhando com as mãos apoiadas sobre a cama, com gotas de suor escorrendo pelo corpo desnudado o que marcava suas tatuagens. — Você não deveria se esforçar tanto assim...
Eu tirei a sua atenção nas abdominais que fazia, o passando a observar-me de forma sutil, entretanto os meus olhos ainda dava-se a atenção do seu peitoral subindo por conta do esforço que fazia minutos atrás.
— Eu acordei com disposição essa manhã. — Ele caminhou até a sua cômoda e de lá retirou um peso, começando a levantar o qual marcava seus músculos. — O que faz acordada?
— Eu vou fazer o café para nós dois, porém queria dar uma passada no seu quarto. Aliás eu vou me preparar para o nosso passeio. — Eu respondo enquanto sentava em sua cama tomando posse pelo local.
Eu não poderia afirmar que ainda estava chateada por ele não dar confiança em nossa relação, porém eu acredito que essa tarde, Ji Yong contará tudo o que o seu coração abrange.
— Irei te ajudar logo após eu encerrar os meus exercícios. — Kwon continuou levantando os pesos o que dificultava em dar-me a atenção que merecia. — Aish...cansei. — Diz ele colocando de volta os objetos na cômoda e secando cada parte do seu corpo com a camisa que usava.
— Que nojo. — Ele me encarou notando um olhar de indiferença, com ambas as sobrancelhas erguidas. — Vá tomar banho antes de me abraçar com esse corpo suado.
— Por que o mau humor querida? — Ele estendeu os seus braços, envolvendo-os docemente em meu corpo, enquanto eu sentia aquele odor azedo entrando em contato nas minhas roupas limpas. — Está brava comigo, hum?
— Como você se preocupasse... — Eu consigo soltar-me de seu aperto, o que faz G Dragon me observar sem entender absolutamente nada do que ocorria no recinto. — Como eu disse, vá tomar banho e desça para tomar o café. — Digo já saindo do quarto, deixando o garoto com as suas perguntas sobre a maneira que o tratei.
[...]
— Gosta de comida italiana amor? — Tentava puxar assunto, Kwon, enquanto percorríamos dentro do seu carro. — Eu reservei uma mesa para nós em um restaurante famoso da cidade.
— Tanto faz... — Respondo sem tirar a atenção que eu dava ao seu celular, o que foi logo retirado das minhas mãos. — Ei!
Ele jogou o seu aparelho pelos bancos de passageiros e apertou fortemente as suas mãos no volante do carro, enquanto esperava o sinal do trânsito permitir que continuássemos com o percurso.
— O que há com você?
— O que há comigo? — Repetiu a minha frase me encarando com seriedade. Por um momento eu senti medo daquele Kwon Ji Yong que havia entrado em seu corpo. — Desde ontem você vem me tratando com menosprezo. Eu me sinto mal a cada ignorância sua. O que há de errado com nós? Isso o que você quis dizer.
— Nós? Passou a não existir nós desde o momento que você não teve confiança na nossa relação. Isso que está errado!
— O que você...
— Você está escondendo algo de mim, não está?! — Eu o interrompi causando um silêncio dentro do automóvel. Com os outros carros buzinando por trás da gente, Kwon não teve outra escolha a não ser dar partida. Porém parecia que ele estava mudando a rota do percurso, pois estávamos em uma estrada que dava-se longe da cidade.
Eu não queria perguntar o que raciocinava em sua mente, pois era capaz de criar uma discussão terrível nesse automóvel. O que permanecemos até eu perceber que ele parava em um local que eu me recordava. O que estamos fazendo no galpão em que ele me trancou em cativeiro?
— Venha. — Ele estendeu a sua mão esperando que eu a segurasse, o que resultou em um suspiro seu por eu não ter aceitado de início. — Amor eu quero contar algo para você. Por favor, me aceite.
— Não me faça ter um arrependimento. — Eu segurei a sua mão estendida e saímos do carro. O segui até dentro do local o que lá vimos vários destroços espalhados pelo chão. Os homens do meu pai definitivamente não teve piedade nos estragos. — O que estamos fazendo aqui? — Perguntei cruzando os meus braços esperando pelo seu início.
— Eu não irei fazer preliminares com isso pois estou percebendo que está bem brava...
— Está rindo da minha cara Kwon Ji Yong?
— Não! — Respondeu apavorado colocando suas mãos em frente ao corpo. — Você escutou a conversa que eu tinha com o Taeyang, certo?
Balancei a minha cabeça fazendo um estalar com a minha língua.
— A história que o Daesung te contou é algo totalmente diferente do que pensa. Eu tenho sim uma sombra feminina rondando o meu presente, porém não precipite as coisas.
— Eu sou toda ouvidos. Quem é essa imagem? Uma namorada? Noiva? Amante? — Eu já estava histérica.
— Irmã... — Ele soltou um ar fraco assim como suas palavras. Como assim? Irmã? Eu ainda estou tentando processar todas as informações, porém está sendo difícil já que eu estou totalmente sem graça. — Eu tinha uma irmã anos atrás, porém o destino a castigou de uma maneira trágica.
— Como assim, "tinha" ?
— Eu estava em uma fuga com alguns inimigos, o que eles estavam tentando sequestrar ela. — Começou a contar a sua história enquanto procurava algum lugar para se sentar. Sentei-me também ao seu lado colocando minha mão em seu ombro, o incentivando em continuar a contar. — Eu estava sozinho. Naquele tempo eu não tinha Taeyang e Daesung para me ajudar.
— Continue...
— Eu entrei em um galpão e tentei retirá-la do cativeiro. Mas o chefe da máfia aproveitou que o local era revestido de palha e atacou fogo pela extensão inteira.
— Que horror! — Coloquei as minhas mãos na boca tentando conter o meu espanto. — O que aconteceu depois?
— Eu consegui sair com a garota em meus braços, e fugimos juntos até chegarmos em uma estrada. Quando percebi que estávamos sendo perseguidos, eu avisei à ela que tudo estaria certo e que a protegeria. Voltei até eles e apontei uma arma em cinco homens também armados.
— Ji Yong isso era loucura! O passou em sua cabeça para enfrentar cinco homens armados?
— Eu tinha que proteger a minha irmã S/n. Eu só não havia dado conta que ao mirar a arma, a minha irmã estava por trás de mim. E eu acabei confundindo com um deles. E... — Ele já não conseguiu mais segurar suas lágrimas, o que resultou-se em prantos agora. Eu rapidamente sequei o seu rosto e o abracei fortemente.
— Sinto muito... — Eu me sentia uma desalmada agora. Como eu posso ter dito que Kwon estava mentindo para mim? Eu deveria lembrar que a sua infância não foi como as das outras crianças.
— Eu matei ela. Eu sou um criminoso. Deveria me matar por ter feito algo tão terrível.
— Não se culpe G Dragon. — Me afastei sorrindo consolador para ele. O garoto secou as lágrimas que escorria pelo nariz e levantou-se, logo eu em seguida para irmos até uma porta. A mesma porta que o mesmo mantinha em sigilo. Aos poucos ele foi abrindo o cadeado com a chave que trouxe junto, e já entramos onde havia várias recordações suas à irmã. Fotografias, acessórios, tudo o que o fazia lembrar da tão amada mulher de sua vida.
— Logo depois de me livrar do aperto, eu vim para cá. Tinha que arranjar um local para guardar suas coisas já que eu não aguentava tanto sofrimento.
— Ela era linda... — Digo passando o polegar na fotografia um pouco mais recente, antes da tragédia que o separou do querido irmão. — Ji Yong. Agora que eu conheço a sua história, eu não tenho dúvidas. Você é alguém que merece o devido reconhecimento por ter sido tão forte ao ponto de conseguir superar as suas perdas.
— S/n... — Ele pulou para os meus braços e eu o acalentei passando os meus dedos aos meio dos seus cabelos. Eu estou me sentindo tão mal pelo Kwon Ji Yong.
— Que lindo o casal... — Soou uma voz de un timbre grosso causando pânico entre ambas as partes. Nossos olhares foram para aqueles que estavam por trás de nós. Oh céus, há seis homens do meu pai nos cercando. Pânico emergindo em meu corpo enquanto Ji Yong procurava qualquer maneira de tentar me proteger. — Acho que não foram avisados que estávamos rondando a área desde que fugiram. Pegue a garota.
— O que? — Dois corpos fortes foram necessários para que me separasse de G Dragon.
— Solta ela seu sanguinário! — Blasfemou Ji Yong tentando soltar-se dos braços de mais dois capangas. Uma risada diabólica ecoou no recinto, e então a o espanto de Kwon se converte em uma carranca feroz. — Eu deveria imaginar que o Kim Jong mandaria seus capangas para virem atrás de nós...
— Fique com as suas teorias. — O principal deles estalou os dedos o que me fez ser empurrada até a porta. Gritos apavorados saíram de minha boca, enquanto o mais velho procurava de alguma forma me ajudar. Eu não pude evitar de dar atenção aos socos que ele distribuía nos brutamontes, iniciando-se uma briga caótica. — O que estão fazendo parados seus idiotas?! Levem ela para o carro! — Vociferou o chefe para aqueles que me seguravam com força.
Minha atenção dava-se ao meu namorado jogado no chão com o rosto machucado, o que eu só consegui escutar um baixo sussurro seu.
— Fuja... — Aos poucos eu fui dando passos furtivos para trás após os homens que me seguravam, transfiria socos no moreno.
— Seus idiotas! Ela está fugindo! — Eu não liguei para os gritos que escutava. De alguma forma eu consegui escapar da área, o que eu ficava por trás de uma caçamba enquanto observava todos à minha procura.
Minutos depois eu não escutei nem mais um som, apenas o silêncio. Eu havia pensado que todos haviam sumido, porém ao colocar o meu pé em vista eu passei a observar Ji Yong sendo colocado dentro do carro a força.
— Oh céus. O que eu fiz?
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