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História Cronicas d1 Sobrevivente - Dia 2 - Parte 5


Escrita por: RogueMacWritter

Capítulo 10 - Dia 2 - Parte 5



Rua Almirante Delamare, 38.......
Missão: Tentativa de suicídio........
            - Eu to fudido.....
            Do outro lado da rua estavam uns 50 zumbis atracados na loja de conveniência e eu no topo de um “prédio” de dois andares com ferramentas e um 38 com UMA bala.     
            - Se eu sair vivo eu prometo que nunca mais faço uma merda dessas.
Depois de pegar as garrafas eu tinha andado pelas ruas do meio do bairro esvaziando  carros (tanques, óleo, objetos) na porrada. Eu sinceramente espero que minha idéia dê certo...
            Amarrei a corda, que tinha pego na ferragem, na base da antena da tv (que bom que eu peguei bastante). Prendi na minha cintura e muito ninja (e toscamente) dei um jeito de pular para cima do arco que fica ali na rua de frente para o posto. Então botei a mochila no “chão” ao meu lado.
            - HEY!!! FILHOS DA PUTA!!! QUEM QUER UM PEDAÇO DE MIM HEIN? – BAM, BAM BAM, eu batia com os canos acima da cabeça fazendo um barulho do cão.
            Aí foi MUITO engraçado. TODOS Eles olharam para mim, olharam pra Stop.express, mandaram a lojinha à merda e depois vieram cambaleando na minha direção. Eu comecei a, calmamente, tirar o que eu juntei de dentro da mochila. Primeiro uma garrafa com muita fita isolante na parte superior e uma sacola no fundo. Bem sossegado me abaixei lentamente e peguei duas pastilhas de cloro, um barbante e um canivete.
            - Pescando zumbis com bomba de cloro-canha. Capítulo um – amarrei o barbante em volta da garrafa que já tinha 51 dentro – O “boom” e a fragmentação...     
            - Acho que todo mundo já está aqui né? – como se eu estivesse numa aula, todos começaram a rugir/gemer/encher meu saco...- Lição número um, área de contato. Se o sólido estiver pulverizado quando for diluído ele vai reagir mais rápido. – Quebrei os comprimidos com as mãos – Lição número 2, não misture álcool e hipoclorito. – Joguei o pó dentro da garrafa, a fechei e deixei-a fazer bungee-jumping. Puxei algumas vezes e deixei-a cair de novo.
            BOOOOOMMMMM- a parte de baixo da garrafa estourou e mandou para todos os lados os parafusos, pregos e porcas que estavam presos na base da garrafa, dentro da sacola. Uns 15 caíram só nessa. Quase metade no chão.
            - JOHNNY!!! EU TO AQUI!!!! FICA PARADO QUE EU JÁ VOU!!!
Não sei se ele escutou em meio a tantos urros da pós-vida, mas eu tinha que tentar.
Abri a mala, peguei duas garrafas de coca de dois litros cheias de gasolina e duas de cerveja com uma mistura especial dentro e minhas meias caindo para fora. Coloquei-as todas ao meu lado. Abri as “pets”, peguei uma em cada mão e fui encharcando todos os zumbis que conseguia dali de cima. No que acabou a gasolina eu peguei um isqueiro bic que tinha achado num corsa e acendi as meias.
- FIRE IN THE HOLE!!! – atirei as duas garrafas na cabeça dos zumbis que estavam mais próximos. Aí eu posso dizer que invoquei um portal para o inferno. O calor era absurdo, se eu não saísse dali seria cozido. Que bom que tinha tão poucos Walkers na Tristeza, se houvessem mais eu não teria como matar todos. O calor começou a aumentar e eu estava bem em cima do churrasco. Minha cabeça latejava com o corte na parte de trás e a ferida do braço ainda ardia porque eu deixei cair gasolina nela.
Botei os canos de volta na mochila. Fui até a corda, que por sorte não tinha acendido, e fui “agarrando” (não sei o nome disso, sabe, que nem macaco em cipó?). Lá pela metade eu quase caí.
- Parece que eu bati minha cabeça de um jeito realmente ruim.
Já em cima do prédio (Citybank) onde eu comecei a descrever a cena, comecei a correr, pulei para a construção seguinte onde ficava a La Fiorentina. Dali, corri para o telhado da Panvel e fui descendo, bem devagar, pelo muro do estacionamento. Minha cabeça está girando.
Agora eu estava na rua. Os canos projetavam para fora da mochila, tirei um, e segurei-o como um rifle quando o soldado está se movendo. Ali invoquei toda a força que me restava e corri para o outro lado. Nem vi se tinha sobra algum zumbi de pé ainda, com a minha velocidade nenhum me pegaria antes de parar. Corri como se minha vida dependesse disso. Meus pensamentos voavam. “Finalmente eu veria o Johnny. Ele está bem? Se estiver mau, como eu trato? Será que eu vou precisar mutilar ele que nem nos quadrinhos?”
Eu estava na porta da loja. Os vidros estavam estilhaçados. Não tinha praticamente nada de comer mais nas prateleiras. As únicas coisas que estavam ali ainda eram revistas e os freezers. Comecei a olhar para os lados procurando sinais de ataque. Consegui ver um filho da puta ainda vivo vindo na minha direção de trás do balcão. Sentei o cano na cabeça dele.........Aí caiu a ficha. Eu matei todos eles? Se não matei não adianta achar o Johnny. Olhei para fora, a fogueira ainda queimava e alguns corpos em chamavas estavam caídos ali por perto, mas alguns ainda estavam vivos. De algum modo o fogo os afetou e estavam desnorteados, eu tinha que ser rápido. Voltei a me concentrar, sangue, roupa rasgada, qualquer coisa...nada.
Peraí, O BANHEIRO!!! Ofegante, fui até a porta azul no fundo da loja. A maçaneta estava manchada de sangue....Merda.......Bati na porta.
- Johnny, ta bem cara? Abre a porta, velho.- BAM!! Algo bateu na porta. Tentei girar a maçaneta.....não estava trancada. Tentei abrir lentamente, mas alguma coisa estava barrando a porta. Ouço uns barulhos do lado de dentro, parece alguém falando.
– A gente tem que ir rápido para casa! Eu to abrindo a porta tá? - Empurro com a porta o que quer que seja que estava barrando-a. Empurro bastante a porta, para ver o que tem dentro do banheiro.
Lá dentro, eu vejo apenas all-stars pretos e a barra de um jeans encostando na privada. A parte superior de seu tronco estava atrás da porta. Entrei naquele recinto minúsculo e olhei atrás da porta. Com a mochila em suas costas, a cabeça caída para frente e uma mão firmemente agarrada em um cano e o braço ensanguentado, ali estava Johnny.
 



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