1. Spirit Fanfics >
  2. Crônicas de Althunrain - Rei Lich >
  3. A Sentença de Avony

História Crônicas de Althunrain - Rei Lich - A Sentença de Avony


Escrita por: Tulyan

Notas do Autor


U..U

Capítulo 34 - A Sentença de Avony


Fanfic / Fanfiction Crônicas de Althunrain - Rei Lich - A Sentença de Avony

Era hora, a foice chama por morte e justiça, apesar de tudo, quero ser rápido, não quero mais ficar nessas terras, quero voltar para Vrett, e quem sabe, apresentar Klyce a Cixoam. Meus poderes de sombras estão mais acabados, mas o gelo está afiado e pronto para o que vier. Meu corpo negro vaga de sombra em sombra em silêncio e sutilidade, eu sentia e via golens por toda parte, alguns até tinham pedras arcanas encrustadas em seus corpos rochosos. Mas nenhum se levantou contra mim.

O caminho foi mais breve que imaginei, apesar das inúmeras curvas e vigilantes, pude passar totalmente desapercebido, algo estranho ao meu pensar, mesmo que a madrugada me permita algo assim, deveria ter uma barreira mágica como Quartunta, ou seria aquela vila, mais importante, ou eles estão certos de que podem com qualquer um que vier, pena que não somos qualquer um...

— Afrente Aryn, vejo picos. – Thereza me atenta a uma torre de telhado agudo, nesse horizonte já uma fenda larga pela qual deve passar as pessoas que vão e vem, a cada lado há montanhas altas e impossíveis de passar, para um mortal comum claro. – Chegamos...

Paro de saltar pelas sombras, há quatro guardas a minha frente, dois de cada lado vigiando um portão inexistente, eu não reparei em nada mais, apenas em seus olhos tranquilos mudando para medo ao me verem surgir do nada no meio do caminho e ficar de pé ali mesmo. Todo coberto de sombras, eu Aryn sou irreconhecível, mas sorrio ao ouvi-los gritar.

— O Algoz! – isso me faz atacar, meu punho direito aperta o cabo de Ehras também imbuída em trevas. – Avisem! – antes que tivessem essa chance eu salto de um canto a outro da estrada numa silhueta sombria que se aproximava muito rápido.

Um par de movimentos negros foram o suficiente para que pudesse continuar, não precisava ver o resultado, após a fenda vislumbrei algo interessante, no meio de uma pequena cadeia de montanhas havia a cidade, e mais ao fundo via uma das altas montanhas soltando fumaça de si, um vulcão, pode ser útil, talvez... No centro, destacado, havia um castelo, semelhante a uma igreja ou algo assim já que possuía torres, paredes e janelas ornamentadas, a minha frente estava a estrada que virava a direita e esquerda seguindo para baixo onde havia casas e um rio que circulava a estrutura maior. Mas agora, com uma melhor visão estou certo que aquele castelo não é algo religioso, pois a torre aguda que vi antes está destacada em outra estrutura e esta sim se parece com uma igreja.

Seguindo a estrada que estou, passando por uma ponte, há uma construção grande e mais iluminada do que todo o resto, é com certeza a porta, estou muito ansioso, pois, dessa vez não preciso me conter, aqui jaz apenas mercenários, criminosos, renegados e prisioneiros de guerra, bom, era isso que dizia os documentos de Velenfour, estes que sinto pesar em minha bolsa encantada e branca pendurada aqui em minha cintura, mas bem, agora é hora de ação e não de contemplação.

Ergo os braços no ar. – Thereza, vamos trazer a fúria dos deuses sobre eles! – felizmente eu tanto posso usar gelo nessa forma imbuída de sombras como o contrário, algo extremamente útil. O céu que começava a clarear-se com o sol da manhã foi enxotado por nuvens cinza-escuro que trazia do Sul. Juntei-as com uma vontade arraigada em desejo de punição, ela demoraria um pouco para chegar, mas isso seria recompensado pelo que ela traria além de chuva e granizo...

O alerta da cidade soa com um sino alto e escandaloso vindo do castelo, retorno a mim e começo a andar, o chão de pedra compactada me dá um bom sustento, ainda mais pelo que farei, corro com tudo e salto, meu corpo é tão leve que acho poder plainar até o outro lado dessa cidade medonha, mas em pleno voo miro exatamente na entrada gigante do castelo, junto sombras ao meu redor com vigor e uso-as como propulsão dirigida de minhas pernas, acelero de uma só vez, medo não tem lugar em meu coração, aterrissar para mim causava um certo arrepio na espinha, mas, sentir minhas botas absorvendo e inibindo o impacto me davam alivio.

Tinha agora a ponte em minhas costas e a enorme entrada a frente, um pequeno lance de escadas subia até um piso de pura pedra em ladrilhos iluminado por três duplas de tochas, uma a dois metros do chão, outra a seis e mais uma a uns dez até chegar ao teto curvo como um arco, ouvi a movimentação das centenas em minha direção, mas dessa vez eu não vou conversar.

Girei Ehras por cima de minha cabeça e bati a base no chão, sombras sairam dela como água brotando de uma mina, aquilo se espalha pelo chão e os primeiros guerreiros chegaram, todos tinham armaduras bem feitas, nenhuma delas não tinham encantos, nenhum deles era fraco, ótimo! Eles se encontraram afrente dos portões, fúriosos e sedentos por batalha. – Olhem! – um deles gritou apontando ao chão, tarde demais.

Sugi-me dele erguendo a foice, toda a área que preenchi de sombras levantou espetos longos e finos numa velocidade e quantidade assustadora, vários morrem com isso, mas aqueles fora recuam cuspindo insultos e medo, com a foice erguida a faço cair outra vez, só que agora, com força e firmeza, as sombras ondulam balançando os espetos que se desfazem e são unidos a onda que vai mais além, mesmo afugentados, eram muitos, a fim de não correr perigos desnecessários corro rumo aos portões enormes, alguns corajosos me seguem, mas ao passar pelo último degrau, este é congelado, me viro levantando a foice diagonalmente, gelo nasce da pedra e se levanta muito rápido, seu azul profundo deixa apenas as silhuetas dos mercenários aparentes do outro lado, aponto Ehras ao gelo que fica mais intenso, seu crescimento é acelerado até tapar toda a entrada, e para tirar os olhares curiosos de minha barreira eu golpeio o ar rumo a barreira com minha arma, minha mão desliza no cabo o suficiente para chegar a metade dele e nisso, estacas e espinhos surgem do outro lado, não sei quandos foram atingidos, mas eles se afastaram.

Me virei correndo, as tochas iluminam tudo muito bem, e por isso pude ver uma porta gigante, feita essencialmente de uma pedra escura, madeira enrrijecida, pregos e muitos encantos de proteção mágica. – E agora Thereza? – pergunto parando afrente dela.

— Agora meu amor... Vamos ver sua força... – a pedido dela deixei Ehras de lado fixa ao chão por gelo branco, nisso, senti meus braços receberem o poder da Rainha, aquela familiar energia azulada e fantasmagórica que me deu vida.

Não precisava dizer mais nada, não tinha distância suficiente para correr e golpear, mas, como sempre faço, vou confiar em Thereza. Apoiei a palma da mão esquerda na pedra escura e arqueei o punho direito, não havia nada diferente no meu braço fora sua cor diferenciada da mão até o cotovelo, a sentia da mesma forma desempre e tinha certo receio, este que desapareceu quando meu golpe encosou na porta, o impacto surreal fez toda dupla de portas gigantes abalarem e racharem como vidro, a explosão de poeira excedente me cobriu enquanto, maravilhado com tamanha força, resgatei Ehras e voltei a saltar pelas sombras. Bom era isso que faria se não fosse recebido com...

— Flamma purgata!!! – eram várias vozes falando ao mesmo tempo, e da poeira vi no minimo doze bolas de fogo surgirem e virem em minha direção, pensando rápido golpeei a minha frente, os ladrilhos grandes de rocha me deram uma ideia, meu corte foi uma delas, com o giro da foice a segurei pelo cabo com as duas mãos e espetei a ponta no corte que fiz.

Como uma alavanca, ergui o ladrilho enorme a minha frente como se fosse uma mesa de pano, os impactos fortes espalhavam chamas por cima e a cada lado de mim, mas resistia, mantinha a base pontiaguda da foice alta enquanto eles repetiam os ataques a toda. – Faremos eles implorarem por piedade. – diz Thereza, convicta.

— Esta que não demonstraremos! – a respondi girando meu corpo, a foice fez o mesmo movimento e por sua ponta mirar ao chão ela sobe cortando minha defesa em duas. Agora que a poeira assenta um pouco mais posso ver bem quem me atacava, eram mais de vinte, todos com um mesmo uniforme vermelho, atrás havia um corredor grande de teto alto, assim como a cada lado meu.

— Outra vez! – gritaram meus adersários, de suas mãos direitas, uma runa vermelha brilha intensamente.

— Ah não, não outra vez! – digo girando a foice a minha frente, as sombras saem dela como fumaça e bato a lâmina no chão, de imediato, trevas dominam todo o lugar como uma explosão lançando suas labaredas a todo canto.

As velas, tochas e globos de luz são apagados, por ver através de minha magia, observo os corpos dos magos sendo jogados nas paredes cinzas reforçadas com pilares, ouço ainda janelas sendo esmigalhadas, como disse, isso foi uma explosão, em falar nisso...

Ouço algo quase tão alto, magos lançavam magia na barreira gélida que fiz a toda, mas não pareciam afetar ou sequer derreter tal estrutura. – Aryn, ali! – a Rainha me chama a atenção, um dos magos se levantava com dificuldade, ele tossia e cuspia sangue.

Saltei nas sombras afrente dele e segurei seu pescoço, o levantando melhor e o forçando contra a parede fria. – Ahhrg! – ele sufoca, aproximo meu rosto do dele e sorrio.

— Solta ele! – um grito me faz olhar para a direita, não que não tivesse ouvido os passos escandalosos a muito tempo, mas tal ato a tornou importante. Era uma guerreira de armadura leve e platinada, uma espada negra em suas mãos tentavam deixar sua forma pequena mais ameaçadora.

O levantei mais alto, ela ficou desesperada. – Não!!! Ahhhhhh! – ela corre, seu elmo fechado me mostra um par de olhos cheios de raiva e ódio, mal sabe que minha justiça independe de quem seja...

Aperto a mão esquerda no pescoço daquele homem, mesmo dali, sei que ela ouviu o pescoço dele estralando, fúria tomou o corpo da mercenária, e falando de corpo, o cadáver que solto ao chão é o temporizador para meu segundo salto, dessa vez, por estar nas sombras ao apagar todas as luzes, não preciso me esconder para pular, ela me vê avançando numa velocidade sobrenatural até sua frente, nenhum mortal conseguiria parar de imediato e era isso que esperava. Sem reação a mulher recebe meu joelho esquerdo em sua barriga, nosso encontro é umedecido pelo sangue que ela cospe e que brota de suas costas ao ser perfurada pelos espinhos de minha bota, por ser mais pesada e poderosa, minha investida a arremessa, seu corpo cai de costas e desliza manchando o chão até bater contra a parede, logo acima dela havia uma janela, meu plano era jogá-la por ali, mas tudo bem...

Nossa magia da escuridão está acabando, a usei muito e por muito tempo, tenho que deixá-la em repouso, mas antes... Por estar imbuído de sombras até agora, mesmo que houvesse um corredor a todo lugar, seria desperdício de tempo procurar, e provavelmente encontraria mais inimigos, por mais que eu queria matar cada um, há alguém me esperando... Olho para cima e pulo, dou um golpe com a mão direita, mas o teto apenas racha e afunda um pouco, pouso suavemente no chão, as sombras que saem de mim se contorcem, meu pulso doí, entendendo o que houve Thereza dá poder a esse mesmo punho que incandesce, aperto meus dedos e refaço o salto, dessa vez a magia cobra seu preço, o teto explode com o golpe, e agora estou dentro de um salão grande, realmente parece uma igreja, mas, está vazia, bom, vazia de pessoas, há bancos dispostos a cada lado de um tapete grande e vermelho que vai de uma porta dupla até um altar.

— Seja bem-vindo Algoz. – uma única pessoa estava aqui, saí de perto do buraco que fiz ao ver um dos bancos de madeira avermelhada caindo até o andar debaixo, aqui é um lugar iluminado, velas arcanas de dispoem em lustres lindos de cristal e pedras transparentes presos a correntes em um teto curvo com algo parecido com estalagtites, só que a pontas dessas saiam as correntes dos lustes.

E entre cada protuberância, havia desenhos contando algo que não tinha tempo de ver. – Estive esperando-o a muito tempo, os relatos de Diunta e Triunta apavoram meus homens... – de frente ao altar está o dono da voz, um homem grande com uma armadura negra e uma espada bastada, melhor, uma montante de mesmo material, ele parecia rezar antes de minha chegada, que tolice... Caminhei a passos calmos até o tapete que corta o lugar. – Diga-me, você também é responsável por Quartunta? – ele se vira me mostrando uma tatuagem grande em seu rosto, parecia tem algum poder, ou só disfarçar seu olho esquerdo cego.

— Qual seu nome? – digo mudando minha voz, ela parecia a de um monstro, um monstro vindo dos piores pesadelos. Deixo Ehras pronta, sua lâmina a minha direita têm a ponda voltada a minha panturrilha, mas ambos estamos cobertos de sombras, assim vão ter medo, como este homem mesmo falou.

— Isso é um sim? Bom, eu o aplaudo. – suas manoplas negras batem em si um pouco.

— Qual seu nome? – repeti no mesmo tom de antes, como ao ouvir uma piada ele ri de canto e parece negar um pensamento.

— Sena me pediu para tentar colocar juízo na tua cabeça, Algoz, podemos te tornar rico e poderoso de uma maneira inimaginável! – convicto, o homem fica frustrado a não ver qualquer reação de mim.

— Qual o seu nome? – torno a repetir, mas dessa vez começo a me aproximar.

— Meu nome é Almirat, o matador de Algoz. – com arrogância ele puxa sua espada enorme e para minha surpresa a segura com uma mão só.

Ele seria o primeiro a altura após Cixoam? Isso vamos ver... Corro em sua direção com tudo, a foice baixa com a ponta rumo a meu inimigo jurado, preparada para tudo!

Sua espada começa a batalha, um golpe horizontal pesado para testar meus reflexos ou força, mas faço diferente, aperto as mãos no cabo e sinto Ehras mudando, não chegaria ao ápice, não agora, sua arma negra desliza pelo cabo de minha foice e para ao chegar na curva e afiada lâmina, o choque entre as duas não desequilibra ninguém, mas ele sente, minha foice corta seu metal, apesar de a centimetros de meu pescoço, sua montante não consegue ir mais, mesmo que eu segurasse o cabo de Ehras com uma das mãos apenas. – Isso cortaria um cavalo ao meio... – diz Almitar a si mesmo e sorri.

— Então faça melhor. – sua arma volta ao portador que a deixa reta a sua direita. Suas manoplas deslizam no cabo e juntam força para causar um golpe crescente, mesmo que cortasse o chão e o tapete, isso seria um problema, para um mortal.

Fico de lado usando as sombras em meus pés para me mover, por girar o corpo no processo, ele deixava o tronco exposto, mas farei diferente, enquanto subia, sua lâmina negra encontra com a minha em sentido contrário, a mudança de direção o faz perder o esquilibrio, forço Ehras para baixo devolvendo a montante ao chão, apoio o pulso esquerdo abaixo do cabo da foice para erguê-la mais rápido, na altura certa espalmo o cabo com a mesma mão lançando-a contra o peito dele, mas algo acontece, um tipo de escudo feito de dezenas de anéis negros um ao redor do outro aparece justo onde o golpe iria. Sinto como se golpeasse pedra, não, mais maciço ainda.

Resvalando com tal empecilho, trago Ehras de volta a mim. – Isso é magia de defesa? – pergunto a Rainha.

— E das poderosas, tu tem que pensar em outra coisa, magia não o afetará até que o núcleo arcano de sua armadura esteja vazio. – e sem saber o quanto durará, o melhor é acabar com ele de outra maneira.

Girando seu corpo Almirat traz um golpe diagonal descrescente e circular em minha direção, salto para trás, mas ao pisar no chão ouço algo ser ativado, sem tempo de olhar apenas salto para cima e sou seguido por uma explosão arcana, ativo meus olhos de lich ainda em voo, existem dezenas destas armadilhas espalhadas, vejo suas simbologias nocivas a cada lugar.

— Transformarei sua vantagem em derrota. – avisei a Rainha em mim. Me segurei numa das correntes que sustentam o lustre bonito, uma pena, corto a corrente com um único movimento e agora em queda, lanço-o em Almirat com um impulso das pernas.

Uma clara distração, mas com um propósito ainda mais básico. Ele derruba aquilo antes de chegar nele usando a parte chata de sua montante, a armação metálica é entortada com facilidade e todo o cristal esmigalha-se junto as velas que perdem seu poder brilhante. O brilho estonteante e breve das luzes foi o suficiente, ele me procurava a todo lugar, eu havia desaparecido, ou melhor, escondido nas sombras daquele metal retorcido, e agora sem luz intensa para me atrapalhar posso fazer um pequeno teste, tiro as sombras de minhas mãos enquanto saio das trevas e me lanço a ele, por meu silêncio e pelo peso de usa armadura rangente, não conseguiu me notar. Felizmente minhas mãos nuas passaram e tocaram em seu metal negro, ao fazer isso aperto-as, porém não consigo aderência, é muito liso, antes que ele notasse a mim, sinto algo familiar, Thereza enviava nossa magia até minhas mãos, era perigoso, pois os escudos podem decepar minhas mãos, mas confio nela, permaneço ali até receber a energia azulada, nada acontece, nada alem de eu enterrar meus dedos no metal negro das costas de Almirat e erguê-lo no ar com facilidade. – Ahhhh!!! – o jogo para cima, em voo sua habilidade de espada é inútil e por isso.

Assim que entrou em queda transferi um pouco de poder a minha perna direita, com um calculo quase perfeito chutei-o bem no rumo das costelas, queria ter acertado a coluna e o deixado paraplégico, no entanto ele consegue girar a si mesmo, o que não deixa de ser o suficiente, sei que suas costelas se quebraram, é obvio, pois o metal pesado se entortou na exata forma da sola de minha bota.

Com o impacto o homem ainda volta a subir um pouco, muito bem... Voltando a queda faço dois braços negros emergirem do chão a cada lado meu, o manto em mim os alimentava neste lugar iluminado, as mãos tinham dedos bastante longos como quis e mesmo com a barreira, agarraram o homem por ali mesmo, meus olhos viam cada armadilha e elas o farão sofrer!

Como primeiro passo o lancei num dos bancos, a explosão desfez um dos braços negros, que logo foi substituído por outro que o puxou pela bota esquerda e o jogou perto do altar, outra explosão, agora refaço ambos os braços para segurar seus dois pés e girá-lo em um semi círculo, o fazendo bater contra os bancos e sair explodindo várias armadilhas no caminho, fogo surge queimando a madeira dos acentos e do tapete, porém não deve se espalhar muito, novos braços saem por cima nas chamas e o pegam, ergo-o no ar, estava muito atordoado, eu vejo, no entanto ainda assim tinha as barreiras ao seu redor. A magia da explosão pode ser detida, mas não a queda, por isso, vou fazê-lo sofrer... Ele retorna a voo agora sem sua espada, o faço cair contra o chão a direita e perto do altar, outra explosão o faz voar, outra vez.

Ele cai acima do tapete vermelho, fumaça sai de sua armadura negra, sem vontade de dar chance a ele faço mais dois braços que seguram seu pulso direito e o jogam com violência contra as portas, que... Pegam fogo... Vou andando em sua direção, ele atravessou a madeira flamejante e está la fora, caído. Meus passos calmos são as de um carrasco, minha ira contra eles é de um justo...

Estes últimos braços negros que fiz me trazem sua montante, ela aparenta ser muito pesada, mas, com a energia de Thereza imbuindo meus braços, ela não passa de um graveto, meu manto sombrio esvoaça como fumaça, meu caminho vai por entre o fogo que se afasta de mim e é congelado por efeito das botas, as chamas ficam azuis e logo param no lugar, deixo Ehras de pé no centro das portas agora em brasa, por precaução sua ponta fica para dentro e gelo forma até metade de seu cabo negro, ninguém a tirará dali.

Almirat continua caido, mas vejo seus olhos abertos, e ouço seu coração bater, não está morto, está catatõnico. – Por... – sua boca cospe sangue, ele se ergue e fica de joelho, sua mão direita sobe e vem em minha direção, trêmula e clemente.

Com um movimento seco e crescente, corto seu membro fora bem na junta do ombro, sangue jorra, sua magia defensiva se foi, assim como sua soberba. – AHHHHHH!!! – grita, finco sua espada no chão a sua frente e a deixo ali. – Seu monstro! – diz se levantando, eu paro de ir buscar a foice.

— Monstro? – pergunto ainda de costas a ele, o olho sob meu ombro, a cena deve ter sido horrível a ponto de fazer um homem deste tamanho recuar. – Eu sou a justiça! – me viro com velocidade e vou em seu rumo, Almirat se levanta e afasta. Aponto a ele. – Você é a criatura aqui, você! – pego sua arma do lugar, corro indo a seu lado esquerdo, minha velocidade mesmo portando esta arma tão pesada ainda é alucinante.

Golpeio suas pernas num giro da direita a esquerda, ouço metal e carne sendo cortadas, seu enorme corpo cai para trás, mas em queda eu ataco outra vez, giro-me arrastando a ponta da montante no chão, faíscas saem dela, a passo pela minha frente e paro sua energia de movimento, tudo para deixá-la atrás de mim, e com o corpo de Almirat em queda a minha frente, desço-a em seu abdômen metálico, agora ele está em três, quatro pedaços...

Seu sangue espalha pelo chão que treme, e com tal resultado, mais mercenários se aproximam, eles corriam em minha direção com fúria, mas nenhuma supera a minha, retiro a arma encravada na pedra e jogo a montante em direção a eles como um zunin, girando e avançando, ela faz um estrago incrível, agora sem armas, aponto a mão a Ehras que acende sua lâmina azul, ela vem a mim com rapidez e é imediatamente imbuida em sombras. – Seu maldito! – mais alguém grita, dessa vez do alto, há outro andar mais acima, em uns dez metros desse piso ao qual estou.

Meus olhos veem duas coisas boas, o céu cinza, e gotas de chuva, elas caem em meu rosto suavemente como beijos e lavam o sangue do chão ao meu redor, mas não me molham por estar coberto de trevas, quem falava a mim era uma mulher, seu traje branco e dourado me davam ideias do que seria. – Eu vou matar você!!! – grita a plenos pulmões.

Mas nem mesmo seus homens conseguiriam, eu já venci, eles que não sabem, junto sombras ao meu redor e dou um salto único com direção diagonal, chego ao andar que ela está segurando no batente e ficando de pé acima dele, cara-a-cara essa mulher não me parece tão perigosa quanto antes, mas nunca subestimo meu inimigo...

Atrás dela há uma estátua enorme abaixo de um tipo de simbolo estranho, parecia uma hidra, ou algo assim, quatro torres estava em pares a cada lado da estátua e ao subir os olhos, vejo alguém numa das cinco grandes janelas acima daquele desenho em metal.

— Qual seu nome? – pergunto me abaixando e sentando em meus tornozelos ainda acima do murinho baixo daqui, minha mão esquerda desce rumo ao chão e a mulher se afasta, a minha presença e ao meu sorriso.

— Sua morte! Dork! Agora!!!



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...